«O homem será feliz somente quando tiver morto o Cristianismo que o impede de ser homem. Mas não será através de uma perseguição que se irá matar o Cristianismo, pois que a perseguição o alimenta e o reforça. Será através da irreversível transformação interna do Cristianismo num humanismo ateu com a colaboração dos próprios cristãos, guiados por um conceito que nada terá a ver com o Evangelho»
(L. Feuerbach, in “A Essência do Cristianismo”).
Feuerbach foi um dos mais notáveis filósofos do século XIX. Influenciado por Hegel, torna-se ele próprio em influenciador de Marx. Ateu e inimigo visceral da religião, em particular do cristianismo. A sua “magnam opus” é precisamente “A essência do Cristianismo” na qual faz ataques cerrados ao cristianismo. Neste livro escreveu a frase com que abro este artigo. É uma verdadeira profecia. O que pretendia ser um roteiro para acabar com o cristianismo está a ser concretizado de forma evidente. Basta um olhar atento ao que se passa à nossa volta, sobretudo de comportamentos e escritos de muitos cristãos. Não precisamos de fazer grandes esforços para descortinar factos e não meros indícios, de que Feuerbach tinha razão, sobretudo constatando factos que nos chegam todos os dias. Artigos de opinião em jornais de referência. Livros altamente publicitados de letrados eclesiásticos ou leigos. Participação nas redes sociais. Convidados de honra e cheios de honrarias em eventos culturais, mesmo em espaços da própria Igreja, etc e etc…
Observando a realidade, constatamos que o cristianismo, todas as tradições incluídas, estão em acelerado declínio objectivo.
Por exemplo, na Alemanha, a Igreja Católica só em 2016 perdeu 160 mil membros e foram fechadas 537 paróquias e em 10 anos, os católicos alemães passaram de quase 28 milhões para cerca de 23 milhões. Na França, o número de crentes católicos praticantes baixou para cerca de 4,5% nos últimos anos, sempre em declínio. Em Portugal, tomemos como um indicador sério, que é a baixa brutal dos casamentos celebrados na Igreja, segundo informações fidedignas da grande base de dados que é a Pordata, em dez anos, 2006 e 2016, a percentagem de casamentos não católicos passou de 47,6% para 64,7%, sabendo que muitos, mas mesmo muitos, dos casamentos celebrados com pompa e circunstância e pouca fé serão nulos.
O trabalho sistemático das forças interessadas e militantes contra o cristianismo é forte e constante e, muitas vezes, infelizmente, parte de dentro da própria Igreja.
Em Portugal já não estamos nos tempos de militância persecutória contra os cristãos, com expulsão das Ordens religiosas, da proibição do porte de hábitos religiosos (são os religiosos e padres seculares os primeiros a abandoná-los!), da apropriação dos bens da Igreja, por exemplo. A destruição da Igreja é, sobretudo, a nível interno sem dores nem sangue, mas pelo apagamento dos símbolos da fé, num espírito de modernidade(!); na promoção de um corpo doutrinário cada vez mais “soft” e, por isso, longe do património da nossa fé; difusão, como sendo cristãos, de princípios que atacam o património da fé em livros escritos por leigos e padres ou por estes prefaciados e elogiados (não cito nenhum para não os propagandear e até porque muitos leitores já os conhecem!) com o silêncio dos seus superiores (será que quem cala, consente?).
É por dentro que o ataque ao cristianismo é mais eficaz, como sabemos e Feuerbach o escreveu e que, como se está a verificar, tinha razão. Entretanto, vamos seguindo alienados pelo consumo e pelo relativismo imperante.
Contudo, tenhamos fé. Aqui deixo a promessa de Cristo, que nunca faltou à Sua palavra de vida: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela" (Mateus 16,18).
Feuerbach foi um dos mais notáveis filósofos do século XIX. Influenciado por Hegel, torna-se ele próprio em influenciador de Marx. Ateu e inimigo visceral da religião, em particular do cristianismo. A sua “magnam opus” é precisamente “A essência do Cristianismo” na qual faz ataques cerrados ao cristianismo. Neste livro escreveu a frase com que abro este artigo. É uma verdadeira profecia. O que pretendia ser um roteiro para acabar com o cristianismo está a ser concretizado de forma evidente. Basta um olhar atento ao que se passa à nossa volta, sobretudo de comportamentos e escritos de muitos cristãos. Não precisamos de fazer grandes esforços para descortinar factos e não meros indícios, de que Feuerbach tinha razão, sobretudo constatando factos que nos chegam todos os dias. Artigos de opinião em jornais de referência. Livros altamente publicitados de letrados eclesiásticos ou leigos. Participação nas redes sociais. Convidados de honra e cheios de honrarias em eventos culturais, mesmo em espaços da própria Igreja, etc e etc…
Observando a realidade, constatamos que o cristianismo, todas as tradições incluídas, estão em acelerado declínio objectivo.
Por exemplo, na Alemanha, a Igreja Católica só em 2016 perdeu 160 mil membros e foram fechadas 537 paróquias e em 10 anos, os católicos alemães passaram de quase 28 milhões para cerca de 23 milhões. Na França, o número de crentes católicos praticantes baixou para cerca de 4,5% nos últimos anos, sempre em declínio. Em Portugal, tomemos como um indicador sério, que é a baixa brutal dos casamentos celebrados na Igreja, segundo informações fidedignas da grande base de dados que é a Pordata, em dez anos, 2006 e 2016, a percentagem de casamentos não católicos passou de 47,6% para 64,7%, sabendo que muitos, mas mesmo muitos, dos casamentos celebrados com pompa e circunstância e pouca fé serão nulos.
O trabalho sistemático das forças interessadas e militantes contra o cristianismo é forte e constante e, muitas vezes, infelizmente, parte de dentro da própria Igreja.
Em Portugal já não estamos nos tempos de militância persecutória contra os cristãos, com expulsão das Ordens religiosas, da proibição do porte de hábitos religiosos (são os religiosos e padres seculares os primeiros a abandoná-los!), da apropriação dos bens da Igreja, por exemplo. A destruição da Igreja é, sobretudo, a nível interno sem dores nem sangue, mas pelo apagamento dos símbolos da fé, num espírito de modernidade(!); na promoção de um corpo doutrinário cada vez mais “soft” e, por isso, longe do património da nossa fé; difusão, como sendo cristãos, de princípios que atacam o património da fé em livros escritos por leigos e padres ou por estes prefaciados e elogiados (não cito nenhum para não os propagandear e até porque muitos leitores já os conhecem!) com o silêncio dos seus superiores (será que quem cala, consente?).
É por dentro que o ataque ao cristianismo é mais eficaz, como sabemos e Feuerbach o escreveu e que, como se está a verificar, tinha razão. Entretanto, vamos seguindo alienados pelo consumo e pelo relativismo imperante.
Contudo, tenhamos fé. Aqui deixo a promessa de Cristo, que nunca faltou à Sua palavra de vida: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela" (Mateus 16,18).
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Carlos Aguiar Gomes
(O autor não segue o chamado AO)
Carlos Aguiar Gomes
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