terça-feira, 16 de maio de 2023

SILERE - EXTRA - EUTANÁSIA

 

          




                  EUTANÁSIA




        …OU O COLAPSO DE UMA CULTURA!           

                                                           

 

                    SILERE NON POSSUM

            (Não me posso calar – Sto Agostinho)

              Para destruir um povo é preciso destruir as suas raízes.” (Alexandre Soljenitsyne)

 

                     

               Carta aos meus amigos – nº EXTRA         

   BRAGA , 15 ( DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA) – Maio - 2023

 

     +

PAX

 

                             EM DEFESA DA VIDA HUMANA

 

 Num momento histórico bem lamentável, Portugal, acaba de legalizar a EUTANÁSIA. Triste  sinal de um grande retrocesso civilizacional neste período da nossa História!

Portugal, país pioneiro na abolição da pena de morte, reintroduz esta em moldes diferentes no nosso ordenamento jurídico. E com um Chefe de Estado que se diz católico! Quando a lei iníqua que liberaliza a Eutanásia for promulgada, associar-se-á sempre esta ao Chefe de Estado que apaga a sua consciência ( será mesmo?) em favor  da Constituição que, neste momento, rege o nosso país, e como todos sabemos, uma Constituição , sendo importante, é alterável pelo Parlamento e vale para um determinado período histórico preciso enquanto não for alterada ( Portugal já teve várias Constituições e todas foram sendo alteradas mais ou menos profundamente). E depois, temos de nunca esquecer que “ nem tudo o que é legal é moral”- recordemos que, por exemplo, a escravatura e a sua existência era legal ou que a pena de morte foi igualmente legal…

O que deveria fazer Marcelo? Não promulgar e renunciar ao mandato como indicador da coerência e sintonia  com a sua consciência. Esta é bem mais superior ao que diz a Constituição! A nossa consciência é o nosso guia superior e com o qual teremos de ter uma relação de respeito coerente. Foi o exemplo que nos legou o Rei Balduíno da Bélgica. Marcelo ficaria na História por uma razão de alto significado moral. Assim, a História vai lembrá-lo como indivíduo oportunista e, desculpem-me os camaleõs, como um camaleão humano que se adapta ao meio para se “ safar” e ficar numa selfie da História integrado no ambiente deletério que  caracteriza este nosso hoje. Tenho pena profunda do meu país!

   E nós, os eleitores pró-vida que fizemos e que vamos fazer? A luta pelo DIREITO À VIDA não acabou.

… Mas como todas as leis podem ser alteradas e abrogadas, assim os nossos representantes (não os escolhemos para se representarem a si próprios, é bom nunca o esquecer) assim o decidam um dia. Deixo aos meus Amigos-leitores e eleitores , para batalhas próximas-futuras, um elenco de 12 razões para não aceitar a legalização da Eutanásia e nos guiar e ajudar, diariamente na nossa luta:

 

 

12 motivos para dizer não à eutanásia e sim aos cuidados paliativos

«(Equipa Sempre Família)

11/01/2019

Assim como o aborto, a eutanásia é outro assunto que envolve a polémica questão: somos nós quem devemos decidir sobre quando alguém nasce ou morre? Temos esse direito? A resposta parece óbvia, mas por conta das constantes investidas pela legalização da eutanásia na França (e em vários outros países do mundo), mais de 175 associações especializadas em cuidados paliativos assinaram um manifesto em que resumem sua posição a favor de cuidar das pessoas que estão na fase final da vida.

 

1. Todos devem viver com dignidade até o fim de sua vida

 

Toda pessoa, independentemente do seu estado de saúde, possui uma dignidade única e particular. Mesmo nas situações mais difíceis e menos desejáveis, as equipas de cuidados paliativos colocam todo o seu coração e experiência para proteger a dignidade dos pacientes. Ao contrário disso, a opção pela morte não garante essa dignidade e implica numa renúncia à condição humana.

 

2. A lei deve proteger os mais vulneráveis

 

As nossas decisões pessoais têm sempre uma dimensão coletiva, especialmente quando requerem a intervenção de terceiros, como na eutanásia. Acelerar e confrontar a morte é um comportamento anormal e solitário de alguns tipos de pessoas como idosos e pessoas que sofrem com alguma doença degenerativa, por exemplo, que sentem esse desejo ao perceber o mundo em que vivem e que as apresenta como um fardo para a sociedade.

 

3. A proibição de matar fundamenta a nossa civilização 

A ideia de “matar em alguns casos” ou “sob certas condições” deve sempre ser rejeitada mesmo que seja somente pelo princípio básico da prudência. A nossa civilização progrediu ao eliminar as excepções à proibição de matar (vingança, duelos, pena de morte). Legalizar a eutanásia significaria dar um passo atrás.

 

4. Pedir a morte nem sempre significa querer morrer

 Pouquíssimos pacientes dizem que querem morrer, ainda mais quando são bem tratados e acompanhados. Além disso, quando eles pedem a morte, muitos querem expressar algo muito diferente da vontade de morrer. Pedir a morte significa quase sempre não querer viver em condições tão difíceis. Pedir a morte porque se está sofrendo é realmente uma escolha livre? Diferente disso, os cuidados paliativos restauram a liberdade do paciente no final de sua vida, controlando tanto a dor quanto o sofrimento mental.

 

5. O fim da vida ainda é vida.

 Ninguém pode saber o que os últimos dias nos trarão Mesmo nessas situações difíceis, muitos pacientes vivem momentos extraordinários e importantes. Alguns descobrem nessa fase que a bondade existe, outros passam a valorizar os seus entes queridos, há aqueles que se reconciliam com algum amigo ou familiar, etc. Acelerar a morte privaria esses últimos e imprevisíveis momentos da condição humana.

 

6. Descriminalizar a eutanásia iria impor ao paciente e sua família a obrigação de considerar a ideia

 Será que realmente queremos, no futuro, considerar a oportunidade de acabar com o sofrimento pessoal ou com a vida dos nossos entes queridos? Será que realmente queremos perguntar-nos, depois de um diagnóstico sério, sobre a injeção letal? Ou então imaginar os nossos entes queridos interrogando-nos  sobre isso quando estivermos sofrendo  numa cama de hospital?

 

7. Os cuidadores devem cuidar, não matar 

A vocação específica dos cuidadores é prestar cuidados, dentro de uma relação de confiança com a pessoa doente. Matar destrói este contrato de confiança e anula o código de deontologia médica (conjunto de normas éticas que todo médico deve respeitar).

 

8. Pesquisas de eutanásia referem-se a opinião de pessoas saudáveis, não doentes 

A partir de pesquisas, afirma-se que a sociedade está preparada para admitir a legalização da eutanásia. No entanto, ninguém pode projetar-se para o final de sua vida e dizer que sabem o que realmente gostariam naquele momento. De facto, as pesquisas não levam em conta a palavra dos pacientes terminais.

 

9. Errar numa decisão por eutanásia seria um erro médico irreparável 

Países que não revogaram a pena de morte têm sério problemas judiciais. No caso da legalização da eutanásia, nenhum paciente poderá reclamar de erro de diagnóstico, desconhecimento dos tratamentos existentes ou do verdadeiro motivo pelo qual o paciente pediu para morrer (lembrar do motivo número 4: pedir a morte nem sempre significa querer morrer). Você poderia admitir esse risco? Diante de situações difíceis, o que é preferível: o risco de viver um pouco mais quando estamos cansados ​​da vida, ou o risco de morrer quando ainda queremos viver?

 

10. Legalizar a eutanásia generaliza o acto e não evita ultrapassar os limites 

A experiência mostra que a legalização está levando os limites legais da prática a níveis extremos, como a eutanásia de menores ou pessoas que sofrem de transtornos mentais. Os abusos crescem em países que legalizaram a eutanásia (por exemplo, o clandestino é três vezes mais comum na Bélgica do que na França).

 

11. Os cuidados paliativos devem ser prestados a todos 

Os cuidados paliativos devem estar acessíveis em todos os lugares e para todos. Eles são um direito do paciente e, actualmente, muitos deles não recebem os cuidados paliativos quando precisam.

 

12. O cuidado paliativo é incompatível com a eutanásia e o suicídio assistido 

A legalização da eutanásia e do suicídio assistido deriva da demanda por autonomia. O cuidado paliativo combina a ética da autonomia com a ética da solidariedade colectiva. Ele previne e alivia o sofrimento, enquanto a eutanásia visa acelerar a morte intencionalmente. Cuidados paliativos são tratamentos, a eutanásia é um ato mortal.

 

(Leia mais em: https://www.semprefamilia.com.br/defesa-da-vida/12-motivos-para-dizer-nao-a-eutanasia-e-sim-aos-cuidados-paliativos/ )»

 Perante esta lamentável decisão do Parlamento português e o que se espera do Chefe de Estado, não me posso calar. Não devo calar. Não quero calar. Não me calarei enquanto Deus me der vida e capacidade de me exprimir. Também não me limito a “ lamentar” a dita aprovação. Repudio e tiro as devidas e lógicas ilações políticas e tudo farei , como até agora, para intervir sempre pelo respeito da VIDA HUMANA sobretudo quando esta é vítima da grande falta de AMOR, que erotizado e descartável, se tornou num vago sentimento de posse, de exploração altamente poluído e efémero. Do Amor limparam a dimensão do ÁGAPE, porém, o AMOR sem esta dimensão essencial não passa de um jogo de exploração do outro.

A legalização pelo Parlamento português da Eutanásia é mais um sinal enviado ao povo eleitor de que aqueles que dizem representar-nos não nos querem ouvir, não querem respeitar o nosso modo de ser. Infelizmente, também não quiseram dar ouvidos a entidades altamente credenciadas como a Ordem dos Médicos ou a dos Enfermeiros que se pronunciaram contra este acto legislativo indigno que o nosso Chefe de Estado vai avalizar. Antes uma demissão presidencial, sinal de protesto, que a promulgação de uma lei iníqua. Triste sinal destes tempos de podridão moral! De colapso civilizacional e de retrocesso cultural .

 

Não me posso calar!

SILERE NON POSSUM!

Carlos Aguiar Gomes

 

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