Ainda bem que não sou
americano…
…. Mas, com português
fico tranquilo?
As
últimas eleições presidenciais
norte-americanas levaram-me a pensar: “ E se eu fosse americano, em quem
votaria?”. Não sei. Não sei mesmo se votaria, o que vai contra os meus
princípios de cidadão partícipe na res publica. Desde que posso exercer o
meu direito ao voto, como português que nunca deixar de votar, muitas vezes …
com venda, tal a minha desconfiança nos elegíveis.
Quem me conhece sabe que não sofro de partidarite e não tenho grande
confiança dos seus líderes actuais ou passados e muito menos na sua praxis pós-eleitoral em que primam pela
traição, por regra, às promessas ou, pior, às omissões que esconderam
deliberadamente aos eleitores. Estes têm o direito de ser respeitados e, por
isso, os programas eleitorais devem ser claros e conter o que os eleitos irão
cumprir. A mim, como eleitor interessam-me as grandes causas : o DIREITO À VIDA
( da concepção à morte natural), a FAMÍLIA como comunidade natural e anterior
ao Estado e muito mais anterior aos Partidos, e o DIREITO DE OS PAIS TEREM
LIBERDADE DE EDUCAR OS FILHOS de acordo com os seus valores e em igualdade com
todos os pais.
Voltando aos EUA. A última campanha e período pós- eleições seria no mínimo hilariante e …. Muito pior:
preocupante. Mas a Democracia tem disto.
Trump, protestante, defendia princípios em que acredito, mas faltava-lhe
bom senso, essencial para a chefia de um Estado. Ganhou Joe Biden e a sua sócia
ideológica Kamala bastante mais extremista do que ele. Biden diz-se católico.
Eu sou católico. Com os princípios que defende publicamente e atitudes que tem
tomado, ao arrepio da Doutrina Social da Igreja sobre a Vida e a Família, não
teria o meu voto. Não poderia, em consciência, dar o meu voto a um defensor de
princípios e práticas que agridem e violam o que considero essenciais: o sujeito é favorável ,
por exemplo, ao aborto, e o seu Partido Democrático advoga ainda outras
posições delirantes e perigosas contra a natureza. Dou um exemplo, a líder do
Câmara dos Representantes, democrata, de nome nosso conhecido, Nancy Pelosi,
tenciona acabar com termos como Pai, Mãe, Filho e filha, Esposo, Esposa, sogro
e sogra genro e nora, tio e tia, primo e prima, padrasto e madrasta, neto e
neta e, imagine-se o delírio ideológico , apagar a palavra marinheiro
substituindo-a por “ gente do mar” e outras palavras – conceitos que “ causam
mal-estar” aos polícias do pensamento único dominante! Tudo isto seria delirante
e de fazer rir se não fosse muito grave.
Todos sabem que Nancy Pelosi foi a introdutora na Câmara dos
Representantes de uma lei altamente polémica e gravemente castradora da
liberdade de pensamento, a chamada “ Lei da Igualdade” que prevê a penalização
dos americanos que defendam o matrimónio, obviamente heterossexual, ou aprovem
o sexo biológico contra o que defende a Teoria do Género! Joe Biden e a sócia
Kamala estão de acordo. Poderia votar neles? Não!
Em
quem votaria? Não sei. Mas em Biden e a sua sucessora, não. Conscientemente,
não sei se iria votar. Admiro-me, para não escrever escandalizo-me, que ainda
não havia resultados definitivos e já Biden era felicitado, por Chefes de
Estado e até pelo Papa! Tinha ganho a equipa da Administração americana mais “
inclusiva” da história, que se propunha e propõe destruir a História da
Natureza Humana!
Imagine o leitor que um Pastor americano, democrata, cioso da igualdade,
terminou o Ofício dizendo: “ Amen e Awoman” ( N. A. : deveria dizer Awomen) (
cf. Expreso on-line, 4.I 21) ! A loucura delirante- furiosa está à solta.
Que raio de tempo é este? Nos EUA, no mundo e também em Portugal…
E
já gora, como vão os nossos candidatos? Que pensam, por exemplo, sobre a
eutanásia, cuja lei lhes vai cair na secretária? Venha o Diabo e escolha! Irei
votar dia 24 de Janeiro, se Deus quiser. Em quem não voto já sei.
Carlos Aguiar Gomes
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