. JOÃO PAULO II,
MAGNO (4)
SAMEIRO – 1982 -2022
15 de Maio
S. João Paulo II Magno, na
homilia que tenho estado a recordar, depois de alertar para a importância da
Família, comunidade onde se decide o futuro da humanidade, como o disse
inúmeras vezes, o Papa abordou uma questão vital para o futuro da humanidade: a
educação dos filhos, numa perspectiva de defesa do direito humano fundamental
de serem os pais e mais ninguém a decidir que género de educação querem para os
seus filhos.
«A educação, de acordo com o significado desta palavra, destina-se a
“ humanizar o homem. Homem desde o primeiro instante da sua concepção no seio
materno, gradualmente ele “aprende a ser homem”; e esta aprendizadem
fundamental identifica-se precisamente com a educação. O homem é o futuro da
própria família e da humanidade inteira – mas o seu futuro
acha-se inseparavelmente ligado à educação.». Seja-me permitido
sublinhar algumas ideias-chave deste
parágrafo:
1. Educar é humanizar, um caminho que nunca se
acaba de percorrer mas que é vital nas primeiras idades. Por isso o Papa enfatiza
este princípio que hoje anda esquecido e deturpado;
2. O homem “ começa” a sua peregrinação no
momento da concepção. Nem antes nem depois. Daí a ilação que se deve tirar: o
aborto mata um ser humano e temos de o dizer com clareza e sem subterfúgios,
malgrado o pensamento do “ cancelamento” agora dominante por nossa covardia;
3. O
futuro de cada homem está indelevelmente ligado à educação. Por isso, posso
concluir, que os novos “ educadores” que querem fazer “ um homem novo”, estão
visceralmente contra a liberdade de educar e pelo monopólio do Estado na
educação que se tornou neste campo num Estado totalitário.
Mas, voltando a S. João Paulo II Magno, no
Sameiro. O Papa disse:
«A
família tem o primeiro e fundamental direito a educar ; mas incumbe-lhe também
o primeiro e fundamental dever da educação. No cumprimento deste dever
essencial, que pertence estritamente à sua vocação , a família vai beber nas
fontes do grande tesouro de toda a humanidade que é a cultura; e mais
directamente, da cultura do ambiente onde está radicada.»
… Ou seja, lendo o parágrafo acima
transcrito: A família tem o direito e o dever de educar os seus filhos.
DIREITO e DEVER!
Depois, dirigindo-se com a voz clara e
muito firme ( recordo-me muito bem), S. João Paulo II Magno disse dirigindo-se
aos pais presentes e a todos os pais do mundo:
«E
vós, queridos pais e mães de família, conscientes de que o vosso lar é a
primeira escola de valorizaçdeste “ outro dever”ão humana dos filhos que Deus vos deu, estareis
conscientes também , certamente, deste outro dever que vos incumbe: de tudo
dispor ou até exigir, para que os vossos filhos
possam progredir harmonicamente, na ascensão para a vida, apoiados numa
conveniente formação humana e cristã.» É
o momento de eu perguntar aos meus leitores que são pais e mães em idade
escolar se têm consciência “ deste outro dever” de TUDO DISPOR E EXIGIR para que os seus
filhos possam ser educados fora da família, ligar primeiro, principal e
insubstituível onde os filhos devem iniciar a sua educação, no respeito dos
valores e crenças da família.
Compreendem os pais que devem exigir
e organizarem-se para que a Escola não os substitua mas que coopere com eles?
Mobilizam-se os pais para a defesa dos seus direitos na educação da sua
prole? Dão-se conta os pais do endoutrinamento vigente nas escolas públicas portuguesas sobre e na
chamada “ Teoria do Género”?
Apercebem-se e lutam contra a “ lavagem ao cérebro” dos seus filhos em
programas televisivos e em todos os meios de comunicação social?
Deram-se
conta, dão-se conta, os pais de hoje que a Escola está a violar a Constituição
portuguesa vigente no que concerne à veiculação de princípios filosóficos,
antropológicos e sociais aberrantes e
anti-científicos que atacam o direito de
escolha das escolas para os seus filhos em igualdade total para todos os pais,
ferindo gravemente o pluralismo e a liberdade religiosa?
( Continua)
Carlos Aguiar Gomes
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