EUTANÁSIA : e depois?
SILERE NON POSSUM
(Não me posso
calar – Sto Agostinho)
“Para destruir um povo é preciso destruir as suas
raízes.” (Alexandre
Soljenitsyne)
Carta aos meus
amigos – nº 42
BRAGA , 15 –
JUNHO - 2023
+
PAX
“Académicos canadienses
escriben un artículo a favor de la eutanasia para los pobres…”
(Académicos canadianos escrevem um artigo a favor da Eutanásia
para os poibres…)
Quem cala, consente!
Nem tudo o que
é legal é moral.
Nem tudo o que é legal hoje permanece para sempre
assim.
…Mas tudo o que é moral, permanece para sempre!
Todos sabemos que os activistas da cultura da
morte não se dão descanso. Primeiro , de uma forma suave e edulcorada, começam
por propor, em nome da compaixão ideias que procuram promover a legalização do
Aborto ou da Eutanásia. Tem sido assim há décadas, sem pausas. Tem sido assim
em todas as geografias humanas, a Ocidente sobretudo. Basta andar minimamente
atento ao que se passa nos diversos países onde se começou por legalizar o
Aborto em condições muito limitadas e quase lógicas. Depois, pouco tempo
depois, alargou-se o prazo para a prática LEGAL DA CHACINA DOS INOCENTES. As razões
para tal prática. E chegamos ao aborto a pedido sem qualquer justificação, a
não ser o “ porque sim” da mãe e sem, sequer, o conhecimento do pai das
crianças ameaçadas de morte ou dos pais das menores candidatas à prática do
Aborto, chamado, eufemisticamente, Interrupção Voluntária da Gravidez,
abreviada para uma sigla “ inócua” – IVG! E já chegamos ao Aborto chamado “
pós- nascimento”, ou seja, o infanticídio cometido depois do parto num
hospital! E que dizer do Aborto eugénico ( assinalo a eugenismo aplicado em
pleno às crianças com, por exemplo, o Síndrome de Down) a que nem Hitler, por
ignorância da Ciência,só eliminou os indesejáveis filhos dos indesejáveis,
judeus ou não. Sim, vivemos um tempo profundamente racista
cromossómico com a anuência activa dos
políticos e dos cidadãos eleitores
Mas as leis valem o que valem e pelo tempo
que duram. E nenhuma lei é eterna. Toda a lei é reversívele pode ser abrogada. A experiência, não muito distante
no tempo, comprovam o que escrevi. Não faltam exemplos em Portugal e no
estrangeiro. É tudo uma questão de tempo, de paciência e de não deixar o
esquecimento, qual erva daninha que abafa as culturas, fazer esquecer a
iniquidade de uma determinada lei. Por isso, faz sentido “ malhar” na verdade e
nunca nos fatigarmos ainda que possamos
parecer impertinentes, retrógrados ou “ abstrusos” repetitivos.
Li, recentemente ( !4.V.23) que, no Canadá,
um grupo de académicos (!) pedia em petição pública, a Eutanásia para os
pobres, como a solução para acabar com a pobreza!!!
Já temos, na Holanda, a Eutanásia para
velhos, doentes e crianças ( menores de 12 anos) muitas vezes sem as vítimas
terem formulado um pedido consciente e esclarecido.
Portugal acabou de aprovar a liberalização
da Eutanásia, em formato quase de “ copy past” do que se começou por fazer na
Holanda, Bélgica, Canadá, entre outros países. Os nossos deputados e o Chefe de
Estado, ignoraram propositadamente, a tendência verificada para o Aborto entre
nós e noutros países e , igual sequência para a Eutanásia, a que se
convencionou, e muito correctamente, apelidar a “ RAMPA DESLIZANTE”.
“À medida que aumenta o apoio ao suicídio
assistido no Canadá, apesar da terrível série de histórias que denunciam que os
pobres e os deficientes optam por injecções letais por puro desespero, (…) Como
perguntava no ano passado ( 2022) um autor da revista britânica “ THE SPECTATOR”:
“ Por que é que no Canadá se pratica a Eutanásia aos pobres?” E a resposta de
alguns peritos em bioética parece ser « E porque não?».
O
Canadá decidiu definir o suicídio assistido por injecção letal como “
ASSISTÊNCIA SANITÁRIA”.
Cá estaremos para que em Portugal, cuja “
rampa deslizante” já está montada se veja algo de semelhante precedido por
outras fases menos “ agressivas”, socialmente falando…. E como somos um país
pobre, com muitos pobres mentais que nos têm dirigido prontos a “ vanguardarem”,
lá vamos chegar. É tudo uma questão de tempo, mas não muito.
Repito-me? Sim. Sim. E sim!
Não me posso calar face ao ataque contínuo e
sistemático que se está fazendo à Cultura da Vida!
SILERE NON POSSUM!
Carlos Aguiar Gomes
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