SILERE NON POSSUM
(Não me posso calar – Sto Agostinho)
“Para
destruir um povo é preciso destruir as suas raízes.” (
Alexandre Soljenitsyne)
Carta aos meus
amigos – nº 12
BRAGA – 17 de
NOVEMBRO de 2022
+
PAX
Caros Amigos:
«Climate science should be less political, while
climate policies should be more scientific. In particular, scientists should
emphasize that their modeling output is not the result of magic: computer
models are human-made. What comes out is fully dependent on what theoreticians
and programmers have put in: hypotheses, assumptions, relationships,
parameterizations, stability constraints, etc. Unfortunately, in mainstream
climate science most of this input is undeclared.
To believe the
outcome of a climate model is to believe what the model makers have put
in. This is precisely the problem of today’s climate discussion to which
climate models are central. Climate science has degenerated into a discussion
based on beliefs, not on sound self-critical science.» (“World Climate
Declaration,"assinada por mais de 1200 cientistas de todo o mundo e de
várias áreas do saber) .
Vai esta
Carta, caros Amigos, quando decorre a COP27 no Egipto sobre “alterações
climáticas” e Lisboa tem sido “ sacudida” por jovens cabeludos e imberbes, de
calças rotas e barrigas ao léu a protestar contra as “ energias fósseis” ,
nomeadamente petróleo e gás natural, os mesmos que vão de carro para as suas
“noites” e querem a sua casa aquecida no Inverno ou arrefecida no Verão! Ah! e
não dispensam os seus modernos telemóveis e afins que existem porque usam lítio
contra cuja exploração estão. Aquelas manifestações e cimeira abrem telejornais
e são capa de revistas e jornais. Passam mensagens todas no mesmo sentido: o
Homem é o único causador das chamadas “ alterações climáticas”. Peço-vos, caros
Amigos que observem o gráfico abaixo, que nos dá que pensar e se refere à
evolução da temperatura do planeta desde há 800 000 anos, ou seja, ainda sem o
“ mau da fita”, o Homem, estivesse presente no nosso Planeta. Como os meus
Amigos sabem, na História da Terra, os períodos de glaciação com duração de
muitas centenas de milhar de anos em que gelos “ perpétuos” com vários
quilómetros de espessura, cobriam toda a
Terra ou enormes áreas de continentes e mares existentes nas diferentes épocas,
se alternavam com períodos de aquecimento e, consequente degelo, os chamados
períodos inter-glaciais.( Temos em Portugal alguns testemunhos dos efeitos do
degelo da última Glaciação, a de Wurm,por exemplo, no vale em U do Zêzere,as
lagoas da Serra da Estrela ou na Serra do Gerês em alguns locais os chamado “
modelado aborregado” entre outros
testemunhos. E os meus leitores podem ver que nem os períodos glaciares
nem os inter-glaciares são lineares, mas nitidamente oscilantemente arrítmicos
com flutuações muito variáveis e, obviamente, com aquecimento/arrefecimento
sucessivos.
Assim, e de forma epistolar, logo muito sucinta, não há “ emergência
climática” antrópica como os políticos nos querem fazer crer.
Li, recentemente, um livro notável sobre este tema e cujo título é
provocador e nada “ politicamente correcto”, mas é um livro sério e feito por
um perito-cientista com larga experiência e saber: “ LES ÉCOLOS NOUS MENTENT!”,
de Jean de Kervasdoué ( Ed. Albin Michel, Paris, 2021). O autor é economista da
saúde, diplomado em “ Agro et des Eaux et forêts”, foi director dos Hospitais
em Governo francês da Esquerda. Autor de várias obras sobre meio ambiente.
Sugiro vivamente a sua leitura a todos os que querem andar bem informados e a
não se deixarem manipular pelo “ Pensamento WOKE”.
Como disseram na Declaração Sobre o Clima
Mundial e assinada por mais de 1200 cientistas, investigadores e/ou docentes
universitários de várias áreas da Ciência e onde não faltam Geólogos e Climatologistas:
«Climate science
should be less political, while climate policies should be more scientific. In
particular, scientists should emphasize that their modeling output is not
the result of magic: computer models are human-made. What comes out is fully
dependent on what theoreticians and programmers have put in…»
“A Climatologia deve ser menos política
enquanto que os políticos do clima devem ser mais cientistas. Em particular, os
cientistas devem enfatizar que o que os seus modelos debitam não é o resultado
de magia: os modelos de computador são feitos pelo Homem. Que os seus
resultados estão completamente dependentes do que os teóricos e programadores
lhe introduziram…” traduzindo, “ tant pis que mal”, a introdução à Declaração
que foi mote para esta minha Carta.
Não posso, pois calar a “ lavagem ao cérebro “
que permanentemente me querem fazer. Creio na Ciência sem ser manipulada por
ideólogos como fez, por exemplo, Lisenko, na URSS, para agradar ao regime
totalitário. Quando a Ciência se deixa contaminar pela(s) ideologia(s) nunca dá
certo. Já devíamos saber disto.
SILERE NON POSSUM!
Carlos Aguiar Gomes, Braga,17.XI.22
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