domingo, 23 de outubro de 2022

SILERE NON POSSUM nº 8

 

SILERE NON POSSUM

                     (Não me posso calar – Sto Agostinho)

Para destruir um povo é preciso destruir as suas raízes.” ( Alexandre Soljenitsyne)

 

 

                Carta aos meus amigos – nº 8

 

                      BRAGA – 20 de Outubro de 2022

 

 

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PAX

 

Caros Amigos:     

 

 

“ Do amor divino, Gianna Beretta Molla foi uma mensageira simples, mas mais significativa do que nunca…”

 

 

 

   No dia 16 de Maio de 2004, o Papa S. João Paulo II Magno canonizava uma Mulher, Mãe e Médica: Joana Beretta Molla. Era a primeira vez que alguém com este perfil humano e profissional passava a integrar o “ catálogo” dos santos, de homens e mulheres recomendados como modelo de vida. Nesse dia memorável, o Papa da vida e da família, João Paulo II Magno, à homilia disse:

   “ Do amor divino, Gianna Beretta Molla foi uma mensageira simples, mas mais significativa do que nunca. Poucos dias antes do matrimónio, numa carta enviada ao futuro marido, escreveu: ”O amor é o sentimento mais bonito que o Senhor colocou nas almas dos homens”.

   Segundo o exemplo de Cristo, que “tendo amado os seus, amou-os até ao fim” (Jo 13,1 ), esta santa mãe de família   manteve-se heroicamente fiel ao compromisso assumido no dia do matrimónio . O sacrifício eterno que selou a sua vida dá testemunho de que somente quem tem a coragem de se entregar totalmente a Deus e aos irmãos se realiza a si mesmo…”. “Possa a nossa época descobrir de novo, através do exemplo de Gianna Beretta Molla, a beleza pura, casta e fecunda do amor conjugal, vivido como resposta ao chamamento divino”.

   Mas quem foi esta Mulher cujo centenário do nascimento já estamos a celebrar desde 4 de Outubro?

   Joana Beretta Molla nasceu em Itália ( Magenta – Milão) em 4 de Outubro de 1922. Foi a décima de treze filhos que seus pais tiveram. Aos 3 anos mudou-se com os seus pais e irmãos para Bérgamo. Cursou medicina entre 1942e 1949 tendo-se especializado em Pediatria em 1952 na Universidade de Milão. A sua vocação passou pelo matrimónio. Casou com o Eng. Pietro Molla em Setembro de 1955. Deste casamento nasceram 4 filhos: Pierluigi, Mariolina, Laura e, finalmente , Gianna Emanuela em 1962 ( Abril). A gravidez de Gianna Emanuela foi bastante complicada e difícil e para salvar esta filha deu a sua vida recusando o aborto que lhe era proposto pelos seus colegas médicos. Aceitou com enorme resignação as dificuldades desta gravidez e para salvar o bebé exigiu que a opção final fosse sempre salvar a vida do 4º filho, Gianna Emanuela.

   Joana Molla era uma  mulher alegre, divertida e desportiva sobretudo gostava muito de esquiar na neve. Melómana amava também flores. No fundo, Joana Molla, era uma mulher e profissional competente do seu tempo. Tinha um cuidado proactivo relativamente aos pobres. Possuía, porém, uma particularidade: uma fé inabalável e uma confiança total na Divina Providência.

   “ Sempre me ensinaram que o segredo da felicidade é viver cada momento, e agradecer ao Senhor por tudo o que Ele, na Sua bondade, concede dia após dia. Por isso, o coração no céu e vivamos felizes”.

Vamos celebrar o ANO JOANITA – 4 de Outubro de 1922/4 de Outubro de 2023 !

  Não posso calar este centenário, sobretudo quando a “ cultura da morte” está a dominar o pensar e o agir deste mundo.

 

SILERE NON POSSUM!

Carlos Aguiar Gomes, Braga , 20.X.22

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