segunda-feira, 11 de julho de 2022

S. BENTO – PAI E PADROEIRO DA EUROPA

 

                                 S. BENTO – PAI E PADROEIRO DA EUROPA

                                                              11 de JULHO

 

  Todo o Norte de Portugal  tem uma grande devoção a S. Bento, S. Bento nascido em Núrsia em 480 e que morreu em 547, no mosteiro que construiu em Monte Cassino  ( Itália)  e de onde irradiou a sua “ família monástica” , os beneditinos, por toda a Europa, levando aos povos de Norte a Sul e de Oeste Este, uma mensagem de paz, promovendo a cultura, a arte, as ciências , o desenvolvimento da Agricultura….

   Em 24 de Outubro de 1964, o Papa reinante na altura, Paulo VI, proclamou S. Bento Patrono Principal de toda a Europa, pela Carta Apostólica “ PACIS NUNTIUS”, as primeiras palavras da citada Carta, em latim e que em português querem dizer  “ MENSAGEIRO DA PAZ”.

  Em 2014, comemorámos o 50º aniversário da Carta Apostólica “ Pacis Nuntius”.

    Cada dia 11 de Julho,estão reunidas as condições para assinalarmos a efeméride e lembrarmos  aos europeus que a  Europa está “ entregue” a S. Bento. A Europa toda, do Atlântico aos Urais. Como escreveu o Papa Paulo VI, logo no início da citada Carta Apostólica:

«Mensageiro da paz, artífice de união, mestre de civilização, sobretudo, arauto da religião de Cristo e fundador da vida monástica no Ocidente: estes os justos títulos da exaltação de S. Bento Abade.»

E a seguir, Paulo VI, continua:

«Na queda do Império Romano, por fim exausto, enquanto algumas regiões da Europa pareciam cair nas trevas e outras estavam ainda destituídas de civilização e de valores espirituais, foi ele, com constante e assíduo empenho, a fazer nascer, neste nosso continente, a aurora de uma nova era. Sobretudo ele e os seus filhos levaram a cruz, o livro e o arado, o progresso cristão às populações espalhadas desde o Mediterrâneo até à Escandinávia, desde a Irlanda às plagas da Polónia.»

 Como referiu aquele Papa, « FOI ELE», S. Bento, que moldou esta Europa que hoje perdeu a memória das suas origens e as nega ferozmente. Está, pois na hora de regressarmos a S. Bento, porque “ foi ele” que moldou a Europa com «a cruz, o livro e o arado» no dizer felicíssimo do Papa Montini.

  O Papa S. João Paulo II Magno, sobre S. Bento, escreveu lapidarmente ( 23 de Março de 1980), como era e é seu apanágio:

«Não se pode viver para o futuro sem reconhecer que o sentido da vida é maior que a temporalidade, que ele está acima desta. Se as sociedades e os homens do nosso Continente perderam o interesse por este sentido , devem reencontrá-lo.  (…) Não devem nem podem voltar para trás , aos tempos de Bento, mas devem reencontrar o sentido da existência humana no exemplo de Bento. Só então viverão para o futuro. Trabalharão para o futuro. E morrerão na perspectiva da eternidade.».

Ou como escreveu o Papa Emérito Bento XVI (9.IV. 2008):

«O grande monge ( S. Bento) permanece um verdadeiro mestre  em cuja escola podemos aprender a arte de viver o humanismo verdadeiro».

 Nestes tempos conturbados e difíceis, de autêntica alienação colectiva, rodeados por um ambiente altamente tóxico, voltemo-nos para o exemplo de S. Bento, Pai e Padroeiro da Europa.   … E quando , numa igreja , capela ou “ alminhas” virmos uma representação deste grande santo, lembremo-nos de agradecer o quanto ele nos legou.

Carlos Aguiar Gomes

 

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