«A REALIDADE É SUPERIOR À IDEIA»
( Blaise Pascal)
SILERE NON POSSUM
(Não me posso
calar – Sto Agostinho)
“Para destruir um povo é preciso destruir as suas
raízes.” (Alexandre
Soljenitsyne)
Carta aos meus
amigos – nº 48
BRAGA ,27 –
JUlHO - 2023
+
PAX
Vivemos um tempo, este, em que a realidade
anda travestida, ocultada, pela roupagem da ideologia woke e outras afins.
Muitos de nós já não consegue distinguir o que é a realidade, tal como ela é,
da “realidade” que nos é imposta pela ideologia. Esta distorce completamente
aquela. Já não se pode dizer, por exemplo e em muitos países: “ Esta mulher
está grávida”. Teremos de dizer, para não sermos considerados fascistas,
sexistas , machistas e outros “ istas” : “ Esta pessoa está grávida”!
Vivemos, não tenhamos dúvidas, numa época de claro ocultismo.
Explico: face à realidade, “ impingem-nos” a ficção ideológica que esconde
aquela até em termos lexicais.
Vou tentar ilustrar com alguns exemplos
concretos o que acabei de escrever.
1. Jesus Cristo disse, muito claramente, que
era (é e continuará a ser) o Caminho, a Verdade e a Vida. (Respondeu
Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a
vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim... João 14:6.).
Aqueles artigos definidos a e o no singular, ditos, assim por Jesus, não abrem “leques”
plurais e equivalentes, como se tudo fosse válido. Jesus quis e quere que Ele
seja tido e considerado como o único acesso ao Pai. Não há caminhos paralelos
ou cruzados ou entrecruzados, tecidos a nosso bel - prazer e “ estado de
espírito” de um momento. Jesus não é uma estrela efémera de cinema ou do rock.
Jesus é o único Salvador, ontem, hoje e sempre. Não há outro Salvador. E é este
Salvador que os cristãos têm de anunciar, “ a tempo e a contra-tempo”, como nos
diz S. Paulo. E anunciar de forma explícita. Não faz, pois sentido nenhum,
juntarem-se cristãos, em nome de Jesus, se não for para O anunciar claramente e
sem subterfúgios por palavras claras e acções coerentes. Não para “ a borga” (a
“ eminentíssima” expressão não é minha!).
Jesus Cristo não é
uma ideia. Um líder político. Um agitador de massas que moldamos a nosso gosto
de momento. Não, Jesus não é um líder que muda de opinião para nos agradar.
É uma (a) realidade eterna. Imutável. É.
É por que é Deus e não um Ser em mutação ao sabor dos nossos desejos e ao
serviço de uma ideologia. Jesus é uma realidade e não uma ideia! Muito menos um
projecto político.
«A
realidade é superior à ideia»
2. Sabemos, há já muito tempo, que no ovo
humano, produto da fusão do núcleo do espermatozoide com o do óvulo, passa a
ter, até qualquer vestígio seu e do seu desenvolvimento, 23 pares de uns
bastonetes, os cromossomas, onde um dos pares define o SEXO do ser humano que
acaba de surgir. Falo dos cromossomas X e Y. Nuns casos este par é XX e noutros
casos é XY. Assim aparece o primeiro sinal da diferença sexual entre mulheres e
homens. Negar este FACTO científico é erro crasso e ignorância inadmissível a
qualquer estudante. Agora andam-nos a dizer que esta diferença não tem qualquer
importância se, mais tarde, o desejo do respectivo portador não o quer aceitar!
Por causa destes cromossomas aparecem
órgãos sexuais diferentes nos homens e nas mulheres e só a mutilação
pode fazer desaparecer. Mas os cromossomas XX e XY lá ficarão apesar das
mutilações que se fizerem. E ficarão para sempre em todas as células dos muitos
milhões que cada pessoa tem, excepto nas células reprodutoras pois tal facto
permite a manutenção dos tais 23 pares de cromossomas que só têm 23 cromossomas
um dos quais é X ou Y. Isto não é uma suposição ou desejo. É um FACTO
científico indesmentível. E nasce-se rapaz ou rapariga!
(
POR FAVOR; caro AMIGO-LEITOR: Leia a entrevista abaixo de que tomei
conhecimento quando já tinha escrito esta Carta!)
«A
realidade é superior à ideia»
3. Vou “ agarrar” outro dado, apresentado como um facto: a
escravatura é um produto do homem branco. É esta a “ verdade” imposta a toda a
hora por políticos ignorantes e mal - intencionados, sinistros. E, agora, umas
perguntas incómodas a estes “ sábios” que pululam nas escolas de todos os graus
de ensino:” Sabe quem construiu as pirâmides do Egipto?”; “ Sabe quem carreou
as pedras das pirâmides Incas?”; “Sabe quem escravizava os açorianos, os
raptava e levava para o Norte de África?”; “ Sabe quem vendia os negros da
África aos comerciantes esclavagistas?”; “ Sabe qual era o destino dos
cristãos, que não eram assassinados, aquando da invasão mourisca da península
hispânica?”; “ Sabe por que razão os escravos negros, os homens, vendidos aos
árabes eram castrados todos?”; “ Sabe …?” . Sabem todos esses “ doutores da
mula ruça” que a escravatura não foi inventada por brancos mas que existiu
praticamente em todas as culturas? Não sabem, ou parecem não querer saber. (… E
temos de pedir desculpa?) Muito simples : é preciso culpabilizar a nossa
Cultura Ocidental. Baseado nos valores judaico-cristãos, com o enorme
contributo da Grécia Antiga e de Roma. É
esta civilização que nos trouxe a Democracia ou a Liberdade. É esta Civilização
que é urgente arrasar até aos alicerces mais profundos para “ criar” um homem
novo” que o comunismo não conseguiu alcançar. Mas, tal como previu George
Orwell, entre outros, os marxistas, agora wokistas, não desistem de atingir.
Por isso nos impõem a escrita dita inclusiva (idiotia gramatical e lexical e massacre
para oradores e ouvintes!) e andam a reescrever grandes obras com a conivência
do nosso silêncio e indiferença, a Ideologia do Género, e outras “ fantasias”
que se designam por quase todas as letras do alfabeto – LGBTQIP+ , sem esquecer
o ecologismo radical tão em voga .
Posso ficar calado perante o assalto à
realidade que a ideologia pretende apagar manipulando “ várias formas de ocultar
a realidade” ( Blaise Pascal)?
Não, não me posso calar!
«A
realidade é superior à ideia»
SILERE NON POSSUM!
Carlos Aguiar Gomes
PS:
§ Se
CULTURE DE MORT :
IDÉOLOGIE DU GENRE / SCIENCE
Ce sont les chromosomes, apparus dès
la conception, qui font de nous une « femme » ou un « homme »
Claudine Junien, professeur émérite de
génétique médicale et membre correspondante de l’Académie nationale de
médecine, co-auteur du livre C’est
votre sexe qui fait la différence (Plon), a été interrogée par
Eugénie Bastié dans Le Figaro. Extrait :
[…] Les progrès de la génétique nous ont appris que ce sont les
chromosomes, supports de l’ADN, qui apparaissent dès la conception, sont
présents dans chacune de nos milliers de milliards de cellules, et qui font de
nous une « femme » avec la paire de chromosomes sexuelle XX ou, un « homme »,
avec la paire XY, de la tête aux pieds. Ainsi quand les hormones vont
apparaître (entre la 6ième et la 8ième semaine de gestation) en quantités
variables (gestation, périnatalité, puberté, ménopause) elles ne seront jamais
seules mais toujours accompagnées de ces chromosomes et de leurs gènes, qui
sont eux, dans toutes nos cellules et tout au long de la vie.
Trouvez-vous qu’aujourd’hui la biologie est
niée ?
Le déni ou la minimisation du rôle de la biologie dans les différences
liées au sexe, repose, en partie sur la confusion entre les notions de sexe et
celle de genre, d’inné et d’acquis, de facteurs génétiques et environnementaux.
Une idée reçue domine : la croyance qu’on ne peut pas agir sur la génétique en
raison de l’inertie de l’ADN, alors que l’on pourrait agir sur tout ce qui est
lié à l’environnement par le biais de l’épigénétique, considérée – en partie à
raison – comme réversible, mais pas dans sa totalité. Cette idée reçue oriente
la préférence vers les seuls facteurs environnementaux plus faciles à
manipuler. Dans l’esprit du plus grand nombre les différences liées au sexe
(DLS) résulteraient de constructions sociales et historiques qu’il n’y aurait
plus qu’à déconstruire (grand mythe sur les stéréotypes). Cette croyance dans
le rôle majeur et quasi exclusif d’un environnement omniprésent dépend de la
nature de la formation : scientifique ou non.
Y a-t-il une forme d’exception française sur
ce sujet ?
Entre ignorance et rejet, cette exception française fait partie d’une
idéologie à laquelle on adhère encore de nos jours. Il faut peut-être remonter
à l’époque de Trofim Lyssenko (1898-1976), l’égérie soviétique et à sa
déplorable manie de mélanger sans discernement Science et Politique à propos de
la biologie végétale. Ses « errances » rejetaient la « génétique bourgeoise »
et faisaient toute la place à des « facteurs environnementaux », en plein
obscurantisme pour l’époque. […]
Le cerveau aussi est-il sexué ?
Les hormones ne peuvent pas être tenues pour seules responsables des
différences observées entre mâles et femelles. Ainsi plus précisément les gènes
des chromosomes X et Y sont à l’origine des DLS qui apparaissent dès la
conception et jusqu’à la détermination du sexe à partir de la gonade primitive.
C’est sous l’influence du gène SRY spécifique du mâle situé sur le chromosome
Y, entre la sixième et la huitième semaine que va se produire la détermination
du sexe, avant l’apparition des hormones mâles et femelles sécrétées par les
gonades différenciées, (ovaires et testicules). Ce sont donc les chromosomes et
uniquement les chromosomes qui sont responsables dans toutes nos cellules des
DLS observées avant cette période. Comme tous nos organes, toutes nos cellules,
neurones compris, le cerveau ne souffre aucune exception : il est aussi sexué.
Ainsi dans la maladie de Parkinson outre certains mécanismes dopaminergiques,
des études récentes ont montré que le gène SRY joue un rôle-clé, impossible
chez la femme, du fait de son absence. Or cette maladie affecte 2 fois plus
d’hommes que de femmes ! Dans le cerveau comme nous l’avons vu, les DLS qui
sont détectées sont dues aux chromosomes puis aux hormones d’origine génétique
(sexe), elles aussi.
À propos des jouets sexués, vous affirmez que
la socialisation semble n’avoir qu’un effet modulateur sur des différences
comportementales en réalité ancrées dans la biologie…. Qu’est-ce à dire ?
De nombreuses études ont comparé l’usage d’objets divers et les
comportements ludiques au cours de jeux des jeunes en fonction de leur sexe.
Comme chez l’humain, il existe chez l’animal des DLS dans les types d’objets
utilisés comme jouets par les jeunes femelles et les jeunes mâles. Les DLS
observées chez les grands singes, les rats ou les souris ressemblent à celles
observées chez les humains. En toute bonne foi, pourtant, certains parents
s’évertuent à apporter à leurs enfants une éducation « neutre » , plutôt que de
laisser libre cours à la nature. Cette attitude va malheureusement à l’encontre
de ce que les neurosciences nous ont révélé ! On sait maintenant que le noyau
préoptique de l’hypothalamus dans le cerveau montre un important dimorphisme
sexuel, en faveur des mâles dans plusieurs espèces, y compris l’humain. Or de
nombreuses études le montrent : cette région possède des neurones impliqués
dans le développement de divers comportements liés au sexe chez l’enfant et
l’adulte dont : les jeux infantiles, l’activité copulatoire du mâle, les
comportements maternels…
Suffirait-il de «désexuer» les jouets, les «dérosifier», par exemple, ou
concevoir des catalogues mixtes, pour changer les préférences des enfants? La
socialisation semble n’avoir qu’un effet modulateur sur ces différences
comportementales sexuées enracinées dans notre héritage biologique et lié à
l’évolution – elle peut les amplifier ou les atténuer, en aucun cas elle ne
peut les inverser, les créer ou les détruire.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.