Como se havia anunciado, dia 24 deste mês, o Círculo Internacional Shahbaz Bhati, departamento da Militia Sanctae Mariae, associou-se à oração pelos Cristãos Perseguidos, na igreja da Lapa, em Braga.
Assim, às 15 horas, rezou-se o Terço meditado, seguindo o esquema proposto pela Fundação Pontifícia AJUDA À IGREJA QUE SOFRE.
Deste modo, este Departamento da MSM , como é a sua matriz, lembrou os nossos irmãos Perseguidos por causa da sua e nossa fé. No final da recitação do Terço, foi feito o pedido de se ampliarem estas orações e foi sugerido pelo Círculo ( presente em Portugal, no Brasil, França e Inglaterra) que se faça de cada dia 7 do mês uma oração pública por esta intenção.
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O Círculo Internacional Shahbaz Bhati - Portugal
Blog da Militia Sanctæ Mariæ - Cavaleiros de Nossa Senhora um instrumento na evangelização do mundo contemporâneo // Blog created by Militia Sanctæ Mariæ, whose purpose is to be an instrument in the evangelization of the contemporary world // Blog de la Militia Sanctæ Mariæ et dont le but est d'être un instrument dans l'évangélisation du monde contemporain // Blog der Militia Sanctæ Mariæ, die sich zum Ziel gesetzt haben, ein Werkzeug bei der Evangelisierung der heutigen Welt zu sein
domingo, 25 de fevereiro de 2018
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
A “novilíngua” portuguesa? por Mário Cunha Reis*
Na obra de ficção “1984”, o
escritor inglês George Orwell (1903-1950) procura mostrar as “perversões” a que
regimes centralizados como o comunismo ou o fascismo estão sujeitos. Descreve
um super‑Estado dirigido por um regime totalitário chamado de “socialismo
inglês”, no qual a vigilância governamental é omnipresente (“Big Brother”), o revisionismo histórico e a destruição de
documentos que contrariam a versão oficial dos factos é sistemático e indispensável
à sobrevivência do regime, as liberdades individuais e a liberdade de expressão
são suprimidas, consideradas “crime de pensamento” e fortemente perseguidos
pela “polícia do pensamento”.
Um dos seus mais importantes instrumentos
de manipulação consistiu na criação da “novilíngua”, um idioma fictício que,
através de alterações do significado de certas palavras, da sua substituição
por outras ou ainda pela proibição do seu uso, reduz a capacidade de as pessoas
poderem pensar e comunicar. A dita “novilíngua” chegou aos nossos dias sob a
forma de discurso “politicamente correcto”, que foi sendo adoptado devido a uma
aparente preocupação com a defesa e promoção da igualdade de direitos entre mulheres
e homens, a que vieram a chamar de “igualdade de género”.
A palavra “género” entrou no
quotidiano e na linguagem política e na legislação nacional para designar e
substituir a palavra “sexo”, o sexo biológico de uma pessoa. Poderá parecer que
tal terá acontecido por se tratar de uma palavra mais polida ou refinada, uma
vez que a palavra sexo pode mais facilmente ser associada a relação ou acto
sexual. Mas não!
Na verdade, a palavra “género”
foi introduzida no vocabulário político internacional, em 1995, na IV
Conferência Mundial sobre a Mulher, organizada pela ONU, em Pequim, por
intelectuais feministas (marxistas e trotsquistas, liberais quanto à moral e
liberdade sexuais), com o objectivo de desconstruir a família natural - a constituída
por homem e mulher, que permite gerar a vida -, entendida por estas feministas como
a fonte de opressão na sociedade e a pedra base do capitalismo.
A chamada “ideologia de género”
tem vindo a impor-se de forma furtiva nas nossas vidas, através do sistemas
educativo e de saúde, dos meios culturais e políticos, com forte apoio e divulgação
através dos meios de comunicação social.
Mas o que tem isto a ver com a
língua portuguesa?
Vem isto a propósito da
publicação do "Regime Jurídico da Avaliação de Impacto de Género de Actos
Normativos" (Lei n.º 4/2018, de 9 de Fevereiro), projecto da iniciativa do
PS, que contou com a aprovação do BE, CDS-PP, PEV, PAN e com a abstenção do PSD
e do PCP, e que que entrará em vigor no
próximo dia 1 de Abril.
Prevê que os projectos de lei,
decretos-lei, regulamentos, etc. elaborados pela administração central,
regional e local e propostas de lei à Assembleia da República, sejam sujeitos a
“avaliação prévia de impacto de género”. O objectivo será a “diminuição
dos estereótipos de género que levam à
manutenção de papéis sociais tradicionais negativos” e “assegurar a
utilização de linguagem não discriminatória (…) através da neutralização
ou minimização da especificação do género, através do emprego de formas
inclusivas ou neutras, designadamente através do recurso a genéricos
verdadeiros ou à utilização de pronomes invariáveis.”.
Significa isto que o Estado se prepara
para combater o que identifica como “papéis sociais tradicionais negativos”,
com o mesmo critério que levou em 2017 a Comissão para a Igualdade de Género a
“recomendar” a retirada do mercado de blocos de actividades distintos adaptados
ao gosto estético comum de meninas e meninos dos 4 aos 6 anos.
O Estado passará, portanto, a
limitar e regular o uso da língua portuguesa, proibindo o de uso de certas
palavras e abrindo caminho à punição para quem não o cumpra.
Assim, depois da mutilação da
língua portuguesa que resultou do Acordo Ortográfico de 1990, teremos agora
sucessivas amputações, retirando aos que escrevem e falam português a
possibilidade de se exprimirem livremente, uma vez que a “polícia do
pensamento” estará vigilante.
Exagero?
Pois bem. Importa ter presente
que estas medidas estão a ser implementadas noutros países, em estado mais
avançado.
Em 2015, em França foi publicado um
guia que propõe a eliminação da expressão “mademoiselle”, que significa jovem
senhora, a ordenação por ordem alfabética de termos masculinos ou femininos
idênticos, como seja “senhoras e senhores” ou “igualdade homem-mulher”, e
sugere a substituição no nome da “Declaração Universal dos Direitos do Homem e
do Cidadão” (1789) por “Declaração Universal dos Direitos Humanos e dos
Cidadãos e das Cidadãs”. Em 2016, a Associação Médica Britânica publicou um
guia que recomenda a substituição da expressão “mulher grávida” por “pessoa
grávida”, para não ferir a susceptibilidade de “homens transgénero”. Em Julho
de 2017, o Metro de Londres anunciou a substituição da saudação “damas e
cavalheiros” por “olá a todos”, para ser mais inclusivo. No Canadá, foi aprovado
neste mês a alteração da versão inglesa do hino nacional, pasme-se (!), em nome
da igualdade de género.
Assim, depois de ter sido mutilada
pelo Acordo Ortográfico de 1990, a língua portuguesa será agora amputada na sua
riqueza vocabular e linguística, em nome de uma suposta igualdade de género,
passando a ser um português mais neutro. A “novilíngua” portuguesa?
O autor escreve em português correcto, não reconhecendo o AO
1990.
* Engenheiro e gestor
Membro da TEM/CDS - Tendência Esperança em Movimento
Membro da TEM/CDS - Tendência Esperança em Movimento
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018
A Igreja: TENDA E CAMPANHA
“O lugar da luz é o candelabro… O fermento deve misturar-se na massa… A verdade deve ser agitada dos telhados… (…). A virtude perdeu a força, moída pela varinha mágica do relativismo” (João Aguiar Campos, in “Transparências”, pág.85)
Várias vezes, e muito oportunamente, o Papa Francisco, tem chamado a atenção, naquele seu jeito, de que a Igreja, todos os baptizados, devem assumir-se como cuidadores de uma “Tenda de campanha”, num mundo dividido e em que há inúmeros feridos e moribundos nesta sociedade do “descartável”. Muitos destes feridos estão de tal modo feridos que já nem se apercebem das feridas que os atingem nem se apercebem das causas das suas chagas. Uns mais e outros menos. Mas todos feridos ainda que o orgulho e a vanglória nos iludam e se nos afiguremos incólumes e não a precisarmos de conversão permanente, de curar permanentemente as nossas feridas.
Razão tinha S. João Paulo II, quando escreveu na Sua primeira Encíclica “Redemptoris hominis” que “o caminho da Igreja é o Homem”. O Homem todo e todos os homens. E o Homem ferido deve merecer toda a nossa solicitude e atenção activa e não atenção especulativa.
Indo um pouco mais atrás, à Constituição conciliar “Gaudium et spes”, logo a primeira frase nos remete para esta urgência de estarmos activamente interventivos face ao mundo. E, particularmente, ao mundo dos sofredores. Todos os sofrimentos.
Para lá das fomes, das guerras e das injustiças de uma sociedade decadente e híper-individualista, egoísta, egolátrica, exploradora, ladra ou adicta, há outros sofrimentos, outras feridas dolorosas, como o estraçalhamento da Família, demolida e desfigurada, proposta como modelo “societal” inelutável. É assim, dizem-nos. E, por ser “assim”, somos, para ser “politicamente correctos”, complacentes, somos coagidos a arrecadar, escondendo-os bem, os valores estruturantes da nossa identidade. Mais grave: as grandes instituições de referência, dividem-se: uns sectores com tendências para irem na onda da contemporização, esquecendo os seus princípios fundamentais, enchem-se de “misericórdia” para uns feridos mas de segregação e negação para outros feridos. Outros, os grandes discriminados e insultados, são escorraçados da “tenda”, estes não raras vezes, também, segregadores. Será que a “tenda de campanha” só é para alguns iluminados?
Quando um ferido chega à “tenda de campanha” não se olha, ou não se deve olhar, a quem é. Não se lhe pergunta qual a sua orientação política ou sensibilidade religiosa. Trata-se. Mas trata-se cada ferido de acordo com a gravidade e amplitude dos seus ferimentos. Acompanha-se cada um. Aconselha-se. Dão-se recomendações para continuar a curar-se e para evitar voltar a ter os ferimentos que o levaram à “tenda de campanha”. Avisam-se do modo como devem evitar voltar a serem feridos. Diz-se-lhes que devem continuar o seu tratamento e como o devem fazer. O objectivo dos cuidadores da “tenda de campanha” é tratar, curar, não remediar, e fazer com que se lhes dêem os cuidados necessários, se apliquem os tratamentos exigidos, de acordo com um protocolo. E muito menos enganá-los, dizendo que o curativo não é exigente e nem sempre leva à cura da ferida. E quando tiver alta, o que pode demorar muito tempo, mesmo muito, ou, até nunca conseguirem curar-se, mas mandam as boas práticas que se lhes diga para não recaírem. Que evitem as ocasiões. Ninguém de bom senso lhes pode dizer: vai, estás a caminho da cura, mas podes continuar na mesma! O que os cuidadores devem dizer, muito claramente, é que não voltem às situações de risco. Contudo, há feridos que foram à “tenda de campanha” mas que não têm força suficiente, coragem nem acreditam profundamente de que não podem seguir o caminho que os levou aos ferimentos. Então, será que eles voltarão à “tenda de campanha”? Obviamente que se tropeçarem, os cuidadores da “tenda de campanha” têm a obrigação de, com humildade e caridade, voltarem a iniciar o processo de tratamento. Demore o tempo que demorar. Sem prazo. Se os feridos quiserem. Assim os cuidadores da “tenda de campanha” saibam o modo de agir correcto e não o que está na moda…
«Vai, os teus ferimentos foram curados! Não voltes ao mesmo!». Não voltes ao mesmo. Arrepia caminho.
… E sempre ter a “tenda de campanha” acolhedora, confortável e de porta aberta para todos os feridos. Sempre com uma mão amiga que diga a verdade do ferimento, a dificuldade do tratamento e a necessidade de colaborarem com os cuidadores. Sobretudo com o “Grande e único Cuidador”!
… E que os cuidadores tenham sempre a mão e o coração abertos para ajudar.
… E que os vizinhos não se armem em curandeiros, bruxos ou afins. As boas práticas mandam que se abstenham de comentários. Se puderem que ajudem, a pedido, dos cuidadores.
… E que os feridos que foram à “tenda de campanha” saibam ao que vão.
A “tenda de campanha” está de portas abertas… para quem lá quer entrar, acredita no tratamento e tem a intenção e vontade de seguir os cuidadores.
Para quem não crê no valor da “tenda de campanha” e nos tratamentos de cura, para que critica a dita “tenda”, remédios para a cura dos ferimentos e capacidade dos cuidadores? Ninguém é obrigado a socorre-se da “tenda de campanha” se nem sequer tem consciência de que está ferido. Contudo, a “tenda de campanha” está sempre aberta. Assim os cuidadores mostrem disponibilidade e sagacidade para cuidarem. E paciência.
---
Carlos Aguiar Gomes, exprimindo única e exclusivamente a sua opinião pessoal.
(O autor não segue o chamado AO)
(O autor não segue o chamado AO)
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018
A aposta beneditina
Reflectindo sobre esta pobre realidade que nos cerca, o meu desalento é muito grande.
Sinto que os valores em que fui criado, em que procurei e me esforcei por viver, colapsaram. Não preciso de “Bola de cristal”, “deitar cartas” ou procurar leituras e interpretações mais ou menos esotéricas. Basta olhar à nossa volta. Ver o que se passa à nossa porta. Ver um telejornal. Observar o comportamento das chamadas, erradamente, elites políticas, económicas e até religiosas, geram em mim um sentimento de derrotado, vencido da vida e de oprimido. Invade-me uma muito forte desilusão.
Porém…
Porém, meditando um pouco na história de S. Bento de Núrsia, do seu tempo igual ao nosso, da espiritualidade que viveu e nos legou, ganho força, mesmo que me sinta uma espécie de Dom Quixote lutando contra moinhos de vento. Mas este Homem (Não é por acaso que S. Gregório Magno começa a sua biografia de S. Bento com uma frase muito sintomática: FUIT VIR… Houve um varão… referindo-se ao biografado, S. Bento), passados quase 1500 anos da sua morte, dá-me alento.
Quem me conhece, sabe que defendo tenaz e convictamente que recristianização da Europa (de todo o Ocidente) tem de seguir o modelo beneditino, de pequenas comunidades que saberão unir a Oração à Acção. Comunidades irradiantes como foram os mosteiros beneditinos, no silêncio operativo.
Se S. Bento escreveu a Regra para monges e eu não o sou nem a maioria dos cristãos que ainda restam, aquela poderá e deverá aplicar-se a leigos. Não foi por acaso que publiquei no Boletim da Basílica de S. Bento da Porta Aberta 30 artigos, durante 30 meses, a que chamei “Passadas com S. Bento”, nos quais, a partir da Regra procurei indicar aplicações ao meu e nosso quotidiano de leigos. Por isso, foi com uma certa satisfação espiritual e a sensação de que não sou um excêntrico isolado, que tomei conhecimento do recente lançamento, em França, de um livro, cujo autor é um conhecido jornalista americano, Rod Dreher, e que se chama: «Comment être chrétien dans un monde qui ne l`est plus – le pari bénédictin» (Ed. Artège, Paris, 2017), livro que já encomendei e de que, ansiosamente aguardo a sua chegada.
O autor, em recente entrevista, entre coisas extremamente importantes, disse: «A aposta beneditina é uma estratégia para viver a sua fé cristã num mundo que já não o é e cada vez mais lhe é mais hostil. Os cristãos, para mim, devem mostrar-se muito mais firmes face à modernidade do que o que têm feito até agora. Durante muito tempo atarefou-se a acomodar-se à vida moderna, tomando para si, nomeadamente, o igualitarismo e o individualismo. É um desastre, não somente para si, mas também para o Ocidente, que vive espiritualmente hoje o que Roma conheceu aquando da sua queda. Convido os cristãos desejosos de sobreviver a tornarem-se versões leigas dos monges beneditinos, que se estabeleceram no meio das ruínas do Império romano. Não somos chamados à vida monástica, mas a Regra de S. Bento contém numerosas lições e práticas adaptáveis à vida de leigos e úteis para fazer frente aos desafios, mesmo de perseguições modernas…».
Perante o desastre, quereremos continuar a só nos importarmos com “pão e circo” e de umas Missas, Eucaristias(!), “lindas”, muito animadas?
---
Carlos Aguiar Gomes
(O autor não escreve de acordo com o chamado AO)
Sinto que os valores em que fui criado, em que procurei e me esforcei por viver, colapsaram. Não preciso de “Bola de cristal”, “deitar cartas” ou procurar leituras e interpretações mais ou menos esotéricas. Basta olhar à nossa volta. Ver o que se passa à nossa porta. Ver um telejornal. Observar o comportamento das chamadas, erradamente, elites políticas, económicas e até religiosas, geram em mim um sentimento de derrotado, vencido da vida e de oprimido. Invade-me uma muito forte desilusão.
Porém…
Porém, meditando um pouco na história de S. Bento de Núrsia, do seu tempo igual ao nosso, da espiritualidade que viveu e nos legou, ganho força, mesmo que me sinta uma espécie de Dom Quixote lutando contra moinhos de vento. Mas este Homem (Não é por acaso que S. Gregório Magno começa a sua biografia de S. Bento com uma frase muito sintomática: FUIT VIR… Houve um varão… referindo-se ao biografado, S. Bento), passados quase 1500 anos da sua morte, dá-me alento.
Quem me conhece, sabe que defendo tenaz e convictamente que recristianização da Europa (de todo o Ocidente) tem de seguir o modelo beneditino, de pequenas comunidades que saberão unir a Oração à Acção. Comunidades irradiantes como foram os mosteiros beneditinos, no silêncio operativo.
Se S. Bento escreveu a Regra para monges e eu não o sou nem a maioria dos cristãos que ainda restam, aquela poderá e deverá aplicar-se a leigos. Não foi por acaso que publiquei no Boletim da Basílica de S. Bento da Porta Aberta 30 artigos, durante 30 meses, a que chamei “Passadas com S. Bento”, nos quais, a partir da Regra procurei indicar aplicações ao meu e nosso quotidiano de leigos. Por isso, foi com uma certa satisfação espiritual e a sensação de que não sou um excêntrico isolado, que tomei conhecimento do recente lançamento, em França, de um livro, cujo autor é um conhecido jornalista americano, Rod Dreher, e que se chama: «Comment être chrétien dans un monde qui ne l`est plus – le pari bénédictin» (Ed. Artège, Paris, 2017), livro que já encomendei e de que, ansiosamente aguardo a sua chegada.
O autor, em recente entrevista, entre coisas extremamente importantes, disse: «A aposta beneditina é uma estratégia para viver a sua fé cristã num mundo que já não o é e cada vez mais lhe é mais hostil. Os cristãos, para mim, devem mostrar-se muito mais firmes face à modernidade do que o que têm feito até agora. Durante muito tempo atarefou-se a acomodar-se à vida moderna, tomando para si, nomeadamente, o igualitarismo e o individualismo. É um desastre, não somente para si, mas também para o Ocidente, que vive espiritualmente hoje o que Roma conheceu aquando da sua queda. Convido os cristãos desejosos de sobreviver a tornarem-se versões leigas dos monges beneditinos, que se estabeleceram no meio das ruínas do Império romano. Não somos chamados à vida monástica, mas a Regra de S. Bento contém numerosas lições e práticas adaptáveis à vida de leigos e úteis para fazer frente aos desafios, mesmo de perseguições modernas…».
Perante o desastre, quereremos continuar a só nos importarmos com “pão e circo” e de umas Missas, Eucaristias(!), “lindas”, muito animadas?
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Carlos Aguiar Gomes
(O autor não escreve de acordo com o chamado AO)
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