SILERE NON POSSUM
(Não me posso calar – Sto Agostinho)
“Para
destruir um povo é preciso destruir as suas raízes.” (
Alexandre Soljenitsyne)
Carta aos meus
amigos – nº 3
BRAGA – 15 de Setembro
de 2022
+
PAX
Caros Amigos:
INVERNO DEMOGRÁFICO - CATÁSTROFE DEMOGRÁFICA –
IMPLOSÃO DEMOGRÁFICA
As três expressões com que encimo esta
Carta, significam o mesmo: a humanidade está a viver uma verdadeira derrocada
de auto-destruição e tudo por causa do facto de não nascerem crianças que
permitam, no mínimo, a substituição de gerações. Pela primeira vez, que se
conheça, o número de velhos com mais de 65 anos ultrapassa o número de crianças
com menos de 5 anos ( Phil Lawler, in CatholicCulture, 5 .IX.22)) na Terra.
Quanto mais desenvolvido é um país, mais
acentuada é esta catástrofe.
Inúmeros países, como Portugal, já não
substituem as gerações (no nosso país desde 1982). A taxa de natalidade atinge
níveis nunca antes observados. As campanhas anti-natalistas não esmorecem. Em Portugal,
por exemplo, as aulas da disciplina da chamada “ Educação para a Cidadania” ,
em numerosos casos, não passam de aulas da promoção da contracepção, com
exemplos audiovisiais e de material atinente com explicações do seu uso. Mesmo
em escolas ditas católicas. A mensagem recorrente e mentirosa, é a de “ o ser
humano é em si mesmo uma ameaça para o Planeta”. Assim, para salvar a Terra,
segundo estes aldrabões acientíficos, é imperioso que não nasçam crianças. O
embuste passa sem oposição visível e está a contaminar todos os grupos sociais,
culturais, artísticos ou, até, religiosos (Mons. Vincenzo Paglia, Presidente da
Academia Pontifícia para a Vida disse recentemente (canal RaiTre, no
passado 26 de Agosto) que a lei 194, que liberaliza o
Aborto em Itália, era um “ pilar da sociedade”!).
As multinacionais promotoras da
anti-natalidade recebem apoios multimilionários. E não podemos esquecer as
gravíssimas ameaças que, na década de 70 do século passado, foram divulgadas
massivamente, ameaçando a humanidade da chamada “ bomba demográfica” que iria
emergir e destruir a Terra, esgotando os seus recursos alimentares, hídricos
ou, até, espaciais…
São já numerosos os jovens que decidiram
nunca vir a ter filhos invocando razões de natureza” ecológica”, na medida
em que os filhos iriam aumentar a “
pegada de carbono” …O número de filhos por mulher em idade fértil está no seu
mínimo. São cada vez mais frequentes os casais que não querem terem filhos ou,
na melhor das hipóteses, um filho é o que se “ autorizam” a ter. Também, quando
decidem casar-se, os jovens adiam até muito tarde o nascimento do primeiro (e
talvez único) filho.
Simultaneamente, promovem-se as maternidades
de substituição em que, frequentemente ,voluntária e conscientemente, se privam
os bebés de conhecerem o seu pai. A chamadas “ barrigas de aluguer”, em muitos
casos, são expressão disso mesmo: privar as crianças de virem a saber quem é o
seu pai.
Concomitantemente, felizmente, a esperança de
vida continua a aumentar o que torna a sociedade cada vez mais com um peso
muito grande de velhos com o cortejo de encargos que arrasta consigo.
Vivemos, que ninguém
tenha dúvidas, um verdadeiro Inverno demográfico ou de catástrofe demográfica
causadores de uma tremenda implosão demográfica.
Por isso… SILERE NON
POSSUM!
Carlos Aguiar Gomes
Braga, 15.IX.22
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