quarta-feira, 31 de outubro de 2018


MSM, es-tu une communauté? (*)
 
 

« Dans ce monde sans racines, les liens communautaires se sont effilochés. Il n’est pas rare de nos jours de rencontrer des personnes qui ne connaissent pas leurs voisins et s’en soucient peu. (…) L’Eglise ne parvient pas toujours à contrer le manque moderne d’esprit de communauté.» (Rod Dreher, in « Comment être chrétien dans un monde qui ne l’est plus – le pari bénédictin, Ed. Artège, Paris, 2017, page 109)

Depuis mon élection comme premier serviteur de notre Ordre que j’ai invité mes frères, plusieurs fois, à transformer notre MSM en une vrai communauté, comme condition de :

-          Fidélité à notre Règle, dans sa source benédictine-bernardiennne ;

-          Besoin de répondre aux défis de notre temps si solitaire et égoïste ;

-          Resserrer les liens fraternels dans l’intérieur de la MSM ;

-          Vivre notre charisme plus fidèlement ;

-          Aider nos frères qui ne sont pas des frères de la MSM à trouver une communauté où on puisse vivre la solidarité contre la solitude de tant de nos contemporains ;

-          Transmettre au monde post-chrétien et post-valeurs que la vie est possible, aujourd’hui, en tant que chrétiens et que le christianisme est une urgence pour le salut de notre monde si agressé par une culture de la mort.

-          À nous connaître les uns les autres davantage et être capables de saisir que nous ne sommes pas un groupe de clones et que la diversité de points de vue sur celui qui n’est pas essentielle nous enrichie.

… D’où l’importance des DOMUS MARIÆ, lieux de prière et de vie commune, d’étude, de rencontre, d’amitié…

Mes chers frères : nous devons bien comprendre qu’une des solutions pour le si important et nécessaire recrutement a une solution dans l’urgente prise de conscience que nous devons devenir une vraie communauté de vie et prière. Laissons toute l’activité isolée ! Laissons de coté les actions en-dehors de notre MSM au mépris des actions dans la MSM ! Apportons notre charisme au monde. Bâtissons une communauté vraie, pleine de vie.

Faisons de nos Chapitres (MENSUELS !) des authentiques sources de vie communautaire et invitons d’autres chrétiens à y participer.

Soyons une communauté ouverte et rayonnante d’où jaillisse la Lumière qui est Notre Seigneur.

Lisez le livre de Rod Dreher, surtout les pages dédiées à la communauté.

Souvenez-vous que nous ne voulons ni désirons vivre dans les catacombes. NON ! Nous vivons dans le monde en tant que laïcs, mais ressourçons-nous dans nos DOMUS MARIÆ, maisons fontaines d’où doivent jaillir la force de résister à l’esprit du monde actuel où est « roi » le Diable.

Ayons le courage de parler au monde de notre MSM et de son charisme si actuel aujourd’hui. Soyons présents sur les nouveaux réseaux sociaux.

Souvenons-nous chaque jour de ce que les païens disaient des premiers chrétiens : voyez comme ils s’aiment !


« Notre situation actuelle est alarmante, il est vrai, mais nous n’avons plus de temps de nous plaindre et de nous arracher les cheveux. Cette crise est également une bénédiction, mais il faut pour le voir que nous ouvrions les yeux.» (id. pag. 45)

Mes frères : qu’est-ce que nous attendons ?

« Ouvrons les yeux », bâtissons une vrai communauté. Soyons une vrai communauté !

Carlos Aguiar Gomes

Maître et premier serviteur de la MSM

(Miles – pauper et peccator)

Braga, le 27 octobre 2018
 
 
(*) - Artigo que o Mestre escreveu para a revista da MSM do Priorado de S. Luís ( França) e que vai ser traduzido para outras línguas

                                           CUIDAR DA TERRA, NOSSA CASA COMUM




  “ O mundo é algo mais do que um problema a resolver; é um mistério gozoso que contemplamos na alegria e no louvor “   ( Laudato Si, nº12)




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terça-feira, 30 de outubro de 2018

                                      CUIDAR DA TERRA, NOSSA CASA COMUM



       “ Não é conveniente  para os habitantes deste planeta ( a Terra ) viver cada vez mais submersos de cimento, vidro e metais, privados do contacto físico com a natureza .”  ( Laudato Si, nº 44 )


                                            EDUCAR OS FILHOS :

                                                          A

                                        LIBERDADE DE ESCOLHA

 

 Não se pode deixar de incentivar o debate em torno de uma questão de liberdade, da liberdade de os pais poderem escolher como é que querem educar os seus filhos, sem ter o Estado omnipresente a  tutelar  e a  guiar os referidos cidadãos, como se estes não fossem capazes, pelo menos a maioria, de saberem o que querem para e no processo educativo da sua prole. É um tema “ fraturante” na nossa sociedade, onde assomos de totalitarismo ainda são bastante visíveis/audíveis. Não podemos nem devemos afastar-nos dessa questão, pois dela  e nela depende o futuro.

Assim , para ajudar na reflexão , deixamos  um conjunto de pistas , elaboradas de forma facilitadora da sua análise. Aqui vão:

1.      A liberdade de os Pais poderem escolher o tipo de educação a dar aos seus filhos NÃO é um direito concedido pelo Estado. É um direito NATURAL.

2.      Os pais, o pai e a mãe, são os PRIMEIROS, PRINCIPAIS e INSUBSTITUÍVEIS educadores dos filhos. Só a eles, e a mais ninguém, assiste o direito de escolher os valores morais, filosóficos, estéticos e espirituais que querem para os seus filhos.

3.      O papel do Estado não é substituir os pais, mas o de criar condições para que os pais possam encontrar respostas para as sua competências primeiras de educar os filhos  num modelo de qualidade e exigência PARA TODOS. Caso contrário, é o princípio da SUBSIDARIEDADE a ser maltratado.

4.      O Estado não pode nem deve substituir os pais, mas contribuir, como  um apoio complementar de oferta na igualdade.

5.      Além disso, não se pode correr o risco de transformar o Estado ( Ministério da Instrução/Educação ) em educador do povo. Tal  visão é de Estados totalitários que se arrogam o direito, que não têm, de legislar sobre o modo, o como e o porquê da educação das crianças e jovens de um país.

6.      Num país em que o Estado não cria as condições gerais e básicas, em IGUALDADE de oportunidades, de serem os pais a decidir em que modelo pedagógico querem educar os filhos, é um país condenado a ter gerações de pensamento único que ninguém deseja.

7.      Todos sabemos que NENHUMA EDUCAÇÃO É NEUTRA , mesmo quando exercida por educadores que se esforçam por serem neutros, o que é impossível.

8.      Todos sabemos que a  educação , toda ela, é “ atmosférica “, isto é, todo o ambiente educativo DEVE estar impregnado por valores idênticos e todos os momentos de convívio ou de aprendizagem são momentos educativos.

9.      Numa sociedade democrática, por consequência plural, NÃO SE PODE ADMITIR A NINGUÉM  que tolha ou impeça  e não dê condições de liberdade de escolha do projecto educativo para os filhos, em total igualdade  de oportunidade.

10.  Sabendo todos nós que afirmar que o chamado ensino público é gratuito, é uma MENTIRA pois que são TODOS os contribuintes que o pagam com os seus impostos. Portanto, não há escolas gratuitas ( os professores e todos os outros trabalhadores auferem os seus ordenados , a manutenção das escolas, a luz, o gás ou a água são todos pagos com o dinheiro unicamente saído dos nossos impostos).

11.  Sabendo todos que os pais que decidem educar os seus  filhos com o apoio do chamado “ ensino privado” pagam o dobrar: pagam o ensino que não frequentam no uso do seu direito fundamental que lhes é roubado, e pagam o ensino onde acham que devem colocar os filhos . Estes pais são penalizados duplamente.

12.   Se uma sociedade democrática é plural por natureza, como se pode aceitar que haja liberdade de escolher o partido político onde se deseja votar, se pode escolher o canal e neste o programa de televisão que se quer ver, se compra o jornal que se quer e quando se quer, ou se pode escolher a religião que se quer ou não ter religião nenhuma, como se pode admitir que a LIBERDADE DE EDUCAR seja dificultada e só para os ricos. Uma sociedade assim, é discriminatória, elitista e promove a segregação entre os seus cidadãos em nome de querer um ESTADO EDUCADOR DO POVO!

13.   Não queremos nem podemos admitir uma sociedade perseguidora da liberdade de pensamento e da pluralidade de modelos pedagógicos. Nem uniformizadora do futuro ( as crianças e jovens não são propriamente “ frangos de aviário”!).

14.  Não queremos uma sociedade tenha escolas para ricos e pobres.

15.  Queremos, isso sim, que sejam dadas iguais oportunidades aos pais ricos e pobres de ESCOLHA das escolas onde desejam que seus filhos prossigam o modelo educativo da família.

16.  Queremos que o Estado gira com competência e justiça social o nosso dinheiro que pontualmente nos saca mas que se recusa a ouvir a nossa voz de liberdade e da igualdade.

17.  Queremos que os gestores da coisa pública nos digam quanto custa cada aluno , de cada ciclo, com rigor e em cujo cálculo estejam todas as variáveis , como a construção dos edifícios e a sua manutenção, ou as despesas correntes que sabem muito bem e facilmente calcular.

18.  Queremos que o valor acima encontrado seja entregue às escolas, de qualquer titularidade, para gerirem, tornando TODO o ensino gratuito e aos pais não seja pedido outro valor.

19.  Queremos que o ministério da tutela  acautele  o nível geral de exigência e de qualidade, nomeadamente em áreas fundamentais como a língua materna, a história e geografia do país e as noções essenciais e seu domínio da matemática, nomeadamente. Princípio a ser aplicado com rigor, em todas as escolas , já que é o dinheiro dos cidadãos que está em jogo.

20.  A terminar ,  transcrevemos o Art. 26º.3 ,  da Declaração Universal dos Direitos Humanos:Aos Pais pertence a prioridade de escolher o género de educação a dar aos filhos “.

É o teor deste artigo da citada Declaração Universal que queremos e exigimos seja aplicado, a bem do respeito por TODOS os pais e pela igualdade que deve caracterizar toda a democracia. Também a nossa.

Carlos Aguiar Gomes

( O autor não usa o chamado Acordo Ortográfico)

domingo, 28 de outubro de 2018

                                                CUIDAR DA TERRA, NOSSA CASA COMUM



« O mundo é algo mais do que um problema a resolver; é um mistério gozoso que contemplamos na alegria e no louvor “   ( Laudato Si, nº12)

                                       Homélie, 30e dimanche année B, l'aveugle de Jéricho
 
L'aveugle de Jéricho, qui mendiait au bord du chemin, se mit à crier au passage de Jésus : « Jésus, Fils de David, prends de moi ». Et alors qu'on le rabrouait il criait de plus belle : « Jésus, Fils de David, prends de moi ». La prière de ce malheureux consistait donc à répéter sans cesse la même chose. De même le publicain dans le temple ne cessait de répéter : « Ô Dieu, sois propice au pécheur que je suis ». Ces deux exemples, l'aveugle de Jéricho et le publicain de la parabole donnée par Jésus, sont à l'origine d'une forme de prière qu'on appelle la prière monologique, et qui consiste à répéter sans cesse la même petite formule. Jésus lui-même priera ainsi au jardin des oliviers lorsqu'il répétera pendant des heures la même chose : « Père, s'il est possible, éloigne de moi cette coupe. Mais que ta volonté soit faite, et non la mienne ».

La plus célèbre des prières de type monologique est celle qu'on appelle en orient la prière de Jésus. En égrenant leur rosaire, les moines et les pieux laïcs orientaux ne cessent de murmurer l'invocation : « Seigneur Jésus-Christ, ayez pitié de moi, pécheur ». Cette invocation est en fait une combinaison de la prière de l'aveugle et de celle du publicain. Elle consiste en deux éléments : l'invocation du Nom de Jésus et une supplication pour le pauvre que je suis. C'est donc une prière toute simple, qui ne fatigue ni l'esprit ni le cœur, mais qui est, lorsqu'on la reprend sans cesse, très puissante pour nous conduire à la paix profonde et nous envelopper de la Divine miséricorde. Pourquoi ne l'essayeriez-vous pas aujourd'hui, tout de suite après avoir reçu la sainte hostie : redire pendant quelques instants cette formule toute simple à Jésus réellement présent avec tout son amour au fond de votre cœur : « Seigneur Jésus-Christ, ayez pitié de moi ».
« Que veux-tu que je fasse pour toi ? » : telle est la demande de Jésus à l'aveugle qui le supplie. C'est aussi la même demande que Jésus-Christ nous fait quand nous prions ou quand nous venons de le recevoir dans la sainte communion. Jésus est tout prêt à répandre ses grâces, il vient dans notre cœur les mains chargées de grâces. Encore faut-il que nous les lui demandions. En fait il connaît nos besoins, mieux que nous, il n'a pas besoin de notre prière, mais c'est nous qui en avons besoin, afin de prendre conscience de notre pauvreté et de notre dépendance face à la libéralité divine. Ce que nous devons demander avant tout c'est le divin amour, car alors nous sommes riches de l'essentiel, ainsi que les vertus chrétiennes qui nous manquent. Mais nous pouvons aussi lui confier tous nos soucis quotidiens et lui recommander ceux qui sont dans notre cœur, en disant simplement : « Dans ton royaume, souvenez-vous, Seigneur, de telle ou telle personne ».
Je voudrais aussi dire un mot sur un passage de l'épître. Il est dit qu'un prêtre « est capable de compréhension envers ceux qui commettent des fautes par ignorance ou par égarement, car il est lui aussi rempli de faiblesse ». Ainsi un prêtre, par exemple lorsqu'il administre le sacrement de la réconciliation, se doit d'être plein de miséricorde et de compréhension, comme le pape François aime souvent à le rappeler. Le prêtre est lui-même faible et pécheur. Mais Jésus-Christ est quant à lui notre grand-prêtre. Sa miséricorde est infinie, dès qu'on se repent sincèrement. Mais ce qu'il y a de merveilleux dans cette miséricorde divine, c'est que non seulement Jésus pardonne et oublie nos fautes, mais qu'en outre il nous comprend, car il sait mieux que nous de quoi nous sommes façonnés. Ressentir cette compréhension du Christ de notre misère est l'un des bienfaits du sacrement de la réconciliation, qui est ainsi source de paix et de joie dans notre vie. Comme le dit si bien le Père Joël Guibert, si nous comprenions cela, nous irions à confesse avec le même entrain et la même joie que nous allons communier.
Ainsi donc ces deux lectures de ce jour nous parlent une fois de plus de l'amour insondable du Sacré-Cœur de Jésus-Christ, source et océan infini de miséricorde, comme cela est affirmé dans les douze promesses de ce Sacré-Cœur, faites à sainte Marguerite-Marie. Cet amour, nous en faisons l'expérience dans la prière et dans les sacrements. Mais si nous ne prions pas et si nous ne vivons pas les sacrements avec une ferveur suffisante, nous ne pouvons connaître cet amour suréminent qui est dans le Christ Jésus, et notre religion deviendra quelque chose de sec, de froid et d'ennuyeux. Oui, ce à quoi nous sommes appelés, c'est de vivre avec le Christ une relation d'amitié et d'intimité, qui en imprégnant toute notre existence nous fera déjà connaître le bonheur qui sera éternellement le nôtre au paradis. - SIMON NOEL  OSB

                                       Pão das Almas


                               Numa casa portuguesa fica bem pão e vinho sobre a mesa


Cresci a ouvir, a cantar e a saborear esta cantiga que saía da voz da
Amália Rodrigues e que tão bem traduzia um pouco da portugalidade!

Nas mesas da nossa aldeia nunca faltava pão e vinho: o pão da
honestidade, do alimento, da educação, do respeito, da oração; mas
também não faltava o vinho da alegria, da festa, do convívio, da
música… Na mesa, aquele local de encontro e de vida, estava lá tudo
isso!



E se à porta humildemente bate alguém senta-se à mesa co'a gente



E nunca faltava para partilhar! Pouco ou muito: o que havia era de
todos e para todos. E onde se sentava a família, sentava-se também
quem entrava no lar e coração da família: cresci a ver no Natal a casa
dos avós a acolher à mesa os pobres que não tinham o que comer ou com
quem comer! Assim quem batia à porta da Tia Lurdes Pimenta ceava com a
família, porque era da família!

A mesa é de todos, não tem donos, mas servos. E o alimento é para
todos: seja ele qual for e como for, não há eleitos ou predestinados.
Quem não o tem recebe das mãos “do servo fiel e prudente, que o Senhor
pôs à frente da sua família para os alimentar a seu tempo” (Mt 24,
45).



Fica bem esta franqueza, fica bem que o povo nunca desmente:

A alegria da pobreza está nesta grande riqueza de dar, e ficar contente



Os pobres são os bem aventurados, são os felizes, como nos comunica o
Santo Padre na sua exortação “Alegrai-vos e exultai”. E só os pobres
percebem que a maior alegria está em dar, não em receber.

É neste contexto que vivemos a partilha do “pão das almas”: o pão não
é nosso, é “das almas”. Antigamente era dado pelos pobres aos pobres:
“pelos pobres”, porque a família via partir alguém para a eternidade,
o lar ficava mais vazio, mais pobre; “aos pobres” que acorriam ao
funeral e que retribuíam com as suas orações pelo defunto. Tanto uns
como outros sentiam que o maior valor estava na partilha, na entrega,
na dádiva! Podemos fazer a diferença. Há alguém que precisa… eu também
preciso e sei que serei atendido, portanto vou em auxílio do outro,
seja ele quem for!



Hoje em dia o pedido que se faz é de sufrágio pelos esquecidos, pelos
que não têm nome na terra, mas que têm o seu apelido escrito nos céus.
E como pobres que somos, sabemos que um dia alguém nos estenderá os
braços e nos acariciará pelo bem que já hoje fazemos, pela fome de pão
que já hoje matamos!



Uma promessa de beijos, dois braços à minha espera

É uma casa portuguesa, com certeza!

É, com certeza, uma casa portuguesa!



Pão… o nosso?! Não, o “PÃO DAS ALMAS”.     P. Paulo Emanuel Dias

sábado, 27 de outubro de 2018

                          A GLÓRIA DOS JOVENS É A SUA FORÇA E VIGOR


Vivemos tempos de viragens antropológicas e culturais. Assistimos a uma espécie de metamorfose da condição humana. A ciência e a tecnologia, e bem, correm na esperança de encontrar e encontram com a vontade de correr ainda mais para irem muito mais além. O mundo, porém, embora ciente de todos os seus avanços civilizacionais, positivos e negativos, nem por isso se sente mais seguro porque “os homens aprenderam a dominar a natureza antes de se dominarem a si próprios”. Muitos esquecem-se que os céus continuam a proclamar a glória de Deus e que o firmamento anuncia a obra das Suas mãos (Sl19,1). Neste tempo assim tão multifacetado, bonito e a formigar, e porque nem só de pão vive o homem, decorreu, em Roma, sem grandes ruídos nem alaridos, o Sínodo sobre temáticas juvenis.
Saltitando sobre mais alguns capítulos do Documento de trabalho da Assembleia sinodal, ressalto, de forma livre e sem comas, que os jovens, sentinelas e sismógrafos de todas as épocas, são quem mais percebe as grandes oportunidades que esta mudança de era lhes oferece bem como percebem as ameaças que os podem tramar. Sendo uma idade específica da vida, a juventude faz parte da condição humana. É uma idade original e entusiasmante, cheia de força e de vigor, buscadora de significado, chamada à alegria do amor e caraterizada pela vontade naturalmente proactiva que aceita desafios e ousa trilhar novos caminhos. Para melhor navegar nesses mares, um dos maiores desafios que a juventude de hoje enfrenta é, de facto, a de construir uma identidade individual verdadeiramente sólida em que o sonho, sem grandes pesadelos, lhes comande a vida. A complexidade, a contingência, a incerteza quanto ao futuro e a fragmentação existencial, porém, não facilitam essa tarefa tão urgente quão necessária. A cultura ditatorial da aparência, a cultura da indecisão perante a superabundância das propostas, a cultura do descarte, a cultura light, o fascínio por experiências extremas, a sexualidade precoce, a pornografia digital, a exibição do próprio corpo online, o fenómeno das fake news, a irrupção das tecnologias e a transversalidade do continente digital, a falta de uma hierarquia de verdades, a generosidade ferida pelas colonizações ideológicas e tecnológicas que roubam a liberdade, o refúgio numa felicidade ilusória e inconsistente que gera formas de dependência, a fraqueza das instituições e a cada vez menos credibilidade nelas, a falta de lideranças confiáveis, a propagação da corrupção, a falta de emprego que dificulta a concretização de projetos existenciais, o advento da inteligência artificial, da robótica e automação, e sei lá mais o quê, tudo, tudo questiona, tudo deve questionar, tudo implica o verdadeiro discernimento que passa pelo reconhecimento das coisas boas e menos boas, pela interpretação da sua qualidade e valia e pela capacidade de escolher o melhor, o mais útil e o mais importante.
Deixando de parte as possíveis formas de manipulação comercial, especulativa e outras, sabemos quanto os jovens encontram na música uma linguagem fundamental que suscita emoções, abre espaços de interioridade, sociabiliza, faz passar mensagens relevantes, veicula estilos de vida e proporciona muitas experiências de construção de uma identidade coletiva. Temos presente quanto eles também prezam outras formas de expressão artística que lhes permitem o exercício da criatividade pessoal e a sua participação feliz no desenvolvimento cultural. A par, não ignoramos como eles apreciam os valores e os bons modelos que as sociedades desportivizadas lhes dão quando, na verdade, estão centradas nos valores do fair play competitivo e na inclusão de pessoas e não no sucesso a todo o custo, na fraude, na corrupção, na violência e na humilhação dos vencidos.
Sobretudo na literatura científica, hoje vai-se falando de um “retorno do sagrado”. Será que sim?... Talvez, mas não se trata de um regresso ao passado, de um regresso ao dantes. Trata-se de um novo paradigma de religiosidade, pouco institucionalizado, cada vez mais “líquido”, mais New Age e marcado por uma variedade radical de percursos individuais e privados mais espirituais que religiosos, às vezes substituídos por ideologias e outras correntes de pensamento ou pelo sucesso pessoal ou profissional. No meio de tudo isto, não falta, quem, por vezes, aqui ou ali, na primavera da vida, seja atraído por propostas integralistas ou fundamentalistas que os molda e pode transtornar.
A Igreja, tendo em vista este contexto simultaneamente de oportunidades e ameaças, de medos e de esperança, confia nos jovens e convida-nos a todos a procurar novos caminhos e a percorrê-los com audácia e confiança, mantendo o olhar fixo em Jesus. Num ambiente da pós-verdade, é preciso, de facto, encontrar a linguagem e o modo de transmitir o anúncio cristão em circunstâncias culturais mudadas. Essa tarefa será tanto mais empática e eficaz quanto mais apreciarmos este admirável mundo novo e quanto mais os jovens, acolhidos, respeitados e acompanhados nas suas especificidades, tendências e gostos próprios da juventude, se tornarem protagonistas entusiastas e felizes do sonho missionário. A Verdade que é Cristo tem uma base relacional e precisa de ser testemunhada e praticada no concreto da vida quotidiana e não apenas argumentada e demonstrada de forma arrevesada e tantas vezes ininteligível. Isto implica conversão, conversão individual e comunitária, conversão pastoral na humildade, competência e sentido da missão. Implica fé viva e sacudida, tal como afirma Francisco: “Uma fé que não nos põe em crise é uma fé em crise; uma fé que não nos faz crescer é uma fé que deve crescer; uma fé que não nos questiona é uma fé sobre a qual nos devemos questionar; uma fé que não nos anima é uma fé que deve ser animada; uma fé que não nos sacode é uma fé que deve ser sacudida”.

Antonino Dias
26-10-2018
            CUIDAR DA TERRA, NOSSA CASA COMUM


    “ Isto mostra que o problema da água é, em parte , uma questão educativa e cultural, porque não há consciência da gravidade destes comportamentos num contexto de grande desigualdade.”                                 ( Laudato Si, nº30 )

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

 
ACN_China_21.09.2018.jpgCHINA
 
As autoridades chinesas continuam com uma campanha, em algumas províncias, de demolição de cruzes e de outros símbolos religiosas em igrejas cristãs, apesar do recente acordo provisório assinado entre o Vaticano e Pequim para a nomeação dos bispos católicos para este país.
 
As últimas notícias dão conta de acções repressivas particularmente intensas em Zhejiang, Henan e Guizhou.
 
Num dos casos divulgados através de meios próximos da chamada Igreja Clandestina, fiel ao Papa, há o relato, ocorrido a 11 de Outubro, em que dezenas de funcionários governamentais foram chamados para proceder à demolição de cruzes existentes na torre mais elevada, onde está o sino, e numa parede de uma igreja na cidade de Wenzhou, província de Zhejiang.
 
Esta acção das autoridades de Wenzhou terá sido promovida pelo facto de, aparentemente, aqueles símbolos cristãos serem demasiado visíveis desde a estação de comboios local situada nas proximidades.
 
A questão da liberdade religiosa na China é extremamente sensível e tem motivado diversas chamadas de atenção por parte de países e organizações de defesa dos direitos humanos. Na semana passada a Fundação AIS deu conta de que uma dezena de Organizações Não-Governamentais lançou, no passado dia 9 de Outubro, uma petição em que se pede respeito e protecção para a liberdade de crença na China.
 
Dirigido ao Presidente Ji Jinping, o documento elenca diversas situações monitorizadas por órgãos de comunicação social internacionais, em que a prática religiosa está comprometida em resultado das acções levadas a cabo pelas autoridades.
 
Entre as várias comunidades religiosas que têm sido alvo de perseguição na China, é referido o exemplo dos cristãos “residentes da província de Jiangxi” que são “forçados a retirar crucifixos das suas casas”, assim como “são proibidas” as actividades de congregações protestantes e têm sido instalados sistemas de videovigilância “em templos”.
 
O documento, que está assinado por 10 ONG’s, nomeadamente a Federação Europeia para a Liberdade de Crença, o Observatório Internacional de Liberdade Religiosa dos Refugiados ou o Fórum Inter-religioso europeu para a liberdade religiosa, faz ainda referência a novas leis “que proíbem a educação das crianças de acordo com a prática religiosa das suas famílias”.
 
A petição – que é endereçada também, como informação, ao Secretário-Geral da ONU; ao Comité dos Direitos Humanos das Nações Unidas; ao Presidente da Comissão Europeia e aos presidentes dos Estados Unidos, Rússia, Itália, França e ainda à chanceler alemã, entre outros – faz ainda referência à detenção de muçulmanos, na província de Xianjiang, “para efeitos de reeducação”, assim como, em outras regiões, “da prisão de pastores protestantes e de padres católicos”.
 
 
Departamento de Informação da Fundação AIS | ACN Portugal
                                    CUIDAR DA TERRA,  NOSSA CASA COMUM




     “ … Uma maior escassez de água provocará o aumento do custo dos alimentos e de vários  produtos que dependem do seu uso. “




                                                         ( Laudato Si, nº28 )




Requerimento ( em papel selado) dirigido
 
 a Fernanda Câncio

 

Senhora “ Inspectora do Pensamento Único”:

 

 

O signatário, cidadão que julgava viver num país  livre, Portugal, constatou, recentemente, que, afinal, neste país, há censores públicos que se arrogam, em nome da laicidade, de imporem o laicismo como religião do Estado. Querem e lutam por um Estado “ religioso”.

Senhora “ Inspectora do Pensamento Único”, neste país deve perder-se a memória colectiva. As suas raízes. O seu falar próprio e popular.

Já pensou, senhora “ Inspectora do Pensamento Único”, que também deverá propor a interdição do nosso corriqueiro “ OXALÁ”, vestígio da presença da religião muçulmana entre nós, ou , pela sua origem, não se deve mexer nesta palavra que, como sabe é derivada de “ inch Allah”, o nosso português “Deus queira” que, pela sua lógica de “ Inspectora do Pensamento Único” também deveria ser proibida?

Já está a tratar de banir do nosso calendário o nome dos dias da semana, como Segunda-feira, com origem cristã que remonta, imagine, a S. Martinho de Dume? Ou Sábado, da religião judaica? Ou Domingo do cristianismo?

Já reparou, senhora “ Inspectora do Pensamento Único” que o Parlamento português é conhecido por Palácio de S. Bento?  Ou que há, aí na capital, uma  estação do Caminho de Ferro  que se chama de “ Santa Apolónia”. Ou que o Panteão Nacional é de “ Santa Engrácia”?

Como é que a senhora “ Inspectora do Pensamento Único” vai chamar o Hospital de S. José ou ao de Guimarães “ Senhora da Oliveira”?

 As elites censoras, como Fernanda Câncio e outros e outras(!)  andam atentas e vigilantes. De lápis azul na mão ( esquerda) a riscar tudo o que a sua “ cartilha” não autoriza. E cada vez mais , o lápis azul risca a expressão do pensamento dos outros ( e outras!). E não desiste de apagar as nossas raízes… mas, como sabe, “ não há machado que corte a raiz ao pensamento”!

Sim, há uma cartilha por onde têm de ler e escrever. A Polícia dos costumes tem os seus (suas!) inspectores (inspectoras!) que anda muito atenta e a espiolhar tudo e todos ( todas!).

A senhora “ Inspectora do Pensamento Único” e  que professa publicamente a sua religião do laicismo, tem de admitir a liberdade de expressão, menos a calúnia e o insulto. E como “ Até amanhã, se Deus quiser” não é insulto nem calúnia… por que quer proibir , impedir ou riscar do nosso dia a dia esta expressão? Incomoda-a, muito? Tape os ouvidos e , já agora,não vá a nenhum Museu, onde há imensas imagens e outros objectos expostos de natureza religiosa ( cristã) roubados aos seus legítimos donos. Não vá por que são motivos cristãos e não por que foram roubados! Tape os olhos quando passar nos Jerónimos ou no Mosteiro de Alcobaça. Ou, se não quiser ver, com a sua “ autoridade” de “ Inspectora do Pensamento Único” mande derrubar esses testemunhos que ofendem a sua religião laicista. Derrube tudo. Ficará feliz num país sem memória. Asséptico. Puramente laico como gostaria.

Vá lá, derrube tudo. Derrube o país que continua a dizer: “Oxalá” e “Se Deus quiser”.

Até sempre, SE DEUS QUISER e enquanto Deus quiser!

Não espera deferimento nem apresenta “ os melhores cumprimentos” .

Carlos Aguiar Gomes

 

 

 
 
 
 







quinta-feira, 25 de outubro de 2018

                                  PÃO DAS ALMAS


 Vem de tempos antigos os pobres receberem pão aquando da celebração do
funeral de alguém. Os doridos oferecem pão pela alma da pessoa
falecida, fazendo uma obra de misericórdia em sufrágio do ente
querido: “dar de comer a quem tem fome”. Os mais pobres acorriam em
grande número aos funerais, também com o objetivo de receberem o
bendito alimento. Em troca faziam as obras de misericórdia “enterrar
os mortos” e “orar a Deus pelos defuntos”.

Este costume ultrapassou as celebrações exequiais e, em algumas
localidades, com o passar dos tempos, faz-se no dia de Todos os Santos
e também no de Fiéis Defuntos:

 - A Confraria das Almas distribui o pão no final da celebração da
Santa Missa, pedindo para rezar pelas Almas do Purgatório, sobretudo
as mais abandonadas. Cumpre-se, então a obra de misericórdia “rogar a
Deus por vivos e defuntos”
. A pessoa que leva o pão fica com o encargo
de oferecer orações e sacrifícios em sufrágio das almas.

Por isto é que se chama “PÃO DAS ALMAS”. ( P. Paulo Emanuel Dias )

                                      La prière du cœur

 
La prière de Jesus - Dom Simon Noel OSB

Un ouvrage traite particulièrement de la prière continuelle. Il s'agit de la Philocalie, recueil d'auteurs ascétiques, mystiques et monastiques orientaux, compilé au XVIIIe siècle et édité à Venise en 1782 par Nicodème l'hagiorite. On y trouve l'idée que la prière monologique remonte aux apôtres eux-mêmes, car cette forme de prière était voulue par le Seigneur lui-même. Cet anachronisme est significatif. En fait historiquement la prière monologique s'est développée dans un courant spirituel qui remonte aux pères du désert, comme Macaire et Evagre, et qu'on appelle l'hésychasme. Cette tradition va se fixer dans le moyen-âge byzantin.
Hésychasme vient du grec hésychia, terme qui signifie repos. Trois notions principales vont dominer ce courant spirituel:
1. Le repos de l'âme est le but recherché: une vie spirituelle calme, une unification intérieure et un cœur pacifié.
2. La prière consiste essentiellement en deux choses: l'invocation du nom de Jésus et la supplication pour le pécheur que je suis.
3. La prière du cœur: il s'agit de prier non pas avec son mental et son affectivité, mais dans son cœur, c'est-à-dire dans son moi profond.
Ces trois points attestent le côté englobant et unifiant de cette prière, impliquant la maîtrise des passions.

La tradition de cette Prière de Jésus remonte aux pères du désert et fut constituée au VIe siècle au monastère du Mont Sinaï. Elle connut son efflorescence au Mont-Athos au XIVe siècle et, de là, passa en Russie. C'est la prière monastique orientale par excellence. Elle connut une grande expansion. Lors de la publication de la Philocalie par Nicodème l'hagiorite, cette prière quitte les monastères et devient au XIXe siècle une prière pour les laïcs. En témoigne notamment un livre délicieux publié en Russie, après la guerre de Crimée et avant l'abolition du servage: Les récits d'un pèlerin russe. Ce livre est d'une fraîcheur très grande et nous raconte la vie d'un pèlerin qui traverse la Russie, en s'adonnant à la prière de Jésus.

Sans conteste un des adeptes les plus célèbres de la prière de Jésus fut Saint Séraphin de Sarov au XVIIIe siècle, qui privilégiait la prière silencieuse du cœur par rapport à l'office canonial. Sa fondation d'un monastère de moniales à Diviéévo en témoigne. A la règle de vie qu'il donna à ses filles spirituelles, il mit l'accent sur la prière personnelle en ne surchargeant pas les sœurs de prières communautaires. Ce saint va aussi introduire un note mariale à la prière du cœur. Il conseillait à ses disciples et enfants spirituels de dire le matin l'invocation: "Seigneur Jésus-Christ, ayez pitié de moi". Et après midi de dire: "Très Sainte Mère de Dieu, sauvez-moi". Une certaine variété dans la prière est donc légitime. Dire la prière de Jésus ne nous empêche nullement de dire aussi le rosaire latin. Pour les orthodoxes, Marie est la mère de la prière incessante et recourir à elle nous mènera ainsi à la prière continuelle. Du reste le Je vous salue Marie a une structure fondamentale identique à la prière de Jésus. La première partie invoque le nom de Jésus: "Jésus, le fruit de vos entrailles est béni", et la deuxième partie est une supplication propitiatoire: "priez pour nous, pauvres pécheurs".

La foi qui anime la prière de Jésus est donc celle qui croit en la puissance du nom du Sauveur. Elle rappelle ainsi maint passages des Actes des apôtres sur la puissance efficace et salvifique du nom de Jésus: "Aucun autre Nom sous le ciel n'a été donné aux hommes par lequel nous devrions être sauvés" (Actes 4, 12), et: "Alors sera sauvé, quel qu'il soit, celui qui invoquera  le Nom du Seigneur" (Actes 2, 21). Saint Paul dira de même: "Tu es sauvé lorsque ta bouche proclame que Jésus est le Seigneur" (Rom. 10, 9). 
L'occident a aussi connu la dévotion au saint Nom de Jésus, avec saint Bernard, saint Bernardin de Sienne et saint Jean de Capistran. La puissance du Nom: le Nom c'est la personne même du Ressuscité. En l'invoquant on l'attire dans notre vie ou plutôt on le rejoint au fond de notre cœur où il est présent. Ce Nom nous sauve, nous guérit, nous purifie et chasse les esprits impurs. Mais il le fait si nous l'invoquons sans cesse, comme le dit un saint orthodoxe du XVIIIe siècle, Paissy Velitchkovsky: "Porter constamment dans le cœur le très doux Jésus et être enflammé par le rappel incessant de son nom bien-aimé d'un amour ineffable pour lui". 

9º VIGÍLIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELA VIDA NASCENTE

MILITIA SANCTCAE MARIAE – cavaleiros de Nossa Senhora

Instituto Internacional Familiaris Consortio

9º VIGÍLIA MUNDIAL DE ORAÇÃO PELA VIDA NASCENT

Face à amplitude, sempre crescente, do Mal cometido contra as crianças mortas antes de nascer, o Papa Bento XVI, em 2010, lançou um veemente apelo ao mundo para que a vida humana fosse respeitada, defendida , protegida e amada desde a concepção, momento inicial da sua existência. Assim lançou o repto para que em todo o mundo se celebrassem Vigílias de oração à entrada do Advento, a partir daquele ano.

Assim, a MILITIA SANCTAE MARIAE – cavaleiros de Nossa Senhora, através do seu Instituto Internacional Familiaris Consortio, vai celebrar este ano, nos países onde está presente, uma Vigília de Oração Pela VIDA NASCENTE para a qual convida todos os defensores da Vida Humana desde a concepção.

Em 2018, esta celebração, a nível mundial e de acordo com o apelo do Papa Bento XVI, esta Vigília será levada a cabo no dia 1 de Dezembro.

EM LOUVOR E DEFESA DA NOSSA CASA COMUM


quarta-feira, 24 de outubro de 2018

SERÁ “MAÇÃ-DE-ADÃO” OU TESTÍCULO?

Os concursos televisivos podem bem ser uma radiografia do país, onde, em princípio, vão os melhores concorrentes.

Será?

Um dia destes, vi um famoso destes passatempos da noite com que nos ocupam as televisões. Foi colocada à concorrente, que podia apoiar-se três vezes num “auxiliar”, uma questão absolutamente elementar. Eram adultos jovens. Devem ter frequentado todo o ensino secundário. Entre as 12 questões do citado concurso, foi-lhes colocada a tal questão: “Qual destas palavras é sinónimo de gâmeta masculino?". Questão absolutamente elementar. Básica para quem vive inundado de sexo, educação sexual, pílulas do dia seguinte e outras, de preservativos, de filmes e séries eróticas, de “direito” ao aborto. Também de relações sexuais cada vez mais precoces… E onde os rapazes inundam as raparigas de milhões de espermatozoides e estas são inundadas pelos mesmos gâmetas desde muito cedo.
A opção a identificar era uma das quatro seguintes: pénis, testículo, maçã-de-adão e espermatozoide.

A concorrente foi escolhendo, entre duas hipóteses, errando sempre. Depois pediu apoio ao amigo. A mesma dúvida. Seria testículo sinónimo de espermatozoide?
Um espanto! Uma ignorância tremenda para quem andou nestas escolas portuguesas onde se fala de gâmetas femininos e masculinos e se “ traduzem”, sempre para óvulos e espermatozoides.

Não saber a diferença entre… testículo e espermatozoide… maçã-de-adão e pénis... ou entre pénis e espermatozoide!

O sistema de ensino, na sua vertente educação sexual ficou mal. Muito mal.

Contudo as escolas, as televisões, as revistas ou as redes sociais ocupam-se desalmadamente de sexo. Será mesmo sexo e educação sexual? Ou será baralhar as crianças e jovens sobre a sua real identidade biológica? Será usar o tempo todo de que se dispõe para ensinar a colocar bem o preservativo (o “impermeável” que impede os famigerados espermatozoides de chegar às Trompas de Falópio que não são instrumentos musicais  que a mulher tem dentro de si) ou para usar a pílula do dia seguinte (um abortivo) quando se suspeita que um gâmeta feminino foi fecundado por um gâmeta masculino (o tal espermatozoide) ou… Ou… Também se gasta o tempo escolar para dizer aos meninos que naturalmente produzem ou irão produzir espermatozoides (gâmetas masculinos) de que , afinal podem não ser rapazes mas raparigas… espermatozóidicas (um neologismo de que me arrogo a autoria) ou tudo ao contrário. Mas, também, que os naturais produtores de gâmetas masculinos, os famigerados espermatozoides, se podem mandar “capar” para não vendo o incómodo pénis e os  pingentes que os produzem se passarem a ver de outro género. Espantoso. Espantoso e dispendioso, já que SNS paga estas intervenções.

E nós, os contribuintes, os pais, pagamos esta ignorância e a promoção desenfreada destes atentados gravíssimos à Biologia e à Natureza. 

Para terminar, permitam-me este grito de alegria: viva o espermatozoide do meu pai que esteve na minha origem. Abençoado gâmeta masculino.

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Carlos Aguiar Gomes

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