SILERE NON POSSUM
(Não me posso calar – Sto Agostinho)
“Para
destruir um povo é preciso destruir as suas raízes.” (
Alexandre Soljenitsyne)
Carta aos meus
amigos – nº 8
BRAGA – 20 de
Outubro de 2022
+
PAX
Caros Amigos:
“ Do amor
divino, Gianna Beretta Molla foi uma mensageira simples, mas mais significativa
do que nunca…”
No dia 16 de Maio de 2004, o Papa S. João
Paulo II Magno canonizava uma Mulher, Mãe e Médica: Joana Beretta Molla. Era a
primeira vez que alguém com este perfil humano e profissional passava a
integrar o “ catálogo” dos santos, de homens e mulheres recomendados como
modelo de vida. Nesse dia memorável, o Papa da vida e da família, João Paulo II
Magno, à homilia disse:
“ Do amor divino,
Gianna Beretta Molla foi uma mensageira simples, mas mais significativa do que
nunca. Poucos dias antes do matrimónio, numa carta enviada ao futuro marido,
escreveu: ”O amor é o sentimento mais bonito que o Senhor colocou nas almas dos
homens”.
Segundo o exemplo de
Cristo, que “tendo amado os seus, amou-os até ao fim” (Jo 13,1 ), esta santa
mãe de família manteve-se heroicamente
fiel ao compromisso assumido no dia do matrimónio . O sacrifício eterno que
selou a sua vida dá testemunho de que somente quem tem a coragem de se entregar
totalmente a Deus e aos irmãos se realiza a si mesmo…”. “Possa a nossa época
descobrir de novo, através do exemplo de Gianna Beretta Molla, a beleza pura,
casta e fecunda do amor conjugal, vivido como resposta ao chamamento divino”.
Mas quem foi esta Mulher cujo centenário do
nascimento já estamos a celebrar desde 4 de Outubro?
Joana Beretta Molla nasceu em Itália (
Magenta – Milão) em 4 de Outubro de 1922. Foi a décima de treze filhos que seus
pais tiveram. Aos 3 anos mudou-se com os seus pais e irmãos para Bérgamo.
Cursou medicina entre 1942e 1949 tendo-se especializado em Pediatria em 1952 na
Universidade de Milão. A sua vocação passou pelo matrimónio. Casou com o Eng.
Pietro Molla em Setembro de 1955. Deste casamento nasceram 4 filhos: Pierluigi,
Mariolina, Laura e, finalmente , Gianna Emanuela em 1962 ( Abril). A gravidez
de Gianna Emanuela foi bastante complicada e difícil e para salvar esta filha
deu a sua vida recusando o aborto que lhe era proposto pelos seus colegas
médicos. Aceitou com enorme resignação as dificuldades desta gravidez e para
salvar o bebé exigiu que a opção final fosse sempre salvar a vida do 4º filho,
Gianna Emanuela.
Joana Molla era uma mulher alegre, divertida e desportiva
sobretudo gostava muito de esquiar na neve. Melómana amava também flores. No
fundo, Joana Molla, era uma mulher e profissional competente do seu tempo.
Tinha um cuidado proactivo relativamente aos pobres. Possuía, porém, uma
particularidade: uma fé inabalável e uma confiança total na Divina Providência.
“ Sempre me ensinaram que o segredo da
felicidade é viver cada momento, e agradecer ao Senhor por tudo o que Ele, na
Sua bondade, concede dia após dia. Por isso, o coração no céu e vivamos
felizes”.
Vamos celebrar o ANO JOANITA – 4 de Outubro de 1922/4 de
Outubro de 2023 !
Não posso calar este centenário, sobretudo
quando a “ cultura da morte” está a dominar o pensar e o agir deste mundo.
SILERE NON
POSSUM!
Carlos Aguiar Gomes,
Braga , 20.X.22
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