quarta-feira, 8 de maio de 2024

um tempo para falar e outro para calar.” II

 

“Há um tempo para falar e outro para calar.”  

                                                  II

 

 

   Passou o vendaval da mentira.

   … O dia 10 de Março, dia das nossas eleições legislativas, de todas as promessas e ameaças e … insultos. Aquelas foram um triste espectáculo a que já nos vamos habituando, infelizmente, pois deveríamos estar mais atentos e despertos para tanta alarvidade que é “ vomitada” para nos enganar e tomar por lorpas, usando-nos como “ idiotas úteis”.

   Tenho pena e lamento que “ este” país, Portugal, tenha uma democracia doente. Doente e “ maneta”, já que, segundo nos é dito, só tem um extremo: a extrema direita, que resta provar que o é. Portugal não tem extremas esquerdas, herdeiras e seguidoras de regime de facínoras que mataram centenas de milhões de pessoas só porque não afina(v)am pelo diapasão oficial dos regimes oficiais e até porque eram e  são regimes de partido único. Temos maoistas, trotskistas, marxistas de todas as cores, etc e estão bem presentes, activos e com “palcos” disponíveis em todos os meios de comunicação social. Ah! E nas escolas públicas… Mas esses não são extremas esquerdas. São “ democracias” a seu modo. Interessante como se manipulam as palavras, se esventram do seu real significado e se vendem como “ as verdadeiras democracias. Espantoso, não é?

   Já se reparou que se implantou o medo como se tivessemos pides em cada canto e esquina e não ousamos exprimir livremente o nosso pensamento nem por palavras nem letras! Espantoso.

  Há pouco tempo fui a uma feira de produtos agrícolas com a intenção de adquirir uma determinada “ Prótea” que vi num dos vários expositores. Escolhi a planta desejada e minha Mulher fez o pagamento via electrónica. O dono do stand disse-me:” Veja, agora as mulheres já pagam as compras!”. Respondi-lhe, em tom jocoso, que tivesse cuidado com o modo como se estava a exprimir, que imediatamente poderia ser chamado de “ machista”, “ paternalista”, “ sexista”,” fascita” e etc. O senhor, com um ar muito expressivo respondeu-me:” Olhe o que dizem dele…” e com o indicador da sua mão direita, apontava preocupado e enigmaticamente para o vazio… sem dizer o nome que lhe ia na mente: André Ventura de que não ousou dizer o nome!Teve medo que, de facto, eu lhe pudesse chamar “ fascista”, “ sexista” e outros insulos similares por proferir o nome de um cidadão no usufruto de todos os direitos cívicos mas que não alinha pelo padrão vigente.

   Este episódio tem-me dado que pensar e temer pelo futuro da minha liberdade de exprimir o que penso do modo que quiser sem ser censurado ou ameaçado.

   Por isso, não me posso calar face às ameaças que pairam sobre o pensamento livre que muito prezo e de o poder expressar como entender sem ofender a dignidade de ninguém.

   Não faço militância partidária nenhuma mas penso a Política e ajo politicamente.E um dos valores mais importantes que defendo é a Liberdade de pensar e de, em concomitância, exprimir, como entendo, esse meu pensamento. Sou visceralmente contra o “ Pensamento Único”, o “ cancelamento “ vigente e o o wokismo galopante.

  Por isso, não me incomoda nada que “ Ele” diga o que entende dizer e não posso conceber que alguém cale as( os, es)” mortáguas e afins. Obviamente o mesmo para André Ventura que, ainda por cima, não é herdeiro dos facínoras marxistas, nazis, trostkista ou maoistas que arrastam centenas de milhões de assassinatos.

   Pela Liberdade, aquela que liberta!

 

Carlos Aguiar Gomes

   

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