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Blog da Militia Sanctæ Mariæ - Cavaleiros de Nossa Senhora um instrumento na evangelização do mundo contemporâneo // Blog created by Militia Sanctæ Mariæ, whose purpose is to be an instrument in the evangelization of the contemporary world // Blog de la Militia Sanctæ Mariæ et dont le but est d'être un instrument dans l'évangélisation du monde contemporain // Blog der Militia Sanctæ Mariæ, die sich zum Ziel gesetzt haben, ein Werkzeug bei der Evangelisierung der heutigen Welt zu sein

quinta-feira, 26 de maio de 2022

S. JOÃO PAULO II, MAGNO (10) SAMEIRO – 1982 -2022

 

                                            S. JOÃO PAULO II, MAGNO (10)

                                                 SAMEIRO – 1982 -2022

                                                          15 de Maio

 

   Milhares de cristãos despediram-se do Papa. Milhares de bandeiras acenaram na despedida. Era o adeus ao primeiro Papa que visitava Braga e nela deixou uma mensagem perene. Eram cerca das 18h e 30 m quando, de helicóptero, partiu para o Porto. Tinha já deixado saudades mas a alegria que cada um sentia era imensa: tinham visto o Papa ali perto. Sacrifícios? Sim, muitos, sobretudo pelo atraso da sua chegada devido ao tempo pouco agradável.

   O Papa partiu e começaram a erigir-se memoriais da passagem do Papa polaco por Braga.

  Na Estação do Caminho de Ferro de Braga, onde chegou, às 14 h e 40m, à cidade dos Arcebispos, para tomar um autocarro, acompanhado pelo Primaz das Espanhas, Dom Eurico Dias Nogueira. Uma multidão espalhou-se pelo trajecto para saudar o Papa- Anos depois, a CP colocou uma placa de metal, idêntica à que se pode ver na Estação de Sta Apolónia ( de onde partiu de Lisboa). Aí a podemos ver, junto à actual Linha 1, por onde era a então  saída dos transeuntes e nela estão as armas pontifícias de S. João Paulo II Magno e estes dizeres:” Neste cais da Estação de Braga desembarcou, no dia 15 de Maio de 1982, Sua Santidade o Papa João Paulo II – CP - Caminhos de Ferro de Portugal”. É uma muito pobre e singela marca da passagem de um dos maiores Papas de todos os tempos e um dos maiores construtores da Paz. Poderia ter havido mais “ generosidade” no tamanho e no material. Mas está lá a assinalar essa grande visita apostólica do Papa.

  Em 3 de Junho de 1984 foi inaugurado um monumento-memória-mensagem da ida do Papa a este “ monte - sacro” bracarense. Foi seu autor o Escultor cabeceirense, António Pacheco. É um monumento extremamente “ falante”. Uma grande estátua de S. João Paulo II Magno está colocada no cimo de uma coluna prismática de granito, rocha cuja rijeza nos lembra a força anímica deste Papa. Na base está representada uma família, o tema da homilia que fez o Santo Padre dois anos antes naquele santuário. Este conjunto escultórico tem uma história curiosa que o seu autor me contou e que aqui deixo registada resumidamente. António Pacheco fora o escultor selecionado para fazer o memorial da visita do Papa. Ficou contente mas muito preocupado com o modo, significado e estilo que haveria e deveria exprimir aquela visita histórica. Teve um sonho que o remeteu para o desafio que tinha pela frente e a sugestão ia para tratar a sua obra com a família na base do monumento. Acordou subitamente e estava rodeado de um cheiro intenso a rosas. Ficou com a certeza do que iria fazer. Esboçou o esquema que correspondia ao que lhe era pedido e ao sonho que tivera. Assim nasceu aquele monumento impressionante pelo vigor e realismo que representa que agora podemos contemplar na Rotunda de acesso à Basílica e que tem o nome do Papa e, curioso, está sempre rodeado de flores depostas aos pés de S. João Paulo II Magno.

  No centro da cidade de Braga, a Câmara Municipal, presidida pelo Eng. Mesquita Machado, também quis assinalar esse dia memorável de 15 de Maio de 1982. Assim, em Maio de 1987, foi inaugurado um “ complexo” monumental, concebido pelo Escultor consagrado, Zulmiro de Carvalho e do Arquitecto Domingos Tavares. São três “ momentos” escultóricos: três pirâmides de granito rosa, de diferentes tamanhos que, segundo os autores, simbolizam os três sacro-montes ( Falperra, Sameiro e Bom Jesus) e rodeando uma coluna cilíndrica; um muro de contornos  irregulares que, significarão a linha do olhar e, finalmente, já no passeio, uma placa circular com a seguinte inscrição: A S S JOÃO PAULO II NA SUA VISITA A ESTA CIDADE. MAIO 82, tendo ao centro as armas pontifícias. Não me compete, neste contexto, apreciar este conjunto escultórico, de que não gosto ( … e gostos não se discutem, desculpem os admiradores do dito conjunto).

 Finalmente,  the last but not the least”, a Arquidiocese fez alguns milhares de exemplares da homilia do Santo Padre. Uma excelente iniciativa se…  tivessem tido, todos, o destino para que foram impressos: distribuídos. Salvei, à última hora, ainda algumas centenas de exemplares que já estavam num saco para o lixo!!! Os exemplares salvos distribui-os por onde passei fazendo palestras sobre a Família.

  Na Basílica do Sameiro há bastante mais testemunhos da passagem apostólica do Papa e que podem ser visitados mas cuja descrição não cabe neste projecto que ousei levar a cabo para contribuir para a celebração de um dos mais importantes acontecimentos ocorridos em Braga no século XX, a primeira visita de um Papa (e que Papa!): S. João Paulo II Magno!

   Se alguém teve a paciência de ler os 10 artigos que dediquei a esta visita pastoral do Papa, devo-lhe uma palavra de gratidão. E peço-lhe que sigam o conselho do Papa: « Não temas…» como iniciou a sua inesquecível homilia, no anúncio do Evangelho da Vida e da Família!

Carlos Aguiar Gomes

- maio 26, 2022 Sem comentários:
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quarta-feira, 25 de maio de 2022

bispo em greve de fome

 

Félix - Fundação AIS

Anexos10:13 (há 1 minuto)

NICARÁGUA: Clima de tensão com bispo em greve de fome e governo a encerrar TV da Conferência EpiscopalNICARÁGUA:

Clima de tensão com bispo em greve de fome e governo a encerrar TV da Conferência Episcopal

Lisboa, 25  de Maio de 2022 | PA

 

O canal de televisão da Conferência Episcopal da Nicarágua foi encerrado na sexta-feira, dia 20 de Maio, por ordem do Governo de Daniel Ortega. No dia anterior, D. Rolando Álvarez, Bispo de Matagalpa e administrador apostólico de Esteli, começou uma greve de fome por tempo indeterminado em protesto contra o assédio policial. Estes são os mais recentes episódios de tensão entre a Igreja e as autoridades nicaraguenses depois de o Núncio Apostólico ter sido expulso do país em Março.

A greve de fome iniciada no passado dia 20 por D. Álvarez, é a resposta do prelado à perseguição policial que, diz, está a ser sujeito. Num vídeo enviado à Fundação AIS, o bispo afirma que foi seguido pela polícia na quinta-feira, inclusivamente durante a noite quando foi jantar a casa de uma sobrinha. O facto de a perseguição das autoridades estar a afectar familiares foi a razão que levou o prelado a iniciar a greve de fome. “Vou jejuar até ao momento em que a polícia, através do presidente ou do vice-presidente da Conferência Episcopal, e só eles, me informarem que vão começar a respeitar a privacidade do meu círculo familiar”, diz D. Rolando Álvarez no vídeo.

Este não é o único episódio de que se queixa o prelado. Num outro vídeo também enviado para a Fundação AIS, o bispo – que é actualmente responsável pelo departamento de Comunicação da Conferência Episcopal da Nicarágua – acusa as autoridades de terem impedido o acesso dos fiéis à Igreja onde, no domingo passado, ia celebrar a missa. As conferências episcopais da Costa Rica e do Panamá já expressaram solidariedade ao povo e ao clero católico da Nicarágua.

Estes episódios evidenciam um clima de tensão entre as autoridades governamentais e a hierarquia da Igreja neste país latino-americano. Recorde-se que, em Julho de 2018, a Basílica de San Sebastián, na cidade de Diriamba, foi palco de agressões violentas por parte de um grupo de paramilitares a D. Leopoldo José Brenes, arcebispo de Manágua, assim como a D. Silvio José Báez, bispo auxiliar de Manágua, o núncio apostólico, D. Waldemar Somertag, e ainda alguns jornalistas. Ainda nesse ano, D. Silvio Báez, acabaria por deixar o país após ter recebido ameaças de morte.

Mais recentemente, em 2020, a Catedral de Manágua foi atacada por incendiários, no que foi visto como uma represália pelo papel que a Igreja tem desempenhado na promoção da paz no meio do clima de perseguição política e social no país. Este ataque foi condenado prontamente pela Fundação AIS.

 

 


Félix Lungu

 

Departamento de Comunicação

Fundação AIS | ACN Portugal

 

Rua Professor Orlando Ribeiro, 5 D | 1600-796 Lisboa | PORTUGAL

TEL +351 217544000 | TLM +351 912154168 | FAX +351 217544001

felix.lungu@fundacao-ais.pt| www.fundacao-ais.pt

- maio 25, 2022 Sem comentários:
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sábado, 21 de maio de 2022

La lassitude est mauvaise conseillère

 T h i b a u d C o l l i n , p h i l o s o p h e 


. Et pourtant Dieu sait si elle a des occasions de nous saisir au regard de la situation de notre civilisation ! Situation religieuse, situation politique, pour ne pas parler de culture ni d’économie. La lassitude est mauvaise conseillère car elle ronge notre espérance qui est source de notre engagement envers le bien. C’est parce que l’on espère obtenir ou réaliser un bien à venir que l’on se détermine et que ce bien advient. La lassitude est le vice des âmes fatiguées et habituées. Cette fatigue sanctionne un engagement « à la force du poignet », sûr de lui-même et refusant de se recevoir d’une Source plus profonde et plus haute. Dieu donne l’homme à lui-même pour qu’il se prenne en charge à travers l’épaisseur des médiations humaines (famille, métier, patrie, etc.). Mais cette liberté, don précieux et redoutable d’un Dieu magnanime, ne peut déployer toute sa mesure que si elle ne cesse de puiser la force de son élan dans la nature humaine et dans la grâce divine. L’homme qui se croit absolument autonome oscille entre exaltation et dégoût de soi. Cette grandeur qu’il cherche, souvent ardemment, il prétend la produire alors qu’il s’agit en réalité de coopérer à plus grand que lui. Notre situation religieuse et politique peut expliquer notre lassitude mais elle ne peut la justifier. La lassitude est à voir comme un signe à interpréter, un appel à changer notre regard sur notre engagement. " 

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- maio 21, 2022 Sem comentários:
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sexta-feira, 20 de maio de 2022

Comentário à Regra da MSM , Cap.III, 3.

 

Militia Sanctae Mariae – cavaleiros de Santa Maria

Comentário à Regra, Cap.III, 3.

 

   Já se tem chamado a atenção nos comentários à Regra, lidos durante os Capítulos mensais, que nós, na MSM, devemos ter sempre presente diante da nossa acção e da nossa alma, que  somos uma Companhia  regular e militante de cavaleiros. Tomo as três últimas palavras: regular – militante – cavaleiros.

 

   Regular, no sentido que é o que está na Regra e que o Fundador quis que tivesse, significa tão somente, que se tem um “ directório espiritual”, um vade mecum, do nosso viver  como baptizados comprometidos do mundo e não como meros espectadores passivos e, tantas vezes, maledicentes do mundo e até da própria Igreja.

   Militante, pois na MSM há miles, soldados de Cristo Rei, por e com Nossa Senhora, nossa Doce Suserana. A militância é nossa obrigação, na evangelização do mundo, na defesa da nossa Fé, com as armas da Caridade e da Verdade. Por isso, estamos , temos de estar, absolutamente comprometidos na Nova Evangelização.

 

   Cavaleiros,  em que cada um dos membros da MSM sabe que “ Soldado,ele é-o primeiro no sentido do Bonus Miles Christi Jesu… “. Pronto. Preparado. Disponível.

   

   Como dizia Sto Inácio de Antioquia ( 35 a 107 DC):

   “ Conservem o vosso baptismo como escudo, a fé como elmo e o amor como lança, a paciência como armadura.”, assim deve ser o freire da MSM, assim  deve estar preparado. Deve ser este o seu “ fardamento” de miles, de cavaleiro. Este não pode nem deve ser “ peça” decorativa para procissões ou desfiles… Não é esta a nossa vocação. Não foi ou será para isso que se recebeu ou virá a receber o sacramental da “ Benedictio novi milites”.

 

   Somos combatentes! Militantes! Ao serviço de Cristo Rei e Senhor do Universo, “ a tempo e a contra-tempo”, como nos exorta S. Paulo.

- maio 20, 2022 Sem comentários:
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quinta-feira, 19 de maio de 2022

S. JOÃO PAULO II, MAGNO (9) SAMEIRO – 1982 -2022

 

                                            S. JOÃO PAULO II, MAGNO (9)

                                                 SAMEIRO – 1982 -2022

                                                          15 de Maio

 

   « Não temas…» , pegando no texto da 1º Leitura da Missa que celebrou no Sameiro, o Papa S. João Paulo II Magno, dá o mote para a sua sempre actual homilia. Toda a sua intervenção foi nesta sentido: não temer  anunciar o Evangelho da Vida e da Família, sempre. “Não temer” ou “ ter coragem” foram apelos que durante o seu longo pontificado nunca pôs de lado. Assim o fez no Sameiro perante , talvez, meio milhão de cristãos que até os ramos das árvores lhes serviam de assento para poderem ver o Papa.

   Como Papa vincadamente mariano mostrou-nos a alegria de poder estar connosco ali, naquele extraordinário centro de evangelização que foi, é e continuará a ser o Sameiro: « Alegra-me celebrar esta Eucaristia e meditar convosco sobre a família no quadro deste Santuário do Sameiro, monumento da gente portuguesa, do amor à Santíssima Virgem, aqui venerada e invocada  sob o título de Imaculada Conceição» . Como é significativa esta ligação da Família à Santa Mãe de Deus! Sim, o povo português sempre venerou profundamente Nossa Senhora, coroada nossa Rainha por D. João IV, aos pés de Quem depôs a coroa real de todos os nossos Reis. Ela foi e continuará a ser a nossa “ Tutelaris Regni”, Padroeira do Reino, de Portugal.

   «Assim continue e se intensifique constantemente, aqui e em todo o Portugal , a fidelidade a Deus pela fidelidade ao seu passado. E nisto tem um papel insubstituível a família». Um voto. Um desafio. Temos, nós os portugueses, estado atentamente zeladores deste voto? Falhamos, infelizmente.

   Nestes últimos 40 anos, temos assistido aos mais grosseiros e vis  ataques a esta instituição base e estruturante de uma sociedade humana. Que medidas políticas foram e continuam a ser tomadas, com o nosso silêncio e com o nosso voto cúmplices contra a Vida Humana e Família?  Usando uma expressão popular bem conhecida de todos, posso afirmar, sem exagerar, que os apelos de S. João Paulo II Magno “ caíram em saco rôto”.

   Entendemos o que o  Papa na sua homilia proclamou sobre a Vida Humana e a Família e que tanto se aplaudiu?

    Percebemos e interiorizámos o que ele nos transmitiu com tanto vigor e energia?

    Compreendemos que há princípios NÃO NEGOCIÁVEIS e que o Papa tão claramente nos recordou e enunciou?

    Como é possível que tantas centenas de milhar de cristãos tenham aplaudido o Papa e apoiem com o seu silêncio, indiferença e desconhecimento políticas que vão, precisa e meticulosamente, contra tudo de essencial que ele nos anunciou? Legalizou-se o Aborto, a Eutanásia, não há liberdade de educação e dificulta-se ao máximo e discricionariamente o direito de serem os pais a escolher o tipo de educação para os seus filhos, destruiu-se o princípio fundamental que a Família nasce com o matrimónio e que este não é o mesmo que uma união de facto, que o casamento, por natureza, é entre um Homem e uma Mulher, que todas as crianças têm o direito primeiro de conhecer quem são os seus pais, manipula-se a gestação e a gravidez …

   Quase a terminar esta homilia, S. João Paulo II Magno resume-a, como querendo que cada um de nós, nunca esquecesse o que nos veio trazer ao Sameiro (recorde-se e sublinhe-se que o Papa não veio como turista ilustre mostrar-se numa qualquer passagem de modelos!):

« Irmãos e Irmãs:

É grande o sacramento da Matrimónio, que deu origem às vossas famílias e continua a vivificá-las!

É grande a missão das vossas famílias:

     - o futuro do homem sobre a terra está ligado à família;

     - o Plano Divino da Salvação e a história da Salvação passam através da família humana!»

E a homilia termina com uma profunda oração- súplica à Theotokos, à Santa Mãe de Deus:

«… dai ( Virgem Imaculada, Senhora do  Sameiro)) a todas as famílias de Portugal a graça/ 

De saberem ouvir e guardar fielmente a Palavra de Deus!/ ( …) / Obtende para  estas famílias a harmonia, o amor e a graça!»(…)

Continua

Carlos Aguiar Gomes

    

 

 

 

- maio 19, 2022 Sem comentários:
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domingo, 15 de maio de 2022

28º DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA

 



Mensagem para o 28º DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLI

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MENSAGEM PARA O 28º DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA

15 de MAIO de 2022

 

«O CORAÇÃO DO MUNDO PULSA NA FAMÍLIA»

 

 

   Desde 1994, Ano Internacional da Família, que a Associação Famílias vem, junto da comunidade, alertar para a importância deste dia e o que ele significa para a saúde da sociedade, cada vez mais doente.

   Se os problemas da natalidade continuam graves e parece que sem retorno, em Portugal e praticamente em toda a Europa, associa-se um muito feliz dado: o aumento da esperança de vida dos cidadãos. Se o primeiro já se faz sentir de forma pesada, o segundo agrava-se, sobretudo, com o aumento do abandono dos idosos e da falta de uma correcta e bem apoiada política social para este grupo etário. Este, hoje, nesta sociedade que idolatra o seu ego, torna-se já numa verdadeira periferia das periferias societais. Além disso, nota-se um crescente esfacelamento da unidade familiar com um cortejo infindável de problemas que levanta. Por outro lado, nota-se uma verdadeira fúria legislativa propiciadora desta e da perda da identidade natural da Família, célula base de toda e qualquer sociedade humana. Concomitantemente, assistimos a uma ausência de uma verdadeira política de família em todos os quadrantes políticos, com ataques a direitos tão fundamentais das famílias, como o direito à escolha de projecto educativo dos filhos por parte dos pais, contrariando, nomeadamente o Art. 26º da DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (“Aos pais pertence a prioridade de escolher o género de educação a dar aos filhos”).

   Um capitalismo obsceno trata os trabalhadores como mercadoria, não vendo em cada um uma pessoa humana com família, mas uma espécie de “máquina de produção“. Com esta atitude globalizada de desrespeito pelos direitos humanos, é a Família e nela os mais frágeis a serem agredidos.

   A situação da Família não é, pois, brilhante. Razões endógenas e exógenas agridem os valores estruturantes daquela e tais agressões consentidas pelo nosso silêncio e promovidas pelos poderes obscuros que nos governam, enfraquecem a sociedade e comprometem seriamente o futuro próximo do país.

   Neste 28º DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA queremos ser pedrada no charco fétido em que mergulhamos.

   O nosso futuro, o da humanidade, será o que nos quisermos para a FAMÍLIA, constituída na liberdade e responsabilidade que une Homem e Mulher que se abrem à transmissão da vida e todos os dias aperfeiçoam a sua relação na busca do Amor que a todos deverá unir tal como o cimento dá estabilidade e coesão às pedras de uma casa.

   Acresce que este ano vivemos uma situação de guerra que ameaça generalizar-se. A Ucrânia vê o seu território e património destruídos e as famílias vestidas de luto pela morte de militares seus ou familiares inocentes. Associada a esta dor, cuja saída não se vê, neste DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA deveremos abrir-nos ainda mais ao apoio às famílias ucranianas que ficaram no seu país e a que tudo falta sobrando-lhes o medo e o terror e acolhermos solidariamente as que pedem asilo e protecção no nosso país.

 

   Este ano de 2022, como portugueses, não podemos e nem devemos esquecer que em 15 de Maio de 1982, S. João Paulo II Magno visitou Portugal e que no Sameiro (Braga) o Santo Padre dedicou a sua brilhante e ainda hoje oportuna homilia precisamente à Família.

 

Chegou o momento de celebrarmos Nossa Senhora Rainha das Famílias cada dia 15 de Maio! Vamos mobilizar as nossas comunidades para esta celebração!

- maio 15, 2022 Sem comentários:
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sábado, 14 de maio de 2022

ESPIRITUALIDADE CAVALEIRESCA o que é isso e tem lugar aqui e agora?

 

ESPIRITUALIDADE CAVALEIRESCA o que é isso e tem  lugar aqui e agora?

 

            ...O que é que   a Militia Sanctae Mariae – cavaleiros de Nossa Senhora  diz de si própria?

 

    A MILITIA SANCTAE MARIAE – cavaleiros de Nossa Senhora, MSM, é uma associação de leigos católicos com uma espiritualidade cavaleiresca, fundada por aquele que haveria de ser Dom Gérard Lafond OSB, quando ainda era  estudante (c.f. nº 1 de MEMORABILIA) e mais tarde Dom Abade de S. Paulo de Wisques ( França) e cujo carisma se define como mariano, beneditino-bernardiano e cavaleiresco. Tem lugar neste aqui e agora, no século XXI?

    A MSM cumpre rigorosamente os critérios de eclesialidade, tal como foram definidos em “ Christifideles laici” de S. João Paulo II, Magno , não se perde nada em assinalar este aspecto da MSM. Como os leitores sabem, são 5 os critérios de eclesialidade, isto é, que se está inserido realmente na Igreja, tal os elecou S. João Paulo II, Magno, na “ Chritifideles laici” :

1.       Primado dado à vocação de cada cristão à santidade;

2.       A responsabilidade de professar a fé católica;

3.       O trstemunho de uma comunhão sólida e convicta, em relação filial com o na finalidade apostólica da Igreja;

4.       O empenho de uma presença na sociedade humana.Papa;

5.       A conformidade e a participação

   O seu Fundador, cujo processo para a sua beatificação está a dar os primeiros passos, deixou uma Regra, um verdadeiro Directório Espiritual, que vai sendo actualizada pela Constituições devidamente aprovadas em Capítulo Geral. Além de muitos documentos que  legou com o seu pensamento, sobretudo quando, em Roma, acompanhou a par dos seus estudos, o desenrolar do II Concílio do Vaticano, Dom Lafond, teve a preocupação de  deixar uma Liturgia das Horas, que sucedeu ao antigo Ofício Menor de Nossa Senhora, de acordo com as instruções do II Concílio do Vaticano e que finalmente, para uso interno, está editado em edição bilingue , português/latim.

   É bem claro que temos na Militia Sanctae Mariae – cavaleiros de Nossa Senhora uma espiritualidade própria, mas nunca é de mais aprofundarmos o seu carisma para se ser fiel ao espírito que guiou o seu Fundador. Assim, apesar da escassa literatura sobre o tema, a espiritualidade dos cavaleiros, literatura séria que rareia, recomendo vivamente a todos os meus  Amigos e leitores em geral  que leiam e meditem uma obra fantástica sobre o tema e que é: «Le MIROIR DE LA CHEVALERIE – Essai sur l`spriritualité chevaleresque», de Pascal Gambrasio d `Asseux ( Edicção de TéLètes, 2015). O autor, no Prefácio ( pág. 17) afirma: “ Este livro, como o subtítulo o define, tem por único objectivo tentar uma abordagem do que constitui a alma cavaleiresca, do que confere a sua identidade espiritual no seio do cristianismo e tipifica pois o seu modo de oração e de acção….”. o autor , com o apoio constante das Sagradas Escrituras, indica-nos os parâmetros espirituais, morais e religiosos, para a acção, de um cavaleiro do século XXI. É corrente a ideia e o pré- conceito de que este tema e esta forma de carisma está ultrapassado e que só um bando de nostálgicos, “ cabides de procissão” ou nefelibatas que só pensam numa ordem política e social medieval carregada de brasões falsos, verdadeiros ou ambos à mistura adopta com forma de exibição pública da sua vaidade e, tantas vezes, vacuidade.

   Pascal Gambirasio d`Asseux aponta-nos qual o caminho que devemos seguir se se  quer ser verdadeiro MILES e não figuras decorativas ou “ cabides de procissão”, o que se for o caso, desvirtua e perverte o espírito cavaleiresco e quem trilhar por essas veredas espúrias trai o que é o carisma único que encerra  a verdadeira cavalaria.

  «Le  MIROIR DE LA CHEVALERIE» é uma obra fundamental para leitura ruminada que sugiro a todos os meus Amigos e leitores que querem aperfeiçoar o  carisma mariano, beneditino-bernardiano e cavaleiresco. Quem tem dúvidas sobre a actualidade deste serviço de “ acção católica”, deve ler este livro que está extremamente bem fundamentado e ajuda a desfazer preconceitos que remetem este carisma para os nebulosos tempos do passado quando, o presente e os desafios que põe aos cristãos, convocam para um “ bom combate” já não de espada e a cavalo, mas com ideias estruturadas e coerentes com o Evangelho.

  Pascal Gambirasio d Asseux, na obra citada ( pág. 13) diz: “ a vocação do cavaleiro inclui restaurar o sagrado em si próprio e levá-lo ao mundo…”. Só assim se pode construir uma “ Igreja em saída”: primeiro convertermo-nos para depois converter o mundo. É este o desafio, afinal , para todos os cristãos que o Baptismo convoca para serem apóstolos .

  “ A cavalaria é uma via espiritual perene( …) “ Neste tempo de confusão mental e de perversidade moral , de discursos manipuladores e falsos, de cinismo crepuscular e arrogante , de violência contra o Espírito e , assim, tragicamente suicidário, o espírito da cavalaria , contudo, perdura e mantém através daqueles que hoje ,mantêm as virtudes evangélicas que animavam os cavaleiros de outrora.”( f. o.c. pág18) . A Cavalaria “ é um estado, não uma condecoração ou um privilégio…”. Se são muitas as situações de vacuidade, o espírito que a caracteriza não é esse. Define-se por um verbo: SERVIR. Servir os mais pobres, servir os valores que fizeram a nossa civilização e, sempre, servir Deus nos nossos irmãos e em toda a criação ameaçada.

«O nosso mundo vive, deveríamos dizer agoniza neste “ clima” sinistro. A cavalaria , contudo, permanece uma das últimas forças de luz que podem sanear este ar viciado e vicioso» ( C.f. o.c, pág. 175).

 

Carlos Aguiar Gomes

 

 

- maio 14, 2022 Sem comentários:
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sexta-feira, 13 de maio de 2022

A NOSSA SENHORA DA TORRE

                          A  NOSSA SENHORA DA TORRE

 

 

Refrão: Monstra te esse matrem!

 

Senhora da Torre, Divina Pastora, Rainha de Braga

Guarda o rebanho, ovelhas perdidas, que ´stá a Teus pés!

Hinos de louvor , em actos de fé, sobem aos céus

Clamando por Vós, Senhora da Torre, oh!  Mãe de Deus!

 

Refrão

 

Senhora da Torre, Divina Pastora, Rainha de Braga

Guarda o rebanho, ovelhas perdidas, que ´stá a Teus pés!

Nossas preces, humildes e frágeis, pedem perdão

Por nossas ofensas e negligências contra Teu coração.

 

Refrão

 

Senhora da Torre, Divina Pastora, Rainha  de Braga

Guarda o rebanho, ovelhas perdidas, que ´stá a Teus pés!

Nossas humildes  súplicas, as limpes do que é  mal

 E cheguem por Ti, a Jesus nossa meta  final!

 

Refrão

 

Carlos Aguiar Gomes

Braga, 1 de Maio de 2022, Dia da Mãe e dia da refundação da Confraria de Nossa SEnhora da Torre.
- maio 13, 2022 Sem comentários:
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quinta-feira, 12 de maio de 2022

S. JOÃO PAULO II, MAGNO (8) SAMEIRO – 1982 -2022

                                              S. JOÃO PAULO II, MAGNO (8)

                                                 SAMEIRO – 1982 -2022

                                                          15 de Maio

 … E milhares de bandeiras branco-amarelas continuavam a adejar com frenesim! E mais ainda quando a voz forte, convicta e convincente de S. João Paulo II Magno se elevava em determinadas passagens que sublinhavam o quanto lhe era querido o que estava a dizer. Inolvidável.

   Neste dia memorável, o Santo Padre quis passar uma mensagem que já não tinha nada de novo no seu pontificado e se manteve assim sem alteração: o futuro do Homem passa pela Família e pela defesa da vida humana.

 

Nesse mesmo dia, no Porto, dirigindo-se aos trabalhadores reunidos para escutarem a mensagem que lhes queria dirigir, S. João Paulo II , retomando o tema da Família: « Não deixeis que o trabalho desagregue a vida familiar. Não deixeis que certo estilo de vida separe ao pais dos filhos. Não permitais que a vossa casa seja apenas um local para tomar refeições e para descansar! Sede vós os educadores dos vossos filhos!» . Com estas palavras convocou os trabalhadores presentes e todo o mundo que iria ler esta mensagem para recolocar sempre a Família no centro das preocupações familiares e  humanas. E foi peremptório: “ Não deixeis”,” Não permitais” que são verdadeiros apelos à intervenção pública contra a falta de liberdade de serem os pais a decidirem o tipo de educação para os seus filhos. Esta convocatória é, sobretudo, um apelo veemente contra a apatia generalizada de uma grande parte dos cristãos que imperava e impera, hoje, com muito maior força e visibilidade. Portugal asfixia com a total falta de liberdade educativa. Esta não é um privilégio para ricos . A nossa situação educativa é mente e profunda anti-democrática.

 

Voltando ao Sameiro, ao ponto 9. da notabilíssima homilia que então proferiu disse o Papa:« Servindo-se da colaboração criadora dos pais, Deus-Pai quer repetir mais uma vez o seu chamamento a um novo descendente do género humano. Quer chamá-lo também a ele para que se torne “ co-herdeiro da promessa de Deus » e a partir  para a “ Terra” que foi “ Prometida” em Jesus Cristo a todos os homens.» É o momento de eu perguntar se então, dia 15 de Maio de 1982, e hoje, os pais têm a noção de que são co-herdeiros da promessa de Deus, como o referiu o Papa… E do que tal significa para e no acolhimento dos filhos e no desempenho educativo de cada um dos filhos que Deus lhes dá.

« Embora existam hoje dificuldades na obra educativa, os pais cristãos devem, com confiança e coragem, formar os filhos para os valores essenciais da vida humana, sem nunca perder de vista  que, sendo responsáveis pela igreja  doméstica do seu lar, são chamados a edificar a grande Igreja nos filhos ( cf. Familiaris consortio,38)  ». Mais uma vez, uma convocatória dirigida aos pais para serem eles os primeiros e principais educadores dos seus filhos, também no âmbito da formação religiosa que não é só a preparação para os chamados  “ sacramentos sociais” como o Baptismo  a que se dá mais valor à festa profana ou  o Matrimónio com o cortejo de todo o “ arraial” associado e que não faz parte nem caracteriza este nem  aquele sacramento.

 

  O Papa insistia, sempre com voz firme e forte, para o papel dos pais na educação integral da sua prole, sem esquecer a componente de serem construtores da “ igreja doméstica” que é cada lar e que é parte essencial e fundamental da Igreja.

As grandes preocupações do Papa S. João Paulo II Magno, no Sameiro, antes e depois desta visita pastoral, fortemente estruturada na Família e na vida humana, pautaram-se primordialmente nos grandes e nunca discutíveis “ valores não negociáveis”:  o valor e imensa dignidade de toda a  VIDA HUMANA, desde a concepção até à morte natural; a Família como unidade estruturante da sociedade e a liberdade que os pais devem ter para educar, de acordo com os valores que estruturam a sua vida, os seus filhos. Até à sua morte, o Papa da Vida e da Família, S. João Paulo II Magno, nunca desfaleceu nesta luta pelo futuro da humanidade, cujos alicerces estão, hoje, mais do que em 1982, fortemente abalados e combatidos ferozmente por todos os que querem demolir a nossa civilização. Estes querem uma nova arquitectura, disforme, para a Família e, por isso, atacam a dignidade desta e  de toda a vida humana e querem usurpar a liberdade de educar que os pais devem usufruir sem qualquer tipo de constrangimentos com a finalidade de “ construir um homem novo” com que sonharam ( e sonham) os marxistas  e que tão bem estamos a sentir no nosso mundo dominado pelo pensamento woke e com a chamada “ Teoria do Género”.

 

(Continua)

Carlos Aguiar Gomes

- maio 12, 2022 Sem comentários:
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quinta-feira, 5 de maio de 2022

S. JOÃO PAULO II, MAGNO (7) SAMEIRO – 1982 -2022

 

                                            S. JOÃO PAULO II, MAGNO (7)

                                                 SAMEIRO – 1982 -2022

                                                          15 de Maio

 

   Dirigindo-se aos presentes no Sameiro e a todos aqueles que tivessem acesso à sua magistral homilia, S. João Paulo II Magno, disse:

« É preciso que a visão do matrimónio e da família, pela qual vos procurais guiar, queridos irmãos e irmãs, se forme a partir da luz trazida por Cristo…» . Sim, sem dúvida que o matrimónio, sacramento entre um Homem e uma Mulher, muito mais do que um acto contratual que o Estado regista e “ desregista” a pedido, de forma descartável, é uma ALIANÇA perene que só a morte dissolve e em relação à qual o Estado não tem nada que  se imiscuir, quanto muito aceitar como um acto de liberdade de dois cidadãos que são católicos. Por isso, todos aqueles que desejam realizar o casamento de forma sacramental, o matrimónio, deverão deixar-se guiar pela luz da Luz que é Jesus Cristo. Perceber e conhecer   e esforçar-se cada dia por viver a ALIANÇA matrimonial que a aliança que cada um dos cônjuges traz no seu  dedo anelar, do lado do coração, lhes recorda.

  Como nos disse o santo Padre João XXIII:  “É preciso que os cônjuges descubram o sentido da aliança que trazem no dedo todos os dias, beijá-la todos os dias, prometendo um ao outro o respeito, a honestidade de hábitos, a santa paciência do perdão mútuo nas pequenas faltas. E que olhem para esta aliança que carregam como vínculo de indissolubilidade em que os filhos que Deus lhes deu  aprendam a crescer nas virtudes sagradas que agradam a Deus e alegram Jesus, e que mais tarde alegram a própria família, que assim saberá ser testemunha de como vivemos como cristãos e como seremos felizes vencendo juntos as grandes dificuldades da vida todos os dias.” ( Cf. “ Decreto” da Sagrada Penitenciaria, do Vaticano - AAS 51 – 921 de 23 de Novembro).

  Esta aliança também tem presente a abertura à vida, ao seu acolhimento e acompanhamento com amor solícito desde o momento da concepção.

  No Sameiro, S. João Paulo II, foi muito claro quando afirmou: « Com esta concepção da vida, vós sabeis que é uma constante da solicitude da Igreja proclamar os direitos da pessoa humana, subordinados aos direitos de Deus supremo Senhor: e dentre tais direitos, o direito à vida ocupa sempre um lugar cimeiro. No matrimónio, o homem e a mulher são chamados a transmitir ao tesouro da vida a outros homens, por uma paternidade e uma maternidade humanamente responsáveis. ( …) Senti-me no dever de denunciar também uma insidiosa “mentalidade contra a vida”, que se infiltra no pensamento actual.» e continua, sempre sem subterfúgios: « A responsabilidade na geração da vida humana – a vida que deve nascer numa família – é grande diante de Deus!». É , pois, na família, que um homem e uma mulher iniciaram no matrimónio, que deve nascer a vida.

 Podemos, assim, na linha deste pensamento , que é o pensamento da Igreja desde os primórdios, considerar, como o fez o II Concílio do Vaticano , que o aborto desejado é um “ crime abominável” entre os crimes contra a vida humana  tal como a eutanásia. Crimes contra os direitos do homem e de Deus, Pai e autor de toda a vida. A aliança matrimonial, memorial do matrimónio, deve lembrar-nos sempre desta responsabilidade no concernente do direito à vida.

(Continua)

Carlos Aguiar Gomes

 

- maio 05, 2022 Sem comentários:
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terça-feira, 3 de maio de 2022

UCRÂNIA: Irmãs abrem portas de mosteiro contemplativo para refugiados

 UCRÂNIA: Irmãs abrem portas de mosteiro contemplativo para refugiados

Um sinal de Deus

Um pouco por toda a Ucrânia, mosteiros e casas de religiosas têm sido

transformados em lugares de abrigo para os refugiados de guerra. Mesmo

mosteiros contemplativos. As irmãs abrem as portas das suas casas partilhando o

que têm com quem chega, tantas vezes de mãos vazias e em lágrimas… Acolher

quem precisa é também um sinal de Deus no meio do inferno da guerra.

São várias as comunidades religiosas femininas que abriram as portas dos seus mosteiros aos

refugiados de guerra na Ucrânia. É o caso das Beneditinas de Slonka. Estas religiosas

contemplativas privaram-se do silêncio e da solidão do mosteiro para acolherem pessoas que

fugiram por causa da violência dos combates, dos bombardeamentos. Desde que começou a

invasão das tropas russas, a 24 de Fevereiro, já dezenas de famílias passaram pelos claustros

destas irmãs na região de Lviv. “É assim que vemos a nossa missão agora”, diz a Irmã Klara.

Com a guerra tudo mudou. A calma e o silêncio do mosteiro foram substituídos pela agitação

própria de um ajuntamento de pessoas. Como a Irmã Klara explicou a Maria Lozano, da

Fundação AIS, a vida no mosteiro passou a ter outras rotinas, outras prioridades. As irmãs

procuram envolver toda a gente nas tarefas diárias, seja a limpeza do mosteiro ou a confecção

das refeições. Nada foi deixado ao acaso. Também na Arquidiocese de Lviv, as Irmãs de São

José abriram as portas para acolher os que por ali têm passado, fugindo dos horrores da guerra.

“Há pessoas a dormir em todos os cantos do mosteiro. Estão todos muito gratos pela

oportunidade de se poderem lavar, de terem comida quente e de conseguirem descansar um

pouco”, explica a Irmã Tobiasza. “Algumas destas pessoas passaram vários dias em caves ou em

abrigos antiaéreos”, acrescenta a religiosa.

O caos depois dos mísseis

Outra casa das Irmãs de São José, mas na cidade de Stryi, também abriu as suas portas neste

grande abraço de entreajuda da Igreja aos que fogem da guerra. “As irmãs prepararam um

quarto para acolher uma família de duas crianças e uma avó. Com a ajuda de benfeitores,

conseguiram comprar uma máquina de lavar roupa, um frigorífico, camas, e assim por diante.

Todos os bens básicos para se poder viver. Um dos rapazes está doente e precisa de cuidados e

comida especial”, explica a Irmã Tobiaszca. Todos os que batem à porta das irmãs trazem

consigo histórias pesadas, difíceis, memórias que perdurarão provavelmente para sempre. É o

caso de Roman e de Anna que, com os dois filhos, um rapaz de 7 anos e um bebé de apenas 1

mês de idade, se fizeram ao caminho chegando a Lviv, ao mosteiro das Beneditinas de Slonka.

Vieram de Kharkiv. Ainda aguentaram 10 dias até que a situação se tornou intolerável e

demasiado perigosa, especialmente para as crianças. Pouco antes de partirem, caiu um míssil

no prédio onde viviam. Foi o caos. A casa estava destruída. Apanharam um comboio para Lviv.

Chegaram a uma cidade em ebulição. Na primeira noite, Anna e as crianças conseguiram dormir

no chão, numa casa de abrigo para mães e filhos, mas a situação era insustentável. Foi então

que uma irmã, que por acaso passava por ali, lhes indicou o mosteiro das Beneditinas de

Solonka. “Recordaremos sempre esse momento, e estaremos gratos pelo resto das nossas

vidas”, diz Anna, explicando que, para si, o encontro casual com a irmã “foi a Providência

Divina, foi um sinal de Deus…”. A Fundação AIS apoia directamente a subsistência de 144 irmãs

em Lviv. Todas elas são um sinal de Deus num país em guerra.

Paulo Aido | www.fundacao-ais.pt

- maio 03, 2022 Sem comentários:
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segunda-feira, 2 de maio de 2022

A Igreja e o seu Senhor


Eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos... preciso dizer a alegria que sempre me vem ao coração quando penso na Igreja Católica, a Santa Igreja de Cristo, una em essência e que possui, literalmente, em sua genética, o DNA do Deus feito homem, nascido, morto e ressuscitado e que vive e impera no mais altos dos céus. 

Meu Deus, minha vida está em Cristo e participo em essência da vida divina de Cristo por meio da Sua Santa Igreja! 

Porquê se alegra tanto, de forma inata, o meu coração quando ouço bem falar da Esposa de Cristo, Linda e Imaculada, nossa Mãe e nossa Mestra? 

Explico, tento explicar da maneira mais simples e sucinta possível. 

Porque é pela Santa Igreja, nela, por meio dela que tenho e sinto toda a minha proximidade com Cristo. Ou melhor, tenho e sinto toda a proximidade de Cristo comigo, por mim, por nós... por todos! 

Estar na Igreja é estar com Cristo e viver com Ele e poder ouvi-lo e tocá-lo de forma real, íntima... 

Sim, o Senhor é onipotente, onipresente e tudo sabe, mas é por meio de Sua vida e obra salvífica, que existe integralmente em Sua Igreja, sua Amada, protegida do mal sob promessa, que nós podemos estar com Cristo nesta vida... 

Não há outro caminho e explico, a Igreja Católica não é apenas um caminho, ela é o Caminho e não somente o Caminho que nos insere na vida e na graça do Senhor, mas, ela é o fim da nossa perfeita união, da nossa eterna presença no infinito amor de Deus... desde já! 

A Igreja Católica é o próprio Cristo que se revelou a nós e é nela e somente nela que temos a liberdade de contemplarmos com nossos olhos e acatar com a nossa limitada razão o Mistério da Fé. 

Não há como amar, sentir e viver a presença do Senhor nesta vida, não como uma ideia, mas de forma pessoal, inteiramente presente em nossa vida senão pela sua Santa Igreja, Una e Católica e Apostólica e Romana. 

Não, não é nenhum orgulho que me faz expressar isso, muito pelo contrário é o amor que sinto pelo simples pensar ou bem ouvir falar da Santa Igreja do Senhor e toda a herança que recebemos de Deus por meio dela. 

João Batista Passos, 
O menor dos cavaleiros de Santa Maria. 
- maio 02, 2022 Sem comentários:
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domingo, 1 de maio de 2022

Nossa Senhora, Rainha da Paz, rogai por nós!

 

                         Nossa Senhora, Rainha da Paz, rogai por nós!

 

  O mundo está em convulsão. Há guerra e com ela arrasta-se um conjunto devastador de desgraças: fome, refugiados, explorados, mortos inocentes …

   Dizia S. Tomás de Aquino, grande expoente da Teologia, frade dominicano, que  « a paz é a tranquilidade na ordem». E o mundo está em desordem intranquila e perigosa.

   Nossa Senhora, Rainha da Paz, deve ser invocada com grande fervor nestes momentos de gravíssima turbulência e de guerra.

   Todos sabemos que os filhos espirituais de S. Bento iniciam a sua correspondência  com a palavra PAX!, isto é: PAZ! E é usual encontrarmos este desejo e saudação em mosteiros beneditinos em entradas dos mesmos ou das igrejas conventuais.

   Há um cântico, muito antigo, que ainda há poucos anos todos os católicos portugueses cantavam, invocando a Santa Mãe de Deus e cujo texto se transcreve com a sugestão de se retomar este belíssimo  hino de clamor e súplica a Maria Santíssima. É um cântico que, neste mês de Maio, de Maria e da Mãe, e em que se celebra o DIA INTERNACIONAL DA FAMÍLIA ( 15 de Maio), deveríamos cantar com frequência, implorando a intercessão de Nossa Senhora, Rainha da Paz, para que traga a Paz aos homens.

   Aqui fica o referido cântico que muitos dos leitores conhecem.

 

MIRACULOSA, RAINHA DO CÉU

 

Nossa Senhora, Mãe de Jesus,

dá-nos a graça da tua luz.

Virgem Maria, divina flor,

dá-nos a esmola do teu amor.

 

Miraculosa, Rainha do Céu,

sob o teu manto tecido de luz,

faz com que a guerra se acabe na terra

e haja entre os homens a paz de Jesus.

 

Se em teu regaço, bendita Mãe,

toda a amargura remédio tem,

as nossas almas pedem que vás,

junto da guerra, fazer a paz.

 

Miraculosa, Rainha do Céu,

sob o teu manto tecido de luz,

faz com que a guerra se acabe na terra

e haja entre os homens a paz de Jesus.

 

Pelos velhinhos sem lar nem pão,

pelas crianças, flores em botão,

pelos soldados que à guerra vão,

Senhora, escuta nossa oração! ( Fausto Neves – 1939)

  

 

 

 

  

 

- maio 01, 2022 Sem comentários:
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