quinta-feira, 21 de abril de 2022

S. JOÃO PAULO II, MAGNO (5) SAMEIRO – 1982 -2022 15 de Maio

 

                                               S. JOÃO PAULO II, MAGNO (5)

                                                 SAMEIRO – 1982 -2022

                                                          15 de Maio

 

  Aquando de um casamento, civil ou religioso, falamos de “ anel de casamento” em vez de “ aliança de casamento”. São expressões distintas. Os anéis podem ser artefactos de maior ou menor valor e até  alguns podem ser joias de grande valor artístico, material ou sentimental ou tudo junto. Os anéis não são, porém alianças. Estas não se usam como elemento de adorno que se mudam ao gosto de quem as usa ou do momento social em que se esteja a viver ou a condizer com outras joias.

    As “ alianças de casamento” são um sinal que se permuta no acto de casamento e que recordam, para sempre, aquele acto, sacramento ou não. É tão significativo este “signo” que não é quem preside, o sacerdote, no caso da matrimónio cristão que coloca no dedo dos noivos a aliança, mas entregando-as a este lhes diz: “ … estas alianças em sinal de fidelidade, recordem o seu compromisso de amor” e pede , de seguida que o noivo coloque no dedo da noiva a aliança, que normalmente leva , por dentro o nome da noiva, e vice-versa. E cada um diz:”… recebe esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade…”. Quando este acto está completo, os noivos passam a marido e esposa. E para realçar a dignidade deste gesto e o seu profundo significado, de amor e fidelidade,que por via de regra as alianças são de ouro, um metal nobre.

  S. João Paulo II Magno, no Sameiro disse aos presentes e a todo o mundo:

« Pela virtude do espírito Santo, o homem e a mulher estreitam entre si a Aliança Matrimonial, que por instituição divina, “ desde o princípio” é indissolúvel» e o Papa  acrescentou de seguida:« Radicada na complementaridade natural que existe entre o homem e a mulher, a indissolubilidade é sancionada pelo recíproco compromisso de doação pessoal e total , e é exigida pelo bem dos filhos.».

   Como é oportuna a afirmação destas evidências. Sublinho desta passagem alguns elementos que hoje, até dentro da Igreja são contestados ( cf, por exemplo, as posições inadmissíveis do Cardeal Marx , do Cardeal Hollerich ou  da Conferência Episcopal alemã, entre outros e perante as quais NINGUÉM pode ficar indiferente.):

1.      O matrimónio é de instituição divina entre homem e mulher;

2.      Aquele radica na complementaridade natural que existe entre homem e mulher;

3.      Aquele é e terá de ser entendido sempre como “ doação pessoal e total “;

4.      “( o matrimónio) como fruto , sinal e exigência do amor absolutamente fiel, que Deus tem para com o homem, e que o Senhor Jesus  vive para com a sua Igreja».

Olhando à nossa volta podemos constatar como vibram de actualidade estas palavras de S. João Paulo II Magno, nestes tempos que recusam toda a doutrina sobre o matrimónio e que o pensamento Woke, do Cancelamento, nos querem impedir de proclamar! Mas este combate é o que temos de saber travar e, para isso, teremos de nos apetrechar bem e ter a  coragem de não temer os insultos e outras represálias com que nos atacam.

  Disse então S. João Paulo II Magno estas palavras que hoje têm mais visibilidade do que em 1982:

« Esta doutrina não se harmoniza , certamente, com a mentalidade de tantos contemporâneos nossos que julgam impossível um compromisso de fidelidade para a vida inteira» e de complementaridade entre homem e mulher.

  A seguinte passagem desta notabilíssima homilia do Papa polaco deverá hoje ser gritada para dentro da Igreja, Povo de Deus e Hierarquia :

« … é missão específica da Igreja « apregoar o alegre anúncio da irrevogabilidade daquele amor conjugal que tem em Jesus Cristo o fundamento e o vigor (…) tal missão não se impõe somente à Hierarquia; também a vós, a cada um dos casais cristãos , chamados a ser no mundo um “ sinal”, sempre renovado, “ da fidelidade imutável  com que Deus e Jesus Cristo amam a todos e cada um dos homens».

Carlos Aguiar Gomes

 

Continua

 

 

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