S. BENTO – PAI
E PADROEIRO DA EUROPA
11 de JULHO
Todo o Norte de Portugal tem uma grande devoção a S.
Bento, S. Bento nascido em Núrsia em 480 e que morreu em 547, no mosteiro que
construiu em Monte Cassino ( Itália) e de onde irradiou a sua “ família monástica”
, os beneditinos, por toda a Europa, levando aos povos de Norte a Sul e de
Oeste Este, uma mensagem de paz, promovendo a cultura, a arte, as ciências , o
desenvolvimento da Agricultura….
Em 24 de Outubro de 1964, o Papa reinante na
altura, Paulo VI, proclamou S. Bento Patrono Principal de toda a Europa, pela
Carta Apostólica “ PACIS NUNTIUS”, as primeiras palavras da citada Carta, em
latim e que em português querem dizer “
MENSAGEIRO DA PAZ”.
Em 2014, comemorámos o 50º
aniversário da Carta Apostólica “ Pacis Nuntius”.
Cada dia 11 de Julho,estão
reunidas as condições para assinalarmos a efeméride e lembrarmos aos europeus que a Europa está “ entregue” a S. Bento. A Europa
toda, do Atlântico aos Urais. Como escreveu o Papa Paulo VI, logo no início da
citada Carta Apostólica:
«Mensageiro da paz, artífice de união, mestre de civilização,
sobretudo, arauto da religião de Cristo e fundador da vida monástica no
Ocidente: estes os justos títulos da exaltação de S. Bento Abade.»
E a seguir, Paulo VI, continua:
«Na queda do Império Romano, por fim exausto, enquanto
algumas regiões da Europa pareciam cair nas trevas e outras estavam ainda
destituídas de civilização e de valores espirituais, foi ele, com constante e
assíduo empenho, a fazer nascer, neste nosso continente, a aurora de uma nova
era. Sobretudo ele e os seus filhos levaram a cruz, o livro e o arado, o
progresso cristão às populações espalhadas desde o Mediterrâneo até à
Escandinávia, desde a Irlanda às plagas da Polónia.»
Como referiu aquele Papa, « FOI ELE», S. Bento, que moldou
esta Europa que hoje perdeu a memória das suas origens e as nega ferozmente.
Está, pois na hora de regressarmos a S. Bento, porque “ foi ele” que moldou a Europa com «a cruz, o livro e o arado»
no dizer felicíssimo do Papa Montini.
O Papa S. João Paulo II Magno,
sobre S. Bento, escreveu lapidarmente ( 23 de Março de 1980), como era e é seu
apanágio:
«Não se pode viver para o futuro sem reconhecer que o sentido
da vida é maior que a temporalidade, que ele está acima desta. Se as sociedades
e os homens do nosso Continente perderam o interesse por este sentido ,
devem reencontrá-lo. (…) Não
devem nem podem voltar para trás , aos tempos de Bento, mas devem reencontrar o
sentido da existência humana no exemplo de Bento. Só então viverão para o
futuro. Trabalharão para o futuro. E morrerão na perspectiva da eternidade.».
Ou como escreveu o Papa Emérito Bento XVI (9.IV. 2008):
«O grande monge ( S. Bento) permanece um verdadeiro mestre em cuja escola podemos aprender a arte de
viver o humanismo verdadeiro».
Nestes tempos conturbados e difíceis,
de autêntica alienação colectiva, rodeados por um ambiente altamente tóxico,
voltemo-nos para o exemplo de S. Bento, Pai e Padroeiro da Europa. … E quando , numa igreja , capela ou “
alminhas” virmos uma representação deste grande santo, lembremo-nos de
agradecer o quanto ele nos legou.
Carlos Aguiar Gomes
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