quinta-feira, 15 de junho de 2023

SILERE 42

 

                                                                 EUTANÁSIA : e depois?

 

       SILERE NON POSSUM

            (Não me posso calar – Sto Agostinho)

             Para destruir um povo é preciso destruir as suas raízes.” (Alexandre Soljenitsyne)

 

                     

                   

                     Carta aos meus amigos – nº 42           

                             

 

                               BRAGA , 15 – JUNHO - 2023

 

 

 

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PAX

 

“Académicos canadienses escriben un artículo a favor de la eutanasia para los pobres…”

(Académicos canadianos escrevem um artigo a favor da Eutanásia para os poibres…)

 

Quem cala, consente!

 Nem tudo o que é legal é moral.

Nem tudo o que é legal hoje permanece para sempre assim.

…Mas tudo o que é moral, permanece para sempre!

 

 

  Todos sabemos que os activistas da cultura da morte não se dão descanso. Primeiro , de uma forma suave e edulcorada, começam por propor, em nome da compaixão ideias que procuram promover a legalização do Aborto ou da Eutanásia. Tem sido assim há décadas, sem pausas. Tem sido assim em todas as geografias humanas, a Ocidente sobretudo. Basta andar minimamente atento ao que se passa nos diversos países onde se começou por legalizar o Aborto em condições muito limitadas e quase lógicas. Depois, pouco tempo depois, alargou-se o prazo para a prática LEGAL DA CHACINA DOS INOCENTES. As razões para tal prática. E chegamos ao aborto a pedido sem qualquer justificação, a não ser o “ porque sim” da mãe e sem, sequer, o conhecimento do pai das crianças ameaçadas de morte ou dos pais das menores candidatas à prática do Aborto, chamado, eufemisticamente, Interrupção Voluntária da Gravidez, abreviada para uma sigla “ inócua” – IVG! E já chegamos ao Aborto chamado “ pós- nascimento”, ou seja, o infanticídio cometido depois do parto num hospital! E que dizer do Aborto eugénico ( assinalo a eugenismo aplicado em pleno às crianças com, por exemplo, o Síndrome de Down) a que nem Hitler, por ignorância da Ciência,só eliminou os indesejáveis filhos dos indesejáveis, judeus ou não. Sim, vivemos um tempo profundamente racista cromossómico com a anuência activa dos políticos e dos cidadãos eleitores

   Mas as leis valem o que valem e pelo tempo que duram. E nenhuma lei é eterna. Toda a lei é reversívele pode ser  abrogada. A experiência, não muito distante no tempo, comprovam o que escrevi. Não faltam exemplos em Portugal e no estrangeiro. É tudo uma questão de tempo, de paciência e de não deixar o esquecimento, qual erva daninha que abafa as culturas, fazer esquecer a iniquidade de uma determinada lei. Por isso, faz sentido “ malhar” na verdade e nunca nos fatigarmos  ainda que possamos parecer impertinentes, retrógrados ou “ abstrusos” repetitivos.

   Li, recentemente ( !4.V.23) que, no Canadá, um grupo de académicos (!) pedia em petição pública, a Eutanásia para os pobres, como a solução para acabar com a pobreza!!!

    Já temos, na Holanda, a Eutanásia para velhos, doentes e crianças ( menores de 12 anos) muitas vezes sem as vítimas terem formulado um pedido consciente e esclarecido.

   Portugal acabou de aprovar a liberalização da Eutanásia, em formato quase de “ copy past” do que se começou por fazer na Holanda, Bélgica, Canadá, entre outros países. Os nossos deputados e o Chefe de Estado, ignoraram propositadamente, a tendência verificada para o Aborto entre nós e noutros países e , igual sequência para a Eutanásia, a que se convencionou, e muito correctamente, apelidar a “ RAMPA DESLIZANTE”.

   “À medida que aumenta o apoio ao suicídio assistido no Canadá, apesar da terrível série de histórias que denunciam que os pobres e os deficientes optam por injecções letais por puro desespero, (…) Como perguntava no ano passado ( 2022) um autor da revista britânica “ THE SPECTATOR”: “ Por que é que no Canadá se pratica a Eutanásia aos pobres?” E a resposta de alguns peritos em bioética parece ser « E porque não?».

   O Canadá decidiu definir o suicídio assistido por injecção letal como “ ASSISTÊNCIA SANITÁRIA”.

  Cá estaremos para que em Portugal, cuja “ rampa deslizante” já está montada se veja algo de semelhante precedido por outras fases menos “ agressivas”, socialmente falando…. E como somos um país pobre, com muitos pobres mentais que nos têm dirigido prontos a “ vanguardarem”, lá vamos chegar. É tudo uma questão de tempo, mas não muito.

  Repito-me? Sim. Sim. E sim!

  Não me posso calar face ao ataque contínuo e sistemático que se está fazendo à  Cultura da Vida!

 

SILERE NON POSSUM!

 

Carlos Aguiar Gomes

 

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