sábado, 9 de abril de 2022

"Tantas ruínas, tantas lágrimas, tanto sangue.",

 "Tantas ruínas, tantas lágrimas, tanto sangue.", lamenta Bispo de Odessa em reunião com a Fundação AIS

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UCRÂNIA: “Tantas ruínas, tantas lágrimas, tanto sangue…”, lamenta Bispo de Odessa em reunião com a Fundação AISUCRÂNIA:

“Tantas ruínas, tantas lágrimas, tanto sangue…”, lamenta Bispo de Odessa em reunião com a Fundação AIS

Lisboa, 06 de Abril de 2022 | PA

 

A cidade de Odessa está no epicentro da guerra. Para o Bispo Romano-Católico de Odessa, D. Stanislav Schyrokoradiuk, a cada dia que passa aumenta o sofrimento das populações e isso é particularmente visível na sua diocese. Num encontro virtual com directores de diversos secretariados nacionais da Fundação AIS, o Bispo descreveu um ambiente dramático de destruição e violência, escutando-se todos os dias as sirenes que sinalizam novos ataques, novos bombardeamentos.

“Tantas ruínas, tantas lágrimas, tanto sangue no nosso país…”, disse D. Stanislav, lembrando que, no primeiro mês de guerra, centenas de crianças foram mortas ou ficaram gravemente feridas. “Crianças perderam mãos ou pés nos bombardeamentos… é terrível!” Na reunião, em que participou também Catarina Martins de Bettencourt, directora da Fundação AIS em Portugal, o Bispo de Odessa referiu que a guerra atingiu a Ucrânia com toda a brutalidade, mas o país não tem alternativa senão lutar pela sua independência. Uma independência que significa liberdade e ligação à Europa.

“Este é o caminho que escolhemos e que queremos seguir, mesmo que seja para todos nós um caminho da Cruz.” Sublinhando que a guerra não é entre ucranianos e russos, o prelado lembrou que ambos os povos são vítimas deste conflito armado em pleno coração da Europa. “Os ucranianos são vítimas da guerra e o povo russo é vítima da propaganda”, explica. Uma propaganda que não permite ver o que se está a passar. “Espero que tenham os olhos abertos para que a paz possa acontecer”, disse ainda D. Stanslav.

Enquanto a paz não chega, o quotidiano faz-se de guerra, com o exército ucraniano a conseguir repelir em algumas situações o avanço das tropas russas. Os ataques têm causado imensos danos nas zonas urbanas, nomeadamente também em estruturas da Igreja. Durante a noite de 28 para 29 de Março, por exemplo, um edifício pertencente à paróquia foi destruído. “No entanto, muitas pessoas querem ficar, e essa é a minha grande preocupação”, explica o prelado referindo-se a Mykolaiv, uma das localidades onde a situação tem estado mais tensa, a par de Odessa e Kherson. Tal como as populações resistem, também todos os sacerdotes já disseram que vão ficar, mesmo que se encontrem em zonas de conflito aberto. “Os padres vão de aldeia em aldeia levando às populações ajuda de emergência. Eles estão muito empenhados neste seu trabalho, embora seja muito perigoso”, explica o Bispo.

Com o acesso marítimo cortado, a Diocese de Odessa-Simferópol tem procurado organizar o transporte de bens essenciais, nomeadamente comida e medicamentos desde Lviv, na Ucrânia ocidental, o que implica também viagens muito arriscadas. Lviv tornou-se numa espécie de ponto chave para a distribuição da ajuda humanitária que chega do exterior via Polónia. Até agora, explicou o Bispo aos directores da Fundação AIS, tem sido possível assegurar a distribuição de bens essenciais na região de Odessa, onde vivem pessoas de 120 nacionalidades diferentes. “Ajudamos todos sem olhar à religião”, diz o prelado. A cooperação com outras igrejas cristãs tem permitido agilizar esse trabalho.

Sobre o apoio disponibilizado pela Ajuda à Igreja que Sofre, D. Stanislav Schyrokoradiuk mostrou-se comovido. Não só pelo facto de a Fundação AIS ter sido a primeira instituição a oferecer ajuda, como pelo compromisso já assumido de financiar novos veículos para a diocese de forma a permitir uma maior distribuição da ajuda pelas populações locais. “A vossa solidariedade comove-nos profundamente”, disse.

 

Desde que a guerra teve início, com a invasão pelas tropas russas a madrugada de 24 de Março, a Fundação AIS já disponibilizou uma ajuda de emergência para a Igreja ucraniana no valor de 1,3 milhões de euros.

 

 

Departamento de Informação da Fundação AIS | ACN Portugal

 

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