Theotokos - Academia Mariana | Militia Sanctae Mariae Portugal
Curta reflexão XV | Autoria de Carlos Aguiar Gomes
Faz parte do cantoral geral católico e muito especialmente das Ordens de matriz
beneditino-bernardianas desde o século XI, o belíssimo cântico mariano da “ SALVE
REGINA”.Este é cantado no final do Ofício de Completas e atinge o seu clímax de
beleza quando é cantado em gregoriano, seja no tom simples quer no solene. Há
séculos que incorpora o Ofício Divino ou a Liturgia das Horas como agora se chama
àquele.
A SALVE REGINA surge em ambiente monástico no século XI, composto por
um monge beneditino profundamente mariano, Hermano Contracto, com graves
sofrimentos físicos mas com uma fé inabalávl, cerca do ano de 1050. Um século
depois o “ doce cantor de Maria”, S. Bernardo, crê-se que na catedral de Espira
onde estava, este, quando o canto da Salve Regina chegou ao fim com as palavras
“ … nos mostrai Jesus,bendito fruto do Vosso ventre, Jesus”, S. Bernardo
continuou enlevado e sozinho cantando o que hoje é o final desta oração mariana:
Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria!”. E, a partir daí todos dias, ainda
hoje, terminamos a Salve Regina com estas palavras de S. Bernardo. Podemos
acreditar que esta belíssima oração mariana é de coautoria com S. Bernardo de
Claraval.
Esta oração foi “ trabalhada” musicalmente por inúmeros músicos de todos os
tempos como, por exemplo, Tomás de Victória,Vivaldi, Palestrina, Schubert,
Charpentier, Handel, Francis Poulenc ou Avo Part . Portugal também teve inúmeros
músicos que compuseram peças musicais sobre a SALVE REGINA, como Diogo de
Melgás ou Frei Manuel Cardoso. Não posso deixar de referir a interpretação musical,
de rara beleza, que fez na actualidade o Padre Júlio Vaz,da Arquidioces de Braga, a
partir do texto em português e que me leva às lágrimas cada vez que a oiço!
Uma curiosidade bernardiana: foi S. Bernardo de Claraval que introduziu a
designação de Maria como NOSSA SENHORA, uma designação de forte carga
cavaleiresca.
Carlos Aguiar Gomes
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