ECO – ESTERELIZAÇÃO
Estamos a assistir, com grande e clamorosa
distracção, ao colapso da nossa civilização. A decadência cai a ritmo
alucinante. A mim, das loucuras que todos os dias vejo e oiço, já nada me
surpreende. Sinto-me num manicómio colectivo e o meu problema é saber se serei
eu que já perdi o juízo!
As últimas décadas, sobretudo no dito
Ocidente (olhando à origem da palavra, não é o lugar onde o Sol morre?), têm
assistido a um percurso que
sistematicamente tem uma única finalidade: destruir a nossa Cultura
humanista, com base na Família e nas liberdades que lhe estão associadas e que
tanto custaram a obter.
O processo de auto-demolição das bases do
que somos ( ou éramos?) não tem tido descanso. Entretanto vão-nos distraindo
com a defesa das plantas e dos animais ou com as alterações climáticas, como se
tal fossem factos que apareceram na longa história da Terra agora. Bem sei que
o Homem tem o seu papel de acelerador e que só o consumismo desenfreado de que
não desiste pode explicar. Somos muito pouco moderados no consumo. Somos
híper-egoístas. Não somos respeitadores do normal e natural funcionamento de
todos os ecossistemas … Nem do ecossistema pessoal que cada um de nós é nem dos
ecossistemas familiares de onde vimos e onde devemos estar em equilíbrio
homeostático, aquele que respeita melhor a identidade e funcionamento daqueles
por lhe ser próprio, intrínseco.
É o nosso egoísmo que está funcionar em
pleno. E… queremos continuar assim.
·
Um estudo
recente de “ The Lancet Panetary Health”( Dez. 21) mostra que os jovens cada
vez mais estão a ser atingidos pela chamada « eco-ansiedade» ou, usando um
neologismo que vai “ pegar” , por « Solastalgia» (Solastalgia:
the distress caused by environmental change.
Australas Psychiatry. 2007; 15: S95-S98 ) . Até na Costa do Marfim, os jovens estão em “ pânico”, em «
solastalgia», e não querem ter filhos por causa do …. “ aquecimento global”.
Espantoso. Mas mais espantoso é que cada vez mais jovens mulheres se estão a
esterilizar de forma irreversível para nunca serem apanhadas de surpresa(?)
grávidas e, assim, contribuir para travar o
famoso “ aquecimento global” de que as crianças são culpadas além do stresse
que causam às mães e da poluição que causam as suas fraldas.
A propósito deste “ pânico” induzido recordo
que o vale do nosso rio Zêzere, em U, é uma das muitas provas do grande
aquecimento global quando ainda não havia homens (homens, mulheres, trans, cis
e etc, etc). Quantos testemunhos do aquecimento global encontramos entre nós,
no território português contemporâneo, com
muitos milhões de anos! Há alguns anos fui a Pataias, junto a Alcobaça,
ver e colher amostras de “ calcários coralígenos” que se formaram em águas
marinhas, poucos profundas, pouco energéticas e cálidas. Hoje esse território é
ocupado por matas! Graças a Deus, nesse tempo, não havia humanidade a provocar
o “ aquecimento global” , caso contrário já não haveria ninguém na Terra e esta
era um” doce” paraíso a ” fazer” a sua alteração climática de forma natural e
repetitiva como faz parte da dinâmica da Terra, desde a sua origem. Tristes
tempos estes!
Tristes tempos estes em que a humanidade (
dito assim, evita-me escrever todas as variedades da construção na moda da
engenharia social) se está a odiar cada vez mais e, consequentemente, a cometer
um suave “ suicídio colectivo”.
Onde não cabe Deus e de
onde Este foi expulso, como e onde pode
caber a humanidade?
Carlos Aguiar Gomes
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