domingo, 30 de agosto de 2020

Meditando o Evangelho do 22º Domingo do Tempo Comum

 Evangelho (Mt 16,21-27)

Jesus nos exorta: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”. 

Podemos perceber com que pleno amor Jesus sentia pelo Pai e por toda a humanidade no momento de o primeiro anúncio de sua paixão, morte e ressurreição?

Vamos lembrar aqui de 3 coisas que envolvem este momento, sendo estas o amor de Deus a nós, o pecado que deforma os homens e a figura do servo sofredor que se oferece ao mesmo tempo aos homens como oferta do Pai (cf. Jo 3, 16-17) e ao Pai como nossa oferta perfeita e agradável. O mais puro amor dos homens que por Jesus foi oferecido ao Pai.

O Senhor nos dá a chave para compreendê-lo: “Renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (Jo 16, 24). Ou seja, para compreender o Senhor é preciso se colocar como seu seguidor e imitá-lo em tudo. Não nos coloquemos no lugar do Senhor, mas como seguidores do Senhor, imitando-o, renunciando a nós mesmos, tomando a nossa Cruz e seguindo os passos de Jesus.

Esta é a única forma observaremos o olhar de amor que Jesus olha em nosso favor (pois, é Ele também quem nos salva) e em favor de todos os homens, pecadores ou santos.

Assim, Jesus Cristo, conhecedor da Face Divina de Deus, não se oferece aos pecados dos homens, mas se oferece como Homem a Deus pela restauração de sua obra e ‘fazer novas todas as coisas’ (cf. Ap 21, 5), para nos curar, nos levar de volta para si a partir de seu Sagrado Coração.

Jesus Cristo se apresentará diante de Deus como o homem justo, o um único justo pelo qual a humanidade fosse justificada e salva. Eis a obra do Senhor! Eis o amor que Jesus derramou sobre as nossas vidas, sobre a nossa história, sobre toda a humanidade.

Se compreendermos o amor de Jesus a nós, pecadores, entenderemos a dura censura que o Senhor faz ao pensamento mundano de Pedro, que talvez, por pura vaidade pensaria em um Senhor que triunfasse sobre os homens e que os que estavam com o Cristo triunfariam juntos. Não. Jesus não deseja triunfar sobre os homens, mas Jesus quer que a humanidade alcance a sua vitória definitiva por meio Dele, de seu amor provado na Cruz, para recobrirmos a visão e sermos curados por Aquele a quem transpassamos.

O que nos pede Jesus hoje em relação ao mundo que se levanta contra a Igreja e contra o Cristo? Ele não nos pede que triunfemos sobre o mundo, mas que sejamos instrumentos que iluminam os que jazem nas trevas, mostrarmos o amor de Deus e darmos as razões de nossa esperança (cf. I Pd 3, 15), uma esperança repleta de eternidade (Sb 3, 4).

Não somos instrumentos de condenação, mesmo que o mundo nos condene, somos instrumentos nas mãos do Senhor para a salvação nossa e de nossos semelhantes, mesmo aqueles que nos perseguem.

"Se fordes zelosos do bem, quem vos poderá fazer mal? E até sereis felizes, se padecerdes alguma coisa por causa da justiça! Portanto, não temais as suas ameaças e não vos turbeis. Antes, santificai em vossos corações Cristo, o Senhor. Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança, mas fazei-o com suavidade e respeito."

1 Pedro 3, 13-15


João Batista Passos,

MSM Brasil

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