quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

SEM CRIANÇAS, SEM O SEU SORRISO, HÁ FUTURO?

 

                   SEM CRIANÇAS, SEM O SEU SORRISO, HÁ FUTURO?

 

« … que a vida dos adultos seja iluminada, regenerada pelas gargalhadas das crianças. Porque a esperança está sempre nas suas mãos » ( Pierre Chaunu, in “ La Peste Blanche”, pág.209)

    

   Com a quebra acentuadíssima da natalidade, em Portugal desde 1982 que não há substituição de gerações, o número de crianças tornou-se um “ bem “ escasso. E porque não há crianças, tornamo-nos num país sem esperança, acomodado, com medo às mudanças. Preferimos o medíocre ou, até mesmo, o mau. Tornamo-nos cinzentos, cabisbaixos e “nombrilistas”. Cultivamos a efemeridade, o fugaz. Temos medo terrível do futuro. E só nos rimos com as boçalidades. Já deixamos de ser individualistas e passamos a egolatristas. Somos incapazes de contemplar a beleza de um sorriso de uma criança, puro e transparente. Luminoso. Gargalhamos com o bruto e com o boçal ( vejam-se os programas de maior audiência das TV`s ).

   Estamos numa sociedade muito doente e em vias de extinção que ela própria provoca .

    Vejamos as leis referentes ao dom da vida ( que ninguém já aceita que o seja, mas que prefere chamar o “ produto” de uma manipulação laboratorial ou de um cálculo em “ folha Excel”). O caminho foi seguindo uma linha bem definida a que nos alheámos:

1.       Começámos por separar a sexualidade humana do amor;

2.       Depois a sexualidade da reprodução;

3.       Alçapremamos a sexualidade ao cume do hedonismo sem consequências naturais;

4.       Abolimos a paternidade separando-a da maternidade;

5.       Separamos a maternidade , da concepção ao nascimento, da Mãe e “ alugamos” uma geradora de bebés que ainda não é uma máqina(!) que depois são entregues aos encomendadores que perderam 9 meses de vinculação irreparáveis;

6.       Legislamos no sentido anti-natural, de uma criança não ter Mãe, mas dois pais, contrariando as leis da Natureza ou ao contrário: ter duas mães e não ter pai!

7.       Andam por aí projectos  que procuram definir como  cada uma das crianças nasce, neutro(?) até decidir o que quer ser ( a Teoria do Género está já no terreno da educação ( chamam-lhe mentirosamente “ Educação para a Cidadania”) a comandar os programas do ensino perante o silêncio e indiferença dos pais);

8.       Perante perturbações de identidade, por exemplo uma criança rapaz olhar-se ao espelho e achar que tem o pénis e o escroto a mais e que lá deveria estar uma vagina, proíbem-se as terapias que acompanhariam este distúrbio, tal como sucede com a anorexia nervosa, objecto de grandes preocupações e com tratamentos aprovados.

9.       Proíbem-se os pais de aconselhar e guiar os seus filhos menores no encaminhamento para o tratamento desta disforia que não aceita a sua natureza biológica….

10.   Promove-se o aborto sem pejo e chega-se a proibir que se reze pelas mães, tantas vezes desesperadas e que não têm quem as aconselhe com serenidade e não as induza, como única solução para o aborto;

11.   A fundação de Centros de Apoio à Vida foram postos de lado e dificultada a sua existência;

 

O sorriso das crianças, esperança do futuro, escasseia e está muito raro. Não nascem crianças e no caso das que nascem, os pais ( muitos pais) preferem  actividades de “ esbeltizaçao” do corpo a gastar alguns segundos a contemplar o sorriso de um filho.

E como é belo o sorriso de uma criança! Puro. Desinteressado. Imaculado. Como uma flor que se abre para nos alegrar com a sua cor, aroma e forma.

Como escreveu em 1976, Pierre Chaunu, em “ La Peste Blanche”:

 

 « … que a vida dos adultos seja iluminada, regenerada pelas gargalhadas das crianças. Porque a esperança está sempre nas suas mãos ».

As crianças são o futuro  e  se não  as houver há futuro!

 

Carlos Aguiar Gomes

 

 

 

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