quarta-feira, 26 de março de 2025

D’après Saint Euthyme (377 - 473)

Comment l’âme déplorera-t-elle sa vie coupable, et la multitude de ses péchés ?

Elle ne sait plus ce qu’elle doit dire à Marie, la très chaste ; la terreur la saisit, que le Ciel et l’Immaculée Elle-même viennent à son secours.

Comment confesser ses fautes, surtout les graves et les honteuses ? Qu’arrivera-t-il d’elle ? Que pensera le prêtre, se demande-t-elle ?

Vous au moins, ô Souveraine, Vous aurez pitié et douceur pour cette âme faible et même pécheresse. Quoiqu’elle ait marché dans la voie du péché, ô Vierge immaculée, quoiqu’elle n’ait pas convenablement trouvé le chemin du salut ; elle a recours à votre bonté : ne la méprisez pas aujourd’hui que son cœur se repent.

L’âme sérieuse pense sans cesse, ô très pure, à l’heure de sa mort et au terrible tribunal ; mais l’habitude du péché l’entraîne violemment à le commettre de nouveau ; portez-lui secours.

Le mortel ennemi de ceux qui cherchent le bien ayant vu combien elle est nue et sans défenseur, combien elle est éloignée des saintes vertus, il s’élance pour la dévorer.

Prévenez-le et écartez-le, ô grande Reine.

Ö douleur, par l’arrogance de son esprit, l’âme a eu le malheur de souiller en elle l’image de Dieu : hâtez-Vous, ô Vierge, d’accourir à son secours.

Alors que l’armée des anges tremble devant la puissance de votre divin Fils, l’âme pécheresse est sans crainte, elle se laisse submerger par le péché, et son cruel ennemi le démon se rit de son sort. Ö grande Reine, Vous au contraire, relevez l’âme en perdition, par votre main puissante.

Âme pécheresse et irréfléchie, le jugement est redoutable et le châtiment horrible et sans fin. Néanmoins, viens te prosterner devant la Mère de ton juge et de ton Dieu.

Ô Vierge sans tâche, cette âme remplie de ténèbres par ses nombreux péchés ; cette âme qui a perdu tout éclat, donnez-lui une fontaine de larmes, afin qu’elle efface ses péchés, guérisse ses plaies et obtienne la vie éternelle.


25 de Março, dia do DIREITO das crianças por nascer

MILITIA SANCTÆ MARIÆ

Cavaleiros de Nossa Senhora

Newsletter – Março 2025

O Instituto Internacional Familiaris Consortio é um sector de actividade da Militia Sanctae Mariae – cavaleiros de Santa Maria, vocacionado para proteger e defender as grandes e decisivas causas da Vida Humana e da Família. De carácter internacional, está presente no Brasil, França, Portugal e Reino Unido. Em comunhão com a Doutrina Social da Igreja, vincadamente centrado nas questões estruturantes e vitais referidas. O seu guia de acção é Exortação Apostólica “Familiaris Consortio” de S. João Paulo II, Magno, bem como a Encíclica, do mesmo Papa, “Evangelium vitae”.

Num momento em que o DIREITO À VIDA está fortemente ameaçado nunca será demasiado insistir-se de que a vida humana nem é referendável nem objecto de destruição mesmo legalmente aprovado em instâncias legisladoras nacionais ou internacionais.

Um dos documentos magisteriais católicos mais importantes e fundamentais para se conhecer o valor da vida humana é sem dúvida a Encíclica de S. João Paulo II Magno, datado de 25 de Março de 1995 e estamos a referir-nos à EVANGELIUM VITAE, sobre o valor e significado da vida humana. Assim, no dia em este notabilíssimo documento celebra 30 anos, como poderíamos não assinalar a efeméride? Se o não fizessemos, estaríamos a trair as nossas finalidades principais.

Vem, pois, a propósito, recordar a EVANGELIUM VITAE e tentar suscitar em todos a vontade de a (re)ler, difundir e aplicar os ensinamentos de S. João Paulo II Magno em todos os ambientes culturais a começar pelas escolas, paróquias, movimentos familiares, entre outros.

Nesta notável e atemporal Encíclica, S. João Paulo II Magno escreveu, com repro à nossa inquietação: 

“Como não pensar na violência causada à vida de milhões de seres humanos, especialmente crianças, constrangidos à miséria, à subnutrição e à fome, por causa da iníqua distribuição das riquezas entre os povos e entre as classes sociais? Ou na violência inerente às guerras, e ainda antes delas, ao escandaloso comércio de armas, que favorece o torvelinho de tantos conflitos armados que ensanguentam o mundo? Ou então na sementeira de morte que se provoca com a imprudente alteração dos equilíbrios ecológicos, com a criminosa difusão da droga, ou com a promoção do uso da sexualidade segundo modelos que, além de serem moralmente inaceitáveis, acarretam ainda graves riscos para a vida? É impossível registar de modo completo a vasta gama das ameaças à vida humana, tantas são as formas, abertas ou camufladas, de que se revestem no nosso tempo!

11. Mas queremos concentrar a nossa atenção, de modo particular, sobre outro género de atentados, relativos à vida nascente e terminal, que apresentam novas características em relação ao passado e levantam problemas de singular gravidade: é que, na consciência colectiva, aqueles tendem a perder o carácter de «crimes» para assumir, paradoxalmente, o carácter de «direitos», a ponto de se pretender um verdadeiro e próprio reconhecimento legal da parte do Estado e a consequente execução gratuita por intermédio dos profissionais da saúde. Tais atentados ferem a vida humana em situações de máxima fragilidade, quando se acha privada de qualquer capacidade de defesa. Mais grave ainda é o facto de serem consumados, em grande parte, mesmo no seio e por obra da família que está, pelo contrário, chamada constitutivamente a ser «santuário da vida». (E. v. nº 10 e 11)

Sim, há aspectos à vida humana que “levantam problemas de singular gravidade: é que, na consciência colectiva, aqueles tendem a perder o carácter de «crimes» para assumir, paradoxalmente, o carácter de «direitos», a ponto de se pretender um verdadeiro e próprio reconhecimento legal da parte do Estado e a consequente execução gratuita por intermédio dos profissionais da saúde. Tais atentados ferem a vida humana em situações de máxima fragilidade, quando se acha privada de qualquer capacidade de defesa. Mais grave ainda é o facto de serem consumados, em grande parte, mesmo no seio e por obra da família que está, pelo contrário, chamada constitutivamente a ser «santuário da vida».

Não nos dá que pensar?

Neste dia do DIREITO das crianças por nascer, 25 de Março, queremos ser uma das vozes dos mais frágeis entre os mais frágeis e desprotegidos, aqueles a quem não é dado o direito a nascer.

Pela VIDA HUMANA. Sempre e sem condições.

Braga, 25. Março.2025

O Presidente do IIFC/IFCI 


segunda-feira, 24 de março de 2025

Inspiré de S. Bernard


Vous avez appris la nouvelle de la part de l’Archange, Marie, et la manière dont il doit s’accomplir, l’un et l’autre merveilleux.
Réjouissez-vous, fille de Sion, tressaillez de joie, fille de Jérusalem.
Puisque Vous avez entendu cette parole de joie, nous souhaitons entendre de votre bouche l’heureuse réponse qu’appellent nos désirs, afin que tremblent d’allégresse nos os humiliés (Ps. 50.10). Vous avez appris l’évènement et Vous y avez cru ; aoutez foi également à la façon dont il s’accomplira. On Vous a dit que Vous concevriez un fils, non de l’homme mais du Saint Esprit.
L’Archange attend votre réponse : il va être temps qu’il retourne auprès de Dieu, Qui l’a envoyé.
Le monde entier, prosterné à vos genoux, se joint à cette prière ; car c’est à vos lèvres qu’est suspendue la consolation des misérables, le rachat des captifs, la délivrance des captifs, en un mot le salut de tous les enfants d’Adam. 

Hâtez-Vous de donner votre réponse. 

Ô Souveraine, prononcez cette parole qu’attendent la terre et les enfers et les cieux. Répondez bien vite à l’ange ou plutôt par l’ange, au Seigneur. Prononcez une parole et vous recevrez la Parole. Proférez votre parole et Vous concevrez la Parole divine. Émettez une parole éphémère et Vous posséderez la Parole éternelle.
Pourquoi tarder ? Pour trembler ?
Croyez, confiez-Vous et accueillez.
Humble, sachez être audacieuse ; réservée, n’ayez pas peur.
Il n’est pas question que votre simplicité virginale renonce maintenant à son habituelle prudence, mais voici bien la seule occasion où Vous ne devez pas craindre de Vous montrer présomptueuse.
La pudeur vous inspirait un louable silence, mais maintenant la ferveur doit Vous inciter à parler.
Vierge bienheureuse, ouvrez votre cœur à la foi, vos lèvres au consentement, votre sein au Créateur.
Le désiré de toutes les nations est là Qui frappe à votre porte.
Oh ! S’il allait passer son chemin tandis que Vous tardez, et s’il fallait recommencer à chercher avec angoisse Celui que votre cœur aimé. 

Levez-Vous, courez, ouvrez !
Levez-Vous par la foi, courez par la dévotion, ouvrez par le consentement.

domingo, 23 de março de 2025

JÉRÔME LEJEUNE - DEFENSOR DOS MAIS FRÁGEIS ENTRE OS FRÁGEIS

 

Pierde el Nobel y gana el Cielo: avanza la canonización del descubridor del «síndrome de Down»

Proceso de beatificación de Jerome Lejeune

Esta tarde, en Notre Dame, se cerrará la fase de investigación diocesana del proceso de beatificación de Lejeune, médico e investigador, padre de la genética moderna y mundialmente reconocido como descubridor de la trisomía 21, el sïndrome de Down. Y lo que es más importante, una vida de amor de Dios y santificación como padre de familia, en el desarrollo de sus actividades profesionales, familiares y científicas.

En 1969, Jérôme Lejeune estaba en «cresta de la ola», aclamado en todos los centros de investigación del mundo. Comienzan las campañas del aborto en Europa y Estados Unidos. Como cuenta su hija Clara en Life is a Blessing: A Biography of Jerome Lejeune, se declaró en contra y se le cerraron repentinamente todas las puertas, desapareció hasta el punto de que nadie lo entrevistó cuando hizo su descubrimiento:

Creo que en 1971 fue a Estados Unidos y realizó un discurso en el National Institute for Health y después de esto mandó un mensaje a mi madre diciendo: «Hoy he perdido mi Premio Nobel». En el discurso habló sobre el aborto, diciendo, «ustedes están transformando su instituto de salud en un instituto de muerte».

El proceso está impulsado por la Asociación de amigos de Lejeune. En 2004, Fiorenzo Angelini, Presidente del Consejo Pontificio para la Pastoral de la Salud solicitó formalmente la incoación del proceso, en el décimo aniversario de la muerte del científico. La fama de santidad aconsejó abrir el proceso en 2007.

Años antes, en 1997, Juan Pablo II, en la JMJ de París, acudió a rezar ante la tumba de su amigo y primer presidente de la Academia Pontificia para la Vida.

Lejeune soñaba con curar el «síndrome de Down», para ello creó una fundación que a día de hoy continúa su trabajo. Como contaba su hija en una entrevista el año pasado:

Mi padre quiso crear esta fundación cuando todavía estaba vivo, porque él sabía que tendría que retirarse y quería que su investigación continuase. Al principio fue su proyecto. El día antes de morir, fui a verlo y me dijo que estaba muy triste por sus pacientes, porque ellos no entenderían que los había tenido que dejar. Dijo: «los estoy abandonando y ellos no van a entender porque ya no estaré con ellos nunca más».

Yo le contesté: «Ellos lo entenderán. Lo entenderán mejor que nosotros». Y me dijo: «No, ellos no lo entenderán mejor, pero si más profundamente». Y después de esto, cuando él murió, nosotros pensamos que podríamos hacer algo más por ellos.

Después de año y medio pusimos en marcha una fundación dedicada al la investigación y tratamiento no sólo del síndrome Down sino también de otros síndromes de enfermedades mentales de origen genético. Creamos un centro en Francia de investigación genética y tenemos un comité que distribuye las ayudas a los diferentes grupos que están en todo el mundo.

Hemos fundado 60 proyectos con 32 equipos en los Estados Unidos, y estamos en proceso de comenzar una fundación en los Estados Unidos que se encargará de más investigación y tratamiento.

El tratamiento real no existe en la actualidad, ya que los investigadores están trabajando en solucionar este problema genético. El patrimonio genético de los niños es correcto, simplemente se repite como un disco rallado. Mi padre siempre decía que un niño con síndrome Down es más niño que otros; es cómo si no estuviese acabado del todo. Así que si ese gen pudiese ser silenciado el niño podría ser normal.

Y este es realmente el futuro de la medicina, reparar el código genético. Por tanto no es descabellado que podamos tratarlos algún día. La dificultad estriba en que se gasta mucho dinero en realizar el diagnóstico y en matarlos, hasta tal punto que si pudiéramos tener sólo un 10% de este dinero para investigación, podríamos ya haber conseguido la cura.

Instituciones y gobiernos no es que estén apoyando poco, es que van por caminos diametralmente opuestos. Países como Dinamarca se han marcado el objetivo de conseguir eliminar el síndrome. Eso sí, por el famoso método de eliminar a todos los afectados; quieren conseguir la «sociedad perfecta» en 2030. Por experiencia puedo contar que en España no le vamos a la zaga, tanto por los altos índices de niños asesinados como por la mentalidad eugenésica que se está instalando.

Uno de los síntomas más claros es que ya prosperan las demandas por «nacimiento injusto». Terrorífico nombre. Quedan lejos de las cifras USA, 4,5 millones de dólares, y acá tienen que conformarse con 280.000 €.

Como, por encima de demás consideraciones, esto es un problema de conversión, es un buen momento para pedirla, por la intercesión del Lejeune:

Oh Dios, que has creado al hombre a tu imagen y le has destinado a compartir Tu Gloria, te damos gracias por haberle dado a tu Iglesia el profesor Jerónimo Lejeune, eminente servidor de la vida.

Él supo poner su penetrante inteligencia y su fe profunda al servicio de la defensa de la vida humana, especialmente de la vida en gestación, en el incansable empeño de cuidarla y sanarla. Testigo apasionado de la verdad y de la caridad, supo reconciliar, ante los ojos del mundo contemporáneo, la fe y la razón.

Concédenos por su intercesión, según tu voluntad, la gracia que te pedimos, con la esperanza de que pronto sea contado entre el número de tus santos.
Amén.

Con aprobación eclesiástica
Mons. ANDRÉ VINGT-TROIS
Arzobispo de París

Se ruega comunicar las gracias recibidas a :
Postulation de la cause de béatification et de canonisation du Serviteur de Dieu Jérôme Lejeune Abbaye Saint-Wandrille
F- 76490 SAINT-WANDRILLE - FRANCIA

Ora pro nobis.

sexta-feira, 21 de março de 2025

Rezar pelos mártires, “a elite da Igreja”,

 


Fundação AIS
Rezar pelos mártires, “a elite da Igreja”, é a proposta da Fundação AIS para os portugueses nesta Quaresma

Rezar pelos mártires“a elite da Igreja”, é a proposta da Fundação AIS para os portugueses nesta Quaresma

Lisboa, 20 de Março de 2025 | Paulo Aido

Nigéria, Paquistão, Burquina Fasso, Moçambique, Médio Oriente... Em muitos países e regiões do mundo os cristãos são perseguidos e discriminados por causa da sua fidelidade a Jesus. Para os ajudar, a Fundação AIS está a promover nesta Quaresma uma grande campanha de oração e de solidariedade e milhares de portugueses estão a receber em suas casas uma pequena revista em que se recordam histórias de homens, mulheres e crianças que têm vivido a sua fé até ao limite, até ao martírio.

O que têm em comum o padre Thaddeus, as Irmãs Appollonia, Aparecida, Georgina e Samar Mikha ou o padre Edegard? Todos eles sabem por experiência própria o que significa a perseguição aos cristãos, o que significa ajudar famílias forçadas a fugir de terroristas, de multidões em fúria, o que significa dar conforto a quem perdeu tudo o que tinha.


Nigéria, Paquistão, Burquina Fasso ou Moçambique, são apenas alguns dos países onde a comunidade cristã mais tem sofrido nos últimos anos, a par do Médio Oriente. Para sensibilizar a opinião pública para esta realidade que tantas vezes ainda é desconhecida, e para apoiar concretamente a Igreja que nestes países e regiões permanece lado a lado com as populações em maior sofrimento, a Fundação AIS lançou uma grande Campanha nesta Quaresma.


Ao longo destes dias, milhares de portugueses estão a receber em suas casas uma pequena revista em que se recordam histórias de mártires, de homens, mulheres e crianças que têm vivido a sua fé até ao limite, até ao martírio. Como recorda a directora do secretariado nacional da AIS, “os mártires têm sido a elite da Igreja, aqueles que deram a vida por amor a Cristo, testemunhando a sua fé até ao último instante”. Esta realidade, alerta ainda Catarina Martins de Bettencourt, “não pertence ao passado e em muitas partes do mundo, os Cristãos continuam a ser perseguidos, torturados e assassinados simplesmente porque acreditam em Jesus”.


UM DESAFIO PARA OS PORTUGUESES


É para eles que a Fundação AIS promove a sua campanha nesta Quaresma. Uma campanha que procura ser também um desafio para que os portugueses compreendam que a perseguição religiosa é algo de concreto, real, que acontece nos dias de hoje e que exige a nossa maior solidariedade.


“Se estivéssemos no lugar deles, até onde iríamos para defender a nossa fé? Teríamos força para resistir?”, pergunta Catarina Bettencourt, lembrando que estas questões não são opção, não são uma escolha para os cristãos que vivem nestes países. Esta é a dura realidade de todos os dias.


E é para ajudar estes cristãos que são “a elite da Igreja”, que a Fundação AIS está a mobilizar os portugueses. Rezar por eles e ajudá-los activamente é a proposta da Campanha da AIS para esta Quaresma. Uma Campanha destinada a reforçar o auxílio a comunidades concretas, como tem acontecido com os deslocados vítimas do terrorismo em Cabo Delgado, Moçambique, e que têm recebido ajuda de emergência; ou com apoio jurídico e social para meninas vítimas de casamento e conversões forçadas no Paquistão; ou ainda, por exemplo, para crianças de famílias cristãs que foram forçadas a fugir da Planície de Nínive, no auge da violência jihadista no Iraque no Verão de 2014.


CAMPANHA GLOBAL


Esta é uma Campanha global. Além de Portugal, todos os 23 secretariados da Fundação AIS, espalhados pelo mundo, estão mobilizados no mesmo propósito. Regina Lynch, presidente executiva internacional da AIS explica que se pretende “reforçar a presença da Igreja em lugares onde a fé está a ser atacada”. Para isso, explica, pretende-se promover inúmeros projectos. É o caso da “construção ou reconstrução de edifícios da Igreja e outras estruturas, de programas de cura de traumas, do apoio à formação de padres e religiosos e da ajuda de emergência a comunidades de cristãos deslocados”. Tudo isto para que “a esperança não se extinga”, diz Regina Lynch.


Além disto, e por ser fundamental também o diálogo inter-religioso para a construção da paz“a Fundação AIS está a promover projectos que fomentam o entendimento entre as diferentes comunidades religiosas”, diz ainda a responsável. “A reconciliação é um caminho essencial para evitar novos casos de perseguição e para construir sociedades mais justas e fraternas”, conclui Regina Lynch. [LER MAIS +]

Do Médio Oriente a África, há um clamor imenso por justiça, há um apelo constante por ajuda. Os Cristãos são perseguidos e precisam de esperança. É para lhes dar esperança que a Fundação AIS está a promover esta Campanha nesta Quaresma. Uma Campanha de oração e de solidariedade para com estes cristãos que são, sem sombra de dúvidas, a elite da Igreja.

Mensagem de Mons. Christory, Bispo de Chartres

 


Avec nos sentiments et notre volonté, comment aimer Dieu et les autres ?

Message #322 du vendredi 21 mars 2025

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Portail Nord de la cathédrale Notre-Dame de Chartres, de Melchisédech au Roi David, en passant par Abraham prêt à sacrifier Iaac, Moïse et Aaron.



Comment ne pas vous partager notre joie qui perdure à la suite de tant de personnes qui sont entrées en carême avec l’Église catholique dans toute la France ? Nous savons que des jeunes ont été encouragés par des amis qui ne cachent pas leur foi en Jésus-Christ, en diffusant l’invitation sur Tik-Tok ou Instagram. Le besoin de sens et de repères, la redécouverte des racines chrétiennes de leur famille poussent ces personnes à frapper à la porte. À Saint Maurice, église du centre-ville de Lille, l’assemblée est passée de quatre cents à mille personnes et une quinzaine ont demandé le baptême après la célébration. Mes amis, il se passe quelque chose de surprenant que nous accueillons avec modestie et humilité mais aussi espérance et prière. Nous verrons si cela perdure, réjouissons-nous et accueillons chacun dans nos églises chaque dimanche. 

 

Si vous êtes catéchumènes, je voudrais vous dire combien votre présence et votre désir de Dieu touchent les baptisés. Les chrétiens sont à vos côtés et ils prient pour vous durant le carême. En principe trois dimanches de suite, vous retrouvez votre communauté pour les scrutins. 

 

Si vous connaissez un catéchumène, soutenez-le et dites-lui que vous priez pour lui ou pour elle. L’accueil par nos communautés paroissiales devrait être total pour ces futurs chrétiens, et je compte sur chacun lors des scrutins. Ces scrutins sont une précieuse occasion de prier avec et pour nos frères et sœurs catéchumènes. Quels sont ces scrutins ? Le verbe « scruter » évoque un regard qui regarde avec attention à l’intérieur d’un objet. Ici, les scrutins sont des prières d’exorcisme qui scrutent la vie d’une personne et soutiennent sa détermination en vue du baptême dans la dernière ligne droite avant la vigile de Pâques. En effet, il est fréquent qu’il faille s’armer de courage et de persévérance pour demeurer en Dieu et ne pas être détourné du but. Lors du rituel, le célébrant prie l’Esprit Saint de venir conforter ce qui est bon dans la personne et ôter le mal qui perdure en elle. C’est une prière de libération dont il ne faut pas minimiser l’importance. Le combat spirituel est une réalité et les démons cherchent à éloigner ceux qui s’approchent de Jésus-Christ. Les trois scrutins sont célébrés les troisième, quatrième et cinquième dimanches du carême. 

 

Ensemble n’oublions pas la demande de Jésus de prier afin de vaincre le mal, cherchons le bien et le beau, adorons Dieu le Très-Haut dans sa Gloire, prions avec les anges et les saints pour notre Église en mouvement. Un prêtre me partageait l’expérience de sa vie et disait : « jamais l’amour de Dieu ne m’a manqué ». Tous nous devrions pouvoir en faire l’expérience. Quelle joie de vivre ainsi notre vie dans la lumière d’un tel amour. « Dieu est amour » (1Jn 4,8), voici ce que nous devons dire sur les toits afin que tous l’entendent. 

 

Le nouveau chrétien apprend à vivre en présence de Dieu, encouragé par ses sentiments envers lui, tout en mettant en œuvre sa volonté et sa raison. J’avais, dans un message précédent, parlé de l’éducation de la conscience des enfants en vue de former leur capacité à discerner les actes bons des actes mauvais, pour engager leur volonté vers le bon choix. Cette mission éducative continue à tous les âges, et particulièrement lors de l’adolescence. Les gens consultent énormément les réseaux sociaux où leur sensibilité est sollicitée par les like que l’on se distribue ou non pour approuver les vidéos visionnées. Dans la vie spirituelle, chacun recherche des marques sensibles d’approbation afin d’obtenir la reconnaissance des autres. Ce ressenti est le premier critère pour alimenter ce besoin de reconnaissance, avant de prendre du recul grâce à la raison. 

 

Les sentiments sont importants, ils éclairent la vie, encouragent la relation aux autres, ils mettent en garde face au danger, ils modèrent les prises de risque, ils font aimer son prochain. Mais les sentiments sont-ils le signe ultime de l’amour ? Le catéchisme de l’Église parle des passions et des sentiments en ces termes : « les sentiments ou passions désignent les émotions ou mouvements de la sensibilité, qui inclinent à agir ou à ne pas agir en vue de ce qui est ressenti ou imaginé comme bon ou comme mauvais » (CEC 1763). Jésus-Christ dit que c’est du cœur de l’homme que peuvent jaillir les pensées perverses (Cf. Mc 7,21), et qu’elles rendent l’homme impur. C’est surtout du cœur bon de l’homme que viennent les sentiments de compassion, de miséricorde et de gratitude quand cet homme cultive l’amour en lui et que Jésus-Christ est accueilli comme source de bien en soi. Le cœur de l’homme est créé pour cet amour. Le catéchisme précise que « la passion la plus fondamentale est l’amour provoqué par l’attrait du bien ». Il affirme aussi que « l’amour cause le désir du bien absent et l’espoir de l’obtenir. Ce mouvement s’achève dans le plaisir et la joie du bien possédé. » Les sentiments créent le lien entre la vie sensible et la vie de l’esprit. Notre esprit, que la raison sollicite, cherche à gérer les mouvements sensibles qui provoquent en nous ces sentiments. Chacun apprend à engager sa volonté pour laisser libre court à ces sentiments ou pour discerner comment agir selon les situations. L’amour ne peut pas être réduit au seul mouvement des sentiments favorables et émotionnants dans nos relations. La volonté est mise en mouvement pour discerner le bien fondé des sentiments et pour aller plus loin dans la relation avec votre conjoint ou votre ami. « Aimer, c’est vouloir du bien à quelqu’un » disait saint Thomas d’Aquin. Si cela est vrai pour les relations interpersonnelles, par exemple dans le choix d’un partenaire de vie, c’est aussi vrai pour notre relation avec Jésus-Christ. Sa vie rapportée par les évangiles et les écrits des saints peut nous émouvoir et susciter des sentiments forts. Ces sentiments aident à aimer Jésus et à le suivre. Pourtant, il est nécessaire au croyant d’utiliser sa raison pour réfléchir aux enjeux de la foi vécue au quotidien et engager sa volonté pour aimer, être fidèle, transformer le don de Dieu en charité envers autrui. Ainsi, lorsque le ressenti de la présence de Dieu s’estompe parfois jusqu’à disparaître, nous ne mettons pas en doute sa présence et son action dans notre vie. Nous nous fions à l’expérience passée qui confirme la permanence de l’agir du Saint-Esprit. 

 

C’est certes un long apprentissage à vivre dans le silence de la prière. Les grâces sensibles sont souvent un cadeau fait par l’Esprit aux commençants dans la foi, nos catéchumènes par exemple. Ensuite, la foi s’approfondit dans la fidélité, signe objectif de notre amour, et parfois dans la sécheresse. Dieu est là mais il se fait discret. Nous apprenons à lui parler, à lui dire notre attachement, à durer en sa présence cachée. Il n’est pas dans le fracas ou le vent, mais dans le souffle d’une brise légère. Il nous faut apprendre à l’écouter. 

 

Nous sommes sensibles et c’est bien normal, il en va de notre humanité. Que faire de nos émotions ? Notre chemin spirituel nous permet de les vivre plus sereinement et de les orienter vers le bien. Le Christ nous propose la sainteté comme chemin de vie. Comment faire ? N’est-ce pas engager notre raison afin d’agir volontairement selon un bon discernement en vue du bien des autres ? En nous, sentiments et volonté se succèdent pour réaliser le bien attendu par Dieu : c’est bien lorsque nous faisons la volonté de Dieu que nous sommes réellement heureux. Toutes les composantes de l’homme, son cœur, son esprit, son corps et son âme prennent part à cette quête du bien, pour vivre dans la lumière et accomplir notre vocation à la sainteté. L’unité de vie nous protège du malin qui profite des failles internes pour déstabiliser nos vies et nous tenter. Dans l’éducation des enfants et des jeunes, la vie des saints et des saintes est très inspirante puisqu’ils ont réussi cette unification en vivant à la suite du Christ. Faire découvrir ces vies magnifiques est une nécessité : chacun sera marqué par un ou des saints qui le marque plus en raison de leur vie concrète et des enseignements qu’ils ont laissés. Par exemple, comment ne pas être admiratif de saint Paul pour son zèle missionnaire et de saint Pierre pour son courage ? De saint Vincent de Paul et sainte Teresa de Calcutta pour leur charité ? Ou encore de sainte Thérèse d’Avila et de sainte Thérèse de l’enfant Jésus pour leur vie contemplative ? Personnellement j’aime saint Philippe Néri pour sa joie. Nous avons tant d’amis au Ciel. 

 

Prions maintenant pour être unis les uns aux autres en ce temps de carême. Gardons notre joie et notre attachement au Christ pour vivre de la Parole personnellement, en couple et en famille, au sein de nos équipes. Comme les premiers chrétiens, nous persévérons dans « l’enseignement des apôtres, dans la communion fraternelle, dans la fraction du pain, et dans les prières » (Act 2,42). Ne sommes-nous pas une Église toujours naissante, vivant au sein d’une société en mouvement, accueillant une nouvelle génération de chrétiens ? Pensons à ces jeunes qui sont touchés par le Christ et qui recherchent des témoins de sa présence. Offrons-leur notre prière et notre accueil. 

 

Notre-Père.

sexta-feira, 14 de março de 2025

Ne sommes-nous pas chanceux en ces jours bénis ? Mgr. Christory, Bispo de Chartres

 Ne sommes-nous pas chanceux en ces jours bénis ?




Ne sommes-nous pas chanceux en ces jours bénis ?

 vendredi 14 mars 2025

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Croix du grand jubilé de l'Église catholique, introduite dans la cathédrale de Chartres le dimanche de l'Épiphanie

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« Quelle joie quand on m’a dit, nous irons à la maison du Seigneur ». Est-ce cette joie qu’ont ressenti ces nombreux adolescents et jeunes qui, dans toute la France, sont venus pour la célébration des cendres, celle qui ouvre le carême ? Ce fut le cas à Chartres. À la messe du soir, à la cathédrale, une centaine de lycéens se sont joints aux fidèles habituels, avec nos catéchumènes et des recommençants. Ils reçurent la croix de cendres sur le front les appelant à la conversion et se firent bénir à la communion. Plusieurs dirent que c’était leur premier carême. Beaucoup n’étaient pas baptisés. Sur les réseaux sociaux, ils ne cachaient pas leur participation. Ce fut une expérience émouvante pour moi, évêque de Chartres. Aucun projet pastoral n’avait anticipé leur présence, seul le Saint Esprit les avait encouragés à oser entrer et assister à notre prière. 

 

Qu’attendent ces jeunes gens ? Seul l’Esprit Saint le sait. Certains disent qu’ils recherchent un sens et un cadre plus clair pour leur vie. Cela est possible. Mais il y a aussi une part de mystère : l’Esprit les a conduits. Ils étaient respectueux et attentifs, ils semblaient heureux d’être dans la maison du Seigneur, ils n’étaient pas lassés et ne sont pas partis avant la fin. Oui, « quelle joie quand on m’a dit, nous irons à la maison du Seigneur ». Vivons-nous cette joie à chaque messe ? La présence de ces gens, si nombreux, est un signe. Comment l’interprétons-nous ? Prions pour comprendre l’appel du Seigneur afin de discerner le message de l’Esprit et afin d’accueillir, avec un cœur ouvert, ces jeunes gens qui arrivent dans nos églises le plus souvent sans connaissance des rudiments de la foi. Les prochains dimanches, soyons attentifs à leur présence comme nous sommes attentifs à Jésus-Christ lui-même. Il est possible que lors de la messe des rameaux, traditionnellement très fréquentée, certains reviennent. 

 

Plus que jamais, les équipes d’animation pastorale – ou « Conseils Missionnaires Paroissiaux (C.M.P.) » selon l’expression chartraine – doivent se réunir pour prier et demander au Saint Esprit quelle sera notre réponse aux besoins des recommençants en quête de Dieu. Ce discernement est à faire ensemble et dans la prière. Je suis heureux de découvrir une communauté paroissiale rassemblée chaque dimanche après-midi du temps du carême pour lire le livre des Actes des apôtres. Ainsi s’approfondit la connaissance de l’Église en mission. D’autres communautés proposent le parcours Alpha ou des maisonnées autour des Saintes Écritures. De nombreux couples ayant participé au week-end des fiancés à Montligeon ont demandé à se retrouver dans des fraternités de couples pour approfondir leur foi. N’est-ce pas merveilleux ? Si notre société vit de grands changements, si les politiques disent que rien ne sera plus comme avant, nous sommes témoins que l’Église est en mouvement. À Abraham, Dieu avait dit : « Quitte ton pays, ta parenté et la maison de ton père, et va vers le pays que je te montrerai » (Gn 12,2). Il est possible que nous ayons à prendre un nouveau chemin en Église sans connaître la destination. Mais qu’importe la destination si l’Esprit nous conduit. L’Esprit nous a été donné, par le Christ.

 

« Tout près de toi est la Parole, elle est dans ta bouche et dans ton cœur » (Rm 10,8). Des croyants lisent la Bible et découvrent qu’elle est Parole de Vie. Dieu a fait cette promesse : « puisqu’il s’attache à moi, je le délivre ; je le défends, car il connaît mon nom. Il m’appelle, et moi, je lui réponds ; je suis avec lui dans son épreuve » (Ps 90,14-15). Une semaine de carême est déjà passée et nous avons choisi une vie plus sobre, possiblement incluant un jeûne de nourriture, une prière fidèle, une attention au partage, en vue d’offrir plus d’amour et de bienveillance à nos proches. Nous gardons attentivement la juste attitude qui consiste à invoquer le nom de Jésus au long du jour, le seul nom qui nous sauve. « En nul autre que lui, il n’y a de salut, car, sous le ciel, aucun autre nom n’est donné aux hommes, qui puisse nous sauver » (Act 4,12). C’est par sa Parole que Jésus a, par trois fois, déjoué les tentations du diable qui proposait une gloire humaine afin de le détourner de sa mission de salut. La Parole fut l’arme de Jésus pour répondre au diable et déjouer ses desseins. Jésus puisait dans les écrits de la Torah et des prophètes de l’Ancienne Alliance. Maintenant, n’avons-nous pas la puissance des enseignements des quatre évangiles ? Ce sont les mots révélés par Jésus qui deviennent les paroles utiles face au diable qui continue son œuvre et s’acharne sur « les fils de la femme » depuis qu’elle l’a vaincu et qu’il est parti rôder sur Terre (cf. Apo 12). Nous ne sommes pas seuls, nous en avons la ferme assurance. Mais il nous faut être sur nos gardes et l’apôtre Pierre nous avertit : « Soyez sobres, veillez : votre adversaire, le diable, comme un lion rugissant, rôde, cherchant qui dévorer. Résistez-lui avec la force de la foi, car vous savez que tous vos frères, de par le monde, sont en butte aux mêmes souffrances » (1P 5,8-9).

 

L’évangile du deuxième dimanche du carême nous conduit sur le mont Thabor avec les apôtres Jean, Jacques et Pierre lors de la Transfiguration de Jésus. Quelques jours avant son arrestation et sa passion, Jésus désire les réconforter et les préparer aux épreuves terribles qui vont s’abattre sur lui. En réalité, contempler Jésus transfiguré et cerné de lumière, entouré par Élie et Moïse, ne suffira pas à ses disciples qui fuiront le calvaire lorsque leur maître et ami sera crucifié sous la vindicte hurlante de la foule des pharisiens. Pour nous, cet épisode étrange permet de voir en Jésus le Fils du Très-Haut par la présence de Dieu son Père dont la voix se fait entendre « Celui-ci est mon Fils, celui que j’ai choisi : écoutez-le ! » (Lc 9,35). Ainsi la promesse de l’ange Gabriel faite trente-trois années plus tôt était confirmée. Jésus est né de l’œuvre du Saint Esprit en Marie. Marie s’est offerte corps et âme pour le projet divin, elle enfanta le Messie attendu par les juifs, elle le prépara à sa mission. Marie eut sûrement connaissance par la bouche des trois apôtres du dialogue de la transfiguration qui confirmait les paroles de l’ange qu’elle conservait dans son cœur depuis la venue de Jésus. Pour chacun de nous, Jésus est Seigneur et nous lui faisons confiance en marchant à sa suite. Ce carême nous en donne une occasion privilégiée. Aussi mettons-nous en route ! 

 

Dimanche prochain nous méditerons un autre évangile, tiré des écrits de l’évangéliste saint Jean, correspondant à la prière d’exorcisme du premier scrutin faite sur nos catéchumènes qui seront baptisés à Pâques. C’est pour les soutenir et mieux leur révéler les mystères de la foi qu’ils embrassent en devenant chrétien, que l’Église propose la lecture du récit de la rencontre de la Samaritaine avec Jésus au bord du puits de Jacob. Cette femme rejetée par son village puise l’eau à midi lorsque le lieu est désert, loin des regards de ceux qui la jugent comme une femme de mauvaise vie. Là elle découvre Jésus qui lui parle. Cela peut nous sembler évident. Et pourtant, en lui adressant la parole, Jésus brise un double tabou : il parle à une femme seule, ce qui ne se faisait pas, et il parle à une samaritaine, ce que les juifs refusaient. Jésus révèle à cette femme l’existence d’une eau pure qui la désaltérera au point qu’elle n’aura plus à venir puiser au puits. Il la fait entrer dans le mystère de son amour, et lui fait découvrir la véritable adoration, en esprit et en vérité. Dans sa souffrance, son cœur s’ouvre au don de Dieu et elle murmure humblement « Seigneur, donne-moi de cette eau, que je n’aie plus soif, et que je n’aie plus à venir ici pour puiser » (Jn 4,15). Jésus par ses mots, sûrement par son regard, son attitude humble et respectueuse, la redresse et lui ouvre une voie d’espérance. Libérée, elle retourne au village dire aux habitants qu’elle a rencontré un homme qui pourrait être le Messie, puisqu’il lui a révélé toute son histoire sans l’accabler. Son cœur est libre, une vie nouvelle s’ouvre devant elle. La joie de la miséricorde fait son œuvre en elle. 

 

Nous prions maintenant pour nos frères et sœurs catéchumènes qui ont été appelés par leur évêque dimanche dernier. Leur joie et leur émotion étaient grandes quand ils s’avancèrent accompagnés de leur marraine ou de leur parrain. Je rends grâce pour cette centaine de visages émus et heureux qui, à Pâques, deviendront pleinement fils et filles de Dieu !

 

Notre-Père

+ Phillipe Christory, Bispo deChartres

sexta-feira, 7 de março de 2025

Le carême, pour quoi faire ? Mons. Christory, Bispo de Chartres

 

Message fraternel de Mgr Philippe Christory


Le carême, pour quoi faire ? 

Message #320 du vendredi 7 mars 2025

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Sanctuaire Notre-Dame de Montligeon - Au cours de la retraite des fiancés animée par les couples missionnaires du diocèse de Chartres. 



Chers amis, nous sommes entrés en carême mercredi des cendres. En êtes-vous heureux ? 

 

En effet, pour certains, le carême suscite une réaction de recul avec le sentiment d’un effort insurmontable. Si encore, il nous était dit de ne pas faire telles choses avec une liste d’items, on verrait clair. Mais le carême ne consiste pas en des interdits alimentaires ou en des obligations cultuelles. 

 

Voyons un peu plus clair sur cette période liturgique. Le carême est un chemin de croix qui commence par la montée de Jésus à Jérusalem, qui y subit sa passion et sa mort en croix, pour ressusciter le troisième jour. Durant ces jours, nous allons accompagner le Christ sur ce chemin. Comment ? Nous aurons quarante jours devant nous pour chercher Jésus au-dedans de nous, le prier, le consoler quand tant l’abandonnent. C’est pourquoi le carême n’est pas d’abord affaire d’actes extérieurs. Il est dit par Jésus : « quand tu pries, quand tu jeûnes, retire-toi dans ta chambre », ce qui signifie que le lieu où Jésus t’attend, c’est au-dedans de ton cœur où il établit sa propre demeure. Nous ne chercherons pas à nous montrer à l’extérieur, nous ne prendrons pas une mine grave devant les autres, nous garderons notre joie par amour des gens qui nous entourent, nous nous montrerons avenants pour écouter et servir. 

 

Maintenant et sans tarder, notre mission de conversion commence par le fait de prendre du temps quotidiennement pour entrer en soi et retrouver Jésus qui parle à notre cœur. Ces moments de silence créent l’espace que l’Esprit utilise afin que remontent à notre conscience les paroles des Saintes Écritures reçues dans le passé et qui vont nous guider pas à pas. Entretenons des sentiments de bienveillance envers le Seigneur, parlons-lui cœur à cœur comme à un ami très cher, intercédons pour ceux et celles qui souffrent et qui vivent à proximité de nous, supplions pour la paix en ce monde. Et si nous constatons notre péché, pleurons sur celui-ci en demandant la miséricorde de Dieu afin d’être relevé comme disciple pardonné. Entendons la voix de Jésus qui nous demande, comme à saint Pierre au bord du lac de Tibériade, « m’aimes-tu ? » Nous avons l’espérance que nous ne serons pas abandonnés face aux drames de la vie si nous résistons au mal en étant artisans de paix. Jésus n’a-t-il pas dit : « Je vous laisse la paix, je vous donne ma paix ; ce n’est pas à la manière du monde que je vous la donne. Que votre cœur ne soit pas bouleversé ni effrayé » (Jn 14,27) ? Il nous donne sa paix avec la mission de bâtir la paix dans le monde; en réalité il se donne lui-même en disant « je vous donne la paix » ; à chaque eucharistie nous communions pour manger le prince de la paix qui nous façonne comme artisan de paix.

 

L’apôtre Paul a tellement conscience d’avoir lutté dans sa jeunesse contre Jésus qu’il se tourne radicalement vers lui quand il se convertit. Il comprend pleinement ses torts et il apprend à vivre renouvelé sous la conduite du Saint Esprit de Dieu. Il écrit : « puisque l’Esprit nous fait vivre, laissons-nous conduire par l’Esprit » (Gl5,25). Pour ce carême, je vous propose de méditer un simple verset de saint Paul, qui constitue une véritable feuille de route pour parcourir ce chemin de manière évangélique : « joyeux dans l’espérance, patients dans l’épreuve, persévérants dans la prière » (Rm 12,12). Ainsi, nous restons en contact avec Jésus dans notre intimité, le matin en nous levant, puis au cours de nos activités, enfin le soir en rendant grâce pour les rencontres et les réalisations qui servent le bien de la société et apportent le bonheur aux autres. Comprenons qu’être chrétien ne consiste pas d’abord à bien agir selon une morale droite, même si cela est positif. Car « l’essence de la vie chrétienne consiste à demeurer devant Dieu avec l’intellect uni au cœur, dans le Christ Jésus, par la grâce de l’Esprit Saint » dit un mystique orthodoxe, Théophane le Reclus. Nous pensons à Dieu, en méditant avec notre intelligence la vie de Jésus, en reprenant ses paroles encourageantes et pleines d’amour, tout en cultivant des sentiments de gratitude et de joie spirituelle. Faisant ainsi au long du jour, nous demeurons conscients de la présence de Dieu qui accompagne nos pas au cours de nos travaux. Face aux contrariétés qui surgissent parfois, nous sommes gardés intérieurement des réactions spontanées voire vives et nous demeurons en paix. Paul, le disciple de Jésus, a appris à ne plus compter sur sa force et sa réputation mais sur sa faiblesse. Il a appris à se glorifier de sa faiblesse pour mettre pleinement sa confiance dans la force du Christ ressuscité, jusqu’à verser son sang pour lui et devenir un des plus grands martyrs au sein de notre Église catholique. Est martyr celui ou celle qui choisit librement d’aller jusqu’au terme ultime du témoignage en résistant à toutes les violences par la douceur et la paix, en donnant à voir la force de l’Évangile qui appelle à aimer même son bourreau. En ce carême, il est peu probable qu’en France, nous ayons à rendre compte de notre foi par le don total de notre vie, mais il y a ce témoignage persévérant de l’amour offert au quotidien à ceux que nous côtoyons quelle que soit leur attitude. Nous n’oublions cependant pas les trois victimes de la basilique Notre-Dame de Nice assassinées le 29 octobre 2020 en tant que chrétiens donc au nom de leur foi en Christ, le jugement de leur agresseur ayant été rendu ces jours-ci. 

 

Pour vous encourager à vivre ce carême et le vivre avec joie en vue de la conversion de notre société française, égarée loin de Dieu, je m’appuie à nouveau sur la parole de Dieu et en particulier sur un extrait puissant de l’épître aux Hébreux. L’auteur encourage son lecteur à la persévérance dans l’attachement au bien. Écoutons ses mots qui puisent à la sagesse de Dieu pour soutenir le combat de la sainteté. Car nous menons bien un combat, contre nos tentations, contre l’esprit du monde marqué par la violence endémique, l’impureté promue, l’infidélité banalisée, la richesse idolâtrée, la vérité transgressée, l’avortement légalisé. Nous chrétiens, nous avons reçu un appel bien grand pour tenir dans cette adversité en nous appuyant sur le Christ et la grâce de son Esprit, en vivant ensemble un chemin de communion. Que dit ce passage de l’épître aux hébreux ?

 

« Frères, vous n’avez pas encore résisté jusqu’au sang dans votre lutte contre le péché, et vous avez oublié cette parole de réconfort, qui vous est adressée comme à des fils : Mon fils, ne néglige pas les leçons du Seigneur, ne te décourage pas quand il te fait des reproches. Quand le Seigneur aime quelqu’un, il lui donne de bonnes leçons ; il corrige tous ceux qu’il accueille comme ses fils. Ce que vous endurez est une leçon. Dieu se comporte envers vous comme envers des fils ; et quel est le fils auquel son père ne donne pas des leçons ? Quand on vient de recevoir une leçon, on n’éprouve pas de la joie mais plutôt de la tristesse. Mais plus tard, quand on s’est repris grâce à la leçon, celle-ci produit un fruit de paix et de justice. C’est pourquoi, redressez les mains inertes et les genoux qui fléchissent, et rendez droits pour vos pieds les sentiers tortueux. Ainsi, celui qui boite ne se fera pas d’entorse ; bien plus, il sera guéri. Recherchez activement la paix avec tous, et la sainteté sans laquelle personne ne verra le Seigneur. Soyez vigilants : que personne ne se dérobe à la grâce de Dieu, qu’il ne pousse chez vous aucune plante aux fruits amers, cela causerait du trouble, et beaucoup en seraient infectés. » (He 12, 4-7.11-15)

 

Cela est-il possible, doit-on se demander ? En réalité, cette voie de sainteté est ouverte dans la mesure où l’homme se fie à la force de l’Esprit c’est-à-dire à l’œuvre de la grâce divine. Nous ne pouvons pas réaliser cela par nos propres forces. Il faut même se garder de vouloir acquérir par soi-même notre pureté et notre sainteté comme si elles pouvaient advenir par nos efforts individuels. Regardons les plantes du jardin, c’est Dieu qui leur donne la croissance. Pareillement, c’est sa grâce qui favorise en nous vie et croissance. Notre cœur est comparé par Jésus à une terre où peuvent pousser ces plantes qui porteront des fleurs ou des fruits si la terre est libre des cailloux du péché et des ronces des soucis, si l’eau de la grâce l’arrose à la juste mesure de ses besoins. Chaque jour, le bon jardinier arrose ses plantes avec mesure pour ne pas les dessécher ni les noyer. Notre vie spirituelle recevra la juste mesure par notre prière fidèle et notre humble charité. Jour après jour, grandira l’œuvre de Dieu jusqu’à porter de beaux fruits. Pour vivre ainsi, il est utile de réfléchir à nos rituels qui structurent une vie spirituelle régulière, car il serait vain de faire un gros effort pour ensuite oublier le Seigneur. À chaque jour suffit sa peine, à chaque jour le cœur à cœur avec le Christ. 

 

Je vous souhaite un heureux carême, un chemin de foi parcouru en communauté fraternelle. Je vous laisse quelques mots d’un catéchumène pour nous réjouir : « De différentes manières et par des multiples signes aussi clairs que précis, le Seigneur m’a secoué, percuté au plus profond de mon être, de mon cœur et de mon âme. À travers des bénédictions et des grâces, des situations improbables et insolubles qu’il a dénouées par miracle, oui, par miracle, j’ose le dire en ces termes ! ».

 

Notre-Père

+ Phillipe Christory, Bispo de Chartres

La mejor arma para la batalla: la educación en las virtudes de la Caballería (IV)

  La mejor arma para la batalla: la educación en las virtudes de la Caballería (IV) A las 5:18 PM , por  Miguel Sanmartín Fenollera         ...