sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Deus nos livre de tanta tonteira!

Deus nos livre de tanta tonteira! Um dos livros que escreveu intitula-se: “Os direitos do homem desnaturado”. O autor, Grégor Pupikk, é doutorado em direito, dirige o European Centre for Law and Justice (em Estrasburgo) e colabora como perito junto de organizações internacionais e dos serviços diplomáticos da Santa Sé. Viajando pela história, no referido livro, Pupikk alude ao tempo em que o direito se reportava à transcendência. Deus era considerado. A Bíblia esclarecia e norteava. A lei de Deus era respeitada e refletia-se na lei dos homens. Veio depois o tempo em que Deus passou a omisso. Mas as leis respeitavam ao menos a natureza. A Declaração dos Direitos do Homem, de 1948, pretendia exatamente fazer respeitar a natureza humana, o homem, a sua dignidade. Essa premência, essa necessidade de se respeitarem os direitos do homem, tornava-se ainda mais imperiosa naqueles tempos de estatolatria, de ditadura (de esquerda, ou de direita). Mas agora tudo isso parece ter passado. Agora os direitos do homem devem entender-se, interpretar-se, defender-se conforme o conceito (dinâmico) que se tem de natureza, conforme a conceção que o homem tem de si mesmo. Não conta Deus. Não conta a natureza estaticamente considerada. Conta o homem, a forma como ele se concebe, a forma como ele interpreta o conceito de natureza. Reina, então, o individualismo. O individuo é rei. E a lei deve ir ao encontro do rei. As leis devem respeitar aquilo que o indivíduo deseja para si, para a sua vida, para o seu corpo. As leis devem respeitar o modo como cada um se concebe. Nessa linha, se alguém quer gerar no seu corpo, concebe; mas se não quer, tem o direito de abortar. Se aceita o sofrimento, a doença, a debilidade, reza, teima e sacrifica-se; se não quer, tem o direito a pôr fim à vida, pode recorrer à eutanásia. Se quer ser ou se interpreta como heterossexual, é heterossexual; se quer ser transsexual ou homossexual, pois tem todo o direito a isso. Mas o desrespeito por Deus e pela natureza vai ainda mais longe. Agora não há homem nem mulher: há género. Não há família: há famílias. Não há pai nem mãe: há tutores A e B ou 1 e 2. E às vezes esses tutores nem são pais biológicos, antes se aproveitam de um banco de esperma, ou de uma barriga de aluguer… No seguimento, não há primo ou prima, tio ou tia, avô ou avó, irmão ou irmã: há matemática ou letras de alfabeto. Aonde haveríamos de chegar. No primeiro livro da Bíblia, o livro do Génesis, conta-se que o homem quis ser como Deus, quis colocar-se no lugar d’Ele, equiparar-se a Ele; vai daí, desobedeceu (comendo da árvore da vida). Só que a partir desse momento começou a derrocada: discussão do homem com a mulher (na altura ainda havia disso…); vergonha perante Deus; a serpente amaldiçoada; o pão ganho com o suor do rosto… Lá se foi o Paraíso, a paz, a relação harmónica do homem com Deus, com o próximo, com todas as outras criaturas. Agora estamos de novo aí, com o mesmo fim à vista: caos, confusão, lágrimas, infelicidade, desnorte, inferno. Que Deus nos livre de tanta tonteira. Que a Mãe (para mim Nossa Senhora não é “género”, é mesmo uma Mãe muito querida) nos livre de toda esta loucura arrasadora, destruidora. O mundo está em crise. Está a arder. E não só pelo aumento da temperatura, ou do buraco do ozono, ou pelos incêndios na Amazónia, ou pelos degelos na Gronelândia… Também está a desaparecer pela loucura de uns tantos que se armam em deuses, em donos do mundo, em donos da natureza, em donos de tudo. E são narcísicos. Já basta de tanto desnorte. Que Deus nos salve! Que a Mãe nos livre!... P. Paulo Abreu

Hitler e a Eutanásia

Le diocèse de Limbourg en Hesse (Allemagne) a béatifié, le 15 septembre, le Père Richard Henkes, déporté et mort à Dachau en 1945, pour s’être publiquement élevé contre l’eugénisme prôné par le régime national-socialiste : Alors que le débat sur la bioéthique s’ouvre à l’Assemblée nationale le 24 septembre 2019, et que le nouveau président de la Conférence des évêques de France, Mgr Eric de Moulin-Beaufort, encourage les catholiques à manifester contre un projet de loi contesté, l’Eglise en Allemagne vient de mettre à l’honneur la figure de Richard Henkes, prêtre mort à Dachau en 1945. Ordonné prêtre en 1925 dans la Société de l’Apostolat catholique – dont les membres sont aussi appelés « pallotins », du nom du fondateur, saint Vincent Pallotti (1795-1850) – Richard Henkes est de ces ecclésiastiques d’outre-Rhin qui ont vu clair dans l’idéologie néo-païenne du IIIe Reich. A partir de 1941, le religieux se met à dénoncer la pratique de l’avortement. Etabli sous le régime de Weimar en 1927 en cas de danger pour la vie de la femme, l’avortement est rendu obligatoire en 1935 « pour des raisons eugéniques » par le régime hitlérien. Il combat aussi l’euthanasie des infirmes et des invalides en vue de « la purification raciale ». Arrêté en 1943, il est déporté au camp de Dachau, en Bavière. Assigné aux travaux forcés dans des conditions particulièrement difficiles, il demeure ferme dans la foi, encourageant ses compagnons à prier sans se lasser. Ayant appris la langue tchèque auprès du futur cardinal Beran, déporté comme lui, le Père Henkes se porte volontaire pour s’occuper du bloc 17, principalement habité par des détenus tchèques. Il y soigne les malades atteints du typhus, auxquels il administre les derniers sacrements. Contractant lui-même la fièvre typhoïde, Richard Henkes meurt le 11 février 1945, au terme d’une agonie qui aura duré cinq jours. Son corps est incinéré dans le crématorium du camp. La figure du Père Henkes montre un éminent zèle sacerdotal et une charité pour les plus faibles. Sa défense de la vie de sa conception à sa mort naturelle est celle de la loi naturelle que Dieu a imprimée en toute créature et solennellement confirmée par la prescription du Décalogue, dont l’Eglise est la gardienne.

terça-feira, 24 de setembro de 2019

CONVITE

CONVITE A MILITIA SANCTAE MARIAE – cavaleiros de Nossa Senhora, convida a participar na próxima 5ª feira, dia 26 de Setembro, no Terço ( 15 h 30 m) e na Missa ( 16 h), na memória dos mártires sírios, S. Cosme e S. Damião. Rezar-se-á pelos mártires contemporâneos deste país, perseguidos por “ ódio à Fé”.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

O SUICÍDIO DEMOGRÁFICO

SUICÍDIO DEMOGRÁFICO A Fundação “ Robert Schuman”,num alerta muito actual e bem documentado, chamou a atenção para o fenómeno da catástrofe demográfica em que silenciosamente a Europa mergulhou e a que deu o título de “ Europa: o Suicídio Demográfico”. Apesar de sucessivos alertas vermelhos para a situação de “ Inverno demográfico” em que mergulhou o “ Velho Continente”, que foi promovido, incentivado e imposto pelos decisores políticos, agentes culturais e educativos, os nossos responsáveis não quiseram prestar atenção nenhuma. Já em 1976 (mil novecentos e setenta e seis!) a editora Gallimard ( Paris ), tinha editado um livro , que foi um verdadeiro “ best seller” e a que os autores, homens de saber ( Pierre Chaunu – Professor na Sorbone e Georges Suffert – jornalista) deram o sugestivo e premonitório título de « LA PESTE BLANCHE – comment éviter le suicide de l `Occident» ( A Peste Branca – como evitar o suicídio do Ocidente). É curioso o título que deram ao livro e que vincam ao titular a introdução assim: « Uma nova variedade de peste ». Os autores, cujo livro acabo de reler, a propósito deste cataclismo demográfico que estamos a viver, perguntam-se : « O que é a peste branca? » e respondem: « a desesperança generalizada. A indiferença face à vida, a recusa de todo o sistema de valores, o egoísmo apresentado como a mais refinada das belas-artes.» … « gozar o presente, não lutar, não ter descendência – escolhem o que bem podemos chamar um suicídio colectivo». … Entretanto, em que se têm ocupado os decisores políticos, os media, os professores, os médicos, os enfermeiros …a promoção de todas as condições que levaram a este suicídio colectivo! E a hipocrisia , a leviandade e a perfídia dos políticos em quem votamos, vem oferecer facilidades : mais dinheiro para se ter mais filhos! Não, não é este o caminho. Seguem , conscientemente, o politicamente correcto que é recusarem-se a ver e a corrigir o muito e muito mau que continuam a promover. As ideias matam, está-se a ver! « Que silêncio ensurdecedor face ao suicídio demográfico da Europa no horizonte de 2050! As projecções demográficas das grandes regiões do mundo de agora até lá são reavaliadas de dois em dois anos pelas Nações Unidas e regularmente pelo Eurostat para os Estados membros da União Europeia (… ) Na realidade, ninguém fala no assunto, sobretudo em Bruxelas onde se prefere produzir relatórios sobre revoluções tecnológicas, o desenvolvimento durável ou a transição energética» ( fonte, a indicada ). Os nossos políticos “ assobiam” para o lado! Recusam-se a ver que o grande problema, a grande causa desta catástrofe-suicídio-inverno-cataclismo demográfico está no mundo das ideias que implementaram e implementam contra a natalidade, a família, o casamento, a filiação, paternidade … A «Peste Branca» dizima, há muitos anos, a Europa. E não há cadáveres, pois não se nasce. Não se deixam nascer crianças. Morre-se cada vez mais tarde. Nascem crianças cada vez menos. Um facto que nos deveria inquietar:O número de caixões, na Europa, já ultrapassou o número de berços. Portugal não foge à regra. Quem tiver dúvidas, pode consultar, agora, essa grande e científica base de dados que é a Pordata. Vê que, agora (qualquer que seja o dia e a hora ), neste momento, já morreram mais pessoas do que as que nasceram. A população portuguesa residente não cessa de diminuir, apesar dos subsídios à natalidade que são pura demagogia! São as ideias que matam. São as ideias que são suicidas. E as ideias suicidas, em termos demográficos, andam à solta e são apoiadas e promovidas, malgrado a situação catastrófica em que vivemos. É o que temos e é o que temos de combater… se queremos sobreviver como civilização. Carlos Aguiar Gomes

domingo, 22 de setembro de 2019

A CRISE DA MEMÓRIA, HOJE


                                               A CRISE DA MEMÓRIA, HOJE

“Para ser moderno, há quem acredite que é necessário separar- se das raízes. E essa é a ruína, porque as raízes, a tradição, são a garantia do futuro. Não é um museu, é a verdadeira tradição, e as raízes são a tradição que levam a seiva para fazer crescer a árvore, florescer,  frutificar. Nunca se separar das raízes para ser moderno! Isso é um suicídio”. ( Papa Francisco aos Agostinhos Descalços, 12.IX.2019)

 

   As nossas raízes pessoais, familiares ou sociais, a nossa memória , o que nos ata e liga ao passado, neste presente transitório e que nos dirige para o futuro, são absolutamente indispensáveis. Uma pessoa, família ou sociedade que perca a sua memória está condenada à ruina. Desaparece.

   “ As raízes não são âncoras que nos prendem a outras épocas e nos impedem de encarnar no mundo actual para fazer nascer algo novo. Pelo contrário, são um ponto de enraizamento, que nos permite desenvolver-nos e responder aos novos desafios.” ( Papa Francisco, in Christus vivit, nº 200)

   A nossa sociedade, começando por cada um de nós, anda à deriva e anda à deriva porque perdeu a sua memória. Todos nós já fomos confrontados com crianças e jovens que desconhecem tudo sobre a sua família, a família do Pai e a da Mãe. Até o nome dos Avós, muitos desconhecem. Também passa despercebida e ignorada a História da nossa terra e país. Por isso, entramos numa sociedade falida de valores, dos valores que “ construíram” a nossa família e a nossa Pátria. O mesmo se passa com a Religião, onde também impera uma ignorância crassa e, até os fundamentos mais alicerçantes da nossa Fé.

   Por exemplo, quantos jovens e jovens adultos católicos que chegam à Basílica de S. Bento da Porta Aberta ( o 2º santuário mais visitado em Portugal) desconhecem quem foi S. Bento? Que vida teve? Que legado ( fabuloso) nos deixou? Que influência tiveram os seus filhos espirituais na construção do nosso país, da Europa e do mundo? Sabe-se que antes de Portugal existir, já cá estavam os “ filhos espirituais de S. Bento”? Onde estão os momunentos que nos deixaram? Que “ alma” têm estes edifícios? Saberão que o nosso Parlamento é o fruto da espoliação de 1834 de um Mosteiro beneditino?

  Quantos jovens e jovens adultos católicos sabem quem é a nossa Padroeira, quem A proclamou como tal e em que século( já nem ponho a a hipótese de saberem o ano!....)

… E neste mês de Outubro, dedicado às MISSÕES, que valores temos transmitido aos nossos filhos, amigos ou vizinhos, sobre o valor e testemunho de tantos milhares de homens e mulheres que ao longo dos séculos levaram Cristo e o Seu Evangelho, a promoção e o desenvolvimento humanos a tantas latitudes ? Quantos sabem que fomos, em caravelas frágeis como casca de noz por todo o mundo levando o Evangelho? Quantos de nós tem tido esta preocupação ?

   Quantos de nós já pensou um pouquinho nas enormes dificuldades que passaram e passam os missionários em terras distantes e diferentes?

   E sem esta memória cristã missionária, como podemos pedir mais e melhor oração pelas vocações missionárias, se nada sabemos sobre o trabalho que os “ levadores de Evangelho” desenvolvem por esse mundo?

   Não podemos viver no Passado, mas não podemos viver sem o Passado. Sem a nossa memória familiar e social. Como referia o Papa aos monges agostinhos, as raízes são a tradição que levam a seiva para fazer crescer a árvore, florescer, frutificar. Nunca se separar das raízes para ser moderno! Isso é um suicídio”. Que acontece às árvores a quem cortam as suas raízes?

   Neste mês, vamos fazer um esforço para que cada um de nós saiba, possa e queira ser um transmissor da memória familiar, religiosa e social. Assim, contribuiremos para que a ruína familiar, religiosa e social aconteçam! Um desafio que o Papa nos lança. Um desafio contra a fortíssima crise da Esperança em que mergulhou (ou nos mergulharam?) o nosso tempo.

   Sem Esperança não há Futuro e o Presente fica sem alicerces por lhe terem sonegado a memória, as raízes. As nossas raízes dão-nos força para ir em frente. Ninguém nem nenhuma comunidade humana pode viver muito tempo sem a sua memória, tal como a árvore a quem , um dia, alguém cortou as suas raízes. A seiva que alimenta o caule, as folhas e os frutos deixa de circular e a árvore morre. Isto é o que está a acontecer, hoje, nesta sociedade amnésica, ou melhor, que os desconstrutores da nossa história conseguiram fazer cortando-lhe as raízes, sem nunca se fatigarem nem desistirem , face à abulia de tantos de nós. Por isso, as árvores que somos, sem raízes, estão a ser derrubadas e levadas por ventos ideológicos que estão a destruir a nossa cultura. Uma Cultura da Vida que se está tornar aceleradamente, uma Cultura de Morte.

Ter memória, cultivá-la e transmiti-la não é saudosismo! Ter memória é preparar o Futuro. Ter memória não é nem pode ser para conservadores. Os conservadores são os que estão cristalizados e parados no tempo. E a vida é dinâmica. Ter memória e transmiti-la é para preparar o Futuro e ambicionar o Progresso, onde hoje se podam os ramos estéreis da árvore para tornar aquele equilibrado e justo.

    Parafraseando o Papa Francisco ( in Christus Vivit, nº200), as raízes não podem, porém, ser vistas como âncoras que imobilizam, mas como estabilizadores que captam nutrientes e água, que alimentam toda a árvore. Sem esses estabilizadores, as raízes, a planta seria facilmente arrastada e morreria rapidamente à seca.

   Caro leitor, peço-lhe que medite bem e muitas vezes na frase do papa Francisco, com que encimo este artigo .

 

Carlos Aguiar Gomes

 

sábado, 21 de setembro de 2019

A LIBERDADE DE ESCOLHA (2)


                                                         EDUCAR OS FILHOS:

                                   LIBERDADE DE ESCOLHA ( 2 )

           Aproximam-se novas eleições: atenção redobrada

 

                               (Este artigo é a continuação do anterior com o mesmo título)

 

 

1.      Sabendo todos que os pais que decidem educar os seus  filhos com o apoio do chamado “ ensino privado” pagam o dobrar: pagam o ensino que não frequentam no uso do seu direito fundamental que lhes é roubado, e pagam o ensino onde acham que devem colocar os filhos . Estes pais são penalizados duplamente.

2.       Se uma sociedade democrática é plural por natureza, como se pode aceitar que haja liberdade de escolher o partido político onde se deseja votar, se pode escolher o canal e neste o programa de televisão que se quer ver, se compra o jornal que se quer e quando se quer, ou se pode escolher a religião que se quer ou não ter religião nenhuma, como se pode admitir que a LIBERDADE DE EDUCAR seja dificultada e só para os ricos. Uma sociedade assim, é discriminatória, elitista e promove a segregação entre os seus cidadãos em nome de querer um ESTADO EDUCADOR DO POVO!

3.       Não queremos nem podemos admitir uma sociedade perseguidora da liberdade de pensamento e da pluralidade de modelos pedagógicos. Nem uniformizadora do futuro ( as crianças e jovens não são propriamente “ frangos de aviário”!).

4.      Não queremos uma sociedade tenha escolas para ricos e pobres.

5.      Queremos, isso sim, que sejam dadas iguais oportunidades aos pais ricos e pobres de ESCOLHA das escolas onde desejam que seus filhos prossigam o modelo educativo da família.

6.      Queremos que o Estado gira com competência e justiça social o nosso dinheiro que pontualmente nos saca mas que se recusa a ouvir a nossa voz de liberdade e da igualdade.

7.      Queremos que os gestores da coisa pública nos digam quanto custa cada aluno , de cada ciclo, com rigor e em cujo cálculo estejam todas as variáveis , como a construção dos edifícios e a sua manutenção, ou as despesas correntes que sabem muito bem e facilmente calcular.

8.      Queremos que o valor acima encontrado seja entregue às escolas, de qualquer titularidade, para gerirem, tornando TODO o ensino gratuito e aos pais não seja pedido outro valor.

9.      Queremos que o ministério da tutela  acautele  o nível geral de exigência e de qualidade, nomeadamente em áreas fundamentais como a língua materna, a história e geografia do país e as noções essenciais e seu domínio da matemática, nomeadamente. Princípio a ser aplicado com rigor, em todas as escolas , já que é o dinheiro dos cidadãos que está em jogo.

10.  E , vale a pena ler o que diz a nossa Constituição sobre o tema : « … Incumbe ,designadamente, ao Estado para protecção da família: ( …) Cooperar com os pais na educação dos filhos» ( Art. 67º, nº2, c) ) . Repare-se que não diz que o Estado deve substituir a Família, mas COOPERAR.

11.  A terminar ,  transcrevemos o Art. 26º.3 ,  da Declaração Universal dos Direitos Humanos:Aos Pais pertence a prioridade de escolher o género de educação a dar aos filhos “.

É o teor deste artigo da citada Declaração Universal que queremos e exigimos seja aplicado, a bem do respeito por TODOS os pais e pela igualdade que deve caracterizar toda a democracia. Também a nossa.


 

Carlos Aguiar Gomes

 

A “Cestada” e a Juventude! - VENADE - Caminha

A “Cestada” e a Juventude!
É difícil falar sobre um evento destes… Somos jovens e modernos e portanto não é suposto nos identificarmos com “as tradições das aldeolas”...E a pouco mais do que isto se resume a ideia dos jovens actuais acerca da Cestada… Sim, aqueles que se dizem de mentalidades abertas, sem preconceitos e muito modernos!
Mas eis que se experimenta uma “Cestada” e o espírito parece que se entranha nas nossas vísceras… O sorriso inunda os lábios de toda a gente, desde crianças a velhos, e ninguém resiste a uma festa como esta! E muito menos os jovens! E porquê?
Pois bem, em primeiro lugar, o convívio! Pessoas de todas as idades e de todos os sítios vêm até Venade para partilhar e recordar! Partilham as suas experiências e/ou recordam outros tempos! Tempos de muito trabalho em que se dependia na sua totalidade das terras, mas tempos alegres em que a desfolhada e a vindima eram isso mesmo: convívio!
Em segundo lugar, a diversão! É impossível não rir com as cantorias, os beijinhos e as brincadeiras que a desfolhada e a vindima proporcionavam e continuam a proporcionar! Aquela espiga vermelha, aquele pisar das uvas, aquele moço mais malandro que quer arranjar uma namorada! Qual é o jovem que resiste a uma bela noite de risadas?
Em terceiro lugar, o conhecimento! A realidade é que nós, jovens actuais, podemos perceber muito de como se usa o facebook, mas muito pouco sabemos de como os nossos avós viviam… A “Cestada” não é tradição pois é muito recente, são ainda só 11 anos de festa, mas é um recolher de tradições que nos mostram como de verdade se viviam noutros tempos. E esses tempos não foram há assim tanto tempo quanto isso! E por isso mesmo a Cestada se torna também importante para os jovens! Aprendemos uma realidade que para nós é desconhecida: a desfolhada e as vindimas. Não digo que seja para todos, mas para muitos é garantidamente!
E poderia continuar a escrever muitos mais motivos para não se resistir à “Cestada”… Mas isso seria desembrulhar demasiado a surpresa... Podemos afirmar que nós vamos vestir os nossos trajes (sim, desvendamos mais um pouco da surpresa) e ajudar à festa o máximo que conseguirmos para proporcionar a todos uma verdadeira experiência tradicional de Cestada!
 
Um dos elementos do Grupo de Jovens JP2

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

 
A MSM na Peregrinação ao santuário de Nossa Senhora da Lapa - Sernancelhe - em 15 de Setembro

A MSM na Peregrinação a Nª Srª da Lapa


Dia 15 de Setembro , uma representação da MSM esteve presente na magnífica Peregrinação ao santuário de Nossa Senhora da Lapa - Sernancelhe. Esta peregrinação foi presidida pelo Bispo Emérito de Lamego, Senhor Dom Jacinto Botelho

A LIBERDADE DE ESCOLHA ( 1)


EDUCAR OS FILHOS :

                                       A

                   LIBERDADE DE ESCOLHA  ( 1 )

  Aproximam-se novas eleições: atenção redobrada.

 

 Não se pode deixar de incentivar o debate em torno de uma questão de liberdade, da liberdade de os pais poderem escolher como é que querem educar os seus filhos, sem ter o Estado omnipresente a  tutelar  e a  guiar os referidos cidadãos, como se estes não fossem capazes, pelo menos a maioria, de saberem o que querem para e no processo educativo da sua prole. É um tema “ fraturante” na nossa sociedade, onde assomos de totalitarismo ainda são bastante visíveis/audíveis. Não podemos nem devemos afastar-nos dessa questão, pois dela  e nela depende o futuro.

Assim , para ajudar na reflexão , deixamos  um conjunto de pistas , elaboradas de forma facilitadora da sua análise. Aqui  vão:

1.      A liberdade de os Pais poderem escolher o tipo de educação a dar aos seus filhos NÃO é um direito concedido pelo Estado. É um direito NATURAL.

2.      Os pais, o pai e a mãe, são os PRIMEIROS, PRINCIPAIS e INSUBSTITUÍVEIS educadores dos filhos. Só a eles, e a mais ninguém, assiste o direito de escolher os valores morais, filosóficos, estéticos e espirituais que querem para os seus filhos.

3.      O papel do Estado não é substituir os pais, mas o de criar condições para que os pais possam encontrar respostas para as sua competências primeiras de educar os filhos  num modelo de qualidade e exigência PARA TODOS. Caso contrário, é o princípio da SUBSIDARIEDADE a ser maltratado.

4.      O Estado não pode nem deve substituir os pais, mas contribuir, como  um apoio complementar de oferta na igualdade.

5.      Além disso, não se pode correr o risco de transformar o Estado ( Ministério da Instrução/Educação ) em educador do povo. Tal  visão é de Estados totalitários que se arrogam o direito, que não têm, de legislar sobre o modo, o como e o porquê da educação das crianças e jovens de um país.

6.      Num país em que o Estado não cria as condições gerais e básicas, em IGUALDADE de oportunidades, de serem os pais a decidir em que modelo pedagógico querem educar os filhos, é um país condenado a ter gerações de pensamento único que ninguém deseja.

7.      Todos sabemos que NENHUMA EDUCAÇÃO É NEUTRA , mesmo quando exercida por educadores que se esforçam por serem neutros, o que é impossível.

8.      Todos sabemos que a  educação , toda ela, é “ atmosférica “, isto é, todo o ambiente educativo DEVE estar impregnado por valores idênticos e todos os momentos de convívio ou de aprendizagem são momentos educativos.

9.      Numa sociedade democrática, por consequência plural, NÃO SE PODE ADMITIR A NINGUÉM  que tolha ou impeça  e não dê condições de liberdade de escolha do projecto educativo para os filhos, em total igualdade  de oportunidade.

10.  Sabendo todos nós que afirmar que o chamado ensino público é gratuito, é uma MENTIRA pois que são TODOS os contribuintes que o pagam com os seus impostos. Portanto, não há escolas gratuitas ( os professores e todos os outros trabalhadores auferem os seus ordenados , a manutenção das escolas, a luz, o gás ou a água são todos pagos com o dinheiro unicamente saído dos nossos impostos). ( Continua no próximo artigo com o mesmo título)

 

Carlos Aguiar Gomes

 

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

MEUS CAROS IRMÃOS NA FÉ,


                                            MEUS CAROS IRMÃOS NA FÉ,

                                                  em vésperas de eleições

 

   Todos os actos eleitorais são muito importantes para a saúde democrática de um país. Não há eleições sem relevância. Porém, as eleições legislativas, que nos permitem escolher os futuros parlamentares, são muito importantes, pois são os deputados que são eleitos que assumem o papel vital de legisladores, de “ fazedores” das leis que regulam o funcionamento do país.

   Portugal vai a votos no próximo dia 6 de Outubro e, por isso, estamos todos convocados para votarmos, acto que tem de ser exercido com consciência, responsabilidade informada e liberdade.

  Sou cristão desde o dia 30 de Junho de 1945, 17 dias depois de ter nascido e tenho procurado, malgrado os solavancos da vida e, sobretudo das minhas muitas e muito variadas imperfeições, ser fiel às promessas do mesmo Baptismo. Militei na Acção Católica, na JEC, onde aprendi muito e me iniciaram na Doutrina Social da Igreja e do papel dos leigos na vida da Igreja e da Sociedade. Congratulei-me imenso com o Concílio Vaticano II, com o reconhecimento do papel dos leigos na “ animação cristã da ordem temporal”, que é o papel essencial do laicado.

  Conheço e reconheço o quanto a « Rerum Novarum” abriu os meus horizontes de preocupado social. Conheço e reconheço a importância de ter lido e relido as outras Encíclicas ou Exortações de índole Social   dos Papa que se seguiram a Leão XIII.

Rejubilei com a Exortação Apostólica « Christifideles Laici» de S. João Paulo II ( 30 de Dezembro de 1988).

… Por isso, aqui estou a escrever aos meus irmãos pelo Baptismo, que devem ter conhecimento do que se chama a Doutrina Social da Igreja e que está esplendidamente explicitada no « Compêndio da Doutrina Social da Igreja», de 2004.

  Em altura de eleições, como as que vão ocorrer a 6 de Outubro, é fundamental que o nosso voto seja iluminado e esclarecido pela Doutrina Social da Igreja. Como pode um cristão votar, por exemplo, em quem defende, promove e apoia a eutanásia sem contradizer as promessas do seu Baptismo? Estão os meus irmão na Fé conscientes do erro grave de votar em quem vai tentar legalizar a eutanásia? Ou favorece e facilita o aborto mas dificulta /impede o funcionamento dos Centros de Apoio  à Vida? Ou obstaculiza a liberdade de os pais poderem escolher o tipo de educação que querem dar aos seus filhos, sem serem penalizados por terem optado pelo ensino não estatal? Ou antepor os direitos individuais aos direitos da comunidade? Ou, quererem tornar o Estado dono de toda a iniciativa privada? Ou …

… Caro irmão na Fé, antes de votar, consulte o Compêndio da Doutrina Social da Igreja, se tem dúvidas em aspectos que considera relevantes para a vida da nossa família e do nosso país. Tem entradas de todos os temas que interessam a quem quer votar honestamente, de acordo com a sua Fé, sem a trair.

   A Igreja não é de Esquerda. Também não é de Direita. Nem do Centro. Estas designações que remontam à Revolução Francesa, velhas de dois séculos, não se coadunam com a Doutrina Social da Igreja. Nesta imperam a Justiça Social, a Solidariedade, a Subsidariedade, a Família, o Direito à Vida da concepção até à morte natural, o Direito à Liberdade de Educação, o Direito à Propriedade…

   Não é lícito a ninguém “ assenhorear-se” da Doutrina Social da Igreja, sobretudo quando investem contra os princípios não negociáveis ( que acima enunciei alguns). Como não deixa de mentir quem, dizendo-se cristão, se arvora em promotor, defensor ou apoiante de princípios que agridem aqueles princípios  estruturantes, desde sempre, da Doutrina Social da Igreja.

… Por isso, meus irmãos pelo Baptismo, atenção no momento de votar. Esclareça-se. Tire dúvidas com quem é honesto. Vote em liberdade pela sua Fé que não é só ir “ à missinha”!

 

Carlos Aguiar Gomes   

 

  

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Para viver...



 Para viver, não precisamos de tudo nem de muito. O suficiente basta! ( Carlos Aguiar Gomes- Mestre e primeiro servidor da MSM ).

domingo, 15 de setembro de 2019

ESTÁS CONVIDADO!... NÃO FALTES À FESTA!...


No próximo Domingo é o dia de aniversário de uma grande e ilustre Senhora. Para discursar e enaltecer a Sua pessoa, tomei a liberdade de, em nome dos estimados leitores, convidar Sua Excelência o Senhor Dom Sofrónio de Jerusalém, professor de retórica, de ascendência árabe, homem viajado e de saberes, de grande cultura e valor.
Como sabem, a ilustre Senhora foi prometida desde as origens e está na base da civilização cristã com tudo o que ela implica de arte e cultura, de costumes e filosofia de vida. Ao longo dos tempos, as pessoas sempre celebraram o Seu aniversário como se de pessoa de família se tratasse. E bem, Ela é, de facto, da família, é Mãe, sempre discreta mas atenta e amorosa. Mas passo então a palava ao Senhor Dom Sofrónio de Jerusalém, a quem, nesta comunhão dos santos em que acreditamos, agradecemos a sua presença e palavras, pedindo-lhe também o seu apoio para que, como santo venerado na Igreja Católica e Ortodoxa Oriental, a verdadeira fé cresça sempre e em toda a parte:

“Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco. Que pode haver de mais sublime do que esta alegria, ó Virgem Mãe? Que pode haver de mais excelente do que esta graça que só a Vós foi concedida por Deus? Que pode imaginar-se de mais jubiloso e esplêndido do que essa graça? Nada se pode comparar com a maravilha que em Vós se contempla, nada há que iguale a graça que possuís; tudo o resto, por excelente que seja, ocupa um plano secundário e goza de brilho completamente inferior.
O Senhor é convosco. Quem ousará competir convosco? Deus nasceu de Vós. Haverá alguém que se não reconheça inferior a Vós, e mais ainda, Vos não conceda alegremente a primazia e a superioridade? Por isso, ao contemplar as Vossas eminentes prerrogativas, que superam as de todas as criaturas, eu Vos aclamo com todo o entusiasmo: Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco. Por meio de Vós foi concedida a alegria não somente aos homens mas também aos Anjos do Céu.
Verdadeiramente bendita sois Vós entre as mulheres, porque transformastes em bênção a maldição de Eva; porque fizestes com que Adão, outrora ferido pela abominação divina, por meio de Vós fosse abençoado.
Verdadeiramente bendita sois Vós entre as mulheres, porque por meio de Vós brilhou sobre os homens a bênção do Pai, libertando-os da antiga maldição.
Verdadeiramente bendita sois Vós entre as mulheres, porque por Vós alcançaram a salvação os vossos progenitores: de facto, Vós dareis à luz o Salvador que lhes obterá a salvação divina.
Verdadeiramente bendita sois Vós entre as mulheres, porque, permanecendo Virgem, produzistes aquele fruto que derrama a bênção sobre toda a terra e a liberta da maldição de que só germinavam espinhos.
Verdadeiramente bendita sois Vós entre as mulheres, porque, embora sendo mulher por condição natural, vireis a ser verdadeiramente Mãe de Deus. Com efeito, Aquele que vai nascer de Vós é com toda a verdade Deus Encarnado, e Vós sois chamada com pleno direito Mãe de Deus, pois que realmente é Deus que dais à luz.
Vós tendes, na verdade, dentro do claustro do vosso seio, o próprio Deus; Ele habita em Vós segundo a natureza humana e de Vós sai como esposo do seu tálamo, trazendo a todos a alegria e derramando sobre todos a luz divina.
Em Vós, de facto, ó Virgem, como em céu puríssimo e resplandecente, colocou o seu tabernáculo; de Vós sairá como esposo do seu tálamo e percorrerá como atleta o caminho da sua vida, que há de trazer a salvação para todos os viventes; e, correndo de um extremo ao outro do céu, tudo encherá de calor divino e de luz vivificante” (séc. VI e VII).

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No século XII, dizia assim santo Aelredo: “Mas que faremos por Ela? Que presentes Lhe ofereceremos? Queira Deus que possamos dar-Lhe ao menos aquilo a que somos obrigados por dívida. Devemos-Lhe honra, devemos-Lhe serviço, devemos-Lhe amor, devemos-Lhe louvor. Devemos-lhe honra, porque é Mãe de Nosso Senhor. De facto, quem não honra a mãe desonra o filho. Assim diz a Escritura: Honra o teu pai e a tua mãe”.

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Louvada seja na terra
A Virgem Santa Maria:

Quer nas horas de tristeza,
Quer nas horas de alegria;
Quer sobre as ondas do mar
Lá com a morte à porfia;
Quer nos escuros caminhos
Pelas noites de invernia;
Quer no lume da lareira,
Quer no sol quando alumia;
Quer no amor de toda a hora,
Quer no pão de cada dia...

Louvada seja na terra
A Virgem Santa Maria!

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Antonino Dias
  Bispo de Portalegre-Castelo Branco, 06-09-2019.

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

HOMILIA DO 23º DOMINGO/ HOMÉLIE DU 23e DIMANCHE ( ano/ Année C)

 


 

Notre-Dame du Perpétuel Secours
Un chrétien est un disciple du Christ. Et un disciple du Christ est celui qui marche derrière Jésus et suit le même chemin que lui. Or quel a été le chemin du Christ ? Un chemin en ce monde qui nous conduit à la vie éternelle. Le chemin de Jésus est celui de la Croix et de la résurrection. Sur cette terre, Jésus a connu la souffrance, la contradiction, la persécution et enfin une mort affreuse sur la Croix. Il s'est humilié et s'est fait obéissant jusqu'à la mort sur la Croix. C'est pourquoi le Père l'a exalté par la résurrection et Jésus jouit maintenant dans le ciel d'une gloire sans fin.

Jésus a souffert parce qu'il était amour. Déjà, lorsqu'il était enfant, Jésus souffrait à cause du péché des hommes et de leur ingratitude envers Dieu. Il ne souffrait pas dans sa chair, comme ce fut le cas dans sa passion, mais il souffrait déjà dans son cœur. Dans la crypte du monastère de Chevetogne, au-dessus de la porte d'entrée, il y a une fresque qui représente le sujet suivant : Jésus, adolescent, se repose couché, et face à lui, un ange lui présente les instruments de la passion. Il savait donc dès le début de sa vie ce que serait sa destinée douloureuse parmi nous. De même l'icône de Notre-Dame du perpétuel secours nous montre Jésus-enfant dans les bras de Marie, regardant les instruments de la Passion, qui lui sont présentés par deux anges, à droite et à gauche du visage de la Vierge, et se blotissant, effrayé, dans les bras de sa mère.

Christ de Lérins
Ainsi on peut dire que la vie du Christ sur terre fut une souffrance continuelle pour le salut des âmes qu'il était venu racheter. La Croix fut plantée dans sa vie dès le commencement. Et pourtant Jésus fut toujours joyeux. Il a connu plus que nous la souffrance, mais jamais il n'a été triste. C'est là le grand paradoxe qu'il nous faut saisir, si nous voulons comprendre le sens de la souffrance dans le christianisme. Il y a au monastère de Lérins, dans le sanctuaire au-dessus de l'autel, un Christ en Croix, d'une rare beauté, qui date du XVème siècle. Sur cette croix, le Christ sourit. Comme s'il était heureux de souffrir ainsi pour sauver notre pauvre humanité et lui donner la vie éternelle du paradis. Un jeune frère rédemptoriste vietnamien, Marcel Van, qui sera peut être béatifié un jour, a eu des colloques mystiques avec Jésus dans sa prière. Jésus lui dit un jour : Petit Marcel, ma vie a été une vie de souffrance ; mais jamais je n'ai été triste d'avoir à souffrir. Par conséquent, ma vie doit être appelée une vie douloureuse, mais non pas une vie malheureuse. Si je m'étais alors attristé en face de la souffrance, comment pourrais-je t'exhorter à être toi-même joyeux quand tu rencontres la souffrance ?
Voici aussi ce qu'écrivait sainte Thérèse de l'Enfant-Jésus : Notre-Seigneur au jardin des oliviers jouissait de toutes les délices de la Trinité, et pourtant son agonie n'en était pas moins cruelle. C'est un mystère, mais je vous assure que j'en comprendes quelque chose par ce que j'éprouve moi-même.
Comme celle du Christ, la joie profonde que connaît le chrétien au cœur des souffrances n'est pas le simple résultat d'un effort de volonté. Elle est le fruit d'une certitude. La certitude de faire plaisir à Dieu et de sauver le monde. Une certitude vécue dans l'obscurité de la foi pour le chrétien.
Souvenons-nous de ce que Marie disait à Bernadette à Lourdes : Je ne vous promets pas d'être heureux en ce monde mais dans l'autre.
Si nous connaissons la souffrance et l'épreuve, il nous faut être toujours joyeux et sourire. Pour Marcel Van, dont je viens de parler, le secret de la sainteté, c'est de transformer la souffrance en joie. Même pendant la Semaine Sainte, le Christ nous demande d'être joyeux, car c'est par notre joie que nous le consolons vraiment, et Jésus n'aime pas du tout que nous lui offrions des sacrifices dans la tristesse.
Alors, quand l'épreuve survient, au lieu de nous attrister, de murmurer ou de nous révolter, demandons à Jésus de nous aider à sourire et à garder la paix et la joie de l'âme. C'est bien ainsi que nous pratiquerons ce qu'il nous a dit dans l'évangile de ce jour : Celui qui ne porte pas sa croix pour marcher à ma suite ne peut pas être mon disciple.
Dom Simon Noel OSB

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

A PRESENÇA DA MSM NA PEREGRINAÇÂO ANUAL PELOS CRISTÃOS PERSEGUIOS


Cripta da Basílica de S. Bento da Porta Aberta ( Portugal), dia 1 de Setembro de 2019, na Missa solene, presidida pelo Bispo Emérito de Portalegre-Castelo Branco, com que terminou a peregrinação anual pelos Cristãos Perseguidos organização da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre ( em cima ao centro, a Presidente para Portugal, Engª Catarina Bettencourt) e a MSM, com o apoio da Irmandade de S. Bento da Porta Aberta

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

SANTO ESTEVÃO - Rei da Hungria

   Sto Estevão, Rei da Hungria e seu padroeiro, viveu entre 969 e 1038. Filho de pai pagão, foi educado por sua Mãe, uma cristã devota. Foi um grande promotor da evangelização dos magiares ( actuais húngaros), deixou-nos várias obras, leis e decretos que o notabilizaram como um grande Rei. Entre estas obras, destaca-se : « EXORTAÇÃO AO FILHO», seu herdeiro, Emérico, para o preparar para um futuro e  digno reinado. Sto Estevão foi, de facto, o pai da Hungria. A sua coroa conserva-se no Parlamento, como .o maior símbolo da soberania húngara depois de ter estado " refugiada" dos comunistas e está presente na bandeira deste país.
   Ao filho, Sto Estevão, recomenda: « Exerce o teu domínio com espírito pacífico, humilde e com mansidão, recordando-te sempre que todos os homens são da mesma condição e que só a humildade o enaltece e que só a soberba e a inveja o rebaixa».
   A sua festa era celebrada a 2 de Setembro antes da reforma do Concílio Vaticano II. Actualmente, celebra-se a 16 de Agosto.
A Coroa de Sto Estevão

  

domingo, 1 de setembro de 2019

Magnificat (ton royal)


DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELA CRIAÇÃO - 1 de Setembro


 
CÍRCULO INTERNACIONAL « CRISTÃOS PELO AMBIENTE« S. João Gualberto
" Arbutus unedo"
 

 

O Papa Francisco e o Patriarca Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu, divulgaram em 1 de Setembro de 2017, uma mensagem conjunta por ocasião do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, na qual ressaltam sua preocupação pela deterioração do meio ambiente causada pela ação humana e suas perigosas consequências.
A nossa “ Casa Comum”, a Terra, está ameaçada. Vamos fazer algo que contrarie esta destruição?
Aqui fica a citada MENSAGEM ECUMÉNICA:
«A narração da criação oferece-nos uma visão panorâmica do mundo. A Sagrada Escritura revela que, «no princípio», Deus designou a humanidade como cooperadora na guarda e proteção do ambiente natural. Ao início, como lemos no Génesis (2, 5), «ainda não havia arbusto algum pelos campos, nem sequer uma planta germinara ainda, porque o Senhor Deus ainda não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para a cultivar». A terra foi-nos confiada como dom sublime e como herança, cuja responsabilidade todos compartilhamos até que, «no fim», todas as coisas no céu e na terra sejam restauradas em Cristo (cf. Ef 1, 10). A dignidade e a prosperidade humanas estão profundamente interligadas com a solicitude por toda a criação.
«No período intermédio», porém, a história do mundo apresenta uma situação muito diferente. Revela-nos um cenário moralmente decadente, onde as nossas atitudes e comportamentos para com a criação ofuscam a vocação de ser cooperadores de Deus. A nossa tendência a romper os delicados e equilibrados ecossistemas do mundo, o desejo insaciável de manipular e controlar os limitados recursos do planeta, a avidez de retirar do mercado lucros ilimitados: tudo isto nos alienou do desígnio original da criação. Deixamos de respeitar a natureza como um dom compartilhado, considerando-a, ao invés, como posse privada. O nosso relacionamento com a natureza já não é para a sustentar, mas para a subjugar a fim de alimentar as nossas estruturas.
As consequências desta visão alternativa do mundo são trágicas e duradouras. O ambiente humano e o ambiente natural estão a deteriorar-se conjuntamente, e esta deterioração do planeta pesa sobre as pessoas mais vulneráveis. O impacto das mudanças climáticas repercute-se, antes de mais nada, sobre aqueles que vivem pobremente em cada ângulo do globo. O dever que temos de usar responsavelmente dos bens da terra implica o reconhecimento e o respeito por cada pessoa e por todas as criaturas vivas. O apelo e o desafio urgentes a cuidar da criação constituem um convite a toda a humanidade para trabalhar por um desenvolvimento sustentável e integral.
Por isso, unidos pela mesma preocupação com a criação de Deus e reconhecendo que a terra é um bem dado em comum, convidamos ardorosamente todas as pessoas de boa vontade a dedicar, no dia 1 de setembro, um tempo de oração pelo ambiente. Nesta ocasião, desejamos elevar uma ação de graças ao benévolo Criador pelo magnífico dom da criação e comprometer-nos a cuidar dele e preservá-lo para o bem das gerações futuras. Sabemos que, no fim de contas, é em vão que nos afadigamos, se o Senhor não estiver ao nosso lado (cf. Sal 126/127), se a oração não estiver no centro das nossas reflexões e celebrações. Na verdade, um dos objetivos da nossa oração é mudar o modo como percebemos o mundo, para mudar a forma como nos relacionamos com o mundo. O fim que nos propomos é ser audazes em abraçar, nos nossos estilos de vida, uma maior simplicidade e solidariedade.
A quantos ocupam uma posição de relevo em âmbito social, económico, político e cultural, dirigimos um apelo urgente a prestar responsavelmente ouvidos ao grito da terra e a cuidar das necessidades de quem está marginalizado, mas sobretudo a responder à súplica de tanta gente e apoiar o consenso global para que seja sanada a criação ferida. Estamos convencidos de que não poderá haver uma solução genuína e duradoura para o desafio da crise ecológica e das mudanças climáticas, sem uma resposta concertada e coletiva, sem uma responsabilidade compartilhada e capaz de prestar contas do seu agir, sem dar prioridade à solidariedade e ao serviço.»
E, cada um de nós, o que tenciona fazer para assinalar o DIA MUNDIAL DE ORAÇÂO PELA CRIAÇÃO? Uma criação que nos inclui e que ameaçamos todos os dias.

Carlos Aguiar Gomes

 

La situation en Syrie/ A SITUAÇÃO NA SÍRIA

  En raison de l’actualité en Syrie, nous avons interrogé Benjamin Blanchard, directeur général de   SOS Chrétiens d’Orient   : Après une ré...