S. JOÃO PAULO II, MAGNO (5)
SAMEIRO – 1982 -2022
15 de Maio
Aquando de um casamento, civil
ou religioso, falamos de “ anel de casamento” em vez de “ aliança de
casamento”. São expressões distintas. Os anéis podem ser artefactos de maior ou
menor valor e até alguns podem ser joias
de grande valor artístico, material ou sentimental ou tudo junto. Os anéis não
são, porém alianças. Estas não se usam como elemento de adorno que se mudam ao
gosto de quem as usa ou do momento social em que se esteja a viver ou a
condizer com outras joias.
As “ alianças de casamento” são um sinal que
se permuta no acto de casamento e que recordam, para sempre, aquele acto,
sacramento ou não. É tão significativo este “signo” que não é quem preside, o
sacerdote, no caso da matrimónio cristão que coloca no dedo dos noivos a
aliança, mas entregando-as a este lhes diz: “ … estas alianças em sinal de
fidelidade, recordem o seu compromisso de amor” e pede , de seguida que o noivo
coloque no dedo da noiva a aliança, que normalmente leva , por dentro o nome da
noiva, e vice-versa. E cada um diz:”… recebe esta aliança como sinal do meu
amor e da minha fidelidade…”. Quando este acto está completo, os noivos passam
a marido e esposa. E para realçar a dignidade deste gesto e o seu profundo
significado, de amor e fidelidade,que por via de regra as alianças são de ouro,
um metal nobre.
S. João Paulo II Magno, no
Sameiro disse aos presentes e a todo o mundo:
« Pela virtude do espírito Santo, o homem e a mulher estreitam entre
si a Aliança Matrimonial, que por instituição divina, “ desde o princípio” é
indissolúvel» e o Papa acrescentou de
seguida:« Radicada na complementaridade natural que existe entre o homem e a
mulher, a indissolubilidade é sancionada pelo recíproco compromisso de doação
pessoal e total , e é exigida pelo bem dos filhos.».
Como é oportuna a afirmação
destas evidências. Sublinho desta passagem alguns elementos que hoje, até
dentro da Igreja são contestados ( cf, por exemplo, as posições inadmissíveis
do Cardeal Marx , do Cardeal Hollerich ou da Conferência Episcopal alemã, entre outros e
perante as quais NINGUÉM pode ficar indiferente.):
1.
O matrimónio é de instituição divina
entre homem e mulher;
2.
Aquele radica na complementaridade
natural que existe entre homem e mulher;
3.
Aquele é e terá de ser entendido
sempre como “ doação pessoal e total “;
4.
“( o matrimónio) como fruto ,
sinal e exigência do amor absolutamente fiel, que Deus tem para com o homem, e
que o Senhor Jesus vive para com a sua
Igreja».
Olhando à nossa volta podemos constatar como vibram de actualidade estas
palavras de S. João Paulo II Magno, nestes tempos que recusam toda a doutrina
sobre o matrimónio e que o pensamento Woke, do Cancelamento, nos querem impedir
de proclamar! Mas este combate é o que temos de saber travar e, para isso,
teremos de nos apetrechar bem e ter a
coragem de não temer os insultos e outras represálias com que nos
atacam.
Disse então S. João Paulo II
Magno estas palavras que hoje têm mais visibilidade do que em 1982:
« Esta doutrina não se harmoniza , certamente, com a mentalidade de
tantos contemporâneos nossos que julgam impossível um compromisso de fidelidade
para a vida inteira» e de complementaridade entre homem e mulher.
A seguinte passagem desta
notabilíssima homilia do Papa polaco deverá hoje ser gritada para dentro da
Igreja, Povo de Deus e Hierarquia :
« … é missão específica da Igreja « apregoar o alegre anúncio
da irrevogabilidade daquele amor conjugal que tem em Jesus Cristo o fundamento
e o vigor (…) tal missão não se impõe somente à Hierarquia; também a vós, a
cada um dos casais cristãos , chamados a ser no mundo um “ sinal”, sempre
renovado, “ da fidelidade imutável com
que Deus e Jesus Cristo amam a todos e cada um dos homens».
Carlos Aguiar Gomes
Continua
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