segunda-feira, 27 de novembro de 2023

27 de Novembro - Medalha MILAGROSA

 



O nosso Fundador, Dom Gérard Lafond OSB, no Capítulo XIV da Regra que nos deixou, referindo-se à MEDALHA MILAGRASA , escreveu:


«( O Cavaleiro) trará sempre consigo a Medalha Milagrosa como testemunho da sua fidelidade à sua Rainha»

 

 HISTÓRIA DA MEDALHA MILAGROSA

Em 1830, no dia 27 de novembro, deu-se a aparição de Maria a Santa Catarina Labouré, da Congregação das Filhas da Caridade, à Rue du Bac 140, em Paris. Nessa ocasião, a Mãe de Jesus mostrou o modelo da medalha que Ela desejava que fosse cunhada como sinal de grandes graças que ela obteria junto ao seu Divino Filho.

Essa Medalha traz inúmeras mensagens, e a primeira delas é atinente a Imaculada Conceição de Maria, dogma que seria proclamado dia 8 de dezembro de 1854, por Pio IX, na Bula Ineffabilis Deus. As mãos abertas da Medianeira de todas as graças é outra grande lição. É o resumo do papel da Virgem Maria na história da salvação, no Evangelho.

Adite-se a cruz de Cristo nela, sacrificado pelos homens, e Maria, exemplo de fé ao pé da cruz, representada pelo “M” de seu nome. O coração de Jesus e de Maria a atestar o amor imenso do Salvador e de Sua Mãe por todos os remidos. As doze estrelas lembram a mulher do Apocalipse (cf. Ap 12,1). Ela é aquela que deu nascimento ao corpo humano de Cristo e à Igreja, que dá nascimento aos batizados que formam o Corpo Místico de Jesus.

Como as 12 estrelas, lembram também das 12 tribos de Israel e dos doze apóstolos, a medalha milagrosa tem um aspecto também profundamente missionário. Adite-se que, no século XIX, imperava por toda parte a negação de Deus com o endeusamento da ciência, que pretendia responder a todas as questões religiosas e filosóficas.

Quais são as mensagens da medalha milagrosa?

A literatura da época estava impregnada de ateísmo, levando as mentes ao irracional e ao fantástico. Além disso, quando, em 1830, ia se instalar um regime político antirreligioso, desenvolvendo uma forma de capitalismo liberal particularmente materialista, a Virgem, então, propõe não um objeto científico, mas um objeto simples, uma medalha a falar das realidades celestes. A difusão dessa peça se dá no momento também de uma renovação do Catolicismo social com Frederico Ozanam e as Conferências de São Vicente de Paulo. Ocorria uma vitalidade da reflexão universitária e literária católica. Tudo isso era reforçado com a medalha que mostrava a intervenção de Deus na história não só da França, mas de todo o mundo.

O Arcebispo de Paris, a quem Catarina Labouré levou o pedido de Nossa Senhora, para que se cunhassem as medalhas, percebeu a riqueza doutrinária que ela continha. Em 1832, houve a primeira distribuição dessas peças por ocasião da epidemia da cólera, que dizimava a capital francesa. As primeiras 20 mil medalhas foram confeccionadas, em 1830, ano em que essa epidemia, vinda da Rússia, por meio da Polônia, irrompeu, em Paris, a 26 de março, ceifando vidas, num imenso cântico fúnebre. Num só dia, houve 861 mortes. No total, foram registradas, oficialmente, 18.400 mortes; porém, na realidade, houve mais de 20 mil. As descrições da época são aterradoras: em quatro ou cinco horas, o corpo de um homem, em perfeita saúde, reduzia-se ao estado de um esqueleto

    

                    

                   

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