sábado, 19 de julho de 2025

 

🔴 Perseguição aos Cristãos | Opressão, Violência e Restrição Religiosa no Mundo Atual




Mesmo dois mil anos após as primeiras perseguições em Roma, a hostilidade contra cristãos permanece presente e, em muitos casos, intensificou-se. Segundo estudos de instituições críticas, como o Pew Research Center, a Fundação Pontifícia, Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), e organizações como ICC e Open Doors, milhões de cristãos enfrentam hoje graves violações de seus direitos por parte de governos, grupos extremistas e setores da sociedade.
1. Panorama Global da Hostilidade Religiosa
Maior incidência de perseguição: o Pew Research registrou que, em 2022, 192 de 198 países relataram algum tipo de perseguição a grupos religiosos, sendo os cristãos alvo em 166 desses países – crescimento em relação a 160 no ano anterior.
Formas de violência: danos a propriedades religiosas ocorreram em 61% dos países; prisões, desalojo, agressões físicas e assassinatos também foram amplamente documentados
2. Quais São os Principais Agentes da Perseguição?
a) Estados autoritários e regimes repressivos
Em nações como China, Coreia do Norte, Irão, Paquistão, Vietnã e Cuba, governos aplicam legislação rígida de controle religioso, legalizam restrições à conversão, registrando igrejas ou simplesmente fechando-as.
A China, especialmente, mantém políticas rígidas desde 1949 e controla de forma severa tanto igrejas oficiais quanto não oficiais
b) Grupos extremistas e militantes
Na África e partes da Ásia, grupos como Boko Haram, ISWAP, Al-Shabaab e Talibãs se envolvem em sequestros, assassinatos grotescos e ataques a comunidades cristãs, destruindo igrejas e forçando deslocamentos massivos.
Segundo ACN, o epicentro da violência militante mudou do Oriente Médio para a África, especialmente Burkina Faso, Nigéria e República Democrática do Congo.
Open Doors apontou que em 2024 ocorreram 4.476 mortes de cristãos por motivos de fé, sendo 3.100 delas na Nigéria.
c) Nacionalismo religioso e hostilidade da sociedade
Em países como Índia, Mianmar e Turquia, movimentos nacionalistas hindus ou budistas pressionam comunidades cristãs por meio de leis anti-conversão, acusações de blasfêmia e violência local.
No Brasil e em outras regiões, grupos indígenas podem ostracizar e expulsar convertidos ao cristianismo.
:: Regiões mais afetadas pela perseguição aos cristãos ::
🔴 África Subsaariana
Nesta região, a perseguição é marcada por terrorismo, deslocamentos forçados e assassinatos. Países como a Nigéria, Burkina Faso, República Democrática do Congo (RDC) e o Sudão destacam-se como as zonas mais violentas para os cristãos.
📌 Fontes: Zenit, Wikipedia, Pew Research Center
🟡 Ásia (Índia, Mianmar, China)
A perseguição nestes países manifesta-se através de nacionalismo religioso, leis anti-conversão e restrições estatais severas. A Índia aplica leis que dificultam a conversão ao cristianismo, enquanto a China impõe um controlo rigoroso sobre as igrejas, especialmente desde 1949.
📌 Fontes: Pew Research Center, ACN, Open Doors
🟠 Oriente Médio e Norte de África
A região sofre com conflitos sectários, expulsões de comunidades cristãs e restrições à liberdade religiosa. Países como Egito, Síria, Iraque, Afeganistão e Paquistão estão entre os mais hostis aos cristãos, com casos graves de violência e discriminação.
📌 Fontes: Wikipedia, ICC, Open Doors
4. Escala da perseguição cristã hoje
Número afetado: mais de 380 milhões de cristãos viviam em países com altos níveis de perseguição em 2024–2025, o equivalente a 1 em cada 7 cristãos no mundo.
Mortes e ataques: 4.476 cristãos mortos por fé em 2024; mais de 7.600 igrejas atacadas ou vandalizadas.
Detenções e prisões: na Índia, só em 2024, pelo menos 1.629 cristãos detidos sem julgamento e 547 condenados; prisões também ocorreram no Eritreia, Irã, Bangladesh, entre outros.
A perseguição aos cristãos no mundo contemporâneo representa uma das mais graves crises de direitos humanos da atualidade. Seja por parte de Estados autoritários, de grupos extremistas ou por pressões sociais hostis, milhões de cristãos são vítimas de violência, discriminação e exclusão.
Todos os indicadores — dados do Pew, ACN, ICC e Open Doors — revelam um agravamento contínuo, especialmente em África e na Ásia.
✝️ Proteger a liberdade religiosa é uma urgência moral, espiritual e civilizacional. Que a solidariedade internacional, a oração e a ação concreta estejam com os cristãos perseguidos.

Theotokos - Academia Mariana | Militia Sanctae Mariae Portugal

Curta reflexão XV | Autoria de Carlos Aguiar Gomes



Faz parte do cantoral geral católico e muito especialmente das Ordens de matriz
beneditino-bernardianas desde o século XI, o belíssimo cântico mariano da “ SALVE
REGINA”.Este é cantado no final do Ofício de Completas e atinge o seu clímax de
beleza quando é cantado em gregoriano, seja no tom simples quer no solene. Há
séculos que incorpora o Ofício Divino ou a Liturgia das Horas como agora se chama
àquele.

A SALVE REGINA surge em ambiente monástico no século XI, composto por
um monge beneditino profundamente mariano, Hermano Contracto, com graves
sofrimentos físicos mas com uma fé inabalávl, cerca do ano de 1050. Um século
depois o “ doce cantor de Maria”, S. Bernardo, crê-se que na catedral de Espira
onde estava, este, quando o canto da Salve Regina chegou ao fim com as palavras
“ … nos mostrai Jesus,bendito fruto do Vosso ventre, Jesus”, S. Bernardo
continuou enlevado e sozinho cantando o que hoje é o final desta oração mariana:
Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria!”. E, a partir daí todos dias, ainda
hoje, terminamos a Salve Regina com estas palavras de S. Bernardo. Podemos
acreditar que esta belíssima oração mariana é de coautoria com S. Bernardo de
Claraval.

Esta oração foi “ trabalhada” musicalmente por inúmeros músicos de todos os
tempos como, por exemplo, Tomás de Victória,Vivaldi, Palestrina, Schubert,
Charpentier, Handel, Francis Poulenc ou Avo Part . Portugal também teve inúmeros
músicos que compuseram peças musicais sobre a SALVE REGINA, como Diogo de
Melgás ou Frei Manuel Cardoso. Não posso deixar de referir a interpretação musical,
de rara beleza, que fez na actualidade o Padre Júlio Vaz,da Arquidioces de Braga, a
partir do texto em português e que me leva às lágrimas cada vez que a oiço!
Uma curiosidade bernardiana: foi S. Bernardo de Claraval que introduziu a
designação de Maria como NOSSA SENHORA, uma designação de forte carga
cavaleiresca.

Carlos Aguiar Gomes


 

quinta-feira, 17 de julho de 2025

 S. BENTO: FAROL NO NEVOEIRO NESTE TEMPO DO “ APAGÃO” DE DEUS



Neste tempo do grande “apagão” de Deus, S. Bento, malgrado ter morrido em 547, continua, através da sua herança maior — a sua Regra — a iluminar-nos os dias e os nossos caminhos tantas vezes tortuosos.

S. Bento nunca perdeu a sua atualidade e, nestes tempos sombrios, continua a ser um guia, como verdadeiro “buscador de Deus”, para todos nós.

A Militia Sanctae Mariae – Cavaleiros de Nossa Senhora –, fundada por um monge beneditino e ela própria com forte carga beneditina, celebra o santo de Núrcia e procura seguir-lhe os passos. Assim, e no sentido de ajudar todos os que se inspiram no santo Patrono da Europa, aqui deixamos um “decálogo” para tentar aperfeiçoarmo-nos na busca de Deus:


1. BUSCAR SEMPRE DEUS – S. Bento ensina que “nada devemos antepor ao amor de Cristo”. Viver esta norma não significa alhear-nos do mundo, mas descobrir a presença de Deus em cada momento e nas tarefas diárias. (Pról. 1)

2. VIVER COM HUMILDADE VERDADEIRA – Vivemos uma época dominada pelo individualismo desenfreado. A humildade beneditina recorda-nos que reconhecer a nossa pequenez diante de Deus liberta-nos das aparências e pressões, dando-nos verdadeira paz interior. (Cap. III)

3. ORAÇÃO SIMPLES E AUTÊNTICA – A oração de S. Bento caracteriza-se pela sua simplicidade e autenticidade. No meio do bulício diário, convida a um diálogo breve, profundo e sincero com Deus. (Cap. XI)

4. HOSPITALIDADE: ACOLHER COMO CRISTO – A Regra beneditina destaca a hospitalidade como forma concreta de viver o Evangelho. Ver Cristo em cada pessoa que chega transforma as nossas relações e cria verdadeiras comunidades cristãs. (Cap. XIX)

5. DISCIPLINA DIÁRIA QUE LIBERTA – S. Bento propõe equilibrar oração, trabalho e descanso. Esta disciplina quotidiana não é rígida, mas um caminho para a liberdade interior e um foco claro no essencial. (Cap. XVI)

6. SILÊNCIO PARA ESCUTAR DEUS – Num mundo ruidoso, S. Bento convida a cultivar um silêncio ativo, para escutar atentamente a Deus e aos outros com o “ouvido do coração”. (Cap. XII)

7. TRABALHO: UMA FORMA DE SANTIFICAÇÃO – O trabalho quotidiano é visto por S. Bento como um ato de adoração, realizado com alegria e dignidade. Trabalhar é santificar o ordinário, aportando valor espiritual às nossas tarefas diárias. (Cap. XVI)

8. CORRECÇÃO FRATERNA COM AMOR – S. Bento promove a correção fraterna feita com doçura e humildade, fortalecendo, deste modo, as relações interpessoais e comunitárias. (Cap. VI)

9. COMUNIDADE CONTRA O INDIVIDUALISMO – Viver em comunidade (família, trabalho, paróquia, etc.) é, segundo S. Bento, uma escola do serviço e da caridade. Olhar mais além de nós próprios enriquece a nossa vida espiritual e humana. (Toda a Regra é um convite a viver com espírito de comunidade. Aliás, a própria MSM é uma comunidade fraterna. Cf. Cap. XVII)

10. PERSEVERANÇA ESPIRITUAL CONSTANTE – Bento impele-nos a nunca desesperar da misericórdia de Deus. A perseverança em momentos difíceis é prova de fé madura e viva. (Cf. Infovaticana, 11.VII.25)


A Regra dos Cavaleiros de Nossa Senhora tem uma fortíssima inspiração beneditina, e foi por isso que, no final de cada item, se colocou o capítulo da Regra da MSM que aborda cada uma das pistas indicadas.

Carlos Aguiar Gomes


segunda-feira, 14 de julho de 2025

10 enseñanzas valiosas para todos los católicos.

 

Cada 11 de julio, la Iglesia Católica celebra la festividad de San Benito de Nursia, patrono de Europa y maestro en la búsqueda de Dios en lo cotidiano. Su regla monástica, aunque escrita hace más de quince siglos, sigue ofreciendo enseñanzas valiosas para todos los católicos. Desde Infovaticana ( 11.VII.25) preparamos un breve decálogo para reflexionar en este día:

1. Busca siempre a Dios

San Benito enseña que no debemos «anteponer nada al amor de Cristo». Aplicar esto no es alejarse del mundo, sino descubrir la presencia de Dios en cada momento y tarea diaria.

2. Vive con humildad verdadera

En una época dominada por el individualismo, la humildad benedictina nos recuerda que reconocer nuestra pequeñez ante Dios nos libera de apariencias y presiones, brindando auténtica paz interior.

3. Oración sencilla y auténtica

La oración de San Benito se caracteriza por su sencillez y autenticidad. En medio del bullicio diario, invita a mantener un diálogo breve, profundo y sincero con Dios.

4. Hospitalidad: Acoger como Cristo

La regla benedictina destaca la hospitalidad como forma concreta de vivir el Evangelio. Ver a Cristo en cada persona que llega transforma nuestras relaciones y crea verdaderas comunidades cristianas.

5. Disciplina diaria que libera

San Benito propone equilibrar oración, trabajo y descanso. Esta disciplina cotidiana no es rígida, sino un camino hacia la libertad interior y un enfoque claro en lo esencial.

6. Silencio para escuchar a Dios

En un mundo ruidoso, San Benito invita a cultivar un silencio activo, para escuchar atentamente a Dios y a los demás con el «oído del corazón».

7. Trabajo: Una forma de santificación

El trabajo cotidiano es visto por Benito como un acto de adoración, realizado con alegría y dignidad. Trabajar es santificar lo ordinario, aportando valor espiritual a nuestras tareas diarias.

8. Corrección fraterna con amor

San Benito promueve la corrección fraterna hecha con dulzura y humildad, fortaleciendo así las relaciones interpersonales y comunitarias.

9. Comunidad contra el individualismo

Vivir en comunidad (familia, trabajo, parroquia) es, según Benito, una escuela de servicio y caridad. Mirar más allá de nosotros mismos enriquece nuestra vida espiritual y humana.

10. Perseverancia espiritual constante

Benito alienta a no desesperar jamás de la misericordia de Dios. La perseverancia en momentos difíciles es prueba de fe madura y viva.

 

sábado, 12 de julho de 2025

Theotokos - Academia Mariana | Militia Sanctae Mariae Portugal

Curta reflexão XIV | Autoria de Carlos Aguiar Gomes

O canto e a música em geral fazem parte da vida da humanidade e da Igreja em particular.
Temos inúmeros testemunhos do uso da música nas assembleias dos primeiros cristãos, e neste espaço curto não há lugar para uma análise mais extensa e profunda desta questão.
Há registos muito antigos sobre as normas para a utilização da música nas diferentes celebrações litúrgicas — e também fora delas.
Teve nesta área um papel fulcral o Papa São Gregório Magno, que ordenou a compilação do já imenso repertório musical da Igreja. Foi tão importante esta sua decisão que a música coligida passou a designar-se por Canto Gregoriano, tornando-se a música oficial da Igreja. Quase soçobrou no pós-II Concílio do Vaticano (não se pode nem deve esquecer o papel de São Pio X, que revalorizou esta forma de música, em oposição ao estilo operático tão em voga no final do século XIX), apesar de o próprio Concílio Vaticano II ter afirmado que esta forma musical — o Canto Gregoriano — é o canto próprio da Igreja.
Mas esta curta reflexão dedica-se à Theotokos e, assim, terei que “mergulhar” na música mariana — popular, erudita ou gregoriana.
Desta última forma de oração cantada, saliento, entre milhares, os Salve Regina, os Magnificat ou os Ave Maris Stella, quer em formas simples, quer mais elaboradas. Estas e outras formas de louvar e exaltar Maria em canto gregoriano são o esplendor do louvor cantado. Mesmo os indiferentes, ao ouvirem estes cânticos, dificilmente ficam insensíveis.
Todos estamos a pensar, por exemplo, na conversão do grande poeta francês Paul Claudel, na vigília de Natal na Catedral de Paris, ao ouvir o Magnificat.
Quanto às formas musicais ditas eruditas, relembro, por exemplo, as extraordinárias Vésperas em honra da Beatíssima Virgem Maria de Pergolesi. Todos os grandes compositores têm peças musicais dedicadas à Theotokos: Mozart, Schubert, Gounod, entre outros.
Hinos, vésperas solenes, missas e peças para outras ocasiões foram tratadas pelos maiores compositores até à actualidade. Em Portugal, recordo, em tempos recentes, a Missa a Nossa Senhora do Sameiro, do nosso grande compositor Manuel Faria.
A chamada música popular, normalmente extra-litúrgica, cantada em peregrinações, procissões, “Meses de Maria”, “Terços” e outras devoções populares, é também riquíssima.
São inúmeras as composições, algumas extremamente belas.
Todos as conhecemos e cantamos, mas há algumas que permanecem para lá do tempo. Em França, por exemplo, todos os católicos cantam o Chez nous soyez Reine ou a Ave de Lourdes.
Em Portugal, para lá do Ave de Fátima, ainda ecoa nos nossos corações a extraordinária Miraculosa — todos conhecem a magnífica interpretação de Isabel Silvestre e do Grupo de Manhouce.
Nesta curta reflexão que aqui deixo, em forma de um pobríssimo contributo sobre o louvor cantado à Santíssima Virgem, não podia deixar de referir a letra do cântico Miraculosa, que me leva sempre às lágrimas — e que o povo, em uníssono, cantava ainda recentemente com grande vigor e toda a sua alma de povo mariano:
Miraculosa, Rainha dos Céus
Nossa Senhora, mãe de Jesus
Dai-nos a graça da tua luz
Virgem Maria, divina flor
Dai-nos a graça do teu amor
Miraculosa rainha dos céus
Sob o teu manto, tecido de luz
Faz com que a guerra se acabe na terra
E haja entre os homens a paz de Jesus
Se em teu regaço, bendita mãe
Toda amargura remédio tem
As nossas almas pedem que vás
Junto da guerra, fazei a paz!
Miraculosa rainha dos céus
Sob o teu manto, tecido de luz
Faz com que a guerra se acabe na terra
E haja entre os homens a paz de Jesus
Pelas crianças, flores em botão
Pelos velhinhos sem lar e nem pão
Pelos soldados que à guerra vão
Senhor, escuta nossa oração
Miraculosa rainha dos céus
Sob o teu manto, tecido de luz
Faz com que a guerra se acabe na terra
E haja entre os homens a paz de Jesus.
Num tempo de grande conflictuosidade, de ausência de paz, este é um cântico de intercessão notável junto da Rainha da Paz, a Theotokos.
Por Ela pedimos:
“Faz com que a guerra se acabe na terra
E haja entre os homens a paz de Jesus.”
Carlos Aguiar Gomes



sexta-feira, 11 de julho de 2025

  🛡️ A Última Vigília - A engenharia do colapso 🛡️ 

⚰️ O suicídio assistido por elites globalistas⚰️ 



Durante séculos, a Europa foi o berço de uma civilização que iluminou o mundo.
Fé, razão, arte, ciência, sacrifício, ordem e transcendência.

Das Cruzadas aos mártires, dos mosteiros às universidades, da cruz de Cristo à espada do cavaleiro, fomos os herdeiros de um tesouro moral e espiritual que sustentou impérios, educou povos e elevou almas.

Mas hoje, esse legado está a morrer.

As catedrais esvaziam-se.
As famílias desfazem-se.
A juventude perde-se.
A verdade é ridicularizada.
E a fé cristã — fundação da nossa civilização — é atacada por dentro e por fora.

E muitos perguntam em silêncio:

Será que foi tudo em vão?


I. ☠️ A engenharia do colapso

A destruição da Europa não é obra do acaso — é planeada, executada e sustentada por forças poderosas.

A guerra moderna é feita sem espadas.
Os cruzados foram substituídos por burocratas.
As muralhas foram trocadas por tratados.
E os inimigos já não estão fora — estão dentro das instituições.

Em nome de slogans vazios, como “inclusão”, “igualdade”, “direitos humanos” e “diversidade”, destruíram-se os pilares que nos sustentavam:

  • A Verdade foi substituída pelo relativismo.

  • A Fé foi marginalizada em nome da “tolerância”.

  • A Família foi atacada em nome da “libertação”.

  • A Identidade foi dissolvida em nome do “multiculturalismo”.

  • A Soberania foi entregue a organismos que ninguém elegeu — ONU, UE, ONGs ( organismos marxistas ou neo-marxistas) e fundações globalistas.

Por trás de tudo isso, há uma engenharia do caos, onde cada peça visa reduzir o Ocidente a uma massa amorfa, sem alma, sem memória e sem Deus.


II. 🕌 Islamização: realidade, não teoria da conspiração

Enquanto os nossos filhos são ensinados a odiar a própria cultura, o Islão avança — sem resistência.

  • A natalidade muçulmana supera largamente a europeia.

  • Mesquitas abrem. Igrejas fecham.

  • Bairros inteiros tornam-se zonas de exclusão para os próprios europeus.

  • A sharia já é aplicada em partes da França, Reino Unido, Suécia e Alemanha.

  • Em certas cidades, a polícia já não manda — porque perdeu o controlo.

Não se trata de ódio. Trata-se de realidade:
um vácuo espiritual e cultural será sempre ocupado por outra força.
E se a Europa abandona o cristianismo, será subjugada por outra fé mais forte — mesmo que seja contrária aos direitos que ela própria prega.


III. ⚰️ Europa: suicídio assistido por elites globalistas

A destruição não vem de fora. É promovida pelas elites ocidentais.

Organismos como a ONU, a UE e grandes fundações promovem:

  • Aborto em massa (em nome dos “direitos reprodutivos”).

  • Ideologia de género nas escolas.

  • Imigração descontrolada.

  • Destruição da autoridade parental.

  • Dissolução da soberania das nações.

  • Islamização cultural (travestida de “diálogo inter-religioso”).

Estas instituições odeiam a civilização que as criou.
Querem apagar o passado, desconstruir o presente e moldar um futuro sem identidade, sem fé, sem cultura — apenas com consumo, doutrina e obediência.

Não é progresso. É submissão. É servidão. É suicídio.


IV. ✝️ Cristo morreu por liberdade, não por escravidão cultural

A Cruz de Cristo não foi erguida para pregar a ideologia de género.
O Filho de Deus não foi crucificado para que nos ajoelhássemos a uma ditadura relativista.
Cristo não morreu para fundar uma civilização sem Deus, sem verdade e sem moral.

Morreu por Amor.
Morreu pela Verdade.
Morreu para nos libertar — não para nos alienar.

E hoje, esse mesmo Amor exige de nós uma resposta:
coragem, fidelidade e sacrifício.

Mesmo que o sistema já esteja condenado — e está — as almas ainda podem ser salvas.


V. ⚔️ A Última Vigília

A guerra cultural está perdida?
Talvez.

Mas a guerra espiritual não está.

Mesmo que a civilização caia, a nossa missão permanece:

  • Educar os nossos filhos na fé.

  • Guardar a doutrina, a tradição e a verdade — como os monges guardaram os manuscritos durante as invasões bárbaras.

  • Formar pequenas comunidades de resistência — espirituais, culturais, familiares.

  • Ficar firmes, mesmo quando estivermos sós.

Porque Cristo não nos pediu sucesso político. Pediu fidelidade.

“Sereis odiados por causa do Meu Nome.”
“Mas tende confiança: Eu venci o mundo.” (Jo 16,33)


🕯️ O último bastião… és tu

A Europa não será salva por partidos, parlamentos ou protestos de rua.

Será salva — se for salva — por homens e mulheres fiéis.
Homens e mulheres que, mesmo entre as ruínas, recusam-se a trair o Céu.

Se esta é a última vigília antes da noite total, então que sejamos os guardiões da luz.
Se tudo parece perdido, então lutemos por tudo.
Porque quem ama, não desiste — mesmo sem esperança.


🛡️ Cristo venceu. Maria vencerá. Mas nós temos de resistir.
Esta é a hora. E tu foste chamado para ela.


sábado, 5 de julho de 2025

 Theotokos - Academia Mariana | Militia Sanctae Mariae Portugal

Curta reflexão XIII | Autoria de Carlos Aguiar Gomes

As estampas de cariz religioso que fizeram parte do quotidiano devocional dos católicos — também chamadas “santinhos” — até há poucas décadas, assinalavam acontecimentos diversos e de vária índole: baptizados, primeiras comunhões, crismas, comunhões pascais, divulgação de determinadas (in)vocações, etc.
A sua presença, normalmente sob a forma de ofertas, era muito apreciada, e muitos católicos guardavam-nas no seu Missal ou nalgum devocionário.
Recordo, com saudade, a visita pascal à casa dos meus pais, marcada por vários episódios que se repetiam todos os anos e em que, entre outros, havia a oferta de estampas pelo senhor Abade. Pessoalmente, ainda guardo no meu Missal dominical (vetus ordo) algumas destas estampas e revejo-as de vez em quando.
Estes sacramentais (?), eram sinais de um cristianismo imersivo, como se diz hoje, e que está completamente apagado — como outros sinais da fé de um povo outrora cristão, tal como o toque dos sinos que ritmavam o quotidiano do povo.
Havia estampas para todos os gostos e devoções. As dedicadas a Maria eram imensas, e não havia peregrino de um santuário qualquer que não trouxesse várias estampas para oferecer e rezar por elas. A devoção amorosa a Nossa Senhora era imensa — como imensa era a variedade de estampas que Lhe eram dedicadas.
(As nossas mulheres tinham todas como primeiro ou segundo nome próprio o nome de Maria! E havia Marias com todas as conjugações para o segundo ou primeiro nome próprio.)
Uma análise e estudo comparativo destas estampas poderá permitir aos estudiosos conhecer melhor o quanto este povo mariano — o povo português — é (ou era) devoto amantíssimo da Santíssima Virgem Maria, e como esta devoção foi evoluindo ao longo dos tempos.
Uma rápida observação destes “santinhos” permite-nos concluir que as invocações marianas são incontáveis, desde as mais eruditas às mais populares. É impressionante ver os qualificativos que se apõem ao nome sacratíssimo da Theotokos:
Nossa Senhora do Ó, da Cabeça, das Dores, da Aparecida, de Lurdes, da Boa Morte, do Carmo, da Rosa, da Alegria, do Minho, do Leite, dos Cavaleiros, da Burrinha, da Vida, da Esperança, da Boa Viagem, do Bom Sucesso, do Bom Conselho, de Fátima, do Viso, do Sameiro, de Vila Viçosa, da Oliveira, do Castelo, da Abadia, do Pisco, da Graça, das Graças, etc, etc!
Há estampas marianas lindíssimas e muito artísticas, como é o caso da que abre esta Curta Reflexão Mariana — trazida, pode deduzir-se, por quem peregrinou à Rue du Bac, em Paris, e a guardou ou deu a alguém e que, sinais dos tempos, acabou numa feira de velharias!
As estampas foram um meio de evangelização num determinado tempo e cultura. Seriam úteis, hoje, como um dos pluriformes meios de apostolado (palavra proscrita há décadas!)?
Sub tuum praesidium…
Carlos Aguiar Gomes

 Theotokos - Academia Mariana | Militia Sanctae Mariae Portugal

Curta reflexão XII | Autoria de Carlos Aguiar Gomes





Ainda não há muitos anos, a vida das nossas aldeias e vilas era pautada por sinais, sons e outras manifestações públicas da sua Fé. Era assim que se anunciavam batismos, funerais de adultos ou crianças — os chamados "anjinhos" (com toques diferentes), casamentos, missas, incêndios, e outras sonoridades de júbilo, tristeza ou preocupação comunitária que alertavam a população para que se unisse, pela presença ou pela oração.

O dia-a-dia era marcado por ritmos simples, mas profundos. Um dos sinais da religiosidade popular (e não só) era a oração das Ave-Marias, que, três vezes ao dia, chamava a comunidade a rezar, recordando o grande mistério da Encarnação — oração marcadamente trinitária e mariana.

Vários Papas, nomeadamente Paulo VI e São João Paulo II Magno, chamaram a atenção para esta prática e convidaram os crentes a não perderem esta devoção simples — e dos simples.

O Fundador da Militia Sanctae Mariae – Cavaleiros de Nossa Senhora, deixou também registado na Regra que compôs para esta nossa Comunidade, a propósito do Angelus ou Ave-Marias, como é conhecido em Portugal, este apelo:

“Quanto ao Angelus, pertence incontestavelmente à Tradição cavaleiresca. Esta graciosa saudação é particularmente recomendada aos cavaleiros de Nossa Senhora.”
(Regra, cap. XIII, 3)

Aqui deixo registada esta oração na sua versão portuguesa e, igualmente, em latim:

ANGELUS / Trindades / “Ave-Marias”
Em Português:

V. O Anjo do Senhor anunciou a Maria.
R. E Ela concebeu do Espírito Santo.
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco.
Bendita sois vós entre as mulheres,
e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores,
agora e na hora da nossa morte. Ámen.

V. Eis aqui a escrava do Senhor.
R. Faça-se em mim segundo a vossa palavra.
Ave Maria…

V. E o Verbo Divino encarnou.
R. E habitou entre nós.
Ave Maria…

V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

V. Oremos:

Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações,
para que, conhecendo pela mensagem do Anjo
a Encarnação do vosso Filho,
cheguemos, pela Sua Paixão e Cruz,
à glória da Ressurreição.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

R. Ámen.

V. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Assim como era no princípio, agora e sempre,
por todos os séculos dos séculos. Ámen.
(Diz-se três vezes, em honra da Santíssima Trindade)

Em Latim:

V. Angelus Domini nuntiavit Mariæ.
R. Et concepit de Spiritu Sancto.
Ave Maria, gratia plena, Dominus tecum.
Benedicta tu in mulieribus,
et benedictus fructus ventris tui, Iesus.
Sancta Maria, Mater Dei, ora pro nobis peccatoribus,
nunc et in hora mortis nostræ. Amen.

V. Ecce Ancilla Domini.
R. Fiat mihi secundum Verbum tuum.
Ave Maria…

V. Et Verbum caro factum est.
R. Et habitavit in nobis.
Ave Maria…

V. Ora pro nobis, Sancta Dei Genetrix.
R. Ut digni efficiamur promissionibus Christi.

Oremus:

Gratiam tuam, quæsumus, Domine,
mentibus nostris infunde;
ut qui, Angelo nuntiante,
Christi Filii tui Incarnationem cognovimus,
per passionem eius et crucem,
ad resurrectionis gloriam perducamur.
Per eumdem Christum Dominum nostrum. Amen.

V. Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto.
R. Sicut erat in principio, et nunc et semper,
et in sæcula sæculorum. Amen.
(Diz-se três vezes, em honra da Santíssima Trindade)

Nota: No Tempo Pascal, substitui-se o Angelus pela oração da Regina Cæli.

E era esta extraordinária oração — simples e profunda — que se rezava três vezes ao dia: de manhã, ao meio-dia e ao entardecer. Parava-se o trabalho, os homens tiravam o chapéu, curvávamo-nos ligeiramente quando o sino tocava às "Trindades", às Ave-Marias (veja-se esse extraordinário óleo de Millet que o Museu do Louvre guarda e que apresento no cimo desta curta reflexão).

Era mais um sinal de uma sociedade que, ainda que muito imperfeita, vivia a sua Fé — também com este gesto que ajudava a interiorizar a própria Fé, ao recordar-nos o grande mistério da nossa salvação: o mistério da Encarnação.

Os sinos deixaram de tocar para marcar o ritmo da nossa vida. E a Fé acompanhou esse triste silêncio.

Carlos Aguiar Gomes

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