quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Quem não se prepara para a forja não há de suportá-la

Como se hacen las espadas y armaduras medievales - Forja a fuego - YouTube

 A Milícia de Santa Maria, fundada por D. Gérard Lafond, OSB, é como uma oficina para forjar espadas cavaleirescas. Um ferreiro, antes de adentrar a espada na forja, procura por metais e materiais necessários para compor sua espada. Sabemos que, nessa escolha, não há somente um tipo de material ou somente um tipo de metal, pois há diversos, de acordo com a sua finalidade. No entanto, é fundamental que quem os escolhe tenha a precisão de selecionar metais adequados ao ambiente da forja. Essa fase de escolha do bom metal é a fase do aspirantado, em que se analisam alguns fatores daqueles que desejam entrar para viver em fraternidade nas fileiras da Milícia, como a resistência, a dureza e a flexibilidade dos candidatos.

Depois de cuidadosamente escolhidos pelos ferreiros, os metais e demais materiais adentram o ambiente da forja para serem limpos e preparados. São propostos os projetos de espadas a que irão se configurar. Lembro aqui que essa preparação é a vivência da obediência à Regra da Ordem, que nos limpa, nos lima, tira-nos a ferrugem e nos torna livres para seguir bem o caminho de nossa vocação ao serviço de Nossa Senhora e da Santa Igreja de Cristo. É importante dizer que não se vai para a forja se o metal, cada qual com suas diferentes qualidades, não se deixar ser preparado para a próxima etapa, porque nela haverá de suportar o desafio do fogo, do pesado martelo e do inesperado esfriamento do metal, para que sejam mostradas suas perfeições e defeitos, a fim de serem corrigidas as suas imperfeições antes de seguir adiante. Ora, quem não se prepara para a forja não há de suportá-la. O período de preparação para a forja é o noviciado, no qual determinamos a nossa vocação para sermos uma espada verdadeiramente cavaleiresca, conforme o espírito da Regra.

Agora estamos iniciando o período da forja... Após professarmos os votos na Ordem, inicia-se um período de profundas transformações, de firmar as convicções mais salutares. Esse é o período em que nos permitimos ser moldados, às vezes ainda como um metal frio que aprendeu a suportar os cortes e as batidas do martelo. Precisamos estar preparados para o fogo, para a forja! A forja pode ser vista como um período, conforme escreveu São Pedro Apóstolo, em que nossa fé é provada no fogo (cf. 1Pe 1, 7), devido ao grande valor que ela tem para Deus, para nós e para a Santa Igreja. Precisamos permitir que nossos corações sejam inflamados para que dele se tirem as impurezas, os acúmulos do que nos são desnecessários, e deixarmos ser retomados pela graça edificante do Espírito Santo, que nos ensina, nos ilumina e nos transforma. Tal prova de fogo há de apagar em nós os resquícios de vaidade, de pretensão, de soberba e, principalmente, do orgulho humano. É hora de pensar que a perfeição evangélica é possível, se nos destinarmos, com a alegria de um irrefutável privilégio, a permitir que Nossa Senhora nos conduza à perfeição e, assim, nos apresente como seus filhos e amigos de seu Filho, Jesus Cristo. A nossa consagração recorda-nos isso diariamente. Esse período determinará se seremos verdadeiras espadas cavaleirescas, conforme o reto sentido da Regra de Lafond, ou se seremos meras espadas ornamentais para enfeite. Esforcemo-nos para que o período do escudeirato seja um tempo em que sejamos colocados à prova, enfrentando os desafios, mas sempre entendo que a nossa fortaleza é a Graça, porque o artista que se põe a nos polir é o próprio Espírito Santo.

Por fim, somos uma espada cavaleiresca, firme, forte, às vezes flexível, mas inquebrável e cortante, que se permite ser, nas mãos do Senhor, instrumento de sua justiça e misericórdia no mundo. Estejamos prontos para sermos a espada levantada nas lutas, a retomarmos nossas posições quando formos a espada perdida, e que quando formos a lâmina afiada que fere nas duras batalhas do nosso tempo, que saibamos ser também o instrumento de cura. Meditemos dia e noite sobre nossas condições de cavaleiros. A nossa condição é a de quem está  no meio da guerra, que será ferido e terá medos, mas tudo isso fará com que coloquemos a nossa confiança mais em Deus do que em nós mesmos. Sejamos fortes, estejamos preparados para avançar na batalha, sãos ou feridos, mas que ao mundo seja proclamada a vitória de Jesus Cristo, Nosso Senhor. Ele venceu o mundo!


Eu, João, o menor dos cavaleiros de Santa Maria.

Revisado por: Josimar Rodigues

domingo, 27 de outubro de 2024

ESTAMOS DERROTADOS QUANDO DEIXAMOS DE LUTAR!

 

ESTAMOS DERROTADOS QUANDO DEIXAMOS DE LUTAR!

 

 

   … na realidade, é assim.

  Quando deixamos de lutar, estamos automaticamente derrotados. É assim na guerra, “lato sensu”, é assim no nosso quotidiano nas lutas , mesmo nas mais insignificantes questões em que decidimos fazer frente contra o que discordamos.

   Quem me conhece, sabe que a minha já longa vida tem sido um combate por valores que considero estruturantes da nossa Cultura. Tenho tido derrotas? Sim, e muitas. Desisti? Não! E espero só desistir quando morrer ou ficar cognitivamente incapacitado.

    Já não mudo e não mudo só e exclusivamente porque acredito no que defendo.E não o faço por birra, teimosia ou casmorrice. Luto por valores em que acredito profundamente e que considero que por eles terei de lutar, “ a tempo e a contra-tempo”.

   Considero-me e defino-me como um cidadão interventor social sem fazer militância politico-partidária que não me seduz nem interessa. Sou assim, apesar de tudo e acima de tudo, um político pois combate pela “ polis” e quero caminhar com a História da humanidade de um lado que considero vital: os valores estruturante, os alicerces da sociedade e que tornam esta sustentável e respeitadora dos direitos humanos fundamentais e que , por isso, são imutáveis.

  Há muitos, muitos, anos que estou fortemente engajado, como muitos dos estimados e pacientes leitores que me têm lido ao longo dos  anos, em três grandes eixos:

 -  a defesa da vida humana, desde a concepção até à morte natural; a defesa e promoção da Família e da liberdade de escolha por parte dos pais de serem respeitados e apoiados na escolha de educação dos seus filhos, em total liberdade. Hoje, considero que terei de incluir outros “ campos de batalha” que ameaçam a dignidade da pessoa humana e da nossa cultura:

- a ideologia do Género que , como ideologia, vale o que vale e, no caso vertente é profundamente anti-cientifica e ataca pilares da humanidade que vão desde coisas aparentemente tão simples, como a linguistica, a literatura ou a antropologia, sociologia ou cultura que nos identifica como aquilo que somos desde sempre. Tal como as espécies invasoras que tomam conta de territórios que destroem, a Ideologia do Género está aí, cada vez com mais pujança, imposta por escolas, mass media e determinados sectores políticos e pelos “ idiotas úteis” perante a indiferença abúlica de grande parte dos educadores ( os pais já se deram conta do que se passa com programas de determinadas áreas ensinadas nas nossas escolas, tal com a famigerada “ Educação para a Cidadania” que , em geral até desrespeita a nossa Constituição?)

- o transhumanismo que , silenciosamente, está a manipular a identidade genotípica do Homo sapiens, o  Homem, tentando alterar o mais profundo da nossa diversidade, graças ao extraordinário progresso científico que está, em muitos casos, desviado para fins pouco aceitáveis e que primam pelo egoísmo ou, pior, pelo experimentalismo genético que não sabemos bem para onde nos pode levar.

 - o especismo, que , estupidamente impõe a igualdade entre todos os seres vivos com o Homem. Segundo os especistas, uma vaca ou uma lombriga são iguais em direitos ao Homem!Ainda recentemente, por exemplo, a Presidente da Câmara de Paris quis fazer uma desratização desta cidade, invadida por pragas de ratos, e foi impedida pelos especistas que invocavam o “ direito” dos ratos!!!

Ora, caros leitores, temos aqui três novos temas (não tão novos como podem parecer) que abriram novos campos de acção em nome da Ciência, do bom senso e, sobretudo, do respeito da dignidade humana que se procura aniquilar, destruindo o próprio Homem que, segundo os prepotentes doutrinadores das novas  teorias, é um mal que terá de ser aniquilado para salvar o planeta ( daqui resulta o terrorismo das chamadas “ alterações climáticas” com que somos bombardeados a todo o momento, esquecendo intencionalmente, que a história da Terra é feita de alterações, algumas drásticas , do clima mesmo e sobretudo quando ainda não havia homens sobre a Terra).                  

 ESTAMOS DERROTADOS QUANDO DEIXAMOS DE LUTAR!

De que lado está, caro leitor?

 

Carlos Aguiar Gomes

 

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Mons. CHRISTORY interpela-nos

 Notre année pastorale est maintenant lancée. En ce mois du rosaire, nous la confions à Notre-Dame. Comment déployer notre mission ? Le synode romain en cours confirme la dimension synodale de l’Église. Cela nous encourage à invoquer le Saint Esprit ensemble afin qu’il inspire nos œuvres, en vivant la subsidiarité à tous les degrés d’implication dans nos communautés. Chacun, baptisé, y est attendu pour apporter ses talents et ses charismes. Ainsi, nos paroisses seront illuminées de notre foi commune et accueilleront les recommençants qui frappent à nos portes. 

 

Écrivant aux chrétiens d’Éphèse, l’apôtre Paul se réjouit de la foi qui anime ses frères dont il entend parler : « je ne cesse de rendre grâce, quand je fais mémoire de vous dans mes prières ». N’est-il pas merveilleux de voir comment, dans la puissance de l’Esprit, la Bonne Nouvelle gagne les uns et les autres dans ce grand empire romain païen ? Or notre continent européen, autrefois porteur du message de l’Évangile, est devenu païen en succombant aux attraits de la modernité et du pouvoir que donnent les biens matériels et l’argent. Éphèse était une ville admirable à l’époque romaine, on y adorait Artémis, on y avait édifié l’immense théâtre qui permettait d’y interpréter les grands auteurs de l’antiquité, le port maritime et le forum attiraient les commerçants et les armateurs de toute la Méditerranée, la culture était honorée avec une merveilleuse bibliothèque qui faisait la fierté de la ville. 

 

Cette cité avait-elle besoin d’être sauvée par le Christ ? Certes oui ! Paul fait l’éloge de la foi des Éphésiens envers Jésus-Christ et de l’amour qu’ils ont pour les fidèles. En cette jeune église, foi et charité sont les deux colonnes qui donnent force à la communion. La foi au Christ est la source et le lien des choses spirituelles. Elle s’incarne par les actes que nous posons au nom de Jésus pour répondre aux besoins des hommes. C’est à ces conditions que peut exister un cercle vertueux où foi et charité s’entrelacent et croissent afin de devenir la sève qui irrigue les relations. 

 

Pour nos communautés actuelles, souvent isolées particulièrement dans nos grands espaces ruraux, comment la foi peut-elle grandir ? Cette question me fut posée par des adolescents du collège de Nermont. Quelles ressources avons-nous pour approfondir notre relation à Jésus-Christ afin d’être unis comme les Éphésiens ? Notre foi n’est-elle pas le don d’une relation faite d’échanges, de méditations, de prières, fortifiée par la grâce des sacrements par lesquels Jésus-Christ se communique lui-même ? Je vois des baptisés chrétiens, pas tous catholiques, qui cultivent une intense relation à Jésus-Christ. Ils méditent l’Écriture Sainte, ils prient Dieu Trinité, ils invoquent le Saint-Esprit. Notre foi se nourrit des textes du magistère, de la vie et des enseignements des saints. Plus nous découvrons ces traditions, plus notre désir augmente de connaître le Christ et de l’annoncer. 

 

Malheureusement une grande partie des baptisés ne manifeste aucun goût pour cette quête spirituelle. Ils se contentent d’un vernis superficiel, méconnaissent les textes bibliques, abandonnent les sacrements et finissent par contracter la terrible maladie de l’ignorance. Pour eux, Jésus n’est qu’un personnage aimable. En réalité, ils ignorent la folie de l’Amour de Dieu qui désire les combler de sa vie divine et de son pardon. Savent-ils que Dieu s’est fait homme afin que les humains soient divinisés en lui et illuminés de son amour ? Il y tant à découvrir au contact du Christ quand on se plonge dans la vie des mystiques chrétiens, quand on découvre le courage des martyrs, quand on étudie la science théologique des maîtres. 

 

À toutes ces personnes, j’aimerais qu’elles écoutent les paroles de l’apôtre Paul : « Que Dieu ouvre à sa lumière les yeux de votre cœur, pour que vous sachiez quelle espérance vous ouvre son appel, la gloire sans prix de l’héritage que vous partagez avec tous les fidèles, et quelle puissance incomparable il déploie pour vous, les croyants : c’est l’énergie, la force, la vigueur qu’il a mise en œuvre dans le Christ quand il l’a ressuscité d’entre les morts qu’il l’a fait asseoir à sa droite dans les cieux. » (Eph 1,19-20) Il est grand le mystère de la foi. C’est une lampe pour marcher vers notre destinée, c’est une source pour être désaltéré, c’est un flot de grâces pour aimer. Pourquoi ne pas prendre conscience que nous sommes si privilégiés quand nous vivons de sa vie ? Pourquoi ne pas entendre que Jésus désire nous partager toutes ses richesses ? Oui, cherchez, ne restez pas sur le seuil, venez et voyez !

 

Vivant dans la lumière de l’Esprit, nos cœurs sont habités et nos volontés entraînées pour que la foi conduise nos communautés vers plus de charité, les uns envers les autres, et au-delà vers ceux qui ont besoin de secours. Alors nous jouirons de la joie évangélique partagée avec les personnes en difficulté que nous accompagnerons en faisant l’expérience que le Christ nous unit dans un même corps qu’est l’Église. Certes cela prend la forme d’une multitude de paroisses, de groupes, d’associations, de mouvements spirituels et caritatifs. Là est la richesse des fruits du Saint-Esprit qui souffle des quatre coins de l’horizon et qui pousse des hommes et des femmes à se lever et à être créatifs au nom de Jésus. La foi se dévoile par ces actions. Et quand les hommes de ce monde cherchent à limiter la manifestation de l’Esprit dans les structures politiques et éducatives, nous chrétiens devons être d’autant plus audacieux et libres pour ouvrir des voies nouvelles afin que l’évangile du Salut soit proclamé. En effet, nous ne pouvons pas taire le don de Dieu quand beaucoup recherchent la paix et le pardon. Oui, « il faut obéir à Dieu plutôt qu’aux hommes » (Act 5,29).

 

Paul a longuement partagé la vie des Éphésiens pour les enseigner. Il connaissait la puissance de la société romaine, fondée sur des richesses matérielles. Il voyait les nombreuses injustices et l’esclavage qui causaient tant de souffrances. Il avait expérimenté par lui-même la force de l’Esprit et sa vie en avait été bouleversée. C’est pourquoi il soutenait cette petite communauté d’Éphèse dans sa nouveauté spirituelle et communautaire. Il savait que la lutte serait âpre, que les oppositions éclateraient, il avait compris que la force résidait dans sa faiblesse, il craignait les divisions internes, il ne baissait pas les bras mais il espérait contre toute espérance. Il annonçait Jésus-Christ mort et ressuscité à tous même si seulement quelques auditeurs semblaient l’écouter. 

 

Pouvons-nous être inspirés par l’exemple des Éphésiens ? Je vous propose de lire la lettre de saint Paul aux Éphésiens. Puisez-y la joie du témoignage rendu à ces premiers disciples de Jésus. Prions maintenant pour la mission commune. Soyons généreux et accueillants pour les catéchumènes et ceux qui demandent le baptême d’un nouveau-né ou le mariage. Nous avons reçu du Christ la vie divine, partageons-la. 

+ Philippe Christory, Bispo de Chartres

 

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

 

Bélgica convoca al Nuncio por lo que dijo el Papa sobre el aborto ante la tumba del rey Balduino4/10/24 11:28 AM

(Cathobel/InfoCatólica) La visita del papa a Bélgica no ha dejado indiferente al mundo político, por decir lo menos. Ayer jueves, en la Cámara de Representantes, el primer ministro Alexander De Croo calificó las declaraciones del papa Francisco sobre el aborto como «inaceptables» y, a continuación, anunció que había convocado al nuncio apostólico, monseñor Franco Coppola, a una reunión.

Durante la sesión de preguntas al gobierno, varias diputadas mencionaron las declaraciones del Papa hechas tanto en suelo belga como en el avión de regreso a Roma. Las diputadas aprovecharon la ocasión para interrogar al primer ministro sobre la postura del gobierno frente a estas intervenciones «problemáticas» del pontífice.

La oración improvisada del Papa ante la tumba del rey Balduino y el homenaje en la cripta real también suscitaron críticas contundentes de los parlamentarios y del primer ministro. El Pontífice «elogio la valentía» de Balduino, cuando optó por «dejar su cargo de Rey para no firmar una ley asesina». El Papa instó a los belgas a mirarlo «en este momento en que las leyes criminales se abren paso»

«Una injerencia inaceptable en las leyes de nuestro país»

Primero intervino la diputada de Ecolo, Sarah Schlitz. Visiblemente molesta, Schlitz criticó el «doble discurso» del Papa durante la visita y sus declaraciones sobre las mujeres y el aborto. Concretamente, condenó la comparación del papa entre los médicos que practican abortos y los sicarios, que calificó de «provocación totalmente inapropiada en el Día Internacional por el Derecho al Aborto».

Con su acusación de «doble discurso», Schlitz recriminó al Pontífice haber tratado este tema en Bélgica, mientras en el Parlamento federal se discute la ampliación del plazo legal hasta las 18 semanas: «Decide intervenir en un debate nacional que está siendo objeto de intensas discusiones. ¡Es totalmente inaceptable!» También criticó su discurso en la UCLouvain sobre la mujer, a quien describió como «hospitalidad fecunda, cuidado, dedicación vital», una expresión que calificó de «visión obsoleta de la mujer».

Schlitz concluyó dirigiéndose a Alexander De Croo: 

«¿No cree que esta situación implica una injerencia inaceptable en las leyes de nuestro país?»

La diputada de Open Vld, Katja Gabriëls, expresó su indignación denunciando lo que consideraba una falta de respeto del papa hacia la democracia, el gremio médico y «la libertad de las mujeres para decidir». La liberal Charlotte Deborsu (MR), la más joven de la asamblea, añadió:«No tendría derecho al aborto si el papa fuera nuestro primer ministro; por suerte, no lo es». Pidió entonces a De Croo que la tranquilizara:

«¿Puede confirmarme que la separación entre el Estado y las Iglesias sigue siendo fundamental, independientemente de la religión? Recibió a un líder religioso que instrumentalizó su visita para expresar sus posturas más retrógradas y patriarcales sobre las mujeres».

Finalmente, Caroline Désir, diputada socialista, fue la más vehemente:

«Señor primer ministro, ha recibido a un líder religioso que utilizó su visita para expresar sus posturas más retrógradas y patriarcales sobre las mujeres».

La exministra de educación cerró su intervención preguntando al gobierno:

«¿Ha solicitado a su Ministro de Asuntos Exteriores convocar al nuncio apostólico para denunciar las palabras del líder de la Iglesia?»

Alexander De Croo, visiblemente enfadado, dijo que transmitiría un «mensaje claro» al nuncio: «Lo que ha ocurrido es inaceptable».

El primer ministro aseguró de inmediato que «no había prevista ninguna visita a la cripta de Laeken» en la agenda:

«Fue el propio papa quien insistió en realizar esta visita de última hora para recogerse ante la tumba del rey Balduino. Fui informado posteriormente de que la visita se había llevado a cabo».

Según De Croo, la visita debía ser «puramente privada»; «pero tomo nota de que tras la visita, igualmente hubo comunicaciones oficiales por parte del Vaticano. Claramente, fue una visita menos privada de lo que se había previsto…»

«No necesitamos recibir lecciones…»

«El Papa hizo ciertas declaraciones que no son aceptables», lamentó el primer ministro, refiriéndose a la comparación del papa entre los médicos y «sicarios» y a la ley de 1990 como «una ley mortal». De Croo recalcó que «no necesitamos lecciones sobre cómo nuestros parlamentarios votan democráticamente las leyes». «Afortunadamente, los tiempos en los que la Iglesia dictaba la ley en nuestro país quedaron atrás».

El jefe del ejecutivo exigió «respeto». Primero «para los médicos, que hacen su trabajo dentro de un marco legal. Pero también respeto para las mujeres, que deben poder disponer libremente de sus cuerpos, sin intromisión de la Iglesia».

Concluyó su intervención anunciando que había «invitado al nuncio apostólico a una reunión». No será su primer encuentro: «Me he reunido con él dos veces durante mi mandato, justo después del caso Vangheluwe», añadió.

De Croo aseguró que su mensaje a monseñor Franco Coppola sería muy claro:

«Lo que ha ocurrido es inaceptable».

Para finalizar, el primer ministro criticó a la Iglesia, la cual, según él, no siempre ha actuado con rapidez frente a abusos sexuales cometidos por miembros del clero. «Si hay algo que debería indignarnos es, sin duda, la permisividad hacia aquellos que han permitido que se cometan abusos o hacia los que no actuaron cuando deberían haberlo hecho».

Las palabras del jefe del gobierno fueron recibidas con fuertes aplausos en la Cámara, incluso – algo bastante inusual – por parte de miembros de la oposición.

La situation en Syrie/ A SITUAÇÃO NA SÍRIA

  En raison de l’actualité en Syrie, nous avons interrogé Benjamin Blanchard, directeur général de   SOS Chrétiens d’Orient   : Après une ré...