Da Cruz à luz
Uma das coisas que mais chamam a atenção em casas de famílias crentes é que, por vezes, encontramos belas esculturas ou quadros a dar-nos as boas-vindas, mas… nenhum sinal cristão. E os símbolos constituem uma linguagem que revelam a nossa identidade mais profunda.
Além disso, a nossa Diocese do Porto anda a viver um plano pastoral que foi formulado com a conhecida expressão bíblica: “Como os ramos na videira”. Neste ano, em concreto, especificámo-la no lema: “Todos família, todos irmãos”. Ora, será muito difícil assumir a fraternidade se não participarmos todos da mesma seiva daquela «videira» onde se inserem os ramos: Jesus Cristo.
Por este motivo, pareceu-nos conveniente lançar uma forte campanha para que todas as «Igrejas domésticas», todas as famílias crentes, concedam um lugar de destaque a um símbolo cristão no interior das suas casas. E o principal, para nós, é a cruz, verdadeira “árvore da vida”. Pedimos, pois, ao escultor Bruno Marques que idealizasse um crucifico à base de três ideias principais: arte, abertura para a ressurreição e preço acessível a todas as famílias.
É esta cruz, identificada com o brasão da nossa Diocese e com a frase-síntese do plano pastoral que gostaríamos de ver em todas as casas. Até como forma de assinalar este período obscuro das nossas vidas – o tempo de pandemia – do qual jamais nos esqueceremos: se nós sofremos tanto com ele, quanto mais o Senhor sofreu por nós!
Convido, pois, todas as famílias cristãs da nossa Diocese a introduzirem o crucifixo nas suas casas. Este ou outro, pois a cruz ajuda-nos a elevar a mente para a luz de Deus e a cultivar a fé, a esperança e a caridade. E peço-lhes que ajudem as outras famílias a fazerem o mesmo. Também isto é apostolado.
+ Manuel, Bispo do Porto
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