quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Natal para as crianças da Síria - Fundação Pontifícia AJUDA À IGREJA QUE SOFRE

 Fundação AIS lança campanha neste Natal para as crianças da Síria

25 mil milagres

A Síria continua a viver dias dramáticos. A pobreza é generalizada, falta

quase tudo, o custo de vida é insuportável e a guerra parece não ter fim.

Apesar do desespero, é possível semear sorrisos neste Natal. Proteger 25

mil crianças do frio do Inverno é o objectivo da mais recente iniciativa da

Fundação AIS. Não é fácil mas, para a irmã Annie, não há obstáculos

quando o objectivo é devolver a alegria aos mais pequenos…

“A vida é quase insuportável na Síria”, denuncia a irmã Annie Demerjian,

responsável há quase uma década pelas campanhas da Fundação AIS nas

cidades de Aleppo e Damasco. Esta religiosa, que já esteve por mais de

uma vez em Portugal a convite da Ajuda à Igreja que Sofre, faz um relato

impressivo do desespero da população síria ao fim de quase uma década

de guerra. A destruição causada pelos combates é apenas uma das causas

da ruína em que se encontra a Síria. As sanções económicas impostas ao

regime de Damasco estão a encurralar a população para uma situação

dramática que não tem fim à vista. O dia-a-dia é marcado pelo sofrimento.

A irmã Annie fala-nos de um país onde a pobreza é generalizada, onde

faltam medicamentos, onde se registam falhas constantes e prolongadas

no fornecimento de electricidade e de água potável. As ruínas causadas

pela guerra são apenas um sinal do labirinto de miséria em que se

encontram as famílias. As palavras da irmã Annie, da Congregação de

Jesus e Maria, não se desviam do essencial. São um retrato de um país à

beira do desespero. “Vivemos o pior período da nossa história…” Os mais

novos são, seguramente, dos mais afectados por esta crise. Para muitas

crianças, a guerra é a única realidade que conheceram em toda a vida.

Nasceram já depois dos combates se terem iniciado há quase dez anos.

São filhos da guerra. Habituaram-se aos destroços, ao ruído das bombas,

às sirenes dos bombeiros, ao desespero no rosto dos adultos. Aos feridos

e aos mortos. Habituaram-se à desgraça. As crianças sírias pertencem a

uma geração com o futuro comprometido. Uma em cada três escolas foi

danificada ou destruída pela guerra. Muitas crianças foram forçadas a

integrar grupos armados. Deram metralhadoras para as mãos que deviam

segurar lápis e cadernos. Roubaram-lhes a infância. Muitas outras crianças

ficaram sem pais, sem família, perdidas num país perdido numa guerra

sem fim. Nunca se saberá certamente a dimensão real de toda esta

tragédia, mas calcula-se que haverá cerca de um milhão de órfãos na

Síria…


Um Natal menos frio

Para a Irmã Annie são todas estas crianças são como filhos. Esta religiosa

de olhar meigo é responsável pelas campanhas de solidariedade da

Fundação AIS nas cidades de Aleppo e Damasco. Neste Natal, a sua

prioridade é dar algum conforto às crianças. Pelo menos às crianças. A

economia está estrangulada. O salário médio das famílias pouco mais dá

do que para uma semana. Com o dinheiro a valer cada vez menos, a

simples compra de uma camisola parece um sonho impossível de

concretizar para muitas famílias. Mas não para a irmã Annie. Com a ajuda

da Fundação AIS, esta religiosa decidiu que era possível fazer este ano um

verdadeiro milagre oferecendo a cada criança um blusão que lhe permita

resistir aos rigores do Inverno. São 25 mil crianças. Vão ser 25 mil

milagres. É uma tarefa imensa. Estas crianças vivem em Damasco e

Aleppo, mas também em Homs, Kameshli, Hassakeh, Swidaa e Horan. São

crianças que, com a ajuda da Fundação AIS, vão ter um Natal menos frio,

menos duro. Mais feliz. Para a irmã Annie, esta está a ser seguramente

uma campanha muito especial. Uma iniciativa que só será possível graças

à generosidade dos benfeitores da Fundação AIS. As crianças da Síria

podem contar consigo?

Paulo Aido | www.fundacao-ais.pt

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