De uma vez por todas, quem somos?
- Em primeiro lugar somos Leigos, e escrevemos essa palavra com L maiúsculo. Significa que pretendemos crescer na nossa natureza de batizados, participando do sacerdócio eterno de Cristo, da Sua condição de Profeta e da Sua realeza eterna. Significa que não aceitamos ser "clericalizados" como se toda a dignidade estivesse reservada às cadeiras do santuário. Nós, pelo contrário, ocupamos orgulhosamente os bancos da nave. Significa que contamos com os Sacerdotes para nos beneficiarem com os Milagres do Perdão e da Redenção; e que eles podem contar connosco para fazer, na terra, a vontade dO Pai.
- Em segundo lugar, somos Leigos Consagrados. E isto é em si mesmo uma redundância, pois o próprio S. Louis de Montfort nos ensina que a única consagração necessária é a do Batismo e todas as consagrações posteriores não são senão suplementos mistagógicos com vista a viver mais verdadeiramente esse mesmo batismo.
Então porque é que São Luís propõe uma consagração a Nossa Senhora? E porque é que nós a praticamos? Porque (também ele nos explica) apesar de o Batismo já nos trazer a suma dignidade que o homem pode alcançar, esta consagração consciencializa-nos dessa mesma dignidade e facilita que vivamos de acordo com ela. - Certamente poderíamos ser leigos que vivem autonomamente essa Consagração a Nossa Senhora. No entanto, conscientes da nossa fraqueza e da nossa inclinação para o pecado, desejamos viver essa consagração em comunidade e por isso formamos uma família espiritual: uma Milícia.
- A escolha de uma palavra com uma conotação tão bélica não acontece por acaso. Somos Milícia porque somos violentos. A ao que se dirige essa violência? Antes de tudo, ao mal que existe dentro de nós e depois aos frutos da mentira. Como também somos um apostolado laical vocacionado ao reinado social de Cristo, somos chamados à violência contra a mentira na sociedade.
- Por fim, uma pequena minoria de entre nós são escolhidos pelo bispo diocesano para serem instituídos cavaleiros: isto é, leigos que se comprometem a ser braços do seu pároco e do seu bispo para os servir nas matérias não-espirituais, tais como os assuntos sociais, culturais, económicos ou científicos. Para isso, apoiam-se numa vivência da espiritualidade cisterciense adaptada à vida secular.
P.S.: Somos uma família espiritual composta por indivíduos apaixonados e totalmente entregues às suas respetivas famílias biológicas. Encontramos entre nós apoio e conforto nas nossas alegrias, esperanças, tristezas e angústias do quotidiano.
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