segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

SANTOS INOCENTES – 2024

 

     MILITIA SANCTAE MARIAE – Cavaleiros de Nossa Senhora

 


 

                   SANTOS INOCENTES – 2024

 

   Todos os anos esta data nos recorda o massacre dos inocentes por Herodes, massacre por ódio a Jesus, o IIFC/IFCI vem recordar a data e por ela lembrar e pedir que não se esqueçam, no caos moral em que nos encontramos, todos os inocentes massacrados, mais ou menos silenciosamente, pelos “ Herodes” de hoje.

  É dia de fazer memória e lançar alerta:

- por todos os bebés massacrados no ventre materno pelo Aborto, qualquer que seja o método usado, e que todos os anos são milhões em todo o mundo, com a aprovação de leis iníquas:

- por todas crianças inocentes usadas e abusadas por verdadeiros “ vampiros” que as manipulam sexualmente, laboralmente ou psicologicamente;

- por todas as crianças vítimas de guerras que adultos desencadeiam em todo o mundo;

-  pelas crianças que morrem vítimas da fome e da sede em numerosas geografias;

- pelas crianças vítimas dos egoísmos parentais e se vêem abandonadas ou utilisadas como pedras de arremesso entre os pais que as usam para agredir e gerir os ódios recíprocos;

 -por todas as crianças que, sem casa, sem alimento, sem tecto nem amor que vivem abandonadas à sua sorte, vivendo das sobras deitadas ao lixo de uma sociedade do descarte e da abundância escandalosa.   

  Neste dia, 28 de Dezembro, em que lembramos os inocentes massacrados dor Herodes, o IIFC/IFCI vem tentar “ abanar” as consciências dos decisores políticos, económicos e de todos os adultos em geral que todas estas crianças, nascidas ou por nascer, têm um direito fundamental que tem de ser respeitado e promovido: O DIREITO A UMA VIDA DIGNA e AMOROSA.

   Num tempo que já é o do JUBILEU DA ESPERANÇA, façamo-nos esperança viva e peregrinos da Esperança num mundo melhor e mais justo para com todos e em particular para com as crianças nascidas ou por nascer!

 

Braga, 28.XII.24

 

O Presidente Internacional do IIFC/IFCI

            ( Peregrino da Esprança)

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

ORAÇÃO DE SANTO ODÃO de Cluny para o Natal *

 

                                 ORAÇÃO DE SANTO ODÃO de Cluny para o Natal *

 

«Ó Senhora e Mãe de Misericórdia, Vós, que nesta noite, deste à luz o Salvador, dignai-Vos na Vossa bondade  interceder por mim  com as Vossas orações ¸ eu me refugio na Vossa gloriosa e única  gravidez, Mãe boníssima.

Inclinai também os ouvidos da Vossa bondade para as minhas orações. Temo tanto que a minha vida desagrade a Vosso Filho! E já que foi por Vós, minha Senhora, que ele se manifestou ao mundo, graças a Vós também, eu suplico-Vos que Ele tenha piedade de mim sem demora.»  Amen.

 

·         Monge beneditino do Mosteiro de Cluny (França) de que foi o 2º Abade, dando origem aos beneditinos Negros (de hábito preto). Este Mosteiro está na origem do ramo  cluniacense, mais conhecidos só por beneditinos. Nasceu em 878(?) e faleceu com 64 anos a 18 de Novembro de 942.


                                          


                                                             Santo Odão ( Odon) de Cluny

 

 

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

“ QUEM CALA, CONSENTE” e a popotização do Natal

 

                   “ QUEM CALA, CONSENTE” e a  popotização do Natal

 O povo tem razão. Temos estado muito calados face a ataques sistemáticos à nossa identidade cultural e espiritual. É indecente este nosso silêncio cobarde quando os nossos valores e a verdade da nossa história são torpedeados nada inocentemente.

Da publicidade convidativa ao consumo desenfreado e destruidor da nossa “ casa comum”, a Terra já baniram toda e qualquer referência ao Natal, à sua essência.

O que é o Natal? Uma pergunta aparentemente estúpida. Mas não é.

Já muitos dos nossos concidadãos e destes muitos que se  dizem cristãos já não sabem que a palavra Natal significa nascimento e vem do latim, nossa língua mãe, DIE NATALIS, o dia do nascimento. Caíu o die e ficou Natalis que deu origem a natal. E o DIE NATALIS por excelência é o dia do nascimento de Jesus Cristo. Por isso, o Natal é a celebração do nascimento de Jesus.

Com o decorrer do tempo, a esta grande celebração cristã, foram-se acrescentando “ anexos”, como por exemplo, a árvore de Natal que chegou a Portugal pela mão do segundo marido da nossa Rainha Dona Maria II, Dom Fernando de Saxe-Cobourgo, um alemão que trouxe esse costume da sua pátria de origem e que rapidamente se alargou a todo o nosso país. Depois veio um velhote decrépito, o Pai Natal, que primeiro era o S. Nicolau, também do norte da Europa e, logo de seguida este foi “ colonizado” pela Coca-Cola americana.

S. Francisco de Assis foi o “ pai” do primeiro presépio que se espalhou por toda a cristandade. Passaram, depois, a ser construídos presépios nas igrejas, conventos, mosteiros, palácios e nas mais humildes casas, como uma representação de figuras de barro ou de madeira que procuravam, com mais ou menos imaginação, reconstituir o ambiente e protagonistas do nascimento de Jesus. Ficaram célebres em Portugal as preciosas representações do século XVIII do grande ceramista e escultor Machado de Castro e da sua escola.

Mas o materialismo ateu e relativista, consumista no superlativo, foi retirando as marcas do Natal. Fizeram-se desaparecer os presépios. Em seguida o seu lugar passou para o Pai Natal. Depois, apagou-se este velhote  substituído por estrelas. E estas deram origem a formas que em  nada nos ajudam a situar o Natal no seu autêntico sentido ( basta ver as iluminações públicas das nossas terras! ).

Mas a guerra surda ao Natal não se ficou por aqui. Dou um exemplo:

Num anúncio de uma grande cadeia de hipermercados, o Natal só existe onde está uma horrível e lasciva hipopótama, bamboleante… Já nem o velhote pai Natal aparece. A exaltação do consumo leva a este disparate “ sem pés nem cabeça”!

O Natal deixou de ser a comemoração do nascimento de Jesus. Foi capturado e  aproveitado para consumir e consumir muito, mesmo inútil e desnecessário. Já não bastavam as iluminações públicas de onde foram retirados todas as referências a este nascimento salvador como agora nos “ vendem” a toda a hora uma hipopótama!

Mas, sabem porque fazem isto aos símbolos cristãos, mesmo aos mais sagrados? Por que somos um bando de cobardes por este roubo da nossa identidade cristã. Não somos capazes de nos revoltarmos e de fazer ouvir a nossa voz de protesto. Estaremos reduzidos a uns pobres e sôfregos consumidores?

Um Santo Natal para os meus leitores!

 

Carlos Aguiar Gomes

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

AQUELE MENINO JESUS

 

                                AQUELE MENINO JESUS

 

 

   Nas minhas andanças como geólogo, procurei colectar amostras de rochas, minerais e fósseis por todo o sítio por onde andei. Assim, fiz (ainda continuo a fazer!) uma colecção razoável destes testemunhos geológicos da actividade da Terra e da vida nela.

   Como não poderia deixar de ser, das muitas vezes que fui aos Açores, trouxe sempre um bom carregamento de amostras que guardo religiosamente. E tenho-as um pouco por toda a minha casa, pegando o vício a alguns netos.

   A propósito de uma destas amostras, um pedaço de lava “ encordoada”, de pequenas dimensões mas muito bela, e de um lindíssimo e pobre Menino Jesus em terracota (comprei - o no Museu do Convento de Jesus em Aveiro há uns largos anos e que é uma cópia do que faziam as Freiras até à extinção das Ordens Religiosas em 1834), nasceu um poema de Natal que faz parte do meu livro “ SUITE LUSITANA” de que se esgotaram as duas edições.

  Para os meus leitores deixo  esse poema com os votos de um SANTO NATAL e de um Feliz 2025!

                                             AQUELE MENINO JESUS

 

Numa amostra de mão

Que tenho na mesa de trabalho

E me recorda a actividade de um vulcão,

Coloquei, sem dar conta, um Menino Jesus.

Agora, olho p`ra Ele e vejo , admirado,

Que a vida s`espelha ali:

Aquele Menino que é Paz, Amor e Luz

Repousa em tranquilidade

Sobre antigo testemunho

De profunda inquietação.

 

 

Sem que o diga,

Vejo-me nesse quadro tal como sou:

Inquieto, incómodo e sem alento,

Apesar do Menino que repousou

Um dia no meu coração sedento

E me desperta constantemente

P`rá Paz, Amor e Luz

Que é Ele, o Menino Jesus!

 

Num tempo em que fizeram um profundo “ resert” dos símbolos do Natal e se “ popotizou” este e a publicidade nos convida ao consumo desenfreado, num tempo em que também  muitos enfeites das ruas não passam de cristais de gelo ou formas que nada têm a ver com o que é o Natal  nem  com a nossa cultura e o decrépito e velho Pai Natal foi apagado, permitam-me, caros leitores, que vos convide a fazer um presépio em casa, mais ou menos simples, mas um verdadeiro presépio que nos convida a nunca esquecer o que é, verdadeiramente, o Natal, o dia do nascimento do Senhor - «natalis dies Domini»,  expressão latina que originou a nossa palavra NATAL!

Que  nas vossas casas, estimados leitores, não falte um presépio! Um presépio que nos remeta para o nascimento do Salvador do mundo. No fundo esta é a centralidade desta grande festa cristã que não podemos nem devemos deixar paganizar. Com alegria familiar, construamos um presépio e à sua volta recordemos aquele primeiro Natal em que Jesus nasceu numa gruta pobre e despojada de todo o conforto.

Feliz e santo Natal para todos.

Carlos Aguiar Gomes

 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Message fraternel de Mgr Philippe Christory

 



Viens Seigneur Jésus, viens parmi nous !

Message #308 du vendredi 13 décembre 2024

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Cathédrale de Chartres, côté Nord, petit édicule de style renaissance  construit vers 1520-21 par l’architecte Jehan de Beauce pour y installer l'horloge.


Comment ne pas évoquer l’ouverture de la cathédrale Notre Dame de Paris les samedi 7 et dimanche 8 décembre en la fête de l’Immaculée Conception ? Effectivement, pour reprendre les mots du président de la République, y entrer c’est vivre un choc d’espérance. L’espace est magnifique et lumineux. Je m’y suis rendu avec le désir de prier, de confier à Dieu le diocèse de Paris qui fut le mien, dans cet espace sacré où j’ai reçu des mains de Monseigneur Lustiger l’ordination presbytérale en 1992. J’ai prié sur sa tombe, lui qui dort paisiblement en attendant la résurrection finale dans le chœur où chante magnifiquement la maîtrise de Notre-Dame. Dieu était au centre des deux célébrations d’ouverture. Monseigneur Laurent Ulrich a pris la place du Christ au milieu de nous face au monde politique présent avec respect, pour indiquer le chemin et nous présenter le maître du lieu, Jésus-Christ. Dans notre monde politique agité, nos cathédrales sont de sublimes oasis de beauté qui offrent à tous une invitation à la paix intérieure et à lever les yeux pour échapper aux médiocrités politiques et à la morosité sociale. Jésus-Christ n’a-t-il pas promis de nous donner sa paix, non pas comme le monde la donne mais comme il nous la transmet, avec amour et compassion ? Son invitation est permanente : « venez à moi ». Si vous avez la chance d’entrer dans cette magnifique église, n’omettez pas de prier pour vous mettre en présence du Christ, car vous entrez alors dans la demeure de Dieu. Comme Dieu le dit à Moïse « Retire les sandales de tes pieds, car le lieu où tu te tiens est une terre sainte ! (Ex3,5) » 

 

On dit que l’Espérance est une vertu qui nous fait voir le Ciel que nous attendons patiemment. À Chartres, comme à Paris, le visiteur lève spontanément son regard vers les voûtes. Les bâtisseurs l’avaient voulu ainsi : l’édifice est une métaphore du ciel. Il nous invite à regarder vers les hauteurs et exprime notre espérance de la Jérusalem céleste. L’Espérance est tellement nécessaire aux hommes à quelques jours de Noël. Nous la désirons pour tous les syriens conscient de la grave fracture ethnique en leur pays, en priant pour les chrétiens d’Homs, d’Alep, de Damas et d’ailleurs, certains parlant et célébrant le Christ dans sa langue originelle, l’araméen. Pourront-ils vivre en paix dans ce merveilleux pays défiguré et ruiné par la guerre et une dictature criminelle ? Ces situations méritent notre prière car là-bas tout est possible, le mal ou le bien. 

 

Le temps de l’Avent progresse vers la fête de la nativité du Sauveur. En lisant le prophète Isaïe, chantre d’une promesse à venir et voix de Dieu qui annonce un messie, résonnent ces mots « consolez, consolez mon peuple » (Is 40,1). Là est le désir profond de Dieu qui déclare que le crime est expié. En effet, le peuple hébreu avait trahi le Dieu de leurs pères en ouvrant la porte de leur cœur obscurci aux faux dieux, en désobéissant à la parole des prophètes que Dieu leur envoyait. Aussi Isaïe annonce enfin le message nouveau, celui de la reconstruction de l’alliance, anticipant le retour à Jérusalem pour le peuple déporté et rendu esclave à Babylone. Bientôt « se révèlera la Gloire du Seigneur, et tout être de chair verra que la bouche du Seigneur a parlé. » Ainsi l’amour infini de Dieu est comparable au désir du bon berger qui rassemble ses brebis, qui secourt la brebis perdue, qui conduit ses brebis à la bergerie et les nourrit dans l’enclos protégé des prédateurs. « Il les porte sur son cœur, il mène les brebis qui allaitent ». Dieu demande au prophète d’élever la voix : « Monte sur une haute montagne, toi qui portes la bonne nouvelle à Sion. Élève la voix avec force, toi qui portes la bonne nouvelle à Jérusalem. Élève la voix, ne crains pas. Dis aux villes de Juda : « Voici votre Dieu ! » (Is 40,9) En notre époque, Dieu cherche des voix qui parlent en son nom aux humains qui n’ont pas accès à sa parole. Pensons à ces millions d’enfants qui ne connaissent ni Jésus, ni l’Évangile, ni son message de miséricorde. Étonnamment les demandes de baptêmes continuent à se manifester dans l’Église de France. Pourquoi ces catéchumènes viennent-ils vers Jésus-Christ ? Comme le psalmiste l’écrivait il y a trois mille ans, nos contemporains recherchent la paix, la source de la vérité, la parole de pardon, la fraternité qu’ils portent en germe en eux et voient que l’Église est présente à proximité d’eux et ils viennent frapper à sa porte avec ce murmure discret de l’Esprit en eux : « J’ai cherché le Seigneur, il m’a répondu : de toutes mes frayeurs, il m’a délivré. » (Ps 33,4) Alors ils ajoutent « je demande le baptême ». Pour répondre à leur désir qui ne fait pas de bruit, nous catholiques devons demeurer disponibles et attentifs à leur appel, y répondre par l’écoute, en entrant en conversation avec ces hommes et ces femmes qui aspirent à la rencontre de Jésus.

 

Le temps de l’Avent nous prépare aux célébrations de la nativité. Le couleur violette marque la pénitence et la conversion, elle signifie la nécessaire purification de notre intériorité spirituelle. Le catéchisme le précise : « En célébrant la venue du Christ dans la chair, l’Église exhorte à une conversion sincère et à la vigilance dans l’attente de son retour dans la gloire » (CEC 1095). Pour aller à la crèche, ne devons-nous pas nous désencombrer du superflus, en refusant la course aux achats compulsifs encouragés par les promotions et autre black Friday ? La simplicité doit guider nos choix. Il est fort possible que des amis et des personnes seules attendent un mot, une carte, un appel de notre part. Nos églises sont parées, une crèche y est installée. Sa présence n’est-elle pas le signe qu’une communauté de chrétiens y résident et en entretiennent la beauté afin que des passants s’y arrêtent un instant ? Dans certaines paroisses de France, comme j’ai pu le vivre avec beaucoup de joie en étant curé, des messes tôt le matin appelées messes de rorate rassemblent des fidèles à la seule lueur de bougies. Cette expression désigne la rosée du matin qui descend sur l’herbe à l’instar du Verbe divin descendu dans le sein de Marie. Alors la parole et l’eucharistie ouvrent la journée et éclairent rencontres et travaux qui suivront. Les dimanches d’Avent, on ne chante pas le Gloria en attendant de le reprendre avec les anges et les bergers quand nous accueillerons l’enfant nouveau-né lors de la nuit de Noël. Ainsi tout est calme, c’est un appel au silence, à la méditation et à la vigilance ce qui indique en réalité un appel à veiller dans la prière. En nos maisons, nous retrouvons la douceur et le bienfait de demeurer calmes et suspendus à l’avènement du Sauveur. Nos foyers sont ces petites églises domestiques où la lecture de l’évangile se fait en famille. Essayons de vivre cela durant les prochains jours. 

 

À Chartres, le Jubilé des 1000 ans de la crypte permet de parcourir cet espace en méditant la vocation du chrétien qui marche avec Jésus-Christ, accompagné de la Vierge Marie, présence maternelle. Durant les prochains jours et lors des vacances scolaires, pourquoi ne pas prévoir votre venue afin de vivre le parcours jubilaire avec enfants ou amis ? « En accueillant l’Annonciation et en donnant son “oui”, Marie est devenue la Mère de Jésus et la Mère de tous. Son exemple guide les fidèles durant l’Avent à se préparer dans la foi et la disponibilité à accueillir le Sauveur » (CEC 484-487). Regardons l’étoile du matin, la Vierge Marie. Invoquons-la et, comme elle le fit, conservons en nous-même le souvenir des grâces divines, la mémoire de ces moments lorsque Dieu nous a touchés, encouragés voire consolés. L’Esprit Saint vient nous entourer et il éclaire notre vie. Marie a le désir profond que nous accueillons son Fils en nous, en faisant nôtre sa Parole lumineuse. 

 

Prions ensemble et je vous propose les paroles en latin d’abord puis en français de l’hymne traditionnelle de l’Avent, maintenant que vous comprenez le sens du mot rorate. 

 

Rorate cæli desuper,
et nubes pluant iustum :
aperiatur terra,
et germinet salvatorem.

 

Traduisons : 

Cieux, répandez d'en haut votre rosée,
et que les nues fassent pleuvoir le Juste :
que la terre s'ouvre
et qu'elle enfante le Sauveur.

 

Notre-Père

+ Phillipe Christory, Bispo de CHARTRES

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Hino a Nossa Senhora do Ó - Festa a 18 de Dezembro

   Hino a Nossa Senhora do Ó

 

Expectante, estais Senhora!

No sacro ventre trazeis a Vida

Desde sempre prometida.

Expectante, estais Senhora!

 

Expectante, estais Senhora!

Humilde Serva do Senhor,

 Doce Mãe do Salvador.

Expectante, estais Senhora!

 

Expectante, estais Senhora!

Sempre e sempre pura

Mãe da suprema ternura .

Expectante , estais Senhora !

 

Expectante, estais Senhora !

D`Anunciação ao Advento

Esperando o Nascimento

Expectante, estais Senhora !

 

Expectante, estais Senhora!

Nossa Senhora do Ó!

Expectante, estais Senhora!

Nossa Senhora do Ó!

                                                                    Carlos Aguiar Gomes, na preparação da festa de Nossa Senhora do Ó, 

La persecución religiosa como «estrategia»

 La persecución religiosa como «estrategia»

 El diario izquierdista El País justifica el genocidio católico en España, 14-XII-20124

La persecución religiosa como «estrategia»


 – 

Se ha difundido estos días una noticia que, so pretexto de una investigación histórica, pretende crear el marco de que las matanzas de religiosos durante la II República no estuvieron motivadas por odio, sino que tuvieron un carácter «estratégico».

En realidad, no hace falta ser muy sagaz para detectar que ambas motivaciones son no sólo compatibles, sino complementarias. Para destruir la identidad nacional y edificar otra nueva, era necesario destruir a la Iglesia católica, que a su vez representaba todo lo que las fuerzas políticas del Frente Popular detestaban y, más en general, todo lo que la República pretendía combatir.

Se dirá que la República «burguesa» de 1931 nada tiene que ver con la del Frente Popular de 1936 ni la «sovietizante» de la Guerra Civil. Responderé que, si algo tuvieron en común todos los periodos de la República fue el anticlericalismo -bien desde el gobierno bien desde la oposición- que la misma Constitución de 1931 reflejaba. En este sentido, sin duda había una estrategia: la destrucción de la Iglesia como parte de la demolición de España. Manuel Azaña veía en ella uno de los pilares del nacionalcatolicismo, que denunció en «El jardín de los frailes» (1927), novela inspirada en su periodo de formación en el colegio de los agustinos de El Escorial.

En las Cortes constituyentes de 1931 no se escatimaron medios para debilitar a la Iglesia y expulsarla de la vida pública. Se dispuso que el Estado, las regiones, las provincias y los Municipios, no mantendrían, favorecerían, ni auxiliarían económicamente a las Iglesias, Asociaciones e Instituciones religiosas. Se torpedeó a la Compañía de Jesús declarando la disolución de aquellas órdenes religiosas que estatutariamente impusieran, además de los tres votos canónicos, otro especial de obediencia a autoridad distinta de la legítima del Estado. Sus bienes serían nacionalizados y afectados a fines benéficos y docentes. El listado de «bases» (art. 26 de la Constitución) impuestas a las órdenes religiosas y que se desarrollarían por ley muestra bien a las claras las intenciones de postrar a la Iglesia:

  1. Disolución de las que, por sus actividades, constituyan un peligro para la seguridad del Estado.
  2. Inscripción de las que deban subsistir, en un Registro especial dependiente del Ministerio de Justicia.
  3. Incapacidad de adquirir y conservar, por sí o por persona interpuesta, más bienes que los que, previa justificación, se destinen a su vivienda o al cumplimiento directo de sus fines privativos.
  4. Prohibición de ejercer la industria, el comercio o la enseñanza.
  5. Sumisión a todas las leyes tributarias del país.
  6. Obligación de rendir anualmente cuentas al Estado de la inversión de sus bienes en relación con los fines de la Asociación. Los bienes de las órdenes religiosas podrán ser nacionalizados.

En este sentido, sin duda hubo una estrategia para acabar con la Iglesia. Los primeros pasos se dieron en 1931. No sólo fueron jurídicos, por cierto. La quema de edificios religiosos acompañó a la República desde sus primeros días de vida. Ya declaró Sánchez-Albornoz en «Mi testamento histórico-político» (1975) que «los viejos republicanos eran masones y rabiosamente anticlericales».

Sin embargo, es engañoso pretender que no hubo odio. No se trató de erradicar a la Iglesia como se drena un pantano o se irriga un desierto. No fue sólo una «estrategia» entendida como plan para resolver un problema dado. El odio a la Iglesia se inoculó en la sociedad española a lo largo de más de un siglo -los incendios de 1931 no fueron los primeros- y se alimentó mediante todos los cauces propagandísticos de los que se dispuso desde la prensa de partidos hasta la literatura.

Hubo, en efecto, un camino que condujo a las matanzas de obispos, sacerdotes, monjas, frailes, religiosos y laicos. No fue un arrebato que duró unos meses, sino una campaña sostenida a lo lago de años, pero sin duda existieron acciones organizadas -no sólo espontáneas- y promovidas desde el odio cuya crueldad resulta, de otro modo, inexplicable. El «terror» desatado contra los católicos pudo ser «estratégico», pero su inspiración fue, qué duda cabe, un odio profundo y alimentado durante décadas. Las matanzas de religiosos durante la Revolución de Asturias de 1934, la voladura de la Cámara Santa de la Catedral de Oviedo, las profanaciones perpetradas en toda España, la brutalidad del modo de matar a los católicos. Creo que quizás el ejemplo más famoso en su espanto es el asesinato de Florentino Asensio Barroso (1877-1936), beato y mártir, torturado, castrado y fusilado, que murió perdonando a sus asesinos. Pretender que no hubo odio, sino que sólo fue «estrategia» resulta a mi juicio erróneo.

En realidad, dudo que haya un error en la elaboración de esa noticia. En la España de nuestros días el lector debe estar dispuesto, como en la literatura de folletín, para las escenas más espeluznantes. Sospecho, más bien, que se ha tomado la investigación como pretexto para crear un marco en el que se legitime la persecución religiosa como una «estrategia» necesaria para salvar la República y exenta de pasiones y resentimiento. De ahí a verla como un mal necesario habría un paso.

Para el año que viene el gobierno socialista ha anunciado un centenar de actos relacionados con el 50º aniversario de la muerte de Francisco Franco (1892-1975). Lo han llamado Año de la Memoria Democrática. Habrá más reivindicaciones de la II República, del Frente Popular y de los personajes que perpetraron la persecución religiosa. El gobierno necesita, pues, crear un marco que permita seguir reescribiendo la historia.

 

Publicado originalmente en El Imparcial ( Infovaticana - 18.XII.24)

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

La situation en Syrie/ A SITUAÇÃO NA SÍRIA

 En raison de l’actualité en Syrie, nous avons interrogé Benjamin Blanchard, directeur général de SOS Chrétiens d’Orient :

Après une révolution qui a vu les groupes jihadistes prendre Alep, puis Hama, puis Homs, et balayer l’armée arabe syrienne en quelques jours, après la prise de Damas et la fuite de Bachar el-Assad, quel est le sentiment qui domine aujourd’hui en Syrie ?

D’abord, il y a une très grande inquiétude. Le gouvernement de Bachar el-Assad est tombé en quelques jours. C’est une vraie révolution pour les Syriens, qui, pour la plupart n’ont connu que la famille Assad. La père d’abord, Hafez, puis le fils Bachar. Imaginez, cela fait 53 ans que la Syrie était gouverné par la famille Assad ! C’est donc un grand saut dans le vide !

Une inquiétude évidemment quand on voit qui est aujourd’hui au pouvoir. Il s’agit de jihadistes bien connus ! Ainsi, Al-Jolani, de son vrai nom Ahmed al-Sharaa, le nouvel homme fort de la Syrie, est la tête d’un groupe appelé Hayat Tahrir al-Cham (HTC). HTC, c’est le nouveau nom de l’ancienne branche syrienne d’al-Qaïda, connu sous le nom de Front al-Nostra, même si ils ont depuis rompu avec al-Qaïda. Bref, ce sont des islamistes jihadistes qui connaissent la Charia et qui veulent la faire appliquer. Notons, d’ailleurs, que Mohammed al-Jolani est toujours sur la liste noire des Américains. Sa tête est mise à prix !

Inquiétude aussi, que la guerre civile se poursuive, notamment dans le nord-est de la Syrie, où Kurdes et milices pro-turques s’affrontent, et que la Syrie continue d’être le « terrain de jeu », si j’ose dire, des puissances régionales : la Turquie au nord-ouest et Israël au sud-ouest.

Enfin, inquiétude quant à la situation économique. En Syrie, plus de 90% de la population vit sous le seuil de pauvreté. Le pays est frappé par des sanctions internationales depuis 14 ans et cela a sapé – le terme est faible – toute l’économie. Lorsque j’étais en Syrie, au mois d’octobre, j’ai vraiment été frappé par l’extrême lassitude du peuple syrien… C’est sans doute pour cela que depuis quelques jours, chez les Syriens, et aussi les chrétiens, il existe une infime – j’insiste sur le infime – lueur d’espoir, malgré toutes les inquiétudes.

Comment cela ?

Oui, je vous le disais : le pays est usé. Et, il y a quelques semaines, les Syriens n’avaient plus d’espoir de changement. Parce que même si la guerre était terminée dans une grande partie du pays, l’activité ne redémarrait pas : tout était bloqué. Aujourd’hui, malgré tout, les Syriens ont donc une toute petite lueur d’espoir.

Les déclarations des nouvelles autorités se veulent rassurantes et dans les faits, au moment où je vous parle, cela se confirme, notamment à Alep. Pour le moment… Ainsi, les messes ont-elles lieux, les paroisses poursuivent leurs activités, les évêques sont toujours là, etc. A ce jour, la situation est même plus stable à Alep, entièrement contrôlée par le HTC depuis une douzaine de jours, qu’à Damas !

Notons que dans la province d’Idlib, au nord-ouest de la Syrie, où le HTC est au pouvoir depuis 2016, après des années de restrictions, de soumissions, voire même de persécutions, depuis quelques mois, les chrétiens avaient repris une vie « normale ». Au point que certaines familles chrétiennes étaient même rentrées ! Est-ce une simple opération de communication provisoire ? Il ne faut pas être naïf, ni crier avant d’avoir mal. C’est du moins, la position des Eglises de Syrie. Nous allons pouvoir voir, puisque Noël approche, si les chrétiens de Syrie pourront fêter dignement et surtout publiquement la nativité, comment s’était le cas sous l’ancien régime.

Après, nous l’avons vu en Afghanistan et avant en Irak, à Mossoul, ou en Syrie, à Raqqa du temps de l’organisation Etat islamique, ce n’est pas la première fois que des jihadistes ont des paroles tranquillisantes… La suite, on la connait.

Combien compte-t-on de chrétiens en Syrie et quelle est leur situation ?

Il est difficile de savoir combien il y a de chrétiens en Syrie. Avant la guerre, ils étaient 1,5 millions. Aujourd’hui, ils sont entre 400 000 et 700 000 peut-être. Avec les combats, beaucoup se sont exilés, d’autres ont quitté leur ville pour se réfugier dans ce qu’on appelle « la vallée des chrétiens », à l’ouest du pays. Ainsi, à Alep, on ne comptait plus – avant les derniers évènements – plus que 25 000 chrétiens contre 150 000 avant la guerre !

Leur situation est, on s’en doute, extrêmement difficile et précaire, comme d’ailleurs celle de l’ensemble des Syriens. Sans aide, sans la levée des sanctions, la situation ne pourra qu’empirer. En attendant, nous faisons de notre mieux pour continuer à les aider en Syrie. SOS Chrétiens d’Orient poursuit son travail en Syrie et espère bien pouvoir le faire aussi longtemps que nécessaire, en lien avec nos partenaires et avec le soutien de nos donateurs, sous réserve de l’autorisation des nouvelles autorités. (11.XII.2024)

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Que canse tu paciencia a su maldad

 

 Que canse tu paciencia a su maldad

Para transformar la sociedad pagana, los cristianos se dedicaron a construir una forma de vida que contrastaba con la que preconizaban los paganos.

Artículo publicado en la edición número 73 de la revista Misión, la revista de suscripción gratuita más leída por las familias católicas de España.

Por Juan Manuel de Prada

Si todavía queda alguien que se resista a aceptar la verdad, la ceremonia de inauguración de los pasados Juegos Olímpicos le ofreció una muestra indubitable de la enfermedad que corrompe a Occidente. Hay quienes se empeñan en interpretar este tipo de manifestaciones anticristianas como aspavientos de movimientos minoritarios. Nada más alejado de la realidad. En primer lugar, porque tales movimientos han dejado hace mucho tiempo de ser  “minoritarios”, para convertirse en hegemónicos y  “normativos”; en segundo lugar, porque los estados más poderosos, las organizaciones internacionales y las corporaciones plutocráticas los apoyan, financian y exaltan como parte principalísima de su agenda, que sobre todo anhela una metamorfosis antropológica. Y esa metamorfosis azufrosa sólo puede lograrse si el hombre se revuelve contra Dios.

Nos hallamos ante una revuelta sistémica contra Dios que quiere borrar del ser humano la memoria ontológica de la Creación y la Redención, que quiere arrebatarle su filiación divina y convertirlo en un engendro que se rebela contra su condición de ser espiritual, que abomina incluso de sus propios  “datos”  biológicos (porque el  “dato”, como la propia etimología nos indica, es algo “dado”… por Dios). Frente a esta revuelta sistémica resulta por completo ridículo, obsoleto y desubicado “dialogar con el mundo”. No puede existir diálogo fructífero alguno si no existe un principio común que las partes aceptan; y a partir del cual pueden desarrollarse argumentos que limen asperezas. No existiendo tal principio común, el diálogo deviene improductivo (lo que popularmente se denomina “diálogo de besugos”), porque quienes en él participan rechazarán inevitablemente toda demostración que se pretenda construir sobre el principio que repudian. Quienes promueven esta revuelta sistémica no están dispuestos a renunciar a los principios anticristianos que los guían (o que, dicho más propiamente, los constituyen); principios que, por lo demás, buscan la aniquilación del cristianismo.

¿Y cuál es la alternativa al grotesco “diálogo”? No se trata, desde luego, de generar antagonismos ni de confrontarnos hostilmente con quienes, en estos momentos, disponen de medios para triturarnos; además, la posición netamente cristiana nunca fue –salvo que no quedase otro remedio, o salvo que las circunstancias lo aconsejasen—la conflagración contra su época, sino la transformación de su época.

“Que canse tu paciencia a su maldad”, escribió Tertuliano. Para transformar la sociedad pagana en la que estaban inmersos, los cristianos no recurrieron a soluciones mágicas y fulminantes. Sabiéndose auxiliados por Dios, se dedicaron a construir una forma de vida que contrastaba con la que preconizaban los paganos: eran fieles a sus cónyuges, acogían con gratitud al fruto de su amor y lo educaban rectamente, se apiadaban de quien padecía necesidad, veneraban a sus ancianos; y estaban fuertemente unidos en una comunidad de almas y de vida en torno a los sacramentos. Y esa forma de vida acabó cautivando a los paganos que chapoteaban en la infelicidad, en la amargura, en la soledad, en la desesperación; en todas esas flores pútridas que florecen en el jardín donde se refocilan quienes se revuelven contra Dios y contra su propia naturaleza.

Dejémonos, pues, de “diálogos” grotescos. Si en verdad nuestra vida es distintiva y coherente con la fe que profesamos, las víctimas de esa revuelta acabarán volviendo a la casa del Padre, con el alma expoliada, atraídas por otra forma de vida que los reconcilia con su propia naturaleza.

Qui peut te donner l’Espérance pour vivre heureux ? por Mgr Christory, Bispo de Chartres

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