P DE PAZ
PAX IN LUMINE : é esta a divisa da
Abadia de Barroux ( *) . A paz brota,
pois, de uma luz. Mas que luz é essa capaz de produzir tal fruto? É a humildade
, o coração da Regra de S. Bento. A humildade é uma luz que pacifica , pois que
pondo-nos no nosso devido lugar sob o olhar de Deus põe tudo em ordem na nossa vida e coloca-nos ,
assim, na verdade . Encontrar a paz dependerá, assim, da humildade com a qual
vivemos em relação com Deus:
1. Com Deus: nós estamos no nosso devido lugar quando Deus ocupa o primeiro
lugar! «Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai glória.» (Salmo
113,1). Vejamos se nas grandes como as pequenas coisas do nosso quotidiano Deus
é o primeiro a ser servido.
2. A nós mesmos: «Se em nós algum bem, reportá - lo a Deus e não a si mesmo.
Reconhecer- se, pelo contrário, sempre como o autor do mal que está em si em
assumi-lo» (Regra, cap. 4). Este contemplar verdadeiro sobre si é pacificador
pois nos convida a colocar a nossa esperança em Deus somente. Saibamos também
que a abertura humilde e sincera a um
pai espiritual é o meio muito poderoso para encontrar a paz da alma ( Cap. 7, 5º
grau).
3. Aos outros: a verdadeira humildade
para com o próximo é de sempre procurar servi-lo . «Ninguém procurará o que
julga útil para si próprio mas para o próximo ( cap. 72).
4. Às coisas: tenhamos a certeza que a ordem, a limpeza e o respeito para
com as coisas materiais contribuem
grandemente para um clima de paz no quotidiano. E tudo depende de todos! S.
Bento dá-lhe muita importância , pede de olhar « todos móveis e todos os bens
do mosteiro como se fossem vasos sagrados do altar ( cap. 31), e que declara
que « se alguém trata os bens do mosteiro com descuido ou neglicência, será
repreendido» ( cap. 32). Quereremos nós encontrar a verdadeira paz a paz ?
Aprendamos a viver na humildade. Sabendo bem que cá em baixo a paz é uma
ausência de perturbação mas não de combate!
Dom Ambroise OSB, Mosteiro de Santa Maria “ de la Garde”.
(*) – mosteiro francês.
Tradução de C.A.G. ; Nota: a indicação “ cap.” Refere-se a capítulos da
Regra de S. Bento.
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