segunda-feira, 25 de abril de 2022

S. João Paulo II - 30 anos - lembrança

 

Faz 30 anos em 15 de Maio p.p.( 2012) que o Papa Beato João Paulo II esteve em Braga, em visita pastoral memorável. Precisamente há 30 anos publiquei no “Diário do Minho” (20.5.1982) um artigo que me parece manter toda a atualidade. Republico-o agora, sem lhe mudar nada.

 

Braga deu o coração ao Papa!

O santo Padre, que nos honrou com a Sua visita e ensino ou com a Sua palavra, recebeu, quando chegou a esta velha urbe dos romanos e dos Arcebispos, um coração em filigrana. Não sei quem teve tão feliz iniciativa, mas daqui o felicito. De facto ao Vigário de Cristo na Terra nada mais agradará do que saber que os bracarenses estão com o Papa e Lhe dão o seu coração – creio que será esse o símbolo da oferta.

Parabéns a quem teve tão expressiva ideia – o coração para o Papa. Um coração que sente com a Igreja, que exulta com as suas vitórias e sofre com os seus revezes, que reza pelos oprimidos e perseguidos, que luta pelo homem – o homem todo e todos os homens!

Creio que esse coração trabalhado nessa renda de prata ou ouro que é a filigrana, terá um lugar especial no coração do Papa. Sim, o nosso coração, símbolo do amor e de doação, estará hoje e sempre, cada vez mais e melhor sintonizado com o coração do Papa. 

 

Que hipocrisia não seria darmos um coração de ouro ou prata ao Sumo Pontífice, talvez muito valioso, mas negarmos-Lhe o nosso!... Que engano seria tal oferta!... E nós, católicos bracarenses, não permitiremos que o coração entregue a Sua Santidade seja símbolo de mentira! Não! Esforçar-nos-emos todos para que o Santo Padre sinta que o nosso coração Lhe foi entregue. Que bate ao ritmo do Seu.

Sim, um coração que aceita com alegria a «Familiaris consortio» e a «Laborem Exercens»; que rejubila com «Redemptoris hominis»; que abraça com o maior fervor «O Mistério e culto da Santíssima Eucaristia»; que cumpre todas as normas disciplinares e litúrgicas aprovadas pelo Papa com a satisfação de Lhe obedecer. Um coração que não bate em ritmo acelerado nem retardado, mas ao ritmo certo, ao compasso da Igreja, Mãe e Mestra, esse é o coração oferecido ao Santo Padre. É o coração, assim ritmado, que o Papa aceitou no Sameiro. Braga deu o seu coração ao Papa, não lho vai retirar! A partir do dia 15 não se vai ousar, creio, dar o nosso coração, oferecido ao Papa, aos ídolos do mundo moderno. No Sameiro gritamos: Totus tuus e todos do Papa ficaremos!

 

Carlos Aguiar Gomes

 

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