domingo, 31 de maio de 2020

HOMENAGEM A S. JOÃO PAULO II, MAGNO - NÃO DELAPIDEMOS A SUA HERANÇA


Em jeito de homenagem  a homenagem a S. João Paulo II, Magno

   Raramente um Papa deixou em herança um património imaterial tão vasto, precioso e que nunca perderá actualidade como S. João Paulo II ,Magno. Contudo, neste tempo, que ele identificou, caracterizou e para o qual apresentou soluções ( cf, por exemplo a “ Ecclesia in Europa” onde se dirige de forma límpida e sem ambiguidades, aos gravíssimos problemas que este velho e decrépito continente, berço de civilizações, apresenta há já várias décadas), corremos o rico de DELAPIDAR esse fabuloso património. Perde a humanidade toda. Perde, e muito, a Igreja que cada vez mais se apresenta amnésica e delapidadora do seu património, da sua herança. Em muitos sectores da moda, crê - se e impõe- se que se acredite, que a Igreja começou … há poucos anos, tal é a dimensão da derrocada a que estamos a assistir.
   … E quando se fala ou ouve falar de Solidariedade, como novidade entre as novidades, para quem deseja ardentemente esquecer a Carta Encíclica “ Sollicitudo Rei Socialis” de 1987…
… E fala-se, há muito ( e bem) do papel dos leigos na Igreja, como se só agora se descobriu que estes são tão membros da Igreja como o Papa ou um Sacerdote, mas que se continuam a “ clericalizar”, não se remetendo para a fabulosa Exortação Apostólica “ Christifideles laici”, de 1988…
   Adiante, que o espaço é curto…
   No dizer de Rémi Brague, ilustre filósofo francês, Professor de Antropologia Cristã, Professor emérito de Filosofia Medieval e Árabe na Sorbonne e galardoado com inúmeros prémios, nomeadamente o prestigiadíssimo “ PRÉMIO RATZINGER” ( 2012), o mérito maior de S. João Paulo II, Magno, “ é o de ter posto o acento na luta entre duas culturas. É curioso que das expressões que mais usou, a primeira, “ cultura da vida”, seja uma tautologia e e segundo , “ cultura da morte” , um oxímoro. Cada cultura protege a vida e ajuda a que floresça.” … Por isso, “cultura da morte” “, a que vivemos é auto- destrutiva. Assim, não foi por acaso que S. João Paulo II, Magno, deu tanto ênfase à defesa da vida humana (da concepção até à morte natural), à memória cristã, aos valores do cristianismo, entre outros pilares que definem e constroem a “ cultura da vida” tão ameaçada nos nossos dias.
   Em 4 de Maio pp, o Papa Emérito Bento XVI, escreveu uma carta notável ao Arcebispo de Cracóvia, a propósito do 1º centenário do nascimento de S. João Paulo II . De forma lapidar e sintética analisa a vida deste grande Papa de sempre. No artigo anterior já abordei e citei um dos aspectos da referida carta.
   Quem tem a pachorra de ler e ouvia na Rádio Sim, sabe que usei e uso, referindo-me a S. João Paulo II, o epíteto de Magno. E como primeiro servidor da Militia Sanctae Mariae, cavaleiros de Nossa Senhora, em 15 de Abril pp determinei que se passasse o apelidar S. João Paulo II como Magno. Logicamente que fiquei felicíssimo ao ler este extracto da carta de Bento XVI, depois de se referir ao porquê de haver dois Papas chamados de Magno ( S. Leão Magno e S. Gregório Magno) diz: «  É indiscutível que a fé do Papa foi um elemento essencial no desmoronamento do poder comunista. A grandeza evidente em Leão I e Gregório I, portanto, é certamente visível também em João Paulo II.
Deixamos em aberto se o epíteto “magno” prevalecerá ou não. O certo é que o poder e a bondade de Deus se fizeram visíveis para todos nós em João Paulo II. Num momento em que a Igreja sofre mais uma vez a aflição do mal, este é um sinal, para nós, de esperança e confiança.».
    Está lançado o desafio. Para mim S. João Paulo II terá de ser apelidado de Magno e tudo farei para que assim seja!
Carlos Aguiar Gomes



sexta-feira, 29 de maio de 2020

a Civilização do Amor

Giambattista Montini nasceu a 26 de Setembro de 1897 em Concesio (Bréscia), na Itália. Foi ordenado sacerdote a 29 de Maio de 1920 e distinguiu-se pela extraordinária solicitude apostólica. Em 1954 foi eleito Arcebispo de Milão, escolhendo o lema In nomine Domine. Foi eleito à cátedra de Pedro em 21 de Junho de 1963, impondo sobre si o nome de Paulo. Via-se como um construtor da Civilização do Amor: perseverou infatigavelmente na obra iniciada pelos seus predecessores, em particular, levando a cabo o Concílio Vaticano II, deu cumprimento à reforma litúrgica, promoveu o diálogo ecuménico e o anúncio do Evangelho. Pela Festa da Transfiguração do Senhor de 1978, no Palácio Pontifício de Castel Gandolfo, entregou a alma a Deus.



Da homilias de São Paulo VI, papa, na última sessão do Concílio Vaticano II, no dia 7 de Dezembro de 1965:
É preciso conhecer o homem para se conhecer a Deus

Com o impulso deste Concílio, a doutrina teocêntrica e teológica sobre a natureza humana e sobre o mundo atrai a si a atenção dos homens, como se desafiasse aqueles que a julgam anacrónica e estranha; e tais coisas se presume que o mundo qualificará, de início, como absurdas, mas que depois, assim o esperamos, reconhecerá espontaneamente como humanas, como prudentes e salutares, a saber: Deus existe. Sim, Deus existe; realmente existe; vive; é pessoal; é providente, dotado de infinita bondade, não só bom em si mesmo mas imensamente bom para nós; é o nosso criador, a nossa verdade, a nossa felicidade, de tal modo que o homem, quando procura fixar em Deus a sua mente e o seu coração, entregando-se à contemplação, realiza o acto que deve ser considerado o mais alto e mais perfeito; acto, que mesmo hoje pode e deve hierarquizar a imensa pirâmide da actividade humana.

Na verdade, a Igreja, reunida em Concílio, entendeu sobretudo fazer a consideração sobre si mesma e sobre a relação que a une a Deus; e também sobre o homem, o homem tal qual como se apresenta realmente no nosso tempo: o homem que vive; o homem que se esforça por cuidar só de si; o homem que não só se julga digno de ser como que o centro dos outros, mas também não se envergonha de afirmar que é o princípio e a razão de ser de tudo. Todo o homem fenoménico, isto é, revestido dos seus inúmeros hábitos, com os quais se revelou e se apresentou diante dos Padres conciliares, que são também homens, todos Pastores e irmãos, e por isso atentos e amorosos; o homem que lamenta corajosamente os seus próprios dramas; o homem de ontem e de hoje e, por isso, sempre frágil e falso, egoísta e feroz; o homem que vive descontente de si mesmo, que ri e chora; o homem versátil, o homem rígido que é cultor apenas da realidade científica; e o homem que como tal pensa, ama, trabalha, sempre espera alguma coisa, à semelhança do «filius accrescens» (Gen 49, 22); e o homem sagrado pela inocência da sua infância, pelo mistério da sua pobreza, pela piedade da sua dor; o homem individualista, dum lado, e o homem social, do outro; o homem «laudator temporis acti», e o homem que sonha com o futuro; o homem por um lado sujeito a falhas, e por outro adornado de santos costumes; e assim por diante. O humanismo laico e profano apareceu, finalmente, em toda a sua terrível estatura, e por assim dizer, desafiou o Concílio para a luta.

A religião do Deus que Se fez homem encontrou-Se com a religião – que o é – do homem que se faz Deus. Que aconteceu? Combate, luta, anátema? Tudo isto poderia ter-se dado, mas de facto não se deu. A antiga história do bom samaritano foi o paradigma da espiritualidade do nosso Concílio. Uma simpatia imensa tudo invadiu. A descoberta e a consideração renovada das necessidades humanas – que são tanto mais molestas quanto mais se levanta o filho desta terra – absorveram toda a atenção deste Concílio. Vós, humanistas do nosso tempo, que negais as verdades transcendentes, dai ao Concílio ao menos este louvor e reconhecei este nosso humanismo novo: também nós – e nós mais do que ninguém somos cultores do homem.

A religião católica é a vida da humanidade, porque descreve a natureza e o destino do homem, e dá-lhe o seu verdadeiro sentido. É a vida da humanidade, finalmente, porque constitui a lei suprema da vida, e à vida infunde a misteriosa energia que faz dela uma vida verdadeiramente divina.
Todos vós que estais aqui presentes, como no rosto de todo o homem, sobretudo se se tornou transparente pelas lágrimas ou pelas dores, devemos descobrir o rosto de Cristo, o Filho do Homem; e se no rosto de Cristo (cf. Mt 25, 40) devemos descobrir o rosto do Pai celestial, segundo aquela palavra: «quem Me vê, vê o Pai» (Jo 14, 9), o nosso humanismo faz-se cristianismo, e o nosso cristianismo faz-se teocêntrico, de tal modo que podemos afirmar: para conhecer a Deus, é necessário conhecer o homem.
Amar o homem, dizemos, não como instrumento, mas como que primeiro fim, que nos leva ao supremo fim transcendente.

V/. Tudo o que é verdadeiro e nobre, justo e puro, amável e de boa reputação, é o que deveis fazer; Aleluia.
R/. Tudo o que é virtude e digno de louvor, é o que deveis fazer, Aleluia. 
Oremos,Deus eterno e omnipotente, que chamastes o papa São Paulo VI, solícito apóstolo do Evangelho do vosso Filho, para governar a santa Igreja, fazei que, iluminados pelos seus ensinamentos, colaboremos generosamente no vosso reino para que se dilate a civilização do amor em todo o mundo. Por Cristo, Senhor Nosso. Amen.
Leitura recomendada: http://www.vatican.va/content/paul-vi/it/homilies/1975/documents/hf_p-vi_hom_19751225.pdf 

MONGES BENEDITINOS PERSEGUIDOS EM MOÇAMBIQUE


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Foi atacado o único Mosteiro beneditino de Moçambique ( na foto Dom Luís Lisboa, Bispo da Diocese de Pemba)

MOÇAMBIQUE:

Missão de monges Beneditinos atacada em Cabo Delgado leva à fuga da comunidade religiosa

18 maio 2020

O ataque à missão dos Monges Beneditinos na aldeia de Auasse, em Cabo Delgado, ocorreu na terça-feira da semana passada mas só agora a notícia foi conhecida. Um grupo de homens fortemente armados assaltou e destruíu as instalações da Missão levando à fuga dos religiosos para o mato onde ficaram escondidos até terem conseguido abandonar a região rumo à Tanzânia, onde se encontra um convento da congregação.

O Bispo de Pemba, em declarações à Fundação AIS, confirma que “os quatro monges” partiram para o país vizinho pois são todos “de nacionalidade tanzaniana”, afirmando esperar que “eles possam regressar” o mais depressa possível.

D. Luiz Fernando Lisboa reconhece que a região norte de Moçambique está a viver dias muito complicados, com um enorme aumento de incidentes graves. “Esta semana fizeram ataques em três distritos em simultâneo. Isso aprofunda a crise…” reconhece o prelado, dizendo que “podemos estar perante uma nova estratégia” dos terroristas. “Mas não sabemos quantos são.”

Além do ataque à casa dos beneditinos, os homens armados destruíram ainda “um hospital que os monges estavam a construir na região”, além de equipamento diverso e ainda algumas casas na aldeia.

“Embora a presença das forças [militares seja mais visível], a situação não está controlada”, disse o prelado, sublinhando, contudo, que não houve vítimas a lamentar neste ataque.

Este será o ataque mais significativo contra uma estrutura da Igreja católica depois dos graves incidentes na Igreja em Nangololo durante a Semana Santa, que a Fundação AIS então reportou. O Bispo reconhece isso mas destaca o facto de haver também ataques em aldeias com inúmeras vítimas mortais. “Na verdade, não tem sido só igrejas. Foram atacadas também aldeias, mataram pessoas…”

De facto, como sublinhou o Bispo de Pemba, parece que se está perante a deterioração da situação de segurança na região norte de Moçambique, o que está a provocar uma fuga em massa das populações. “Como disse o Papa Francisco, estamos perante uma crise humanitária”, de proporções cada vez mais graves, afectando já “mais de 200 mil pessoas”.

Sinal disso, o número de deslocados cresce de dia para dia e, como diz D. Luis Lisboa, “há fome, porque muitas famílias, que estão a acolher também deslocados, já são muito pobres… Este é um problema muito sério…”

Em resposta a esta situação, as autoridades em Pemba têm vindo a improvisar locais de abrigo, tendo sido montados “acampamentos em escolas, prédios do governo, que acolhem 500, mil, duas mil pessoas”. Nesse trabalho de socorro, o Bispo destaca a caritas diocesana que tem sido ajudada por algumas organizações não governamentais.

Apesar das operações militares em curso, as Forças de Defesa de Moçambique parecem ser incapazes de deter os vários grupos que estão a transformar a província de Cabo Delgado num autêntico inferno.

Apesar de ser raro o dia em que não se registam ocorrências, foi a bárbara execução a tiro, a 8 de Abril, de 52 jovens que se recusaram a integrar as fileiras dos grupos armados, assim como as palavras do Papa Francisco, no domingo de Páscoa, que deram relevo internacional a esta insurgência no norte de Moçambique.

O ataque agora à missão dos monges beneditinos comprova essa estratégia de terror. Perante a dimensão do problema, o Bispo de Pemba reconhece que a comunidade internacional deve agir. “Mas quem pode ajudar tem de oferecer essa ajuda”, diz o Bispo detacando que países como Portugal podem desempenhar um papel importante no auxílio às autoridades de Maputo perante esta onda de violência. Mas não só. “Portugal, sim, mais a ONU, a União Africana, enfim, todos os que podem e acham ter o dever de ajudar devem oferecer ajuda. Sozinhos, de facto, vai ser muito difícil.”


Departamento de Informação da Fundação AIS | ACN Portugal
NOTA:

A MILITIA SANCTAE MARIAE - cavaleiros de Nossa Senhora , de matriz beneditina, está solidária com estes nossos irmãos em S. Bento

quinta-feira, 28 de maio de 2020

ISLÂNDIA : país « DOWN FREE »


ISLÂNDIA : país « DOWN FREE »

   A Islândia é elogiada no mundo do politicamente correcto por ser  um país exemplar. Conseguiu ser o primeiro  país «Down free », ou seja, onde não há, há mais de cerca de 5 anos (https://www.lifesitenews.com/), nascimentos de crianças com o Síndrome de Down, onde não nascem crianças com o Trissomia 21. À primeira vista, parece, somos induzidos a pensar tal, que os islandeses conseguiram tratar o erro genético de o par de cromossomas 21 passar a ter só o par e não o cromossoma excedentário, causa do comummente chamado mongolismo. Teriam descoberto alguma vacina preventiva de se formar o tal erro cromossómico? Teriam descoberto a técnica de anular os efeitos do cromossoma excedentário?
   Seria um avanço notável no campo da genética humana e onde tanto investiu o Prof. Jérôme Lejeune, autor da descoberta da causa do, então, chamado mongolismo. Seria, mas não é!
   A Islândia, que eu saiba, foi o primeiro país a eliminar sistematicamente todos os bebés a quem, antes de nascerem, lhes é diagnosticado aquele síndrome. A política eugenista levada a sério. A construção de uma sociedade de “ raça pura”, sem esse erro cromossómico, defeito que a nossa sociedade eugénica não perdoa nem aceita que possa haver crianças diferentes do “ standart” normalizado. A política hitleriana no seu melhor. Hitler, esse feroz e demoníaco adepto e promotor da raça ariana pura, deve rejubilar no Inferno onde deve estar e lamentar que no tempo de terror que implantou na Alemanha  e nos países onde pousou a sua bota tirânica, não se soubesse que a pureza de raça , que defendia, também seria facilitada como hoje com uma simples amniocentese e do aborto imediato. O seu ponto de vista político da pureza de raça está a ser cumprido com o rigor que a Genética permite à medicina e aos políticos que propõem, defendem e … democraticamente obrigam que a ninguém será permitido nascer “ despadronizado”.
   Mas, noutros países europeus como a França ou … Portugal, o rastreio, verdadeira caça às crianças por nascer com o Síndrome de Down , também já está em marcha a grande velocidade perante o nosso silêncio cúmplice. Silêncio e aceitação.
   Esta nossa sociedade não admite a diferença! Algumas diferenças, já que outras diferenças são impostas com a  perseguição de quem é “ despadronizado” ideologicamente.
   Bem sei que uma criança com o Síndrome de Down coloca problemas aos pais que, muitas vezes não têm o apoio que a sociedade, todos nós, lhes deveríamos disponibilizar.
   Uma criança com Trissomia 21 é um ser humano, com o direito fundamental de viver.
   A “ limpeza étnica” está em marcha. Hoje, querem instaurar sociedades “ Down Free”. Amanhã, quem será eliminado? Talvez o próximo passo dessa sociedade será  livrar-se dos velhos que cada vez mais são mais velhos, doentes e limitados. E, estes desfeiam, com as suas limitações, uma sociedade de beldades e de corpos “ perfeitos “. Estará para breve, creio bem, a sociedade “ Livre de Velhos”.
   A ver vamos.

Carlos Aguiar Gomes



quarta-feira, 27 de maio de 2020

Sexto dia da Novena a Nossa Senhora Medianeira de todas as graças

Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, nós vos veneramos como Medianeira nas Bodas de Canaã, porque foi por vosso meio que Jesus fez o primeiro milagre. Ó Senhora e Mãe nossa, concedei-nos a graça de que Deus abra os caminhos da Editora Miles, guiando os seus agentes; e também o fim da epidemia que nos aflige neste tempo, e mostrai que vos aprazeis de ser venerada como Medianeira de todas as Graças. Amém!

(Rezar 5 Ave-Marias)

V/. Rogai por nós, Medianeira nossa poderosíssima!
R/. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo!

Oremos:
Senhor Jesus, Medianeiro nosso junto ao Pai, que vos dignastes constituir a vossa Mãe, a Santíssima Virgem Maria, também nossa Mãe e Medianeira junto a vós, concedei benigno que todo aquele que suplicante se vos dirigir, se alegre de ter alcançado por meio dela tudo o que pediu, Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém!

SANTO AGOSTINHO DE CANTUÁRIA - Beneditino , Bispo e Evangelizador da Inglaterra




La Gran Bretagna, evangelizzata fin dai tempi apostolici (il primo missionario a sbarcarvi sarebbe stato, secondo la leggenda, Giuseppe di Arimatea), era ricaduta nell'idolatria in seguito all'invasione dei Sassoni nel quinto e nel sesto secolo. Quando il re del Kent, Etelberto, sposò la principessa cristiana Berta, figlia del re di Parigi, questa domandò che fosse eretta una chiesa e che alcuni sacerdoti cristiani vi celebrassero i santi riti. Appresa la notizia, il papa S. Gregorio Magno giudicò maturi i tempi per l'evangelizzazione dell'isola. La missione fu affidata al priore del monastero benedettino di S. Andrea sul Celio, Agostino, la cui dote precipua non doveva essere il coraggio, ma in compenso era tanto umile e docile.
Partito da Roma alla testa di quaranta monaci nel 597, fece tappa nell'isola di Lerino. Le notizie sul temperamento bellicoso dei Sassoni lo spaventarono al punto che se ne tornò a Roma a pregare il papa di mutargli programma. Per incoraggiarlo, Gregorio lo nominò abate e poco dopo, quasi ad invogliarlo al passo decisivo, appena giunto in Gallia, lo fece consacrare vescovo. Il viaggio procedette ugualmente a brevi tappe. Finalmente, con l'arrivo della primavera, presero il largo e raggiunsero l'isola britannica di Thenet, dove il re in persona, spintovi dalla buona consorte, andò ad incontrarli.
I missionari avanzavano verso il corteo regale in processione al canto delle litanie, secondo il rituale appena introdotto a Roma. Fu per tutti una felice sorpresa. Il re accompagnò i monaci fino alla residenza già fissata, a Canterbury, a mezza strada tra Londra e il mare, dove sorse la celebre abbazia che prenderà il nome di Agostino, cuore e sacrario del cristianesimo inglese. L'opera missionaria dei monaci ebbe un esito insperato, poiché lo stesso re domandò il battesimo, spingendo col suo esempio migliaia di sudditi ad abbracciare la religione cristiana.
A Roma la notizia venne accolta con gioia dal papa, che espresse la sua soddisfazione nelle lettere scritte ad Agostino e alla regina. Insieme con un gruppo di nuovi collaboratori, il santo pontefice inviò ad Agostino il pallio e la nomina ad arcivescovo primate d'Inghilterra, ma al tempo stesso lo ammoniva paternamente a non insuperbirsi per i successi ottenuti e per l'onore che l'alta carica gli conferiva. Seguendo le indicazioni del papa per la ripartizione in territori ecclesiastici, Agostino eresse altre due sedi vescovili, quella di Londra e quella di Rochester, consacrando vescovi Mellito e Giusto. Il santo missionario morì il 26 maggio del 604 e fu sepolto a Canterbury nella chiesa che porta il suo nome.

Autore: 
Piero Bargellin

O Domingo depois da Ascenção, no Rito Bizantino - homilia// dimanche après l'ascension commémore les 318 pères du concile de Nicée.


Dans le rite byzantin, le dimanche après l'ascension commémore les 318 pères du concile de Nicée. Voici à ce sujet l'homélie prononcée à Chevetogne cette année par le P. Ugo Zanetti:



Les textes de l’office n’ont cessé de louer les Pères de Nicée, dont nous fêtons la mémoire aujourd’hui, d’avoir délivré l’Église de l’hérésie d’Arius. C’est peut-être l’occasion pour nous de nous interroger sur ce que signifie la foi au Christ, Fils de Dieu fait homme, 2e personne de la Sainte Trinité, signifie pour nous-mêmes et pour notre salut. Nous ne cessons de répéter, dans le Credo, que « pour nous les hommes et pour notre salut, Il descendit du ciel, Il a pris chair de la Vierge Marie et s’est fait homme ». Et c’est bien sûr à partir de ce que Jésus lui-même nous a révélé que l’Église peut l’affirmer. 

Mais pourquoi donc fallait-il que Dieu se fasse homme?
Le premier point à voir, c’est que Dieu est à peu près le contraire de ce qu’en pensent les hommes. Il suffit de voir ce que disent de Dieu les religions naturelles, et ce qu’en pensent les incroyants, qui s’imaginent que nous avons peur d’un dieu tout-puissant qui exercerait son pouvoir comme le ferait un dictateur, ou d’un père fouettard qui se chargerait de châtier tous nos manquements. Et nous devons bien constater que c’est une image que l’on retrouve aussi dans l’Ancien Testament (« celui qui punit les fautes des pères jusqu’à la troisième et quatrième génération » Ex 34,7 etc. etc.), et même quelque peu dans la terrible image du Jugement Dernier de l’évangile (Mt 25). Rien d’étonnant à cela: comme nous allons le dire, Dieu ne pouvait pas nous parler autrement qu’à travers un langage que nous pouvons comprendre, et Il a respecté le cheminement intellectuel de l’humanité, même s’il n’est pas le chemin le plus court pour arriver à la connaissance de Dieu…
Si nous pouvons résumer en quelques mots – une gageure ! – le message de Jésus, c’est d’abord que Dieu est Trinité ; même si nous ne pouvons pas réaliser vraiment ce que cela signifie, nous pouvons en comprendre au moins l’essentiel, à savoir que Dieu, tout en étant tout-puissant et absolument indépendant de qui et et quoi que ce soit, existant par lui-même, n’est pas un « isolé »; certes, Il est Dieu absolument indépendant, mais cette indépendance ne signifie pas absence de « relation », si l’on ose appliquer des termes humains à cette réalité qui nous dépasse infiniment.
Jésus nous a aussi appris que Dieu a voulu que cette relation s’exerce non seulement à l’intérieur de la Trinité divine, mais aussi avec des êtres créés, dont nous sommes. Et que, tout en étant tout-puissant, Dieu n’est pas celui qui domine, voire écrase, mais au contraire qu’Il est Amour (cf. 1 Jn 4,8), et que, justement parce qu’Il est amour, Il ne peut pas ne pas respecter entièrement la liberté de ceux qu’Il aime. Il la respecte tant et si bien qu’Il ne se permet pas de nous imposer quoi que ce soit, mais veut que nous acceptions librement son salut. C’est bien là le sens dernier du récit de la création et de l’histoire d’Adam et Ève dans la Genèse : Dieu a créé l’humanité pour être un partenaire, mais forcément un partenaire qui ne peut pas, par nature, être égal à Dieu, puisque créé par Lui – et l’humanité a refusé cette relation, car elle a voulu son indépendance totale (c’est bien là ce que suggère le serpent en disant à Ève : « si vous en mangez, vous serez comme des dieux » Gen 3,5), ce qui est une impossibilité radicale, puisque nous sommes des créatures ; c’est donc une illusion mortelle, et le fruit en sera, en effet, la mort.
Pour nous délivrer de cette mort, il fallait donc que Dieu nous parle un langage que nous pouvions comprendre, afin que nous puissions Le comprendre vraiment, et accepter en toute liberté ce qu’Il nous offre. C’est pour cela qu’Il a choisi de devenir Lui-même homme : Jésus est le Verbe, la Parole que Dieu dit au monde. Et là première chose qu’il faut retenir de cette Parole de Dieu qu’est Jésus-Christ, c’est que notre vie humaine a un prix infini aux yeux de Dieu, puisque Dieu lui-même a pris notre nature humaine. Ou, comme le dit le prologue du 4e évangile, « Le Verbe s’est fait chair » afin de nous donner « le pouvoir de devenir enfants de Dieu » (Jn 1,14 et 12). Ne nous méprenons pas sur le sens de ces mots : d’abord, « enfants de Dieu » signifie bien que notre relation avec Dieu ne peut être que dans la vérité, nous sommes ses créatures bien-aimées, comme des enfants par leurs parents, mais nous sommes et restons créatures, c’est de Dieu que nous recevons tout. Ensuite, la vie terrestre même de Jésus nous montre que notre vie terrestre, matérielle, doit passer, que notre corps doit mourir, mais que notre personne continuera à vivre pour l’éternité, ainsi que nous l’a promis Jésus et qu’Il l’a montré dans sa propre Résurrection. Jésus nous a ainsi révélé, non seulement par ses paroles, mais bien plus encore par sa propre vie, quelle est véritable dimension de notre existence, celle d’une relation, d’une communion d’amour infinie avec Dieu, et aussi avec tous nos frères et soeurs, créatures de Dieu comme nous. Il nous a aussi montré que cette vie éternelle ne peut pas se réaliser sans un passage par la Croix, une croix qui sera sans aucun doute différente pour chacun, mais qui implique en tout cas de « renoncer à soi-même, de prendre sa propre croix et de Le suivre » (Mc 8,34 etc.), mais sans oublier que son « joug est doux et son fardeau léger » (Mt 11,30), car Jésus le porte avec nous.
Et en effet, dans l’évangile que nous avons entendu aujourd’hui, Jésus demande au Père : « Père, … glorifie ton Fils, afin que Votre Fils Te glorifie, en donnant … la vie éternelle à tous ceux que Tu Lui as donnés », Il nous révèle que la gloire de Dieu – « la gloire », c’est-à-dire ce qui le révèle réellement tel qu’Il est – c’est de donner la vie éternelle à ceux qui croient en Lui, autrement dit qui l’acceptent librement. Car qu’est-ce que « croire en Dieu », sinon avoir pleinement confiance en Lui, s’en remettre totalement à Lui dans un acte suprême de notre liberté ? Et qu’est-ce que la vie éternelle, sinon « qu'ils Te connaissent, Toi le seul vrai Dieu, et Celui que Tu as envoyé, Jésus-Christ » ? Nous sommes appelés à connaître Dieu, un Dieu d’amour qui nous aime et nous respecte jusqu’à devenir l’un d’entre nous pour nous indiquer le chemin – et c’est ainsi que Jésus est « le chemin, la vérité et la vie » (Jn 14,6). Jésus nous rend « participants à la nature divine » (2 Pi 1,4), et c’est cela sa gloire, une gloire qu’Il reçoit du Père pour nous la partager. Glorifier Dieu, c’est approfondir notre relation d’amour avec Lui, c’est entrer de plus en plus dans notre participation à sa nature divine, c’est notre joie et notre vie. Comme l’exprime la fin de l’évangile de ce matin : en allant au Père, Jésus a dit sa « prière sacerdotale » (Jn 17) « pour que nous ayons sa joie en plénitude » (Jn 17,13).
Voilà pourquoi Arius avait tort : il voulait enfermer dans un raisonnement humain notre relation avec Dieu. Sans doute était-il lui-même sincère et plein de bonne volonté au départ, mais il a perdu de vue l’essentiel, à savoir que Dieu est un mystère, un mystère infini que nous ne cesserons jamais d’approfondir, et que nous ne pourrons jamais définir en paroles humaines, ni comprendre grâce à nos propres forces. C’est une leçon à ne jamais perdre de vue lorsqu’on discute de théologie. « O profondeur de la richesse, de la sagesse et de la science de Dieu! Que ses jugements sont insondables, et ses voies incompréhensibles! … C'est de lui, par lui, et pour lui que sont toutes choses. A lui la gloire dans tous les siècles! Amen! » (Rom 11,33-36).

terça-feira, 26 de maio de 2020

1º Mistério Gozoso: a Anunciação

Do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David.
O nome da Virgem era Maria.
Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo:
«Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo».
Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela.
Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim».
Maria disse ao Anjo:
«Como será isto, se eu não conheço homem?».
O Anjo respondeu-lhe:
«O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível».
Maria disse então:
«Eis a escrava do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra»


Quinto dia da Novena a Nossa Senhora Medianeira de todas as graças

Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, nós vos veneramos como Medianeira no Mistério da Apresentação, porque fostes vós que oferecestes a Deus o Menino Jesus e o colocastes nos braços do Santo velho Simeão. Ó Senhora e Mãe nossa, concedei-nos a graça de que Deus abra os caminhos da Editora Miles, guiando os seus agentes; e também o fim da epidemia que nos aflige neste tempo, e mostrai que vos aprazeis de ser venerada como Medianeira de todas as Graças. Amém!

(Rezar 5 Ave-Marias)

V/. Rogai por nós, Medianeira nossa poderosíssima!
R/. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo!

Oremos:
Senhor Jesus, Medianeiro nosso junto ao Pai, que vos dignastes constituir a vossa Mãe, a Santíssima Virgem Maria, também nossa Mãe e Medianeira junto a vós, concedei benigno que todo aquele que suplicante se vos dirigir, se alegre de ter alcançado por meio dela tudo o que pediu, Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém!

segunda-feira, 25 de maio de 2020

PARA SAUDAR STA JOANA D`ARC

Pour saluer Jeanne



Rédigé par Anne Bernet le  dans Culture
Pour saluer Jeanne
Confinement oblige, les fêtes de Jeanne d’Arc n’auront pas été célébrées en cette année qui est celle du centenaire de sa canonisation. Nous avions pourtant plus que jamais besoin de sa protection, et de celle de tous nos saints, mais, face aux maux qui nous frappaient, et à ceux, pis encore, qui nous menacent, nos autorités constituées, civiles et ecclésiastiques, ont choisi de se passer du concours du Ciel. C’est un choix qu’il faudra à l’avenir assumer, ses conséquences aussi … Combien, cependant, l’exemple de Jeanne demeure aujourd’hui utile à méditer. 
Elle naît dans une France qui, depuis 1420 et la signature du Traité de Troyes, n’existe juridiquement plus, annexée à l’Angleterre par le mariage de la princesse Catherine, fille de Charles VI et d’Isabeau de Bavière avec le souverain d’Outre-Manche, Henry V. Le véritable héritier du trône, le dauphin Charles, réfugié à Bourges avec quelques féaux, règne sur un royaume réduit à quelques provinces ligériennes et un morceau d’Auvergne. Le reste est aux mains des Godons, ou des Bourguignons dont les ducs, quoique princes capétiens, sont seulement préoccupés de se tailler un État indépendant …
La guerre est partout, accompagnée de son cortège de dévastations. Charles VII est un souverain en apparence sans envergure, prêt à tout abandonner car il n’a plus un sou pour lever des troupes et que l’interminable siège d’Orléans, dont tout laisse présager qu’il s’achèvera par la prise de la ville, a fini de ruiner. 
L’Église n’en finit pas d’émerger de la crise du Grand Schisme d’Occident, qui a vu jusqu’à trois papes se disputer le trône de saint Pierre. Les clercs de l’université parisienne, qui se tiennent pour les lumières de la chrétienté, se sont vendus à l’occupant, devenant, en échange de grasses prébendes, des « Français faillis » prêts à tous les reniements et toutes les lâchetés profitables afin d’assurer leur carrière et gagner quelque bel évêché. Humainement parlant, tout est joué, et tout est perdu. La France est morte. Le Roi le sait si bien qu’il négocie déjà son passage à l’étranger.
C’est dans cette ambiance d’apocalypse que Jeanne surgit. Elle a dix-sept ans, n’a jamais quitté son village du Barrois, ne savait pas, voilà deux mois, monter à cheval, mais chevauche son destrier de guerre comme si elle n’avait fait que cela toute sa vie. Pareillement, elle en sait plus long en matière de stratégie, de sièges et de batailles que les meilleurs capitaines qui ont le double de son âge et une toute autre expérience des combats. Quand elle déboule à Chinon, où l’on a rechigné à la recevoir, c’est pour annoncer qu’elle vient de « par Messire Dieu afin de faire lever le siège devant Orléans et conduire le Roi être sacré à Reims ». Hier comme aujourd’hui, le premier réflexe est de la prendre pour une folle, au mieux pour l’une de ces illuminées qui pullulent dans une France aux abois. Mais, puisque l’on n’a strictement plus rien à perdre …
Croire à l’impossible quand tout ce qui était raisonnablement possible s’est révélé vain, s’en remettre à Dieu quand toutes les solutions humaines se sont révélées impuissantes à guérir les maux du temps, avoir, simplement, la foi, celle qui déplace les montagnes, voilà le pari que Charles VII et ses conseillers, si peu édifiants par ailleurs, tenteront, si fiant à cette fille si jeune, si lumineuse, en même temps si incroyablement sûre d’elle et de ses voix. Et, contre toute attente, ils auront raison.
Six cents ans après, l’on continue à s’interroger sur l’incroyable et tragique épopée de la Pucelle. Parce qu’inventer des contes à dormir debout est toujours plus rassurant et plus commode qu’admettre l’irruption du divin dans l’histoire des hommes et se demander quel rôle la France tient dans les plans célestes pour que l’on soit, Là-Haut, prêt à déployer pareils moyens afin de la sauver, en dépit de ses fautes, l’on a inventé mille fantaisies. Et d’abord, belle invention d’un préfet du premier Empire qui s’ennuyait et s’essaya au roman historique, que Jeanne était en réalité la fille cachée de la reine Isabeau et de son beau-frère, le duc d’Orléans, élevée loin de Paris mais préparée, pendant dix-sept ans, par sa véritable famille, au rôle de libératrice … Il y a belle lurette que les historiens ont réduit, après les avoir passées au crible, ces sottises à néant. Cela n’empêche pas Gérald Messadié, célèbre en son temps pour avoir voulu démontrer que Jésus n’était pas mort sur la croix, et que, par conséquent, Il n’était pas ressuscité, de reprendre ces vieux bobards à son actif et d’en tirer un roman, La Conspiration Jeanne d’Arc (éditions de Borée. 400 p. 19,90 €) présenté comme la démystification définitive du mythe de Jeanne. On ne s’y attardera pas, cela n’en vaut pas la peine.
À quoi bon, en effet, chercher de pauvres petits calculs humains, d’improbables complots de cour, là où Dieu seul travaille, écrivant, avec l’épopée johannique, des pages qui n’ont, selon certains commentateurs, d’égales que celles des évangiles ?
Plus humble, Pauline de Préval signe un petit livre, Jeanne d’Arc, sur la terre comme au Ciel, (Presses de la Renaissance. 215 p. 12 €) qui ne prétend faire aucune révélation mais se contente de reprendre, avec tendresse, foi et admiration, l’itinéraire d’une jeune fille qui, « à l’âge de 13 ans, vers l’heure de midi, dans le jardin de son père, du côté de l’église », entendit saint Michel lui parler de la grande souffrance qui était au royaume de France et lui enseigner comment elle devrait y remédier. Pauline de Préval n’est ni historienne ni médiéviste. Elle raconte l’histoire de Jeanne comme elle la ressent, du fond du cœur. Bouleversée comme on l’est fatalement face au plus glorieux chapitre de la Gesta Dei per Francos. Puis elle cède la parole à Jeanne elle-même, dont les mots, d’une grandeur inégalée, ne cesseront plus de retentir dans l’éternité parce qu’ils lui étaient dictés du Ciel.
En ces jours si douloureux pour les catholiques privés, depuis des semaines, sur décision de l’État et de l’Église, du Pain de Vie, regardons Jeanne, dans son cachot, abandonnée aux Anglais, victime, de la part d’ecclésiastiques, membres de cette Église militante dont elle osait contester les choix et les compromissions avec le pouvoir, d’un procès inique, privée des sacrements, et demandons-lui d’obtenir de la Trinité trop longtemps offensée que soit enfin rouvert pour nous l’accès à l’Eucharistie.
« Messire Dieu premier servi ! »
( In L `HOMME NOUVEAU, com a devida autorização)

HOJE DIA DE S. BEDA, o VENERÁVEL


   O Departamento da Militia Sanctae Maraiae - cavaleiros de Nossa Senhora  para as comunicações sociais tem como seu Patrono celeste S. Beda, o Venerável, monge beneditino do século VIII.
   Deixamos aqui uma curta biografia deste extraordinário monge.
    El nombre de Beda o Baeda en lengua sajona quiere decir oración. San Beda, “padre de la erudición inglesa” como lo definió el historiador Burke, murió a los 63 años en la abadía de Jarrow, en Inglaterra, después de haber dictado la última página de un libro suyo y de haber rezado el Gloria Patri. Era la víspera de la Ascensión, el 25 de mayo del 735. Cuando sintió que se acercaba la muerte, dijo: “He vivido bastante y Dios ha dispuesto bien de mi vida”.
   Beda nació en el año 672 de una modesta familia obrera de Newcastle y recibió su formación en dos monasterios benedictinos de Wearmouth y Jarrow, en donde fue ordenado a los 22 años.
   Las dos más grandes satisfacciones de su vida las condensó él mismo en tres verbos: aprender, enseñar, escribir. La mayor parse de su obra de escritor tiene su origen y finalidad en la enseñanza. Escribió sobre filosofía, cronología, aritmética, gramática, astronomía, música, siguiendo el ejemplo de san Isidro. Pero san Beda es ante todo un teólogo, de estilo sencillo, accesible a todos.
   Se le presenta como uno de los padres de toda la cultura posterior, influyendo, por medio de la escuela de York y la escuela carolingia, sobre toda la cultura europea. Entre los monumentos insignes de la historiografía queda su Historia eclesiástica gentis Anglorum, que le mereció ser proclamado en el sínodo de Aquisgrana, en el 836, “venerabilis et modernis temporibus doctor admirabilis”. Le gustaba definirse “historicus verax”, historiador veraz, consciente de haber prestado un servicio a la verdad.
   Terminó su voluminosa obra histórica con esta oración: “Te pido, Jesús mío, que me concediste saborear con delicia las palabras de tu sabiduría, concederme por tu misericordia llegar un día a ti, fuente de sabiduría, y contemplar tu rostro”. El Papa Gregorio II lo había llamado a Roma, pero Beda le suplicó que lo dejara en la laboriosa soledad del monasterio de Jarrow, del que se alejó sólo por pocos meses, para poner las bases de la escuela de York, de la que después salió el célebre Alcuino, maestro de la corte carolingia y fundador del primer estudio parisiense.
   Después de haber dictado la última página de su Comentario a san Juan, le dijo al monje escribano: “ahora sosténme la cabeza y haz que pueda dirigir los ojos hacia el lugar santo donde he rezado, porque siento que me invade una gran dulzura”. Fueron sus últimas palabras.

Quarto dia da Novena a Nossa Senhora Medianeira de todas as graças

Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, nós vos veneramos como Medianeira na Adoração dos Reis Magos, porque fostes vós que lhes apresentastes o Menino Jesus. Ó Senhora e Mãe nossa, concedei-nos a graça de que Deus abra os caminhos da Editora Miles, guiando os seus agentes; e também o fim da epidemia que nos aflige neste tempo, e mostrai que vos aprazeis de ser venerada como Medianeira de todas as Graças. Amém!

(Rezar 5 Ave-Marias)

V/. Rogai por nós, Medianeira nossa poderosíssima!
R/. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo!

Oremos:
Senhor Jesus, Medianeiro nosso junto ao Pai, que vos dignastes constituir a vossa Mãe, a Santíssima Virgem Maria, também nossa Mãe e Medianeira junto a vós, concedei benigno que todo aquele que suplicante se vos dirigir, se alegre de ter alcançado por meio dela tudo o que pediu, Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém!

domingo, 24 de maio de 2020

Terceiro dia da Novena a Nossa Senhora Medianeira de todas as graças

Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, nós vos veneramos como Medianeira no Mistério do Nascimento porque fostes vós que gerastes, na gruta de Belém, o Salvador do mundo e o mostrastes aos pastores. Ó Senhora e Mãe nossa, concedei-nos a graça de que Deus abra os caminhos da Editora Miles, guiando os seus agentes; e também o fim da epidemia que nos aflige neste tempo, e mostrai que vos aprazeis de ser venerada como Medianeira de todas as Graças. Amém!

(Rezar 5 Ave-Marias)

V/. Rogai por nós, Medianeira nossa poderosíssima!
R/. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo!

Oremos:
Senhor Jesus, Medianeiro nosso junto ao Pai, que vos dignastes constituir a vossa Mãe, a Santíssima Virgem Maria, também nossa Mãe e Medianeira junto a vós, concedei benigno que todo aquele que suplicante se vos dirigir, se alegre de ter alcançado por meio dela tudo o que pediu, Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém!

sábado, 23 de maio de 2020

Segundo dia da Novena a Nossa Senhora Medianeira de todas as graças

Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, nós vos veneramos como Medianeira no Mistério da Visitação, porque foi por vosso meio que Deus santificou a São João Batista. Ó Senhora e Mãe nossa, concedei-nos a graça de que Deus abra os caminhos da Editora Miles, guiando os seus agentes; e também o fim da epidemia que nos aflige neste tempo, e mostrai que vos aprazeis de ser venerada como Medianeira de todas as Graças. Amém!

(Rezar 5 Ave-Marias)

V/. Rogai por nós, Medianeira nossa poderosíssima!
R/. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo!

Oremos:
Senhor Jesus, Medianeiro nosso junto ao Pai, que vos dignastes constituir a vossa Mãe, a Santíssima Virgem Maria, também nossa Mãe e Medianeira junto a vós, concedei benigno que todo aquele que suplicante se vos dirigir, se alegre de ter alcançado por meio dela tudo o que pediu, Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém!

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Homélie du Très Révérend Père Dom Jean PATEAU

+ ASCENSION
Homélie du Très Révérend Père Dom Jean PATEAU
Abbé de Notre-Dame de Fontgombault
(Fontgombault, le 21 mai 2020)
 
 
Eritis mihi testes… usque ad ultimum terræ. Vous serez mes témoins… jusqu’aux extrémités de la terre. (Ac 1,8) 
 
Chers Frères et Sœurs, Mes très chers Fils,
 
 L’événement de l’Ascension vient clôturer le temps de la présence du Seigneur auprès de ses disciples.
 Après la résurrection, le Christ était encore apparu de nombreuses fois à ses amis. Mais contrairement aux trois années de la vie publique, il n’était déjà plus tout le temps avec eux de façon sensible et visible. L’Ascension les prive désormais de cette présence. Le temps est donc venu des dernières paroles, de l’ultime envoi en mission. Trois évangélistes, Matthieu, Marc et Luc s’en souviendront. Quant à saint Jean, il n’évoque pas le moment de l’Ascension, puisque les autres en avaient parlé avant lui, mais conclut son évangile par l’épisode de la pêche miraculeuse au bord du lac de Tibériade. Alors que la nuit s’était passée sans rien prendre, les apôtres voient un individu sur le bord. Ils ne le reconnaissent pas. Celui-ci les invite à jeter à nouveau les filets, qui se remplissent. « C’est le Seigneur ! » (Jn 21,7) s’écrit saint Jean. Après le repas de pain et de poissons pris auprès d’un feu de braise, Jésus, par trois fois pose cette question à Pierre : « M’aimes-tu ? » Puis il ajoute : « Sois le berger de mes agneaux… Sois le pasteur de mes brebis… Sois le berger de mes brebis. » (Jn 21,15-18) 
 
Le thème des dernières paroles du Christ est la mission : « Vous serez mes témoins… jusqu’aux extrémités de la terre », selon saint Luc ; ou encore, dans l’évangile de saint Marc, « Allez dans le monde entier. Proclamez l’Évangile à toute la création. » (Mc 16,15) L’écho de ces paroles a traversé les siècles.
 
 Nous les entendons aujourd’hui au cœur d’une actualité confuse. En cohérence avec notre nom de chrétien, avons-nous été, et sommes-nous les témoins du Christ ? 
 
Mais que faut-il pour être témoin ? Le fait d’être témoin est fondé sur une volonté du Christ. Nous venons de l’entendre. C’est lui qui a l’initiative d’envoyer en mission. Ce qui est clair pour les apôtres, vaut de façon analogique pour tous les disciples, pour tous les chrétiens. Dans le cas des apôtres, saint Marc va jusqu’à écrire : « Il en créa douze. » (Mc 3,14) Le même verbe est utilisé dans le livre de la Genèse (Gn 1,1) pour évoquer la création de l’univers ou encore dans le livre d’Isaïe (Is 43,1) pour la création du Peuple d’Israël. Cette nouvelle création est le fruit de la prière du Christ (Lc 6,12-13). C’est de la volonté du Christ et de sa prière que découlent notre droit de témoigner et la force qu’il nous faut pour le faire. 
Pour être témoin, il faut aussi avoir rencontré le Christ. Au moment de remplacer Judas, Pierre s’adresse aux frères : Il y a des hommes qui nous ont accompagnés durant tout le temps où le Seigneur Jésus a vécu parmi nous, depuis le commencement, lors du baptême donné par Jean, jusqu’au jour où il fut enlevé d’auprès de nous. Il faut donc que l’un d’entre eux devienne avec nous témoin de sa résurrection. (Ac 1,21-22) 
 
Pour la plupart d’entre nous, cela fait bien longtemps que nous avons été marqués par le signe de la Croix, au jour de notre baptême. Que reste-t-il de cette première rencontre ? La situation de l’Église dans nos pays de vieille chrétienté ne refléterait-elle pas la réalité de bien des vies spirituelles, profondément déprimées ? Être témoin du Christ, c’est non seulement avoir un jour rencontré la chair et le sang de Jésus à travers les sacrements, mais c’est surtout vivre en authentique communion avec le Seigneur, puisant dans sa chair et son sang la force de poursuivre la route. De cette communion naît un témoignage véridique qui, de façon ultime, s’exprime au cours des persécutions par le martyre.
 
Aujourd’hui, c’est avec une profonde tristesse qu’on peut lire que l’expérience des Messes virtuelles retransmises par les nouveaux moyens de communication semble satisfaire un nombre non négligeable de chrétiens. Pour certains, ce mode d’assistance à la Messe permettrait de pallier le manque de vocations sacerdotales. Plus profondément, le fait de se contenter ainsi d’un contact « virtuel » révèle l’état de déshumanisation de notre époque post-moderne.
 
L’individualisme, nouvelle idole, conduit à ignorer l’humanité de l’autre tant qu’il ne m’est pas utile ; et encore se limitera-t-on souvent à le considérer uniquement d’un point de vue fonctionnel. L’avortement, considéré du côté de ses victimes : l’enfant toujours, la femme et les médecins qui l’accomplissent parfois, l’euthanasie, les peuples et les hommes ployant sous le joug du dieu argent, les familles broyées par la guerre intestine des divorces et des abus, en sont des illustrations.
 
En face, l’épidémie que nous vivons n’est rien. Et le monde se tait, dans la complicité des États qui souvent soutiennent et promeuvent ces situations. Au soir du Jeudi-saint, Jésus se serait-il trompé ? En aurait-il trop fait, trop dit ? Pourquoi ne s’est-il pas borné à affirmer un vague et lointain amour de Dieu pour l’homme ? Non, les disciples ont bien entendu : « Ceci est mon corps, donné pour vous… Cette coupe est la nouvelle Alliance en mon sang répandu pour vous. » (Lc 22,19-20)
 
À travers la radio, la télévision ou l’internet, avez-vous communié à la chair et au sang du Christ ? Ces moyens d’assister à la Messe ne peuvent être admissibles que dans le cas d’une réelle incapacité ou d’un empêchement insurmontable. Cela a été le cas depuis de longues semaines. Beaucoup de chrétiens ont vécu ce qui est le quotidien de plusieurs monastères de sœurs cloîtrées, privées de l’eucharistie quotidienne par le manque de prêtres. Puissent-ils tous ressentir la douleur de ces moniales et ne pas s’habituer à des Messes virtuelles !
 
Répondons au don de l’amour divin. La diminution du nombre des vocations sacerdotales et religieuses et la baisse de l’assistance à la Messe ne sont que la conséquence du refroidissement du cœur humain. Le Christ invite tout homme à le rencontrer dans la communion à sa chair et à son sang. Puissions-nous communier demain plus profondément qu’hier, en nous souvenant des paroles du Seigneur. Prions avec ardeur pour demander des vocations.
 
À l’image de Marie, « la servante du Seigneur » (Lc 1,38), forts de la présence en nous du Seigneur et de son Esprit, prenons le bâton du pèlerin de la charité pour aller à la rencontre de tout homme, à commencer par le plus proche.
 
La fête de la Pentecôte promet sur chacun d’entre nous une effusion renouvelée de cet Esprit. Préparons-nous à sa venue en récitant la séquence de la Messe de cette fête : Veni Sancte Spiritus !
Amen, Alleluia.

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