Entre muitas árvores autóctones, está o Prunus lusitânica que só existe em Portugal. As flores são procuradas pelas abelhas. Na altura da floração , em cachos brancos, soltam uma fragância inconfundível.
Blog da Militia Sanctæ Mariæ - Cavaleiros de Nossa Senhora um instrumento na evangelização do mundo contemporâneo // Blog created by Militia Sanctæ Mariæ, whose purpose is to be an instrument in the evangelization of the contemporary world // Blog de la Militia Sanctæ Mariæ et dont le but est d'être un instrument dans l'évangélisation du monde contemporain // Blog der Militia Sanctæ Mariæ, die sich zum Ziel gesetzt haben, ein Werkzeug bei der Evangelisierung der heutigen Welt zu sein
sexta-feira, 30 de novembro de 2018
quinta-feira, 29 de novembro de 2018
Pluralismo, Liberdade e Democracia
Pluralismo, Liberdade e Democracia
Mário
Cunha Reis*
Entende-se por “pluralismo” o
reconhecimento de que num sistema político podem coexistir «grupos ou
organismos diferentes e independentes em matéria de gestão ou de representação»
(in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, em linha).
Cabe aos grupos ou organismos dentro
de um partido procurar conhecer aprofundadamente, através do estudo, reflexão e
debate, um conjunto de temáticas que permitam estabelecer, aquelas que, numa
determinada perspectiva, são as melhores respostas ou soluções para as questões
que afectam a vida concreta das pessoas.
Todo este trabalho,
essencialmente voluntário e sem remuneração, é útil para os partidos dentro dos
quais se desenvolve, na medida que permite dotar os dirigentes políticos com conhecimento
e argumentos estruturados, que lhes permite, depois, no confronto político com
os restantes partidos, melhor defender as posições mais consentâneas com a sua
matriz doutrinária ou ideológica.
Os partidos, individualmente, não
têm porquê ter a pretensão de representarem o universo social, o todo da
sociedade, mas apenas uma parte. Daí a designação de “partido”, isto é “parte
de”. O que sucede, por vezes, é que, na ânsia de alargar a base eleitoral, são
táctica e oportunisticamente relevados para segundo plano os factores
identitários do partido, esbatendo-se as suas diferenças relativamente aos
restantes adversários políticos.
Ora, sucede que, quando surge um
novo grupo, formal ou informal, dentro de um partido, em geral, este é alvo de
desconfiança e ostracização por parte dos restantes grupos e, em particular, do
grupo dominante, que detém transitoriamente o poder. Em política, recorde-se, todo
o poder é transitório. Que não haja qualquer dúvida quanto a isto! Embora haja
quem pareça, por vezes, querer ignorar esta evidência.
Em Portugal, os ditos grupos,
clubes, tendências ou correntes de opinião, não têm tido especial influência
sobre as decisões estratégicas dos partidos, uma vez que, as equipas dirigentes
acabam por se fechar sobre si próprias, numa estratégia, compreensível, de
manutenção do poder, no curto-prazo, mas ineficaz, no médio-prazo, na medida em
que, não só não consegue congregar as melhores pessoas, as mais capazes, como
as afasta, como, por outro lado, impede o surgimento das melhores soluções e
dos melhores argumentos políticos.
A tentativa de esvaziamento dos
grupos resulta numa menor diversidade de soluções e de uma menor
representatividade política das diversas sensibilidades do eleitorado que se encontra,
doutrinaria ou ideologicamente, mais próximo. Essa falta de representatividade,
traduz-se, naturalmente, na transferência dos eleitores para outros partidos
ou, simplesmente, para a abstenção que, curiosamente, todos os partidos, “em
coro” e a cada ciclo eleitoral, dizem querer combater. No dia seguinte, tudo se
mantém como antes.
Sem pluralismo, não há
verdadeiramente liberdade de opinião. Sem pluralismo, não há verdadeira
democracia.
No CDS, a TEM – Tendência
Esperança em Movimento, corrente de opinião democrata-cristã, tem procurado
contribuir para a defesa dos valores e princípios doutrinários presentes desde
a sua fundação do partido, através da promoção de conferências sobre diversas
temáticas.
No próximo Sábado, dia 1º de
Dezembro, a TEM irá realizar no Santa Luzia Art Hotel, em Guimarães, um Jantar
Conferência, no qual os conferencistas, Dr. Abel Matos Santos, Prof. Paulo
Otero e Prof. Manuel Monteiro, abordarão a necessidade do combate ao discurso
do “politicamente correcto”, da defesa da família e do trabalho e da
descentralização do Estado. Para mais informações, consulte o sítio na Internet
da organização em www.temcds.org.
A promoção do debate permite a
clarificação das ideias e das posições, permite que cada pessoa possa formar individualmente
a sua opinião. Pessoas informadas e cultas fazem melhores políticos, mas também
cidadãos mais exigentes. Participe!
* Engenheiro e gestor
29 de Novembro de 2018
quarta-feira, 28 de novembro de 2018
MAÇÃ PIPO DE BASTO
PROTEGER AS NOSSAS FRUTEIRAS AUTÓCTONES: um imperativo em nome da biodiversidade. Aqui, nesta foto, um bonito exemplar dos saborosos " Pipo de Basto". São saborosos e duram muito!
Escudo de CRISTÃOS PELO AMBIENTE
CUIDAR DA TERRA, NOSSA CASA COMUM
CRISTÂOS PELO AMBIENTE - Arbutus unedo , é um Círculo da MSM para defesa da Terra e de todo o criado.
Arbutus unedo, é o nome científico do nosso medronheiro, presente neste Escudo e é o símbolo da nossa acção.
A defesa do ambiente não é feudo do " pensamento único". Nós, os cristãos, também fazemos nosso este combate baseados na Doutrina Social da Igreja e alavancados pela LAUDATO SI do papa Francisco.
terça-feira, 27 de novembro de 2018
Cardeal MULLER - uma entrevista oportuna.
Le cardinal Müller répond aux questions de Maike Hickson pour LifeSiteNews
LifeSite : Les évêques des Etats-Unis viennent d’achever leur session d’automne à Baltimore ; à cette occasion ils n’ont pas été autorisés à voter sur les directives nationales à propos de l’implication épiscopale dans des cas d’abus sexuels (que ce soit par commission ou par omission ou par occultation), parce que le Vatican leur a dit de ne pas le faire. Les nouvelles directives auraient été notamment constituées d’un code de conduite et elles prévoyaient la mise en place d’un organisme de surveillance sous direction laïque chargé d’enquêter sur les évêques accusés d’inconduite. De nombreux catholiques aux Etats-Unis étaient dans l’attente de mesures concrètes, et ils sont aujourd’hui indignés. Pensez-vous que cette décision soit sage, ou pensez-vous que les évêques des Etats-Unis auraient dû pouvoir mettre en place leurs propres directives nationales et leur propre commission, de même que l’ont fait les évêques de France au début du mois ?
Cardinal Gerhard Müller : Il faut faire une distinction stricte entre les crimes sexuels et les enquêtes à leur sujet par la justice civile – aux yeux de laquelle tous les citoyens sont égaux (de telle sorte qu’une lex séparée pour l’Eglise catholique contredirait l’état moderne, démocratique du droit) – et les procédures canoniques visant les clercs, où l’autorité ecclésiastique établit les pénalités relatives à toute inconduite qui contredit frontalement l’éthique sacerdotale.
L’évêque dispose de la juridiction canonique vis-à-vis de chaque clerc au sein de son diocèse, en lien, pour les cas spéciaux, avec la Congrégation pour la Doctrine de la foi, qui agit de par l’autorité du pape. Si un évêque n’agit pas conformément à sa responsabilité, alors il peut être tenu pour responsable par le pape. Les conférences épiscopales peuvent établir des directives pour la prévention et pour les poursuites canoniques, ces deux choses constituant pour l’évêque dans son propre diocèse un instrument de valeur.
Nous devons garder l'esprit clair au milieu de cette situation de crise aux Etats-Unis. Nous n'arriverons à rien en nous aidant d’une loi de lynchage ou dans le cadre d’une suspicion générale visant l'épiscopat tout entier, ou « Rome ». Je ne considère pas que ce soit une bonne solution de voir les laïcs prendre le contrôle désormais, simplement parce que les évêques (comme le croient certains) ne sont pas capables de le faire de leurs propres forces. Nous ne pouvons pas compenser les manques en mettant sens dessus dessous la constitution hiérarchique-sacramentelle de l’Eglise. Catherine de Sienne en a appelé franchement et sans cesse aux consciences des papes et des évêques, mais elle ne les a pas remplacés dans leur position hiérarchique. C'est toute la différence avec Luther, à cause duquel nous souffrirons toujours de la scission de la chrétienté. Il serait important de voir la conférence des évêques des Etats-Unis assumer sa responsabilité avec indépendance et de manière autonome. Les évêques ne sont pas des employés du pape, sujets à des directives ; ils ne sont pas non plus, comme dans l'armée, des généraux qui doivent une obéissance absolue au haut commandement. Au contraire, ils portent ensemble avec le successeur de Pierre, en tant que pasteurs désigné par le Christ lui-même, la responsabilité de l'Eglise universelle. Mais nous pouvons attendre de Rome qu'elle serve l'unité dans la foi et dans la communion des sacrements. L’heure est à la bonne collaboration en vue de surmonter la crise, et non à la polarisation et au compromis, qui font qu'à Rome on est en colère à propos des évêques des Etats-Unis, et qu'aux Etats-Unis, les gens sont en colère à propos de Rome.
LifeSite : Une part essentielle des discussions au cours de la réunion de la conférence des évêques des Etats-Unis a continué de porter sur le scandale McCarrick, et sur le fait de savoir comment il a été possible qu'une personne comme McCarrick ait pu s'élever aux plus hautes sphères de l'Eglise catholique aux Etats-Unis, disposant par voie de conséquence d’une importante influence à Rome. Quelles sont vos propres réflexions sur l’affaire McCarrick et sur ce que l'Eglise devrait apprendre du fait qu'un réseau de silence ait entouré un homme qui au cours de sa vie, a constamment bravé les lois de l'Eglise en pratiquant l'homosexualité, en séduisant des séminaristes qui dépendaient de lui, les conduisant vers le péché, et pire que tout, en abusant de mineurs ?
Cardinal Gerhard Müller : Je ne le connais pas et je veux m'abstenir de tout jugement. J'espère qu'il aura bientôt un procès canonique à la Congrégation pour la foi, qui permette aussi de faire la lumière sur les crimes sexuels commis avec de jeunes séminaristes. Lorsque j'étais préfet de la Congrégation pour la foi (2012-2017) personne ne m'a rien dit de ce problème, très probablement parce qu'on aurait craint de ma part une réaction trop « rigide ». Que McCarrick, avec son clan et au moyen d'un réseau homosexuel, ait pu faire des ravages, telle une mafia, au sein de l'Eglise, cela est lié à la sous-estimation de la dépravation morale des actes homosexuels entre adultes. Même si à Rome on a supposément seulement eu connaissance de quelques rumeurs, il fallait enquêter sur l’affaire et vérifier la véracité des accusations, et s'abstenir également de toute promotion épiscopale au très important diocèse de la ville capitale, et s'abstenir de la même manière de le nommer cardinal de la Sainte Eglise romaine. Etant donné qu'en outre on a même acheté le silence de certains – ce qui constitue l'aveu de ses crimes sexuels à l'égard de jeunes hommes – toute personne raisonnable se demande comment une telle personne ait pu être conseiller du pape pour les nominations épiscopales. Je ne sais pas si cela est vrai, mais c'est une chose qu'il faut clarifier. Le mercenaire aide à chercher de bons pasteurs pour le troupeau de Dieu : nul ne peut comprendre cela. Dans un tel cas, il faut une explication publique très claire à propos de ces événements et des liens personnels, sans compter la question de savoir quel était le degré de connaissance des autorités ecclesiales impliquées à chaque étape. Une telle explication pourrait très bien inclure la reconnaissance d’une mauvaise évaluation des personnes et des situations.
LifeSite: Avez-vous au cours de ces cinq dernières années été témoin de cas où celui qui était alors le cardinal McCarrick s’est vu attribuer influence importante ou a été chargé de missions spécifiques, soit par le pape, soit par le Vatican ?
Cardinal Gerhard Müller : Comme je l'ai déjà dit, je n'étais informé de rien. On disait que la Congrégation de la foi était simplement responsable des abus sexuels sur mineurs, mais non des affaires concernant des adultes – comme si les infractions sexuelles commises par un clerc, soit avec un autre clerc ou bien avec un laïc ne constituaint pas également une grave violation de la foi et du caractère sacré des sacrements. J'ai insisté encore et encore pour dire que la conduite homosexuelle des clercs ne peut en aucun cas être tolérée ; et que la moralité sexuelle de l’Eglise ne saurait être relativisée par l'acceptation mondaine de l’homosexualité. Il faut également faire la différence entre la conduite peccamineuse dans un cas individuel, un crime, et une vie vécue dans un état peccamineux continuel.
LifeSite : L'un des problèmes de l’affaire McCarrick est que, en 2005 déjà, et en 2007, il y eut des règlements judiciaires pour certaines de ses victimes, et pourtant l'archidiocèse de Newark – à l'époque sous la conduite de Mgr John J. Meyers – n’en a pas informé le public, ni ses propres prêtres. Il a tu ainsi une information vitale pour ceux qui continuaient de travailler avec McCarrick ou qui lui faisait confiance. Il en a été de même pour le cardinal Joseph Tobin, lorsqu'il est devenu en janvier 2017 archevêque de Newark. A ma connaissance, ni Myers ni Tobin n'ont présenté d’excuses pour cette omission ni pour la rupture de la confiance à l'égard de leurs prêtres. Pensez-vous que l'archidiocèse aurait dû rendre publique l'existence de ces règlements judiciaires, spécialement dans la mesure où en 2002, la charte de Dallas avait exigé davantage de transparence ?
Cardinal Gerhard Müller : En des temps plus anciens, on partait du principe que de tels cas difficiles pouvaient être réglé de manière silencieuse et discrète. Mais cela permettait aussi au coupable de continuer d'abuser de la confiance de son évêque. Dans la situation actuelle, les catholiques et le public ont un droit moral de voir ces choses rendues publiques. Il ne s'agit pas d'accuser quiconque, mais de tirer les leçons des erreurs.
LifeSite : Un tel problème moral trouvera-t-il jamais une solution par la mise en place de nouvelles directives, ou avons-nous besoin dans l'Eglise d'une conversion plus profonde des cœurs ?
Cardinal Gerhard Müller : L'origine de toute cette crise se situe dans une sécularisation de l'Eglise et dans la réduction du prêtre au rôle de fonctionnaire. C'est au bout du compte l'athéisme qui s'est répandu au sein de l’Eglise. Conformément à cet esprit mauvais, la Révélation au sujet de la foi et de la morale est en train d’être adaptée au monde sans Dieu afin qu’elle n'interfère plus avec une vie menée selon les convoitises et les besoins de chacun. Seuls 5 % environ des coupables sont considérés comme souffrant de pédophilie pathétique [pathologique ? NDT], alors que la grande majorité des contrevenants ont largement piétiné le Sixième commandement en raison de leur propre immoralité, défiant ainsi de manière blasphématoire la sainte Volonté de Dieu.
LifeSite: Que pensez-vous de l’idée d'établir une nouvelle loi de l’Eglise proposant d’excommunier les prêtres coupables d’abus sexuels ?
Cardinal Gerhard Müller : L'excommunication est une peine coercitive qui doit être levée immédiatement en cas de repentir du coupable. Dans le cas d’abus sérieux et d'autres offenses à l'égard de la foi et de l'unité de l’Eglise, on peut imposer un renvoi permanent de l'état clérical, c'est-à-dire une interdiction permanente d’agir comme prêtre.
LifeSite : L'ancien code de droit canonique de 1917 définissait des peines précises encourues par le prêtre responsable d’abus, ainsi que par un prêtre activement homosexuel. Ces peines concrètes ont largement disparu du code de 1983 qui est plus vague et qui ne mentionne même plus explicitement les actes homosexuels. Pensez-vous, à la lumière de la grave crise des abus sexuels, que l'Eglise doive revenir à un ensemble plus rigoureux de peines automatiques dans ce type d'affaires ?
Cardinal Gerhard Müller : Ce fut une erreur désastreuse. Les contacts sexuels entre personnes du même sexe contredisent complètement et directement le sens et la finalité de la sexualité fondée dans la création. Ils sont l’expression d'un désir et d'un instinct désordonné, et en même temps le signe de la relation brisée entre l'homme et son Créateur depuis la chute de l’homme.
Le prêtre célibataire et le prêtre marié de rite oriental doivent être des modèles pour le troupeau et ils doivent aussi donner l’exemple de la rédemption qui englobe également le corps et les passions corporelles. Ce n'est pas la convoitise déchaînée de la satisfaction, mais le don de soi charnel et spirituel dans l’agapè à une personne de l'autre sexe qui constitue le sens et la finalité de la sexualité. Cela conduit à la responsabilité à l'égard de la famille et des enfants que Dieu a donnés.
LifeSite : Au cours de la récente réunion de Baltimore, le cardinal Blase Cupich a déclaré qu'il fallait « faire la différence » entre les actes sexuels consentis entre adultes et les abus sur mineurs, suggérant que les relations homosexuelles d'un prêtre avec un autre adulte ne constituent pas un problème majeur. Quelle est votre propre réponse à ce type d'approche ?
Cardinal Gerhard Müller : On peut tout différencier – et même se considérer alors comme un grand intellectuel – mais pas un péché grave qui exclut une personne du Royaume de Dieu, du moins en tant qu’évêque que le devoir contraint de ne pas afficher les goûts de son temps mais qui doit au contraire défendre la vérité des Evangiles. Il semble que le temps est venu où « les hommes ne supporteront plus la saine doctrine ; mais ils amasseront autour d’eux des docteurs selon leurs désirs ; et éprouvant aux oreilles une vive démangeaison, ils détourneront l’ouïe de la vérité, et ils la tourneront vers des fables » (2 Tim. 4, 3-4).
LifeSite : Dans le cadre de votre travail comme préfet de la CDF, vous aviez à surveiller les nombreux cas d’abus sexuels de la part du clergé sur lesquels la CDF a enquêté. Est-il vrai que la majorité des victimes dans ces affaires étaient des adolescents mâles ?
Cardinal Gerhard Müller : Plus de 80 % des victimes de ces délinquants sexuels sont des adolescents de sexe mâle. On ne peut pas en déduire, cependant, que la majorité des prêtres sont enclins à la fornication homosexuelle, mais au contraire, simplement que la majorité des délinquants ont recherché, dans le profond désordre de leur passion, des victimes mâles. De la totalité des statistiques relatives à cette criminalité, nous pouvons savoir que la majorité des responsables d'abus sexuels sont les parents proches, et même les pères à l'égard de leurs propres enfants. Mais nous ne pouvons pas en conclure que la majorité des pères sont enclins à de tels crimes. Il faut toujours faire très attention de ne pas faire de généralisation à partir de cas concrets de manière à ne pas tomber dans les slogans et les préjugés anticléricaux.
LifeSite : Si tel est le cas – et l'enquête sur les abus sexuels menés par les évêques d'Allemagne, tout comme le rapport John Jay – ont fait état de chiffres similaires, l'Eglise ne devrait-elle pas alors s'occuper plus directement du problème de la présence de prêtres homosexuels ?
Cardinal Gerhard Müller : De mon point de vue, il n'existe pas d'hommes homosexuels ni même de prêtres homosexuels. Dieu a créé l'être humain homme et femme. Mais il peut y avoir les hommes et des femmes ayant des passions désordonnées. La communion sexuelle a exclusivement sa place dans le mariage entre un homme et une femme. En dehors de cela, il n'existe que la fornication et l’abus de la sexualité, les deux choses soit avec des personnes du sexe opposé ou dans l’intensification contre nature du péché avec les personnes du même sexe. Seul celui qui a appris à se contrôler lui-même remplit la pré-condition morale en vue de la réception de l'ordination sacerdotale (voir 1 Tim. 3, 1-7).
LifeSite : Nous semblons actuellement confrontés à une situation dans l'Eglise où il ne semble même pas y avoir de consensus sur le fait que des prêtres ayant une activité homosexuelle jouent un rôle important dans la crise des abus sexuels. Même certains documents du Vatican continuent de parler de « pédophilie » ou de « cléricalisme » comme constituant l'essentiel du problème. Le journaliste italien Andrea Tornielli va jusqu’à prétendre que McCarrik n'avaient pas de relations homosexuelles, mais que tout cela consistait plutôt une manière d'exercer son pouvoir sur autrui. En même temps, nous en avons d'autres : tel le P. James Martin SJ, qui parcourt le monde (et qui a même été invité à la rencontre mondiale des familles en Irlande) pour promouvoir l'idée des « catholiques LGBT » et qui prétend même que certains saints étaient probablement homosexuels. Tout cela pour dire qu'il existe aujourd'hui une forte tendance au sein de l’Eglise à minimiser le caractère peccamineux des relations de même sexe. Etes-vous d’accord pour dire cela, et si c'est le cas, comment peut-on et doit-on y remédier ?
Cardinal Gerhard Müller : Cela fait partie de la crise que de refuser d’en voir les vraies causes et de les occulter à l’aide des termes de propagande du lobby homosexuel. La fornication avec des adolescentes et des adultes est un péché mortel qu’aucune puissance au monde ne peut qualifier de moralement neutre. C’est le travail du diable – contre lequel le pape François met fréquemment en garde – que de déclarer le péché, bon. « Quelques-uns abandonneront la foi, s’attachant à des esprits d’erreur et à des doctrines de démons, par suite de l’hypocrisie d’hommes proférant le mensonge et dont la conscience porte la marque de l’infamie (cautérisée) » (1 Tim. 4, 1 et ss.). Il est en effet absurde que subitement, des autorités ecclésiastiques utilisent les slogans de combat anti-Eglise des jacobins, des nazis et des communistes contre des prêtres sacramentellement ordonnés. Les prêtres ont l’autorité pour proclamer le les Évangiles et administrer les sacrements de la grâce. Si l'un d'entre eux abuse de sa juridiction en vue d'atteindre des buts égoïstes, il n'est pas lui-même clérical de manière exagérée, mais au contraire, il est plutôt anticlérical car il renie le Christ qui veut œuvrer à travers lui. L'abus sexuel de la part de clercs devrait donc être tout au plus qualifié d’anticlérical. Mais il est évident – et cela ne peut être nié que par celui qui veut demeurer aveugle – que les péchés contre le Sixième commandement du décalogue trouvent leurs racines dans des inclinations désordonnées et constituent ainsi des péchés de fornication qui excluent du Royaume de Dieu, du moins tant que l’on ne s'en est pas repenti et qu'on ne les a pas réparés, et tant que n'existe pas la ferme résolution d'éviter de tels péchés à l’avenir. Toute cette tentative d'obscurcissement de ces choses et un mauvais signe de la sécularisation de l’Eglise. On pense comme le monde, et non comme Dieu le veut.
LifeSite : Lors du récent synode sur la jeunesse à Rome, on a pu entendre un ton analogue. Le document de travail utilise pour la première fois le terme « LGBT » et le document final insiste sur la nécessité d'accueillir des homosexuels dans l’Eglise ; il a même rejeté « toute forme de discrimination » à leur encontre. Mais de telles déclarations ne sapent-elles pas en fait la pratique établie de l’Eglise de ne pas engager des homosexuels pratiquants, par exemple comme enseignant dans les écoles catholiques ?
Cardinal Gerhard Müller : L’idéologie LGBT est fondée sur une fausse anthropologie qui nie Dieu comme Créateur. Puisqu'elle est dans son principe athée, ou n'a peut-être de rapport avec une conception chrétienne de Dieu qu’à la marge, elle n’a aucune place dans les documents de l’Eglise. Il s'agit là d'un exemple de l'influence rampante de l'athéisme au sein de l’Eglise, qui a été responsable de la crise de l’Eglise pendant un demi-siècle. Malheureusement, il ne cesse pas de fonctionner dans les esprits de certains pasteurs qui, croyant naïvement être modernes, ne se rendent pas compte du poison qu’ils avalent jour après jour, et qu’ensuite ils proposent à boire aux autres.
LifeSite : Ne pouvons-nous pas dire maintenant que nous avons affaire à un fort « lobby gay » parmi les rangs de l'Eglise catholique ?
Cardinal Gerhard Müller : Je ne peux pas le savoir car de telles personnes ne se montrent pas à moi. Mais il se pourrait que cela leur ait fait plaisir que je ne sois plus chargé à la Congrégation pour la Doctrine de régler les affaires de crimes sexuels, spécialement aussi à l'encontre d'adolescents mâles.
LifeSite : Vous avez récemment révélé que, alors que vous travailliez à la Congrégation pour la Doctrine de la foi, le pape a mis sur pied une commission qui devait conseiller la CDF à propos des peines possibles pour les prêtres coupables d’abus sexuels. Cette commission a cependant eu tendance à se montrer plus indulgent à l’égard de tels prêtres, contrairement à vous qui souhaitiez la réduction à l'état laïc dans les cas graves (comme l'affaire du P. Mauro Inzoli). Il se trouve que le magazine jésuite America a révélé l'an dernier – au moment de votre renvoi de votre position de préfet de la CDF – que « nombre de cardinaux avaient demandé à François de renvoyer le cardinal Muller de ce poste parce qu'il avait à diverses occasions manifesté publiquement son désaccord où s'était éloigné des positions du pape, et ils avaient le sentiment que cela portait atteint à l’office et au magistère pontificaux ». Voyez-vous à titre personnel un lien possible entre vos normes plus strictes et votre attitude à l'égard des prêtres coupables d'abus sexuels et un groupe de cardinaux proches du pape qui souhaitaient une approche plus clémente ? Si ce n'est pas le cas, diriez-vous tout de même que vous avez été renvoyé en raison de votre défense plus ferme de l’orthodoxie ?
Cardinal Gerhard Müller : La primauté du pape est sapée par les sycophantes et les carriéristes à la cour pontificale – c'est ce que disait déjà le célèbre théologien Melchior Cano au XVIe siècle – et non par ceux qui conseillent le pape de manière compétente et responsable. S'il est vrai qu'il y a un groupe de cardinaux qui m'a accusé devant le pape d'idées déviantes, alors l'Eglise est en bien mauvais état. S'il s'était agi d’hommes courageux et droits, ils auraient parlé avec moi directement, et ils auraient su qu'en tant qu'évêque et cardinal je dois représenter l'enseignement de la foi catholique, et non pour justifier les opinions privées différentes d'un pape. Son autorité s’étend à la foi révélée de l'Eglise catholique et non aux opinions théologiques individuelles – les siennes ou celles de ses conseillers. Ils peuvent peut-être m’accuser d’interpréter Amoris laetitia d'une manière orthodoxe, mais ils ne peuvent pas prouver que je dévie de la doctrine catholique. En outre, il est irritant de voir des personnes sans éducation théologique promues au rang d’évêques qui à leur tour, pensent devoir en remercier le pape au moyen d’une soumission puérile. Peut-être auraient-ils pu lire mon livre Le pape, mission et mandat (édition Herder Verlag, disponible en allemand et en espagnol ; les traductions italiennes et anglaises sont en voie de réalisation). Nous pourrions alors continuer de discuter à ce niveau-là.
Le magistère des évêques et du pape est établi sous la parole de Dieu dans la Sainte Ecriture et la Tradition, et Le sert. Il n'est pas du tout catholique de dire que le pape en tant que personne individuelle reçoit la Révélation directement du Saint Esprit est qu'il peut désormais l’interpréter selon ses propres caprices, tous les autres devant le suivre, aveugles et sourds. Amoris laetitia doit être absolument en accord avec la Révélation, et ce n'est pas à nous d’être en accord avec Amoris laetitia, du moins pas dans l'interprétation qui contredit, de manière hérétique, la Parole de Dieu. Et ce serait un abus de pouvoir que de sanctionner ceux qui insistent pour une interprétation orthodoxe de cette exhortation apostolique et de tous les documents magistériels pontificaux. Seul celui qui est en état de grâce peut aussi recevoir avec fruit la sainte communion. Cette vérité révélée ne peut être renversée par aucune puissance au monde, et aucun catholique ne peut jamais croire le contraire, ni être obligé d'accepter le contraire.
LifeSite : Dans quel domaine avez-vous été vous-même en tant que préfet de la CDF le plus opposé à des innovations proposées pour l’Eglise ? Quels éléments de votre témoignage vous paraissent, avec le recul, avoir contribué le plus à votre renvoi et au fait que vous avez été traité de manière telle qu'on ne vous a même pas donnée une autre charge au Vatican ?
Cardinal Gerhard Müller : Je ne me suis opposé à aucune innovation ou réforme. Parce que la réforme signifie le renouveau dans le Christ, et non l'adaptation au monde. On ne m'a pas dit la raison du non renouvellement de mon mandat. Cela est inhabituel parce que le pape laisse par ailleurs tous les préfets continuer leur travail. Il n'y a pas de raison que l'on oserait évoquer sans se rendre ridicule. On ne peut, après tout, déclarer en contredisant frontalement Benoît XVI, que Müller manque des qualifications théologiques suffisantes, qu’il n'est pas orthodoxe, ou qu’il est négligent dans la poursuite des crimes contre la foi et dans les cas de crimes sexuels. C'est pourquoi on préfère rester silencieux et laisser les médias de la gauche libérale faire des commentaires rancuniers et d'une malveillante satisfaction.
LifeSite : Certains observateurs comparent actuellement votre renvoi de votre position importante au Vatican – qui est certainement dû, aussi, à votre propre résistance polie à propos d’Amoris laetitia – avec le traitement indulgent réservé à quelqu’un comme l'ancien cardinal McCarrick. Même aujourd’hui, il n'a jusqu’ici même pas été réduit à l'état laïc, en dépit de sa conduite criminelle. Ainsi certains peuvent penser que ceux qui tentent de préserver l'enseignement catholique sur le mariage et la famille tel qu'il a toujours été enseigné sont mis de côté, tandis que ceux qui favorise les innovations dans ce domaine moral bénéficient d’un traitement indulgent, voire sont promus – tels le cardinal Cupich et le P. James Martin. Souhaitez-vous commenter cela ?
Cardinal Gerhard Müller : Chacun peut réfléchir aux critères selon lesquels certains sont promus et protégés, tandis que d’autres sont combattus et éliminés.
LifeSite : Dans le contexte de l'apparente suppression des ecclésiastiques orthodoxes et de la promotion de représentants progressistes, le père Ansgar Wucherpfennig, SJ, vient de recevoir du Vatican la permission de reprendre sa position de recteur d’une école universitaire de troisième degré jésuite à Francfort, malgré le fait qu'il soutient l'ordination des femmes et la bénédiction des couples homosexuels. On lui demande même de publier des articles sur ces sujets. Quel serait votre commentaire à ce propos ?
Cardinal Gerhard Müller : C'est un exemple de la manière dont l'autorité de l'Eglise romaine se sape elle-même, et dont les connaissances expertes et claires de la congrégation pour la foi sont mises de côté. Si ce prêtre qualifie la bénédiction de relations homosexuelles de développement plus avant de la doctrine, au service de laquelle il continue de travailler, ce n'est rien d'autre que la présence de l’athéisme au sein du christianisme. Il ne nie pas théoriquement l'existence de Dieu, mais plutôt, il lui dénie d'être la source de la moralité en présentant ce qui est péché devant Dieu comme une bénédiction.
Le fait que le récipiendaire du sacrement de l’ordre doive être de sexe mâle n'est pas le résultat de circonstances culturelles ou d'une loi de l’Eglise, positive mais modifiable, il est au contraire fondé dans la nature de ce sacrement et dans son institution divine, de même que la nature du sacrement du mariage requiert la différence des deux sexes.
LifeSite : A partir de vos observations, pensez-vous que l'Eglise se rapproche du moment où elle aura un contrôle suffisant et cohérent sur la crise des abus, et qu'elle a trouvé le bon remède, et si ce n’est pas le cas quel est à votre avis à ce stade le plus important obstacle à une amélioration substantielle ? Comment l'Eglise peut-elle regagner la confiance des familles catholiques ?
Cardinal Gerhard Müller : Toute l’Eglise, avec ses prêtres et ses évêques, doit plaire à Dieu plutôt qu'à l'homme. L'obéissance dans la foi est notre salut.
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Propos recueillis par Maike Hickson, traduction par Jeanne Smits ( cf evangelium-vitae.org)
LifeSite : Les évêques des Etats-Unis viennent d’achever leur session d’automne à Baltimore ; à cette occasion ils n’ont pas été autorisés à voter sur les directives nationales à propos de l’implication épiscopale dans des cas d’abus sexuels (que ce soit par commission ou par omission ou par occultation), parce que le Vatican leur a dit de ne pas le faire. Les nouvelles directives auraient été notamment constituées d’un code de conduite et elles prévoyaient la mise en place d’un organisme de surveillance sous direction laïque chargé d’enquêter sur les évêques accusés d’inconduite. De nombreux catholiques aux Etats-Unis étaient dans l’attente de mesures concrètes, et ils sont aujourd’hui indignés. Pensez-vous que cette décision soit sage, ou pensez-vous que les évêques des Etats-Unis auraient dû pouvoir mettre en place leurs propres directives nationales et leur propre commission, de même que l’ont fait les évêques de France au début du mois ?
Cardinal Gerhard Müller : Il faut faire une distinction stricte entre les crimes sexuels et les enquêtes à leur sujet par la justice civile – aux yeux de laquelle tous les citoyens sont égaux (de telle sorte qu’une lex séparée pour l’Eglise catholique contredirait l’état moderne, démocratique du droit) – et les procédures canoniques visant les clercs, où l’autorité ecclésiastique établit les pénalités relatives à toute inconduite qui contredit frontalement l’éthique sacerdotale.
L’évêque dispose de la juridiction canonique vis-à-vis de chaque clerc au sein de son diocèse, en lien, pour les cas spéciaux, avec la Congrégation pour la Doctrine de la foi, qui agit de par l’autorité du pape. Si un évêque n’agit pas conformément à sa responsabilité, alors il peut être tenu pour responsable par le pape. Les conférences épiscopales peuvent établir des directives pour la prévention et pour les poursuites canoniques, ces deux choses constituant pour l’évêque dans son propre diocèse un instrument de valeur.
Nous devons garder l'esprit clair au milieu de cette situation de crise aux Etats-Unis. Nous n'arriverons à rien en nous aidant d’une loi de lynchage ou dans le cadre d’une suspicion générale visant l'épiscopat tout entier, ou « Rome ». Je ne considère pas que ce soit une bonne solution de voir les laïcs prendre le contrôle désormais, simplement parce que les évêques (comme le croient certains) ne sont pas capables de le faire de leurs propres forces. Nous ne pouvons pas compenser les manques en mettant sens dessus dessous la constitution hiérarchique-sacramentelle de l’Eglise. Catherine de Sienne en a appelé franchement et sans cesse aux consciences des papes et des évêques, mais elle ne les a pas remplacés dans leur position hiérarchique. C'est toute la différence avec Luther, à cause duquel nous souffrirons toujours de la scission de la chrétienté. Il serait important de voir la conférence des évêques des Etats-Unis assumer sa responsabilité avec indépendance et de manière autonome. Les évêques ne sont pas des employés du pape, sujets à des directives ; ils ne sont pas non plus, comme dans l'armée, des généraux qui doivent une obéissance absolue au haut commandement. Au contraire, ils portent ensemble avec le successeur de Pierre, en tant que pasteurs désigné par le Christ lui-même, la responsabilité de l'Eglise universelle. Mais nous pouvons attendre de Rome qu'elle serve l'unité dans la foi et dans la communion des sacrements. L’heure est à la bonne collaboration en vue de surmonter la crise, et non à la polarisation et au compromis, qui font qu'à Rome on est en colère à propos des évêques des Etats-Unis, et qu'aux Etats-Unis, les gens sont en colère à propos de Rome.
LifeSite : Une part essentielle des discussions au cours de la réunion de la conférence des évêques des Etats-Unis a continué de porter sur le scandale McCarrick, et sur le fait de savoir comment il a été possible qu'une personne comme McCarrick ait pu s'élever aux plus hautes sphères de l'Eglise catholique aux Etats-Unis, disposant par voie de conséquence d’une importante influence à Rome. Quelles sont vos propres réflexions sur l’affaire McCarrick et sur ce que l'Eglise devrait apprendre du fait qu'un réseau de silence ait entouré un homme qui au cours de sa vie, a constamment bravé les lois de l'Eglise en pratiquant l'homosexualité, en séduisant des séminaristes qui dépendaient de lui, les conduisant vers le péché, et pire que tout, en abusant de mineurs ?
Cardinal Gerhard Müller : Je ne le connais pas et je veux m'abstenir de tout jugement. J'espère qu'il aura bientôt un procès canonique à la Congrégation pour la foi, qui permette aussi de faire la lumière sur les crimes sexuels commis avec de jeunes séminaristes. Lorsque j'étais préfet de la Congrégation pour la foi (2012-2017) personne ne m'a rien dit de ce problème, très probablement parce qu'on aurait craint de ma part une réaction trop « rigide ». Que McCarrick, avec son clan et au moyen d'un réseau homosexuel, ait pu faire des ravages, telle une mafia, au sein de l'Eglise, cela est lié à la sous-estimation de la dépravation morale des actes homosexuels entre adultes. Même si à Rome on a supposément seulement eu connaissance de quelques rumeurs, il fallait enquêter sur l’affaire et vérifier la véracité des accusations, et s'abstenir également de toute promotion épiscopale au très important diocèse de la ville capitale, et s'abstenir de la même manière de le nommer cardinal de la Sainte Eglise romaine. Etant donné qu'en outre on a même acheté le silence de certains – ce qui constitue l'aveu de ses crimes sexuels à l'égard de jeunes hommes – toute personne raisonnable se demande comment une telle personne ait pu être conseiller du pape pour les nominations épiscopales. Je ne sais pas si cela est vrai, mais c'est une chose qu'il faut clarifier. Le mercenaire aide à chercher de bons pasteurs pour le troupeau de Dieu : nul ne peut comprendre cela. Dans un tel cas, il faut une explication publique très claire à propos de ces événements et des liens personnels, sans compter la question de savoir quel était le degré de connaissance des autorités ecclesiales impliquées à chaque étape. Une telle explication pourrait très bien inclure la reconnaissance d’une mauvaise évaluation des personnes et des situations.
LifeSite: Avez-vous au cours de ces cinq dernières années été témoin de cas où celui qui était alors le cardinal McCarrick s’est vu attribuer influence importante ou a été chargé de missions spécifiques, soit par le pape, soit par le Vatican ?
Cardinal Gerhard Müller : Comme je l'ai déjà dit, je n'étais informé de rien. On disait que la Congrégation de la foi était simplement responsable des abus sexuels sur mineurs, mais non des affaires concernant des adultes – comme si les infractions sexuelles commises par un clerc, soit avec un autre clerc ou bien avec un laïc ne constituaint pas également une grave violation de la foi et du caractère sacré des sacrements. J'ai insisté encore et encore pour dire que la conduite homosexuelle des clercs ne peut en aucun cas être tolérée ; et que la moralité sexuelle de l’Eglise ne saurait être relativisée par l'acceptation mondaine de l’homosexualité. Il faut également faire la différence entre la conduite peccamineuse dans un cas individuel, un crime, et une vie vécue dans un état peccamineux continuel.
LifeSite : L'un des problèmes de l’affaire McCarrick est que, en 2005 déjà, et en 2007, il y eut des règlements judiciaires pour certaines de ses victimes, et pourtant l'archidiocèse de Newark – à l'époque sous la conduite de Mgr John J. Meyers – n’en a pas informé le public, ni ses propres prêtres. Il a tu ainsi une information vitale pour ceux qui continuaient de travailler avec McCarrick ou qui lui faisait confiance. Il en a été de même pour le cardinal Joseph Tobin, lorsqu'il est devenu en janvier 2017 archevêque de Newark. A ma connaissance, ni Myers ni Tobin n'ont présenté d’excuses pour cette omission ni pour la rupture de la confiance à l'égard de leurs prêtres. Pensez-vous que l'archidiocèse aurait dû rendre publique l'existence de ces règlements judiciaires, spécialement dans la mesure où en 2002, la charte de Dallas avait exigé davantage de transparence ?
Cardinal Gerhard Müller : En des temps plus anciens, on partait du principe que de tels cas difficiles pouvaient être réglé de manière silencieuse et discrète. Mais cela permettait aussi au coupable de continuer d'abuser de la confiance de son évêque. Dans la situation actuelle, les catholiques et le public ont un droit moral de voir ces choses rendues publiques. Il ne s'agit pas d'accuser quiconque, mais de tirer les leçons des erreurs.
LifeSite : Un tel problème moral trouvera-t-il jamais une solution par la mise en place de nouvelles directives, ou avons-nous besoin dans l'Eglise d'une conversion plus profonde des cœurs ?
Cardinal Gerhard Müller : L'origine de toute cette crise se situe dans une sécularisation de l'Eglise et dans la réduction du prêtre au rôle de fonctionnaire. C'est au bout du compte l'athéisme qui s'est répandu au sein de l’Eglise. Conformément à cet esprit mauvais, la Révélation au sujet de la foi et de la morale est en train d’être adaptée au monde sans Dieu afin qu’elle n'interfère plus avec une vie menée selon les convoitises et les besoins de chacun. Seuls 5 % environ des coupables sont considérés comme souffrant de pédophilie pathétique [pathologique ? NDT], alors que la grande majorité des contrevenants ont largement piétiné le Sixième commandement en raison de leur propre immoralité, défiant ainsi de manière blasphématoire la sainte Volonté de Dieu.
LifeSite: Que pensez-vous de l’idée d'établir une nouvelle loi de l’Eglise proposant d’excommunier les prêtres coupables d’abus sexuels ?
Cardinal Gerhard Müller : L'excommunication est une peine coercitive qui doit être levée immédiatement en cas de repentir du coupable. Dans le cas d’abus sérieux et d'autres offenses à l'égard de la foi et de l'unité de l’Eglise, on peut imposer un renvoi permanent de l'état clérical, c'est-à-dire une interdiction permanente d’agir comme prêtre.
LifeSite : L'ancien code de droit canonique de 1917 définissait des peines précises encourues par le prêtre responsable d’abus, ainsi que par un prêtre activement homosexuel. Ces peines concrètes ont largement disparu du code de 1983 qui est plus vague et qui ne mentionne même plus explicitement les actes homosexuels. Pensez-vous, à la lumière de la grave crise des abus sexuels, que l'Eglise doive revenir à un ensemble plus rigoureux de peines automatiques dans ce type d'affaires ?
Cardinal Gerhard Müller : Ce fut une erreur désastreuse. Les contacts sexuels entre personnes du même sexe contredisent complètement et directement le sens et la finalité de la sexualité fondée dans la création. Ils sont l’expression d'un désir et d'un instinct désordonné, et en même temps le signe de la relation brisée entre l'homme et son Créateur depuis la chute de l’homme.
Le prêtre célibataire et le prêtre marié de rite oriental doivent être des modèles pour le troupeau et ils doivent aussi donner l’exemple de la rédemption qui englobe également le corps et les passions corporelles. Ce n'est pas la convoitise déchaînée de la satisfaction, mais le don de soi charnel et spirituel dans l’agapè à une personne de l'autre sexe qui constitue le sens et la finalité de la sexualité. Cela conduit à la responsabilité à l'égard de la famille et des enfants que Dieu a donnés.
LifeSite : Au cours de la récente réunion de Baltimore, le cardinal Blase Cupich a déclaré qu'il fallait « faire la différence » entre les actes sexuels consentis entre adultes et les abus sur mineurs, suggérant que les relations homosexuelles d'un prêtre avec un autre adulte ne constituent pas un problème majeur. Quelle est votre propre réponse à ce type d'approche ?
Cardinal Gerhard Müller : On peut tout différencier – et même se considérer alors comme un grand intellectuel – mais pas un péché grave qui exclut une personne du Royaume de Dieu, du moins en tant qu’évêque que le devoir contraint de ne pas afficher les goûts de son temps mais qui doit au contraire défendre la vérité des Evangiles. Il semble que le temps est venu où « les hommes ne supporteront plus la saine doctrine ; mais ils amasseront autour d’eux des docteurs selon leurs désirs ; et éprouvant aux oreilles une vive démangeaison, ils détourneront l’ouïe de la vérité, et ils la tourneront vers des fables » (2 Tim. 4, 3-4).
LifeSite : Dans le cadre de votre travail comme préfet de la CDF, vous aviez à surveiller les nombreux cas d’abus sexuels de la part du clergé sur lesquels la CDF a enquêté. Est-il vrai que la majorité des victimes dans ces affaires étaient des adolescents mâles ?
Cardinal Gerhard Müller : Plus de 80 % des victimes de ces délinquants sexuels sont des adolescents de sexe mâle. On ne peut pas en déduire, cependant, que la majorité des prêtres sont enclins à la fornication homosexuelle, mais au contraire, simplement que la majorité des délinquants ont recherché, dans le profond désordre de leur passion, des victimes mâles. De la totalité des statistiques relatives à cette criminalité, nous pouvons savoir que la majorité des responsables d'abus sexuels sont les parents proches, et même les pères à l'égard de leurs propres enfants. Mais nous ne pouvons pas en conclure que la majorité des pères sont enclins à de tels crimes. Il faut toujours faire très attention de ne pas faire de généralisation à partir de cas concrets de manière à ne pas tomber dans les slogans et les préjugés anticléricaux.
LifeSite : Si tel est le cas – et l'enquête sur les abus sexuels menés par les évêques d'Allemagne, tout comme le rapport John Jay – ont fait état de chiffres similaires, l'Eglise ne devrait-elle pas alors s'occuper plus directement du problème de la présence de prêtres homosexuels ?
Cardinal Gerhard Müller : De mon point de vue, il n'existe pas d'hommes homosexuels ni même de prêtres homosexuels. Dieu a créé l'être humain homme et femme. Mais il peut y avoir les hommes et des femmes ayant des passions désordonnées. La communion sexuelle a exclusivement sa place dans le mariage entre un homme et une femme. En dehors de cela, il n'existe que la fornication et l’abus de la sexualité, les deux choses soit avec des personnes du sexe opposé ou dans l’intensification contre nature du péché avec les personnes du même sexe. Seul celui qui a appris à se contrôler lui-même remplit la pré-condition morale en vue de la réception de l'ordination sacerdotale (voir 1 Tim. 3, 1-7).
LifeSite : Nous semblons actuellement confrontés à une situation dans l'Eglise où il ne semble même pas y avoir de consensus sur le fait que des prêtres ayant une activité homosexuelle jouent un rôle important dans la crise des abus sexuels. Même certains documents du Vatican continuent de parler de « pédophilie » ou de « cléricalisme » comme constituant l'essentiel du problème. Le journaliste italien Andrea Tornielli va jusqu’à prétendre que McCarrik n'avaient pas de relations homosexuelles, mais que tout cela consistait plutôt une manière d'exercer son pouvoir sur autrui. En même temps, nous en avons d'autres : tel le P. James Martin SJ, qui parcourt le monde (et qui a même été invité à la rencontre mondiale des familles en Irlande) pour promouvoir l'idée des « catholiques LGBT » et qui prétend même que certains saints étaient probablement homosexuels. Tout cela pour dire qu'il existe aujourd'hui une forte tendance au sein de l’Eglise à minimiser le caractère peccamineux des relations de même sexe. Etes-vous d’accord pour dire cela, et si c'est le cas, comment peut-on et doit-on y remédier ?
Cardinal Gerhard Müller : Cela fait partie de la crise que de refuser d’en voir les vraies causes et de les occulter à l’aide des termes de propagande du lobby homosexuel. La fornication avec des adolescentes et des adultes est un péché mortel qu’aucune puissance au monde ne peut qualifier de moralement neutre. C’est le travail du diable – contre lequel le pape François met fréquemment en garde – que de déclarer le péché, bon. « Quelques-uns abandonneront la foi, s’attachant à des esprits d’erreur et à des doctrines de démons, par suite de l’hypocrisie d’hommes proférant le mensonge et dont la conscience porte la marque de l’infamie (cautérisée) » (1 Tim. 4, 1 et ss.). Il est en effet absurde que subitement, des autorités ecclésiastiques utilisent les slogans de combat anti-Eglise des jacobins, des nazis et des communistes contre des prêtres sacramentellement ordonnés. Les prêtres ont l’autorité pour proclamer le les Évangiles et administrer les sacrements de la grâce. Si l'un d'entre eux abuse de sa juridiction en vue d'atteindre des buts égoïstes, il n'est pas lui-même clérical de manière exagérée, mais au contraire, il est plutôt anticlérical car il renie le Christ qui veut œuvrer à travers lui. L'abus sexuel de la part de clercs devrait donc être tout au plus qualifié d’anticlérical. Mais il est évident – et cela ne peut être nié que par celui qui veut demeurer aveugle – que les péchés contre le Sixième commandement du décalogue trouvent leurs racines dans des inclinations désordonnées et constituent ainsi des péchés de fornication qui excluent du Royaume de Dieu, du moins tant que l’on ne s'en est pas repenti et qu'on ne les a pas réparés, et tant que n'existe pas la ferme résolution d'éviter de tels péchés à l’avenir. Toute cette tentative d'obscurcissement de ces choses et un mauvais signe de la sécularisation de l’Eglise. On pense comme le monde, et non comme Dieu le veut.
LifeSite : Lors du récent synode sur la jeunesse à Rome, on a pu entendre un ton analogue. Le document de travail utilise pour la première fois le terme « LGBT » et le document final insiste sur la nécessité d'accueillir des homosexuels dans l’Eglise ; il a même rejeté « toute forme de discrimination » à leur encontre. Mais de telles déclarations ne sapent-elles pas en fait la pratique établie de l’Eglise de ne pas engager des homosexuels pratiquants, par exemple comme enseignant dans les écoles catholiques ?
Cardinal Gerhard Müller : L’idéologie LGBT est fondée sur une fausse anthropologie qui nie Dieu comme Créateur. Puisqu'elle est dans son principe athée, ou n'a peut-être de rapport avec une conception chrétienne de Dieu qu’à la marge, elle n’a aucune place dans les documents de l’Eglise. Il s'agit là d'un exemple de l'influence rampante de l'athéisme au sein de l’Eglise, qui a été responsable de la crise de l’Eglise pendant un demi-siècle. Malheureusement, il ne cesse pas de fonctionner dans les esprits de certains pasteurs qui, croyant naïvement être modernes, ne se rendent pas compte du poison qu’ils avalent jour après jour, et qu’ensuite ils proposent à boire aux autres.
LifeSite : Ne pouvons-nous pas dire maintenant que nous avons affaire à un fort « lobby gay » parmi les rangs de l'Eglise catholique ?
Cardinal Gerhard Müller : Je ne peux pas le savoir car de telles personnes ne se montrent pas à moi. Mais il se pourrait que cela leur ait fait plaisir que je ne sois plus chargé à la Congrégation pour la Doctrine de régler les affaires de crimes sexuels, spécialement aussi à l'encontre d'adolescents mâles.
LifeSite : Vous avez récemment révélé que, alors que vous travailliez à la Congrégation pour la Doctrine de la foi, le pape a mis sur pied une commission qui devait conseiller la CDF à propos des peines possibles pour les prêtres coupables d’abus sexuels. Cette commission a cependant eu tendance à se montrer plus indulgent à l’égard de tels prêtres, contrairement à vous qui souhaitiez la réduction à l'état laïc dans les cas graves (comme l'affaire du P. Mauro Inzoli). Il se trouve que le magazine jésuite America a révélé l'an dernier – au moment de votre renvoi de votre position de préfet de la CDF – que « nombre de cardinaux avaient demandé à François de renvoyer le cardinal Muller de ce poste parce qu'il avait à diverses occasions manifesté publiquement son désaccord où s'était éloigné des positions du pape, et ils avaient le sentiment que cela portait atteint à l’office et au magistère pontificaux ». Voyez-vous à titre personnel un lien possible entre vos normes plus strictes et votre attitude à l'égard des prêtres coupables d'abus sexuels et un groupe de cardinaux proches du pape qui souhaitaient une approche plus clémente ? Si ce n'est pas le cas, diriez-vous tout de même que vous avez été renvoyé en raison de votre défense plus ferme de l’orthodoxie ?
Cardinal Gerhard Müller : La primauté du pape est sapée par les sycophantes et les carriéristes à la cour pontificale – c'est ce que disait déjà le célèbre théologien Melchior Cano au XVIe siècle – et non par ceux qui conseillent le pape de manière compétente et responsable. S'il est vrai qu'il y a un groupe de cardinaux qui m'a accusé devant le pape d'idées déviantes, alors l'Eglise est en bien mauvais état. S'il s'était agi d’hommes courageux et droits, ils auraient parlé avec moi directement, et ils auraient su qu'en tant qu'évêque et cardinal je dois représenter l'enseignement de la foi catholique, et non pour justifier les opinions privées différentes d'un pape. Son autorité s’étend à la foi révélée de l'Eglise catholique et non aux opinions théologiques individuelles – les siennes ou celles de ses conseillers. Ils peuvent peut-être m’accuser d’interpréter Amoris laetitia d'une manière orthodoxe, mais ils ne peuvent pas prouver que je dévie de la doctrine catholique. En outre, il est irritant de voir des personnes sans éducation théologique promues au rang d’évêques qui à leur tour, pensent devoir en remercier le pape au moyen d’une soumission puérile. Peut-être auraient-ils pu lire mon livre Le pape, mission et mandat (édition Herder Verlag, disponible en allemand et en espagnol ; les traductions italiennes et anglaises sont en voie de réalisation). Nous pourrions alors continuer de discuter à ce niveau-là.
Le magistère des évêques et du pape est établi sous la parole de Dieu dans la Sainte Ecriture et la Tradition, et Le sert. Il n'est pas du tout catholique de dire que le pape en tant que personne individuelle reçoit la Révélation directement du Saint Esprit est qu'il peut désormais l’interpréter selon ses propres caprices, tous les autres devant le suivre, aveugles et sourds. Amoris laetitia doit être absolument en accord avec la Révélation, et ce n'est pas à nous d’être en accord avec Amoris laetitia, du moins pas dans l'interprétation qui contredit, de manière hérétique, la Parole de Dieu. Et ce serait un abus de pouvoir que de sanctionner ceux qui insistent pour une interprétation orthodoxe de cette exhortation apostolique et de tous les documents magistériels pontificaux. Seul celui qui est en état de grâce peut aussi recevoir avec fruit la sainte communion. Cette vérité révélée ne peut être renversée par aucune puissance au monde, et aucun catholique ne peut jamais croire le contraire, ni être obligé d'accepter le contraire.
LifeSite : Dans quel domaine avez-vous été vous-même en tant que préfet de la CDF le plus opposé à des innovations proposées pour l’Eglise ? Quels éléments de votre témoignage vous paraissent, avec le recul, avoir contribué le plus à votre renvoi et au fait que vous avez été traité de manière telle qu'on ne vous a même pas donnée une autre charge au Vatican ?
Cardinal Gerhard Müller : Je ne me suis opposé à aucune innovation ou réforme. Parce que la réforme signifie le renouveau dans le Christ, et non l'adaptation au monde. On ne m'a pas dit la raison du non renouvellement de mon mandat. Cela est inhabituel parce que le pape laisse par ailleurs tous les préfets continuer leur travail. Il n'y a pas de raison que l'on oserait évoquer sans se rendre ridicule. On ne peut, après tout, déclarer en contredisant frontalement Benoît XVI, que Müller manque des qualifications théologiques suffisantes, qu’il n'est pas orthodoxe, ou qu’il est négligent dans la poursuite des crimes contre la foi et dans les cas de crimes sexuels. C'est pourquoi on préfère rester silencieux et laisser les médias de la gauche libérale faire des commentaires rancuniers et d'une malveillante satisfaction.
LifeSite : Certains observateurs comparent actuellement votre renvoi de votre position importante au Vatican – qui est certainement dû, aussi, à votre propre résistance polie à propos d’Amoris laetitia – avec le traitement indulgent réservé à quelqu’un comme l'ancien cardinal McCarrick. Même aujourd’hui, il n'a jusqu’ici même pas été réduit à l'état laïc, en dépit de sa conduite criminelle. Ainsi certains peuvent penser que ceux qui tentent de préserver l'enseignement catholique sur le mariage et la famille tel qu'il a toujours été enseigné sont mis de côté, tandis que ceux qui favorise les innovations dans ce domaine moral bénéficient d’un traitement indulgent, voire sont promus – tels le cardinal Cupich et le P. James Martin. Souhaitez-vous commenter cela ?
Cardinal Gerhard Müller : Chacun peut réfléchir aux critères selon lesquels certains sont promus et protégés, tandis que d’autres sont combattus et éliminés.
LifeSite : Dans le contexte de l'apparente suppression des ecclésiastiques orthodoxes et de la promotion de représentants progressistes, le père Ansgar Wucherpfennig, SJ, vient de recevoir du Vatican la permission de reprendre sa position de recteur d’une école universitaire de troisième degré jésuite à Francfort, malgré le fait qu'il soutient l'ordination des femmes et la bénédiction des couples homosexuels. On lui demande même de publier des articles sur ces sujets. Quel serait votre commentaire à ce propos ?
Cardinal Gerhard Müller : C'est un exemple de la manière dont l'autorité de l'Eglise romaine se sape elle-même, et dont les connaissances expertes et claires de la congrégation pour la foi sont mises de côté. Si ce prêtre qualifie la bénédiction de relations homosexuelles de développement plus avant de la doctrine, au service de laquelle il continue de travailler, ce n'est rien d'autre que la présence de l’athéisme au sein du christianisme. Il ne nie pas théoriquement l'existence de Dieu, mais plutôt, il lui dénie d'être la source de la moralité en présentant ce qui est péché devant Dieu comme une bénédiction.
Le fait que le récipiendaire du sacrement de l’ordre doive être de sexe mâle n'est pas le résultat de circonstances culturelles ou d'une loi de l’Eglise, positive mais modifiable, il est au contraire fondé dans la nature de ce sacrement et dans son institution divine, de même que la nature du sacrement du mariage requiert la différence des deux sexes.
LifeSite : A partir de vos observations, pensez-vous que l'Eglise se rapproche du moment où elle aura un contrôle suffisant et cohérent sur la crise des abus, et qu'elle a trouvé le bon remède, et si ce n’est pas le cas quel est à votre avis à ce stade le plus important obstacle à une amélioration substantielle ? Comment l'Eglise peut-elle regagner la confiance des familles catholiques ?
Cardinal Gerhard Müller : Toute l’Eglise, avec ses prêtres et ses évêques, doit plaire à Dieu plutôt qu'à l'homme. L'obéissance dans la foi est notre salut.
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Propos recueillis par Maike Hickson, traduction par Jeanne Smits ( cf evangelium-vitae.org)
CUIDAR DA TERRA, NOSSA CASA COMUM
"É
verdade que toda a criação é uma manifestação do amor imenso de Deus para
connosco; por isso podemos também contemplar a Deus por meio dos dons da
natureza. Compartilho a tua consternação pelos abusos que danificam o nosso
planeta, a nossa casa comum, com graves consequências também sobre o clima.
Como justamente recordaste, os maiores impactos recaem frequentemente sobre as
pessoas mais vulneráveis e com menos recursos, que se veem forçadas a emigrar
para se salvar dos efeitos das mudanças climáticas. Como dizemos na nossa
terra, na minha terra: «No fim quem acaba por pagar a festa grande são os
pobres». Todos somos responsáveis pela salvaguarda da criação, e de modo
particular nós cristãos. O nosso estilo de vida, os nossos comportamentos devem
ser coerentes com a nossa fé. Somos chamados a cultivar uma harmonia com nós
mesmos e com os outros, mas também com Deus e com a obra das suas mãos." (Papa
Francisco, 31.X.2016, Suécia )
O que podemos ler na REGRA DA MSM:
" O Universo criado por Deus é um todo harmonioso ordenado para a glória de Cristo Rei,e, por Cristo, para louvor da Santíssima Trindade. A criação é luz, ordem e hierarquia..." ( Prólogo, 2 )
O que podemos ler na REGRA DA MSM:
" O Universo criado por Deus é um todo harmonioso ordenado para a glória de Cristo Rei,e, por Cristo, para louvor da Santíssima Trindade. A criação é luz, ordem e hierarquia..." ( Prólogo, 2 )
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
CUIDAR DA TERRA, NOSSA CASA COMUM
O AZEVINHO, espécie autóctone protegida. Neste Natal respeite a NOSSA CASA COMUM: não colha Azevinho nos montados nem compre sem se certificar da origem da colheita.
domingo, 25 de novembro de 2018
SOLENIDADE DE CRISTO REI
Le Christ-Roi, homélie
En 1925, le pape Pie XI publiait l'encyclique Quas Primas, dans laquelle il instituait la fête du Christ-Roi. Il voulait ainsi rappeler que Notre-Seigneur devait régner non seulement sur nos cœurs, mais aussi sur les sociétés humaines et condamnait le laïcisme des États modernes, qui se répandait de plus en plus. De nos jours notre monde moderne vit la sécularisation à outrance. Nos contemporains vivent dans une société où Dieu est devenu totalement absent. La situation s'est donc aggravée tout particulièrement.
Face à cela, que nous dit la Parole de Dieu que nous venons d'entendre ? Elle nous dit que, malgré l'incroyance et l'apostasie régnantes, Jésus est roi et il l'est pour toujours. Dans le livre de Daniel, dont nous venons d'entendre un passage, il nous est annoncé que le jour de son ascension, après sa victoire pascale, le Christ, le Fils de l'homme, a été investi de la royauté par son Père sur l'univers entier. En tant que Fils de Dieu, Jésus est roi en lui-même. Mais en outre il l'est devenu par droit de conquête en tant qu'homme. En mourant pour nous, en nous rachetant par son précieux sang, il a acquis le droit de régner sur nous. L'apocalypse, dans le passage de ce jour, dit que Jésus-Christ est le témoin fidèle, par ce qu'il est mort sur la croix pour la vérité, qu'il est le premier-né des morts, parce qu'il a vaincu la mort par sa résurrection, et qu'ainsi, il est devenu le prince des rois de la terre.
A la fin des temps, lorsqu'il reviendra son règne sera victorieux, visible et définitif. Toutes les nations se prosterneront devant lui. Ce sera la victoire finale, le triomphe absolu du Christ. Cela est assuré, nous ne pouvons en douter, et à ce titre nous voyons déjà en lui le roi de l'univers. L'apocalypse aujourd'hui disait qu'il va venir, que tout œil le verra et qu'ils le verront ceux qui l'ont transpercé. En ce jour ultime, tous les hommes verront avec clarté que Jésus-Christ est le souverain de l'univers.
Mais devons-nous nous contenter de ce qui ne pourra manquer d'advenir à la fin ? Ne pouvons-nous pas déjà, tant que l'histoire dure encore, souhaiter que le Christ puisse régner, plus parfaitement qu'il ne le fait en réalité ? Oui, nous le pouvons, et même nous devons travailler à l'instauration de la royauté de Jésus-Christ. Oui, nous devons travailler de toutes nos forces à la construction d'un monde de justice et d'amour, dans la perspective de la cité de Dieu à bâtir. Nous ne nous contenterons pas d'attendre que Dieu vienne instaurer son règne plus tard, à la fin, mais nous préparerons cette venue définitive du Royaume, par une vie toute de soumission à la volonté de Dieu. Jésus n'a pas rougi de nous aimer, nous ne devons pas rougir de lui, en face des hommes d'aujourd'hui qui si souvent le rejettent ou le méprisent. Le monde actuel refuse la royauté de Jésus-Christ, soyons donc de notre côté des témoins convaincus de Jésus-Christ.
Bien sûr, la première chose est que Jésus règne sur nos cœurs. Mais si nous croyons vraiment en lui et si nous l'aimons avec authenticité, nous voudrons aussi qu'il règne davantage dans notre monde actuel. C'est pourquoi nous travaillons à la venue d'une société plus chrétienne. C'est la raison pour laquelle le pape Pie XI insistait sur la royauté sociale de Jésus-Christ.
Dans l'évangile, Jésus répond à Pilate qu'en effet il est roi, mais que sa royauté n'est pas de ce monde. Il n'est pas venu pour apporter des solutions aux problèmes du monde. Ne risquons-nous pas de nos jours de séculariser le message de l’Évangile ? Comme l'a dit le pape François, l’Église n'est pas une ONG. Certes, si nous vivions davantage selon l’Évangile du Christ, tout irait beaucoup mieux dans le monde, mais Jésus est venu d'abord pour sauver les âmes et les conduire au paradis.
N'oublions jamais que l’Église a un but essentiellement surnaturel. En ce jour, nous sommes invités à proclamer la royauté de Jésus-Christ, et à faire en sorte que le Christ-Roi règne totalement sur nos personnes et sur nos vies. « Que votre règne arrive », disons-nous dans la prière du Seigneur. Et en communiant nous allons nous offrir à lui pour qu'il règne entièrement sur nous. La vie chrétienne est une mort à soi-même et au monde et une vie pour Dieu. Voici comment un abbé bénédictin du XVIe siècle, Louis de Blois, commence son livre intitulé L'Institution spirituelle : « Dieu, l'immuable et souverain bien, peut seul satisfaire et apaiser les désirs de l'âme raisonnable. Les hommes devraient donc tous aspirer avec une sainte avidité à la perfection de la vie et à l'intime union à Dieu qu'elle procure ici-bas ». Oui, cette fête est pour nous un appel à ne plus vivre que pour Dieu et à laisser Jésus régner sur nous, en abandonnant en tout notre volonté propre et en nous dépouillant complètement de notre égoïsme. SIMON NOEL OSB
HOLODOMOR - um genocídio
HOLODOMOR
Um GENOCÍDIO na Europa
No “Diário do Minho” de Sábado, dia 24, vi com agrado/tristeza a
realização de um encontro sobre o genocídio perpetrado pelo regime estalinista
em 1932/33.
Agora vou dizer porque foi com agrado: é um dever moral não deixarmos
calar ou esquecer uma brutalidade cometida contra um povo inteiro, matando-o de
forma miserável pela fome. Este processo, segundo alguns historiadores, começou
já em 1929 com a destruição dos intelectuais ( aconteceu o mesmo em Katyn com
as elites polacas) e da igreja ucraniana. Depois foi a colectivização pela
violência com fuzilamentos e deportações dos camponeses. Seguiu-se o arresto,
pela força, de toda, absolutamente toda,
a produção cerealífera ( sabemos que a Ucrânia era considerada o celeiro da
Europa) e de todas as reservas alimentares dos camponeses. Todas as casas ,
arrecadações e esconderijos foram vasculhados com minúcia militar. Foram
fechadas todas as fronteiras da Ucrânia, os acessos às cidades e às estações dos caminhos - de -
ferro. Foi interdita a “ ucranização” , forçando, assim, o assassínio da
nação e foi o HOLODOMOR que significa “ assassinar pela
fome”. Foi um autêntico genocídio dos camponeses que eram resistentes ao
comunismo e à sovietização do seu país. Teriam sido mortos, sobretudo, pela
fome imposta severamente, mais de sete milhões de ucranianos. E quantos foram
deportados para a Sibéria, para trabalhos forçados, onde morreram, só por terem
sido “ apanhados” com 5 ( cinco) espigas de trigo?
A ONU reconhece este crime
tremendo como “ tragédia nacional para o
povo ucraniano” e o Parlamento Europeu “
reconhece o Holodomor” como um crime inqualificável perpetrado contra o povo
ucraniano e contra a humanidade” e mais de vinte estados reconhecem como autêntico genocídio o HOLODOMOR.
Por isso, foi com agrado que vi que este genocídio foi lembrado em
Braga com o apoio do Município. Um agrado banhado em profunda tristeza.
Tive uma grande tristeza de, ao saber daquela sessão já depois de ela
ter decorrido, não ter tido a oportunidade de dar a minha solidariedade pois
não tive conhecimento de que iria ocorrer. Fiquei triste.
Ia o meu artigo sobre o HOLODOMOR aqui, neste ponto, quando recebi o
convite para estar na igreja da Lapa, em Braga, na cerimónia religiosa
evocativa deste genocídio. Obviamente que aceitei e participei nas cerimónias
que, não as acompanhei com palavras por não saber ucraniano, as acompanhei,
profundamente emocionado com toda a minha alma, alma de português, de europeu (
a Ucrânia é Europa) e, sobremodo, de cristão a quem o sofrimento alheio não
passa indiferente. E transmiti este meu sentimento de comunhão na evocação
destes mártires do século XX. Aquelas
vítimas da malvadez humana, cristãs como eu, com o mesmo baptismo e, por isso,
são meus irmãos em Jesus Cristo.
Foi-me dada a oportunidade de
expressar publicamente no final desta bela cerimónia com cânticos que me
fizeram rezar malgrado, como já o referi, não conhecer a língua em que eram tão
espiritualmente bem cantados, o quanto me sentia em comunhão e comprometi-me a
de que tudo faria, no que estivesse ao meu alcance, para me unir ainda mais às
vítimas da ferocidade que a Ucrânia viveu
durante a ocupação soviética e, de modo particular, nas que fazem parte
do rol imenso que foram massacradas no chamado genocídio do HOLODOMOR.
Paz às suas almas!
… E este meu artigo alterou a sua rota! Deus lá sabe o que me fez!
Carlos Aguiar Gomes
sábado, 24 de novembro de 2018
Dia 25 - DIA DE CRISTO REI
LIMPARAM-LHE O SARAMPO E O SEBO!...
Quando se lê um artigo ou um livro, por vezes, nesta ou naquela curva da leitura, surgem afirmações que nos fazem travar de repente, não vamos nós bater com a cabeça na parede e fazer partir a parede e a cabeça. Convém travar, parar, refletir, tal como é pedido, com um sinal de perigo lá plantado, a quem atravessa a linha do comboio: pare, escute e olhe. Acho que é uma das maiores valias do ler... Há dias, numa entrevista publicada no jornal Público, sob o título “Ciência e religião são totalmente incompatíveis”, o Senhor Peter Atkins, Professor de Química em Oxford e autor de livros de divulgação científica, afirmou: “O funcionamento do mundo foi por alguns atribuído a um Criador extraordinariamente metediço, mas incorpóreo, a guiar ativamente cada eletrão, quark e fotão até aos respetivos destinos. As minhas entranhas revolvem-se perante esta visão extravagante do funcionamento do mundo e a minha cabeça segue o mesmo caminho das entranhas”.
Sempre admirei e admiro quem se dedica a estas causas e saberes tão aliciantes. E vejo esta afirmação um pouco no sentido cartesiano, em jeito de dúvida metódica. Duvidar de tudo, até ao extremo, para chegar a uma verdade incontestável. Tendo, porém, em conta que Peter Atkis afirmou não existir qualquer prova da existência de um deus, nem vê como é que um deus possa criar, do nada, o universo; que a ciência tem feito grandes progressos no entendimento do nada e que os cientistas estão a chegar a um ponto em que podem dar uma resposta verdadeira àquilo que os teólogos fingem compreender e perante o qual os filósofos se manifestam pessimistas, tendo em conta tudo isso, aguardo ser confirmado no que sei, ainda “deste lado do túmulo”, e aguardo, na paciência do tempo, diante do stop proposto: “Espera só um pouco, havemos de lá chegar”.
É isso, acredito sinceramente que Peter Atkis não está longe do reino de Deus!... Sendo mesmo impossível provar que Deus não existe, é mais fácil, quase evidente, provar a Sua existência. O primeiro grande tratado que d’Ele nos fala abundantemente, um tratado que todos, mesmo os que não sabem ler, o podem soletrar e folhear, é, sem dúvida, a própria natureza com as suas iluminuras, os seus encantos e maravilhas, a sua diversidade e leis, a sua harmonia e beleza: “Os céus cantam a glória de Deus e o firmamento proclama a obra das suas mãos...” (Salmo 19). “O mundo intriga-me, e não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro”, é um pensamento solto que anda por aí, atribuído a Voltaire. E mesmo que o relógio de quando em vez precise do relojoeiro, ele, depois de montado, funciona por si, autonomamente, tal como o universo.
A humanidade reconhece, admira e agradece todos os avanços científicos que têm dado resposta a tantas perguntas que o espírito humano faz e continuará a fazer. Fomos criados seres inteligentes, com capacidade para pensar, criar, amar e agir em liberdade. É sempre bom que haja cada vez mais dados, se façam novas experimentações, se formulem novas teorias, surjam novos e importantes conhecimentos que deem azo a mais avanços cientificamente esclarecedores, que a origem e toda a complexidade da criação seja descodificada para melhor a conhecermos, amarmos, contemplarmos e usufruirmos! Que bom!... Só na verdade nos encontraremos!... A verdade é sempre o caminho de Deus!... Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, disse-nos Jesus. E todos torcemos para que a ciência progrida e ajude a conhecer mais e melhor, não só a complexidade deste mundo, mas também os elementos do cosmos e as leis da matéria, o enigma de tantas outras coisas que nele existem e funcionam tão maravilhosamente. Pessoalmente acredito em Deus, sim. E embora me sinta mais que pequenino diante da ciência e dos seus avanços, avanços cada vez mais destemidos em rasgar autoestradas que o desenvolvimento humano usará, acredito também que não será pelos métodos da ciência que alguém possa chegar ao conhecimento de Deus ou O possa encontrar ou O possa negar. É possível, isso sim, que, um dia, a ciência resolva afirma-l’O perante o fascínio de tanta maravilha que descobre e vê, mas não sabe explicar. Deus, embora esteja lá, não se manuseia, não entra nem cabe em métodos de laboratório ou semelhantes. E se o mistério deste mundo e das coisas se pode ir esclarecendo através da ciência e dos seus métodos, o encontro com o mistério de Deus, só é possível através do amor. A própria vida, assim o acreditamos, “não é um simples produto das leis e da casualidade da matéria, mas em tudo e, contemporaneamente, acima de tudo, há uma vontade pessoal, há um Espírito que em Jesus se revelou como amor” (SpS5). O amor não vai contra a ciência, a ciência também precisa de amor. Só a sabedoria e a ciência que brotam do amor nos permitem penetrar no mistério de Deus, o mistério último que sustenta e dá sentido a toda essa realidade que a ciência nos mostra, e bem quando a favor do homem. Reconhecemos a legítima autonomia da ciência, louvamos e aplaudimos todo o progresso que ela proporciona à qualidade de vida da comunidade humana, mas também acreditamos que só o amor redime o ser humano.
Peter Atkins afirmou que “a filosofia e a teologia são ambas formas corruptas de entender o mundo”. Bem, são opiniões, há muitas formas de corrupção, é verdade. Entendo, porém, que melhor seria que elas fossem tidas, pela ciência, como companheiras de viagem nesta busca da verdade, já que a verdade não é monopólio de ninguém: nem das religiões, nem da ciência, nem da política, nem da economia, de ninguém. Todos somos verdadeiros, isso sim, na medida em que, honesta e humildemente, lutamos pela verdade e vivemos na verdade, reconhecendo, com amor, a verdade que também está nos outros. A fidelidade à pessoa humana reclama fidelidade à verdade, só a verdade nos liberta, só a verdade é garantia de verdadeiro progresso humano e humanizador, só a verdade fará que a humanidade se encontre e viva em paz.
Continuamos a ler e a ouvir, aqui e ali, na sequência de Nietzsche e de outros, os que proclamam a necessidade da morte de Deus ou quem parta já do princípio de que Ele está morto e bem morto. E tudo isto para que nasça o verdadeiro homem, pois, segundo eles, Deus, que não existe nem nunca existiu, é um obstáculo para a autonomia e o crescimento do homem e as religiões são resposta arcaica e ineficaz. Intriga-me saber como é que Alguém que morreu ou nunca existiu nem existe, como é que esse Alguém pode incomodar tanta gente, rica de tantos quereres e saberes, ao ponto de querer acabar com Ele, mesmo quando afirma que Ele nunca existiu nem existe!...
“Este é o herdeiro: vamos! matemo-lo e apoderemo-nos da sua herança”, foi o plano dos vinhateiros (Mt 21, 38). E limparam-lhe mesmo o sarampo e o sebo, tiraram-lhe a tosse, mas não resolveram nada, só complicaram as suas vidas!...
O verdadeiro amor é sempre iluminado pela luz da razão e pela luz da fé. Deus arriscou, deu-nos capacidade, engenho e arte, confiou em nós a tarefa de esmiuçarmos e continuarmos a Sua obra. Assim enriquecido, o homem procura e descobre, explica e constrói, pode produzir e produz, e até já produz máquinas que se assemelham a homens. Por vezes, tudo isto espevita o seu orgulho e leva-o a cair na tentação de se querer colocar no lugar de Deus. É assim desde os primórdios da humanidade, com todas as consequências que isso tem provocado ao longo dos tempos. Mas, o que é certo, é que cada vez mais os homens se assemelham às máquinas, o amor não é amado, como repetia, chorando, São Francisco de Assis.
Celebramos a Solenidade de Cristo Rei do Universo. Um Reino que nos conduz a Deus em quem tudo começa e tudo acaba. Uma realeza que inverte a lógica do poder e da força na lógica da verdade e do serviço, por amor.
+ Antonino Dias - Bispo de Portalegre-Castelo Branco
Quando se lê um artigo ou um livro, por vezes, nesta ou naquela curva da leitura, surgem afirmações que nos fazem travar de repente, não vamos nós bater com a cabeça na parede e fazer partir a parede e a cabeça. Convém travar, parar, refletir, tal como é pedido, com um sinal de perigo lá plantado, a quem atravessa a linha do comboio: pare, escute e olhe. Acho que é uma das maiores valias do ler... Há dias, numa entrevista publicada no jornal Público, sob o título “Ciência e religião são totalmente incompatíveis”, o Senhor Peter Atkins, Professor de Química em Oxford e autor de livros de divulgação científica, afirmou: “O funcionamento do mundo foi por alguns atribuído a um Criador extraordinariamente metediço, mas incorpóreo, a guiar ativamente cada eletrão, quark e fotão até aos respetivos destinos. As minhas entranhas revolvem-se perante esta visão extravagante do funcionamento do mundo e a minha cabeça segue o mesmo caminho das entranhas”.
Sempre admirei e admiro quem se dedica a estas causas e saberes tão aliciantes. E vejo esta afirmação um pouco no sentido cartesiano, em jeito de dúvida metódica. Duvidar de tudo, até ao extremo, para chegar a uma verdade incontestável. Tendo, porém, em conta que Peter Atkis afirmou não existir qualquer prova da existência de um deus, nem vê como é que um deus possa criar, do nada, o universo; que a ciência tem feito grandes progressos no entendimento do nada e que os cientistas estão a chegar a um ponto em que podem dar uma resposta verdadeira àquilo que os teólogos fingem compreender e perante o qual os filósofos se manifestam pessimistas, tendo em conta tudo isso, aguardo ser confirmado no que sei, ainda “deste lado do túmulo”, e aguardo, na paciência do tempo, diante do stop proposto: “Espera só um pouco, havemos de lá chegar”.
É isso, acredito sinceramente que Peter Atkis não está longe do reino de Deus!... Sendo mesmo impossível provar que Deus não existe, é mais fácil, quase evidente, provar a Sua existência. O primeiro grande tratado que d’Ele nos fala abundantemente, um tratado que todos, mesmo os que não sabem ler, o podem soletrar e folhear, é, sem dúvida, a própria natureza com as suas iluminuras, os seus encantos e maravilhas, a sua diversidade e leis, a sua harmonia e beleza: “Os céus cantam a glória de Deus e o firmamento proclama a obra das suas mãos...” (Salmo 19). “O mundo intriga-me, e não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro”, é um pensamento solto que anda por aí, atribuído a Voltaire. E mesmo que o relógio de quando em vez precise do relojoeiro, ele, depois de montado, funciona por si, autonomamente, tal como o universo.
A humanidade reconhece, admira e agradece todos os avanços científicos que têm dado resposta a tantas perguntas que o espírito humano faz e continuará a fazer. Fomos criados seres inteligentes, com capacidade para pensar, criar, amar e agir em liberdade. É sempre bom que haja cada vez mais dados, se façam novas experimentações, se formulem novas teorias, surjam novos e importantes conhecimentos que deem azo a mais avanços cientificamente esclarecedores, que a origem e toda a complexidade da criação seja descodificada para melhor a conhecermos, amarmos, contemplarmos e usufruirmos! Que bom!... Só na verdade nos encontraremos!... A verdade é sempre o caminho de Deus!... Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, disse-nos Jesus. E todos torcemos para que a ciência progrida e ajude a conhecer mais e melhor, não só a complexidade deste mundo, mas também os elementos do cosmos e as leis da matéria, o enigma de tantas outras coisas que nele existem e funcionam tão maravilhosamente. Pessoalmente acredito em Deus, sim. E embora me sinta mais que pequenino diante da ciência e dos seus avanços, avanços cada vez mais destemidos em rasgar autoestradas que o desenvolvimento humano usará, acredito também que não será pelos métodos da ciência que alguém possa chegar ao conhecimento de Deus ou O possa encontrar ou O possa negar. É possível, isso sim, que, um dia, a ciência resolva afirma-l’O perante o fascínio de tanta maravilha que descobre e vê, mas não sabe explicar. Deus, embora esteja lá, não se manuseia, não entra nem cabe em métodos de laboratório ou semelhantes. E se o mistério deste mundo e das coisas se pode ir esclarecendo através da ciência e dos seus métodos, o encontro com o mistério de Deus, só é possível através do amor. A própria vida, assim o acreditamos, “não é um simples produto das leis e da casualidade da matéria, mas em tudo e, contemporaneamente, acima de tudo, há uma vontade pessoal, há um Espírito que em Jesus se revelou como amor” (SpS5). O amor não vai contra a ciência, a ciência também precisa de amor. Só a sabedoria e a ciência que brotam do amor nos permitem penetrar no mistério de Deus, o mistério último que sustenta e dá sentido a toda essa realidade que a ciência nos mostra, e bem quando a favor do homem. Reconhecemos a legítima autonomia da ciência, louvamos e aplaudimos todo o progresso que ela proporciona à qualidade de vida da comunidade humana, mas também acreditamos que só o amor redime o ser humano.
Peter Atkins afirmou que “a filosofia e a teologia são ambas formas corruptas de entender o mundo”. Bem, são opiniões, há muitas formas de corrupção, é verdade. Entendo, porém, que melhor seria que elas fossem tidas, pela ciência, como companheiras de viagem nesta busca da verdade, já que a verdade não é monopólio de ninguém: nem das religiões, nem da ciência, nem da política, nem da economia, de ninguém. Todos somos verdadeiros, isso sim, na medida em que, honesta e humildemente, lutamos pela verdade e vivemos na verdade, reconhecendo, com amor, a verdade que também está nos outros. A fidelidade à pessoa humana reclama fidelidade à verdade, só a verdade nos liberta, só a verdade é garantia de verdadeiro progresso humano e humanizador, só a verdade fará que a humanidade se encontre e viva em paz.
Continuamos a ler e a ouvir, aqui e ali, na sequência de Nietzsche e de outros, os que proclamam a necessidade da morte de Deus ou quem parta já do princípio de que Ele está morto e bem morto. E tudo isto para que nasça o verdadeiro homem, pois, segundo eles, Deus, que não existe nem nunca existiu, é um obstáculo para a autonomia e o crescimento do homem e as religiões são resposta arcaica e ineficaz. Intriga-me saber como é que Alguém que morreu ou nunca existiu nem existe, como é que esse Alguém pode incomodar tanta gente, rica de tantos quereres e saberes, ao ponto de querer acabar com Ele, mesmo quando afirma que Ele nunca existiu nem existe!...
“Este é o herdeiro: vamos! matemo-lo e apoderemo-nos da sua herança”, foi o plano dos vinhateiros (Mt 21, 38). E limparam-lhe mesmo o sarampo e o sebo, tiraram-lhe a tosse, mas não resolveram nada, só complicaram as suas vidas!...
O verdadeiro amor é sempre iluminado pela luz da razão e pela luz da fé. Deus arriscou, deu-nos capacidade, engenho e arte, confiou em nós a tarefa de esmiuçarmos e continuarmos a Sua obra. Assim enriquecido, o homem procura e descobre, explica e constrói, pode produzir e produz, e até já produz máquinas que se assemelham a homens. Por vezes, tudo isto espevita o seu orgulho e leva-o a cair na tentação de se querer colocar no lugar de Deus. É assim desde os primórdios da humanidade, com todas as consequências que isso tem provocado ao longo dos tempos. Mas, o que é certo, é que cada vez mais os homens se assemelham às máquinas, o amor não é amado, como repetia, chorando, São Francisco de Assis.
Celebramos a Solenidade de Cristo Rei do Universo. Um Reino que nos conduz a Deus em quem tudo começa e tudo acaba. Uma realeza que inverte a lógica do poder e da força na lógica da verdade e do serviço, por amor.
+ Antonino Dias - Bispo de Portalegre-Castelo Branco
sexta-feira, 23 de novembro de 2018
MEU CARVALHO AMIGO
Meu carvalho amigo
Nas montanhas
Junto às ermidas
Há sempre um carvalho
Que o orvalho
Das manhãs cobre.
Por ele se descobre
( com que riqueza!)
O dom da Natureza:
As vacas loiras,
As toutinegras,
Musgos e fetos
Afectos
Das cor,
ujas,
Melros sem regras,
Espantadiços.
Nos dias de romaria
Acolhe a partilha
De fartos farnéis:
Água fresca da bilha,
Frango assado,
Arroz de chouriço,
Pão cozido de madrugada,
Vinho e Pão leve.
Muita alegria dançada!...
Bem hajas, carvalho imenso,
Trave mestra da montanha,
Sombra robusta, benção de Deus
Descida dos Céus.
( Carlos Aguiar Gomes, in " Suite Lusitana, pág.75, Braga 2004)
Nas montanhas
Junto às ermidas
Há sempre um carvalho
Que o orvalho
Das manhãs cobre.
Por ele se descobre
( com que riqueza!)
O dom da Natureza:
As vacas loiras,
As toutinegras,
Musgos e fetos
Afectos
Das cor,
ujas,
Melros sem regras,
Espantadiços.
Nos dias de romaria
Acolhe a partilha
De fartos farnéis:
Água fresca da bilha,
Frango assado,
Arroz de chouriço,
Pão cozido de madrugada,
Vinho e Pão leve.
Muita alegria dançada!...
Bem hajas, carvalho imenso,
Trave mestra da montanha,
Sombra robusta, benção de Deus
Descida dos Céus.
( Carlos Aguiar Gomes, in " Suite Lusitana, pág.75, Braga 2004)
CUIDAR DA TERRA, NOSSA CASA COMUM
DIA MUNDIAL DA FLORESTA AUTÓCTONE!
Um convite neste dia: passar a olhar a FLORESTA AUTÓCTONE com olhos de amor e de muito respeito, como obra criadora de Deus.
Outro convite: passar a respeitar a nossa floresta, sobretudo as nossas espécies florestais.
E, já agora, por que não rezarmos a Deus pedindo a protecção da nossa FLORESTA AUTÓCTONE?
Sejamos todos " cuidadores informais" da nossa FLORESTA!
quinta-feira, 22 de novembro de 2018
DISCURSO na inauguração do CATL " CARLOS ACUTIS"
Ex.mo e Reverendíssimo
Senhor Dom Jorge Ortiga, Ilustríssimo
Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas;
Ex.mo Senhor Dr. Ricardo Rio,
Digníssimo Presidente da Câmara
Municipal de Braga;
Ex.mo Senhor Vice – Presidente da
Câmara Municipal de Braga,
Dr. Firmino Marques
Ex.mo Senhores Presidentes da Juntas de Freguesia de S.
Victor e de S: Lázaro/ S. João do Souto;
Ex.mo Senhor Comissário da Polícia de
Segurança Pública - Braga
Exmo Senhor Dr. Victor Esperança,
Digníssimo da Brag`Habit;
Exmo Prior de S. Nuno da Militia
Sanctae Mariae – cavaleiros de Nossa Senhora;
Ex.mo Senhor Presidente da Associação
de moradores das Enguardas:
5 anos , seis meses e
cinco dias depois da cedência deste espaço à Associação Famílias, pela
Brag`habit, sendo seu Presidente o Dr. João Nogueira, finalmente, papel após
papel, numa sequência inacreditável, eis que chegou o momento tão ansiado pela
Associação Famílias , pelas crianças,
pais e moradores de vermos o novo CATL pronto para receber as nossas
crianças!
Excelências e caros
amigos é de alegria, pois este momento.
Em nome da Direcção da
nossa instituição que celebrou o ano passado, dia 3 de Novembro, 30 anos, quero
agradecer vivamente a presença do Senhor Arcebispo, do Senhor Presidente de
Câmara e de todos vós, caros convidados e amigos.
Este CATL nasceu para
servir as crianças e as pessoas que vivem neste bairro há já 28 anos. Nestes
anos acompanhamos mais de 1600 crianças, apoiamos de muitos modos e em diversas
circunstâncias muitas famílias e temos feito inúmeras actividades abertas à
comunidade. Neste momento já temos a 2ª geração de utentes do nosso CATL.
Servir é a palavra que nos define e queremos que continue a definir, se Deus
quiser.
Temos muitos sonhos que
bem gostaríamos de concretizar a bem das crianças. Defendemos tenazmente que
urge democratizar a sociedade portuguesa por parâmetros culturais e espirituais
mais elevados. As crianças têm direito ao BEM, BELO e BOM, sobretudo se vivem
em meio mais desfavorecido e sem acesso a outras vivências que não as que lhe
são propostas e que não as ajudam a ver o mundo com outros olhos e outro
coração. O nosso trabalho aqui e nestes anos tem sido sempre o de estarmos
perto para o serviço das periferias.
… Por isso, escolhemos
como patrono desta valência um jovem, Carlos Acutis, que aos 15 anos foi levado
por uma leucemia galopante a 12 de Outubro de 2006, mas que naqueles curtos
anos de vida nos deixou um brilhante testemunho de vida: alegre, divertido,
desportista, um sábio e oportuno utilizador das novas tecnologias. Um jovem que
dizia: "Nossa
meta deve ser o infinito, não o finito. O infinito é a nossa Pátria. Sempre nos esperam no Céu". É, igualmente
dele a frase: "
Todos nascem como originais, mas morrem como fotocópias.". É este o grande desafio que queremos transmitir
aqui, neste espaço e sempre em ligação com os pais, primeiros, principais e
insubstituíveis educadores dos filhos.Tudo temos feito e vamos continuar a
fazer para que as crianças mantenham o seu selo original e não se deixem
transformar em fotocópias umas das outras!
Para terminar, não posso nem quero deixar de agradecer a tantos e tantos
que nos ajudaram com o seu saber e boa vontade. E são tantos! ... trabalhadores
de várias instituições com quem tivemos
de articular, nomeadamente à Câmara Municipal de Braga e à Brag`habit.
Voluntários como a minha Mulher, Drª Manuela Vilaverde e a Drª Alice Braga,
incansáveis na angariação de fundos com jantares e concertos, por exemplo; o
meu filho Carlos Filipe que se empenhou totalmente neste projecto; aos que na
discrição trabalharam para nos ajudar; o empresário JOC e ao arquitecto António Coelho que com ele
trabalhou; Também não posso deixar de referir a Associação de Moradores, nossos
caros amigos e vizinhos, que sempre nos animaram. E como não referir os nossos
trabalhadores que se empenharam de forma resposável? Logicamente aos membros da
Direcção que assumiram esta obra como sua se deve uma referência de gratidão.
Uma palavra de agradecimento é devida ao Senhor Ministro da
Solidariedade que confiou em nós ao atribuir-nos um apoio que nos alavancou
para ganharmos forças para realizar esta iniciativa.
Renovo os meus agradecimentos a todos os que aqui estão ou manifestaram
o seu apoio. E, permitam-me, lançar-vos o desafio, aqui e agora, para outros
projectos que estão a ser pensados e que vão carecer do vosso apoio e
incentivo.
Para todos vai o mais sincero agradecimento da Direcção da Associação
Famílias.
Muito obrigado.
Carlos Aguiar Gomes
Presidente da Direcção da AF
Braga, 20.XI.2018
CUIDAR DA TERRA,NOSSA CASA COMUM
Amanhã, dia 23 de Novembro, celebra-se o DIA MUNDIAL DA FLORESTA AUTÓCTONE. Conhecemos a nossa flora ? Por que não se fazer uma pesquisa para aumentar o nosso conhecimento sobre a nossa flora? Já reparamos que , no nosso clima, grande parte das nossas árvores são caducifólias ( perdem as folhas no Inverno)? Mas há excepções. Conhece algumas? ... Conhece o AZEVINHO!
Protejamos a nossa floresta!
quarta-feira, 21 de novembro de 2018
O CATL CARLOS ACUTIS
Com a presença do Senhor Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas, que benzeu as instalações, do Presidente da Câmara Municipal de Braga, Vice-Presidente, do Comissário da PSP de Braga e de muitas outras autoridades , benfeitores e moradores do Bairro Social das Enguardas ( Braga), foram inauguradas as novas instalações do CENTRO DE ACTIVIDADES DE TEMPOS LIVRES , que tomou como patrono o jovem CARLOS ACUTIS, ontem ia 21 de Novembro. Está de parabéns a ASSOCIAÇÃO FAMÍLIAS!
CUIDAR DA TERRA, NOSSA CASA COMUM
Dia 23 é o DIA DA FLORESTA AUTÓCTONE. Que vamos fazer? ... Talvez começar por cada um de nós se informar:
1.- do que é o " floresta autóctone";
2. que espécies forma a nossa floresta autóctone;
3. do que posso fazer nesse dia pela " Floresta autóctone";
4. como posso plantar alguma árvore deste grupo?;
5. como posso proteger a nossa floresta autóctone?
terça-feira, 20 de novembro de 2018
Santa Gertrudes
Santa Gertrudes
( A festa desta santa monja beneditina celebrou-se a 16 de Novembro. Vamos recordá-la)
Quem visita a Basílica
de S. Bento da Porta Aberta depara, na cripta, com algumas estátuas de santos
de superior qualidade icónica , duas em bronze e 4 de um mármore límpido e
superiormente trabalhado.
Como as outras estátuas de
mármore branco que estão no claustro da cripta da Basílica de S. Bento da Porta
Aberta, são obra do escultor Silva Nogueira e são de 1998. A imagem que
representa Santa Gertrudes tem o mesmo autor. Este conseguiu numa “ linguagem”
depurada e simples, representar de forma belíssima esta beneditina medieval.
Silva Nogueira como nas outras três estátuas da cripta de mármore límpido conseguiu transmitir, de forma simbólica,
aspectos importantes da personalidade e vida de Santa Gertrudes.
Mas, quem foi Santa
Gertrudes?
Recorro ao Papa Bento XVI
para me e nos ajudar a , de forma muito sintética, conhecer esta Mulher a que
se chama « Magna», pela sua vida, exemplo e escritos. Santa Gertrudes é uma
referência maior da espiritualidade medieval e de hoje, apesar de ter nascido
no dia 6 de Janeiro de 1256, festa da Epifania, festa da manifestação de Jesus.
Em 6 de Outubro de 2010, o nosso amado Papa
Bento XVI , falando aos peregrinos reunidos na Praça de S. Pedro, disse:
“ Santa Gertrudes, a
Grande, de quem gostaria de vos falar hoje, leva-nos esta semana ao mosteiro de
Helfta, onde nasceram algumas das obras-primas da literatura religiosa feminina
latino-alemã. É a este mundo que pertence Gertrudes, uma das místicas mais
famosas, única mulher da Alemanha que recebeu o apelativo «Grande», pela
estatura cultural e evangélica: com a sua vida e pensamento, ela incidiu de
modo singular sobre a espiritualidade cristã. É uma mulher extraordinária,
dotada de particulares talentos naturais e de excepcionais dons de graça, de
humildade profundíssima e de zelo ardente pela salvação do próximo, de íntima
comunhão com Deus na contemplação e de prontidão no socorro aos necessitados. como
a própria Gertrudes escreve: «Os estigmas das tuas chagas salubres que me
imprimiste, como se fossem colares preciosos, no coração; e a profunda e
salutar ferida de amor com que me marcaste. Tu inundaste-me com estes dons de
tanta bem-aventurança que, mesmo se eu vivesse mil anos sem qualquer consolação
interna ou externa, a sua recordação seria suficiente para me confortar,
iluminar e encher de gratidão. Quiseste ainda introduzir-me na intimidade inestimável
da tua amizade, abrindo-me de várias formas aquele sacrário nobilíssimo da sua
Divindade, que é o teu Coração divino [...] A este acúmulo de benefícios
acrescentaste outro, concedendo-me como Advogada a Santíssima Virgem Maria, tua
Mãe, e recomendando-me com frequência ao seu carinho, como o mais fiel dos
esposos poderia recomendar à própria mãe a sua dilecta esposa»” .
O papa Bento XVI continuou nesta excelente
catequese:
«Orientada para a
comunhão sem fim, conclui a sua vicissitude terrena no dia 17 de Novembro de
1301, ou 1302, com cerca de 46 anos. No sétimo Exercício, o da preparação para
a morte, Santa Gertrudes escreve: «Ó Jesus, Tu que me és imensamente querido,
está sempre comigo, para que o meu coração permaneça contigo e o teu amor
persevere comigo, sem possibilidade de separação, e o meu trânsito seja
abençoado por ti, de tal modo que o meu espírito, livre dos vínculos da carne,
possa encontrar repouso imediatamente em ti. Amém!» (Esercizi, Milão
2006, p.
148).
Santa Gertrudes
aparece representada com coração sobre o peito nesta estátua da cripta, aliás
uma representação muito frequente desta santa. Porquê? Ele mesma dá a
explicação quando escreveu : « Quiseste ainda introduzir-me na
intimidade inestimável da tua amizade, abrindo-me de várias formas aquele
sacrário nobilíssimo da sua Divindade, que é o teu Coração divino.».
Santa
Gertrudes é, na realidade uma beneditina que deve ser modelo ainda hoje para
nós, os que acreditamos que o coração de
Jesus é “ sacrário nobilíssimo da Sua Divindade” .
Quando
olharmos para esta imagem da cripta, paremos um pouco e pensemos , através da sua representação, o
quanto é valioso contemplar que sobre o peito desta grande mística medieval
está o coração de Jesus!
Carlos
Aguiar Gomes
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