quinta-feira, 15 de março de 2018

REFLEXÃO PARA O DIA DO PAI


Nem todos os países celebram o DIA DO PAI na mesma  data. Entre nós, em Portugal, o DIA DO PAI, é comemorado no dia 19 de Março, dia de S. José.
Na actuais circunstâncias sócio-culturais, não quero, não devo nem posso deixar de assinalar e sublinhar a importância desta efeméride. Porque sou Pai. Porque sou cidadão interventivo na res publica. Porque estou atento e me preocupa o desmoronamento da nossa identidade cultural e espiritual.
Assistimos, tantas vezes calados e indiferentes, a uma campanha sistemática para “rasurar” do nosso quotidiano o sentido da palavra PAI e, até mesmo, a própria palavra como “discriminatória” e sexista. O mesmo sucede com a palavra Mãe! Já são incontáveis, entre nós, as tentativas de não se celebrar os Dias do Pai e da Mãe!... E, como vamos tento pão e circo…
Para a corrente ideológica dominante, ditatorial, urge apagar estas designações que “ofendem” (!) a variedade de géneros e a sua identidade.
Assistimos, cada dia mais correntemente, a uma chamada “escrita e linguagem inclusivas”, imposta nos sistemas de ensino e nos “media” e que nos obrigam a banir toda a linguagem “machista” e sexista tal como Pai ou Mãe! Estão a impor-nos uma nova gramática que anula o masculino e o feminino, logo Pai e Mãe, substituídos por um idiota “Progenitor 1 ou A” e “Progenitor 2 ou B”.
Com o recurso aos chamados “bancos de esperma”, de dadores anónimos, logo se impede/dificulta a possibilidade de as crianças saberem quem é o seu Pai. Trata-se de um verdadeiro atentado indigno contra o direito fundamental de cada um saber quem é o seu Pai, um indivíduo do sexo masculino e que, começa por dar espermatozoides, dos quais será eleito um, e que transforma aquele em Pai. É assim que cada Pai começa a sua função na paternidade. Digo, começa e é aí, precisamente que se inicia a função da paternidade e que a morte nunca conseguirá apagar.
Assim, face a este ataque cerrado a um conceito natural da biologia para não falar da antropologia familiar, que se impõe celebrar o DIA DO PAI, que, como se disse se inicia na fecundação de um óvulo por um espermatozoide e continua(rá) pela vida fora tanto em si como na relação com o outro que , assim inicia a sua vida, e na relação com a Mãe que não a dona do filho nem uma indiferente e simples “barriga de aluguer” ou “portadora” de uma vida que espera nascer e a que tal em esse direito. O Pai não é um mero fornecedor de espermatozoides nem a Mãe um simples “tubo de ensaio”.
Ser Pai é um privilégio natural que tem de se saber assumir com toda a responsabilidade. Sempre e em todas as circunstâncias da vida e que se prolongam para lá da morte. É-se Pai para sempre. Nenhum Pai se pode e deve demitir das responsabilidades inerentes. De todas as responsabilidades. Igualmente, nenhum Pai pode ser “demitido” pelo livre arbítrio dos filhos.
Neste DIA DO PAI chama-se a atenção da sociedade para esta grave situação sócio-antrológica das campanhas mais ou menos declaradas, algumas bem descaradas, contra a paternidade (o mesmo se passa com a maternidade) e a que temos de nos saber opor energicamente e determinação contra a ditadura do pensamento único e desnaturado que nos estão a impor de forma ditatorial.
Celebremos o DIA DO PAI, com alegria e com e na gratidão. Lembremos os que já partiram. Rezemos pelos pais que não sabem ser pais.
--
Carlos Aguiar Gomes(O autor não acata o chamado AO)  

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