sexta-feira, 10 de maio de 2024

Há um tempo para falar e outro para calar.” III

 

“Há um tempo para falar e outro para calar.”  

                                                  III

 

«A decadência da sociedade é louvada pelos artistas assim como a decadência de um defunto é louvada pelos vermes»

( C. K. Chesterton)

 

   A 9 de Junho pf teremos as eleições para o Parlamento Europeu.Aqui, os nossos Partidos agrupam-se por “ famílias” ideológicas e assim decidem em conjunto. Assim, como é f´´acil de perceber, estas eleições são muito importantes até porque muitas da legislação europeia é transcrita para os Parlamentos nacionais. E há temas muito importantes que NÃO NOS PODEM DEIXAR INDIFERENTES sem negar a nossa identidade cristã.

  Todos já sabemos, creio, que um dos grandes de debate e onde se vão esgrimir argumentos e exercer pressão sobre todos os deputados europeus para, por exemplo, se legislar no sentido de se tornar o ABORTO como um direito e que, posteriormente, os Parlamentos nacionais terão de transcrever para as diferentes legislºões nacionais. Quereremos ver um crime, um verdadeiro homicidio, de um ser humano indefeso, ser reconhecido como um direito? Quereremos ver que se interdite, como consequência lógica, a abolição do direito, essse sim um direito, da OBJECÇÃO DE CONSCIÊNCIA e todos os profissionais de saúde serem obrigados à prática de um crime?

   Como se vê, estas eleições europeis são muito importantes e a ninguém será lícito não exercer o direito de voto e de um voto informado. Informado sobre a quem devemos “ passar procuração” para nos representar no Parlamento Europeu: o que pensa o Partido, se é que pensa, em quem vamos votar. Em que “ família” política se vai inserir e o que pensa essa “ família” política. De uma forma muito simples: o Partido em que irei votar está no lado da defesa da Vida Humana, desde a concepção até à morte natural, ou é dos Partidos que defende claramente ou às escondidas o Aborto e a Eutanásia?

   Sabemos, creio que temos consciência que a Europa está em colapso moral, espiritual e demográfico. Tudo interligado! Não ouvimos os nossos políticos queixarem-se sobre a quebra contínua da natalidade e de que cada ano nascem menos crianças do que no ano anterior (recordo que em Portugal , desde 1980, que não substituiem as gerações). O número de crianças que nascem num ano é sempre menor do que as que nasceram  no ano anterior. As crianças não nascem e muitas não nascem porque as não deixam nascer, matando-as com nome “ pomposo” de Interrupção Voluntária da Gravidez incluída na Saúde Sexual e Reprodutiva da Mulher e que em linguagem mais simples se chama: ABORTO! Ah! Como se iludem as pessoas… matar um bebé é um caso de saúde sexual e de saúde reprodutiva!!! Assim se enganam os ingénuos. A mentira é travestida por palavras suaves.

   Aborto é matar, tenhamos isto de forma muito clara.

   Quando no momento seguinte ocorre a fecundação do óvulo por um espermatozóide que passa a haver um novo ser humano, com vida e um projecto que se vai desenvolvendo ao longo da vida, podendo esta ser mais curta ou mais longa. Interromper esta vida é MATAR. E matar um ser humano que não pode pedir socorro, fugir ou esconder-se da agressão de adultos a coberto de leis iníquas. É esta a verdade. Não podemos, pois dar o nosso voto a quem vai legislar no sentido da morte! A nossa aposta vigilante tem de ser sempre a DEFESA DA VIDA HUMANA!Sempre. Não podemos deixar que “os vermes” se satisfaçam com os restos mortais de bebés indefesos.

 

Carlos Aguiar Gomes

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